"Não pode fazer as pessoas amarem você. Mas pode fazê-las temerem você."
Filme: Gossip girl
Esse presídio é um inferno. Não aguento mais esse lugar. Já faz mais de três anos, apanho praticamente todos os dias, sou feito de escravo pelos outros criminosos e não posso fazer absolutamente nada.
Ninguém nunca me fez uma única visita. E aos poucos eu percebi que aquele homem que chamei de pai me enganou, que este criou provas exatamente para me incriminar e se safar de todos seus crimes. Era um fantoche em suas mãos.
Passar 24 horas por dia olhando para essas paredes cinzas, observar diversos idiotas tentarem se matar por míseros cigarros fazia com que meu ódio por ele aumentasse cada vez mais.
Eu estava enganado durante todo esse tempo. Ainda acredito que ele tenha matado minha própria mãe, apesar de não sermos muito próximos, esta era importante para mim. Como pude ser tolo a ponto de acreditar em sua história?
Eu não aguento mais esse lugar. Estou sentado no chão de minha cela. Havia quebrado uma colher em um momento de raiva e guardado comigo. Passava várias horas de meu dia afiando a sua ponta, a deixando pronta para acabar com meu sofrimento aqui dentro. De hoje isso não passará!
O causador disso pagaria por tudo. Cada humilhação, agressão, cada vez que me fez rastejar aqui dentro para sobreviver. Tudo será devolvido na mesma moeda.
Escuto passos se aproximando de minha cela e logo escondo o utensílio que carregava. Era o momento de irmos para o refeitório, sigo em silêncio até lá. Sento-me em uma mesa vazia, comendo tranquilamente e observando todo o local. De repente um dos presidiários senta-se em minha frente e começa a me encarar.
- Resolveu se isolar porque? Ainda se acha melhor que alguém aqui? Acho que não lhe ensinei como as coisas funcionam - ele diz.
- Deixe-me em paz - digo sem olhar para ti.
- Ahh, o que foi? O mimadinho ainda está irritado por causa do papai? O chão da minha cela anda bem sujo, talvez você devesse limpar para isso passar - ele continua com um sorriso no rosto.
- Já disse pra me deixar em paz - digo me levantando.
Minha paciência está no limite! Nesse momento todos no refeitório olham em nossa direção. Os guardas não se aproximam, já estavam acostumados com brigas entre os presos.
- Olha! O garoto mimado ficou estressadinho. Vai fazer o que? - ele diz.
- Já estou cansado de você me fazendo de escravo aqui dentro, talvez seja hora de inverter os papéis - digo sério.
- E você pretende fazer isso como? Sabe o que seu pai não lhe ensinou, garoto? Que tem hora que é melhor fazer as coisas de boca fechada - diz levantando e se aproximando.
Ele estava bem próximo de mim e sem que perceba pego o cabo da colher que estava em meu bolso. O presidiário vem iniciando um golpe em meu rosto.
- O que o seu devia ter ensinado é saber com quem está se metendo - digo.
Interrompo seu golpe segurando fortemente em seu braço. Com o objeto em minhas mãos dou um golpe direto em seu pescoço. Ele se assusta por um instante, porém logo tenta me atacar com seu pescoço jorrando sangue.
Dou-lhe um chute no peito nesse exato momento e este cai fortemente no chão. Vou para cima dele no mesmo instante, antes que ele consiga se levantar novamente.
Ainda com a colher em mãos acerto seu olho com a mesma, enquanto ele tenta desesperadamente se soltar. Segundos depois tiro o cabo da mesma, fazendo com que seu olho saia junto e fique pendurado em seu rosto.
Todos estavam em nossa volta, porém ninguém tinha a audácia de intervir. Já estava com o corpo coberto de sangue e via os guardas se aproximando rapidamente, porém meu ódio por tudo o que ele me fez passar impede que eu pare, e continuo golpeando seu corpo.
Os guardas logo chegam segurando e puxando-me para trás impedindo que cometa qualquer outra atitude. Levanto-me com um sorriso no rosto e olhando para todos os outros.
Estes me olhavam assustados, abismados com o que tinha feito, que havia matado um dos criminosos mais perigosos.
Dali pra frente as coisas mudaram.
Todos que me fizeram mal passaram a me respeitar ali dentro. Agora era eu que os maltrava, estava a me vingar de cada um.
*****
Hoje será o grande dia. Mesmo com todo o respeito que consegui aqui dentro, ainda faltava alguém para pagar por isso, o principal culpado de tudo.
Não quero mais saber o que ele é meu, muito menos o que fez por mim.
Eu não sou mais aquele Pietro que ele havia criado. E tudo isso graças ao local diabólico que tive que viver durante esses cinco anos.
Minhas regras agora são outras e não sigo absolutamente nenhuma máfia.
Por que estas apenas criam regras falsas, mas que na verdade ninguém as realiza. O mundo aqui dentro é totalmente diferente e nele eu posso ter meus próprios desejos.
- Tudo resolvido, Pietro! - um de meus parceiros de fuga diz - Daqui a alguns minutos tudo irá acontecer como o planejado.
- Não vejo a hora de estar longe desse inferno! - digo.
Escuto passos se aproximando e vejo um dos carcerários, o mesmo estava nós ajudando com tudo aquilo, não passava de um corrupto e não foi difícil comprá-lo. Ele nos entregaria a chaves necessárias e desligaria as câmeras de segurança evitando que fossemos descobertos.
Vejo o mesmo afirmando com a cabeça e logo chuta um envelope para dentro da cela. Pego as chaves e guardo em meu bolso.
O carcerário em seguida começa a discutir com um dos presidiários da cela ao lado. Assim como o esperado ele parte pra cima do guarda, causando um alvoroço entre os presos.
Aproveitamos a confusão e após sair da cela vamos para nossa única oportunidade de fuga. Devido a escuridão ninguém consegue nos vê, e começamos a andar por diversos outros corredores, evitando sermos vistos.
Iríamos para a lavanderia e de lá seguiremos pelo esgoto. Não demora muito para que eu e meus dois parceiros cheguemos no local. Abrimos a porta com uma das chaves que recebemos e vamos direto para os fundos do lugar.
Atrás de todas as máquinas se encontrava um túnel de esgoto que passaríamos tranquilamente e que nos levaria para bem longe desse lugar.
Entramos um a um silenciosamente e caminhamos por aquele local imundo. O odor é algo insuportável, além dos animais asqueirosos que se encontram aqui.
Algumas horas depois chegamos a saída. Era o último túnel no qual conseguiríamos passar. Como combinado sacos com roupas foram deixados para nós, assim como armas para nossa própria proteção. Junto a tudo aquilo um envelope se encontrava e meu nome inscrito no mesmo.
Passamos pelo túnel até sairmos em um beco escuro da Itália. Não havia ninguém ali, não íamos causar suspeitas. Haviam três motos encostadas para sairmos.
- Preciso resolver alguns assuntos por aí - digo - Manteremos contato.
- Sim, nos chame para qualquer coisa que precisar, temos uma dívida com você - eles dizem.
- Concordo! - digo sério.
Logo saímos em direção contrárias. A sensação de liberdade era realmente incrível. O vento que batia em meu corpo devido a velocidade da moto me traz uma sensação indescritível.
Minutos se passaram até que eu chegue em minha antiga casa, esta estava totalmente destruída, havia sido incendiada. O que teria acontecido por aqui?
Saio da moto e após olhar tudo aquilo decido olhar aquele misterioso envelope. Recebo uma notícia realmente inacreditável e junto a elas algumas fotos que provavam o contrário. Mas o que mais me chamava a atenção era um endereço: Suíça.
Ali seria minha próxima parada! A vingança para todos aqueles que me traíram seria dada.
*****
Estou entrando em um prédio suspeito, este se encontrava totalmente vazio. Após passar pelo segundo andar começo a suspeitar que tudo era apenas um engano. Ao chegar no próximo andar sou atingido por um homem.
Recupero-me rapidamente e logo revido o golpe. Acerto seu rosto e fazendo com que o mesmo dê alguns passos para trás e logo acerto um chute em seu peito.
Ele começa a se arrastar para trás se distanciando de minha pessoa, e é nesse momento que percebo uma porta aberta. Quem sabe o meu alvo estaria ali, não é mesmo!?
Dou um último chute na cabeça do homem, que perde a consciência. Entro no apartamento o deixando ali no corredor.
Começo a percorrer pelos cômodos a procura do meu alvo, não encontro absolutamente nada no local. Vou até a cozinha, até que escuto um barulho do outro lado do apartamento.
Viro-me indo naquela direção. De repente o homem volta novamente atingindo-me com o soco fraco. Já estou cansando disso, é uma perda de tempo.
Acerto seu rosto fazendo com que ele se afaste, pego minha arma disparando duas em sua direção. Logo o mesmo cai no chão sem vida.
- Mas um imbecil me atrapalhando nessa vingança - digo.
Ignoro o homem morto a minha frente e saio do apartamento. Sigo para o último andar. Havia apenas um apartamento e neste a porta se encontrava trancada. Com um só golpe arrombo a mesma.
Este está em total silêncio. Começo a procurar por algo suspeito revirando toda a casa em busca de provas. Decido ir para o escritório, verifico cada gaveta do local. Precisava do máximo de provas que conseguisse, tudo que me levasse até essa pessoa.
De repente escuto um barulho de um pedaço de vidro se quebrando logo atrás de mim.
- Fique parado onde está - uma bela voz feminina diz.
Apenas levanto meu braços, mas eu não iria me render tão facilmente...
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Eii, tudo bem?
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Bjs ❤