Capítulo 17

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"A vida pode nos derrubar, mas podemos escolher se levantamos ou não."
Karatê Kid.

Ao ver aquele homem a suspeita de que a máfia estava a minha procura aumentou. Como um dos homens do Dom poderia estar morando no apartamento ao lado e eu não ter visto? Mas, uma coisa não se encaixava: ele demonstrou surpresa ao me ver, se estivesse me vigiando provavelmente não teria uma reação como esta.

- Vocês se conhecem? - um dos homens disse.

- Mais é claro, ela é a filha do chefe da máfia - o capanga de Dom respondeu.

- Cale esta boca, idiota! - gritei.

- Solte-o agora. Você vem conosco - um dos homens disse.

- Eu não vou a lugar nenhum, afastem-se ou eu atiro nele - disse.

- Você está cercada, garota. Mesmo que o mate não sairá livre daqui!

- Se eu fosse vocês não desafiavam essa garota. Já vi muita coisa do qual ela foi capaz de fazer - o bandido disse.

Rapidamente ele levou um forte soco no rosto e desmaiou.

- Quem são vocês? - perguntei.

- Somos da CIE. Agora solte-o.

- CIE? Acho que já ouvi falar sobre - disse - Como posso ter certeza que não irão me matar se soltar este homem?

- Você provavelmente sabe muita coisa e informação é o que mais precisamos no momento - ele disse - Você solta ele e não matamos você, mas em troca você virá conosco sem resistir e nos passará tudo que sabe.

Pensei sobre a possibilidade. O acordo era ótimo, porém não garantiria minha liberdade. Entretanto, caso não aceitasse teria que escapar de todos aqueles homens e havia muitas chances de sair sem vida dali.

- Eu aceito - Disse me abaixando e colocando a arma cuidadosamente no chão, soltando o homem em seguida.

Vários homens seguiram em minha direção e logo me algemaram. Não resisti em momento algum. Fui levada para fora do prédio e colocada no banco de trás de um carro, logo dois homens sentaram-se ao meu lado.

- Como eles podem confiar em uma mafiosa? - um deles disse ironicamente.

- Isso se ela for filha do chefe mesmo - o outro disse rindo.

- Ela não passa de uma adolescente, não sei em que poderia nos ajudar.

Aqueles caras estavam começando a me irritar.

- Não sei como o chefe pode ter deixado ela ameaçar um dos nossos. Que criança pode fazer mal a um de nós, ainda mais uma garota - ele continuou.

Os dois começaram a rir como se aquela situação fosse totalmente absurda.

- Querem pagar pra ver, queridos? - disse séria - Tenho certeza que vocês não conseguem fazer a metade das atrocidades que já fiz, mesmo sendo uma adolescente.

- Ela é abusada, não é? - um deles disse sorrindo.

Começou a se aproximar, seu rosto próximo ao meu, até que virei em sua direção e lhe dei uma cabeçada. Sangue escorreu de seu nariz. Voltei a olhar para frente como se nada houvesse acontecido.

- Quer continuar? – disse.

- Você acha mesmo que pode me desafiar? - ele disse tentando estancar o sangue.

- Acho melhor não mexer com essa menina, parece meio violenta - o outro riu.

Enquanto eles continuavam, peguei um grampo disfarçadamente em meu bolso. Comecei a soltar-me da algema. Aquilo era fácil para mim, Bartolomeu havia me ensinado anos atrás.

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