Ellie

By PaulaHydraMello

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Ellie pertence a uma nobre linhagem inglesa e possui um sobrenome de peso. Mas isso, para Ellie, não é nada p... More

Agradecimentos
DREAMCAST
Prólogo
A TRANSFERÊNCIA
GÊMEOS
A FESTA
A NOVA ESCOLA
AARON
ANA BOLENA
O PRESENTE DE GRETTA
FIM DE SEMANA
A FESTA NA PISCINA
IS THIS LOVE?
PETER
ANÚNCIO
CHANTAGEM
O PLANO DE HENRY
VOCÊ SABE QUE EU VI
FERIADO
DESCOBERTA
A FESTA DO BARÃO
GLASGOW
REALIDADE
AESTHETICS PERSONAGENS
O POEMA
NAMORADOS
16 ANOS
O JANTAR DE ANIVERSÁRIO
O VESTIÁRIO
PÁSCOA
OS ANSONIS
O GRANDE ERRO
MARCADORES
DECISÃO
TORMENTOS
NOVO LIVRO
NOMES
PALESTRA
A FINAL DE RUGBY
O HORRÍVEL MACHISMO
CGEs
O BAILE
FINS E COMEÇOS

PARK

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By PaulaHydraMello

Ellie e Peter não só estavam juntos agora, mas cada vez se gostavam mais, agora eles assumiram o relacionamento deles para todos, para a raiva de Aaron.

— Já estamos em maio, as minhas provas são mês que vem e eu finalmente vou descobrir se passarei para os A-levels ou não! — Disse Ellie para Peter em uma tarde na biblioteca.

— E você ainda tem alguma dúvida de que vai? — Perguntou ele por trás do seu grosso livro de anatomia humana.

— Sim, tenho, eu não sou boa na escola quanto você, Peter...

— É melhor do que você imagina, além disso, você tem que se concentrar nas matérias que vai querer cursar no próximo ano escolar — disse o rapaz abaixando o livro.

— Eu sei que eu quero inglês, literatura e acho que terei que pegar as matérias ligadas à ciências políticas e relações internacionais para agradar aos meus pais, isso se quiser continuar nessa escola... — Disse Ellie revirando os olhos.

— Eu não entendo, por que eles querem que você seja política? Seu pai já não é muito mal falado dentro dela? — Perguntou Peter, parecendo tentar ser o mais delicado possível com a pergunta tão pessoal.

— Não sei, é tradição de família eu acho, ou você vira política, ou se casa com um nobre, no caso das mulheres, ou os dois — disse Ellie, escondendo o nervosismo com uma risada.

— Bem, eu sou herdeiro do título de barão do meu pai... — Disse Peter rindo e fazendo Ellie corar.

— É, eu sei... — Disse ela ainda mais vermelha.

— Calma Ellie, isso não é um pedido de casamento, é apenas um comentário — disse ele segurando em sua mão.

— Eu sei, não é como se eu não pensasse em um futuro com você, é só que...

— Você tem dezesseis anos e eu dezoito, recém feitos por sinal, ainda somos muito novos, nisso eu concordo totalmente.

— Você é um cara maravilhoso, de verdade, eu nunca vi um cara como você — disse Ellie o beijando e recebendo uma bronca da bibliotecária.

— Você não conheceu muitos cara legais então, eu não sou tão maravilhoso assim, só sou normal — disse ele com um sorriso sem graça.

— Você tem razão em apenas uma coisa aí, eu não conheci muitos cara maravilhosos de fato, meu pai é um monstro, meu primeiro namorado se descobriu gay, o que não teria problema, se ele não tivesse espalhado para todo mundo que me dispensou porque eu era muito promíscua, meu segundo namorado me traiu diversas vezes, isso depois de me humilhar e tentar me virar contra você — disse Ellie, vendo os olhos de Peter ficarem cada vez mais baixos.

— É, você realmente não teve muitos cara legais na sua vida...

— Não antes de você — disse ela acariciando o seu rosto —, claro que eu tive o Henry e o vovô como bons homens para mim, o Henry, apesar de preconceituoso com quem não tem a mesma condição social que nós temos, fruto da educação que recebemos, é claro, me ama e me defende com unhas e dentes, ele já mostrou que passaria por cima dos seus preconceitos se isso me fizesse feliz, é um irmão e tanto...

— Ele veio conversar comigo, disse que era bom que eu a fizesse feliz e também que estava já feliz por você estar comigo e não com o Aaron — disse Peter rindo

— Ele disse isso? — Perguntou Ellie confusa.

— Como você mesma disse, ele te ama de verdade...

Ellie e Peter foram até o dormitório da menina, aonde todas as cinco meninas que moravam ali, fora Ellie, estavam no sofá com o jornal aberto e parecendo preocupadas.

— O que houve? — Perguntou Ellie ao ver a cena.

— Papai trabalha para o jornal e me mandou o exemplar que vai sair amanhã de manhã, ele sempre faz isso, claro que às vezes existem alterações... — Disse Maggie sem jeito.

— E teve algo interessante nessa edição? — Perguntou Ellie, sentando junto com Peter perto das meninas.

— Talvez você devesse ler e ver por si mesma — disse Annie sem jeito, passando o jornal para as mãos de Ellie, que junto com Peter começou a ler.

"Aniversário da morte do casal Park e alguns dos culpados continuam soltos"

Dizia a manchete da primeira página, Ellie continuou lendo, agora preocupada e com o coração batendo forte e descompassado.

"O jovem casal Park pereceu em um terrível atentado político, deixando para trás o seu único filho e uma carreira política brilhante.

O que poucos parecem lembrar, é que, apesar de alguns culpados terem sido devidamente condenados por seus atos, pessoas importantes como Lawrence Comptony, Mark Hamilter e Julianne Denise, alguns dos líderes do partido político acusado por esse horrível crime, continuam impunes e com suas vidas públicas intactas.

"Ninguém parece lembrar que esses monstros continuam como representantes do nosso parlamento, livres, frequentando a alta sociedade britânica, com seus filhos nas melhores escolas do país, como se tivessem esquecido a dor que a família Park e toda a nação passou por causa deles" disse uma fonte anônima.

Mark Hamilter e Lawrence Comptony são membros da nobreza, sendo Mark visconde e Lawrence duque, essa posição privilegiada e a imensa futurna que ambos possuem, assegurou que os dois não fossem punidos.

Julianne Denise é dona de uma das principais empresas do setor alimentício, com uma fortuna avaliada em oito bilhões de libras aproximadamente, também garantiu não só a sua liberdade, como ajudou a limpar o nome de seu partido.

"Enquanto houver impunidade, não iremos descansar" disse Oliver Goldman, amigo, padrinho e tutor do filho do casal Park."

— Ai meu Deus, vai começar tudo de novo? — Perguntou Ellie largando o jornal.

— Tudo o que? — Perguntou Cath.

— Quando acusam o meu pai, geralmente sobra para mim e para o Henry, não estou tirando a razão de haver uma investigação, acredite, mas eu só queria que os outros soubessem separar as coisas....

— Calma, Ellie, seja o que for, estaremos do seu lado — disse Brianne, sendo ecoada por todos da sala.

— Ela tem razão, Ellie — disse Peter segurando em sua mão.

— Obrigada gente, eu vou precisar mesmo de vocês, eu acho...

Suas piores suspeitas se confirmaram, na manhã seguinte, quando a publicação saiu no jornal e em diversas páginas da Internet, toda a escola começou a hostilizar Ellie e Henry.

— Vocês deveriam ter vergonha

— Filhos de assassino

— E o Park? Será que ele poderá ter a vida boa que vocês tem?

Henry não aceitava as provocações tão bem quanto Ellie.

— Se você sabe que minha família é assassina, acha mesmo que eu vou deixar barato isso? Eu sou o futuro duque de Iowan, não ouse falar de mim! — Gritou ele para uma garota no almoço.

— Calma, Henry, não adianta nada isso, pelo amor de Deus! — Disse Chelsea o puxando para a mesa aonde estavam sentados.

— Isso só piora as coisas, Henry! — Reclamou Ellie.

— Eu não vou deixar que ninguém fale mal de você na minha frente — disse Peter entre os dentes.

— Peter, calma, não é a primeira e nem provavelmente será a última vez que isso acontece conosco por causa do meu pai — disse Ellie enquanto observava o jovem Bryan Park sentado e visivelmente constrangido em uma mesa perto, junto com a irmã dos gêmeos, Aurora Ansoni. Ele recebia tapinhas nas costas dos alunos que passavam e mensagens de apoio.

Bryan a olhou, Ellie não sabia se desviava os olhos ou não, ele não parecia ter ódio no olhar, nem indiferença, ele parecia a compreender, algo em seu olhar mostrava uma bondade genuína.

— Will, Jamie, vocês arranjariam uma conversa com o Park? — Perguntou Ellie, fazendo todos na mesa a olharem.

— Você tem certeza que isso é uma boa ideia agora, Ellie? — Perguntou Jaime.

— Não, mas eu quero, vocês me arranjam? — Perguntou Ellie.

— Considere feito — disse Will.

Ellie recebeu o recado no final da tarde de que Bryan aceitou conversar com ela depois das aulas na beira do lago.

— Quer que eu vá junto? — Perguntaram tanto Chelsea quanto Peter para ela.

— Nem pensar, eu preciso fazer isso sozinha... — Disse Ellie, indo em direção ao local marcado e encontrando o rapaz sentando em um banco sozinho, olhando concentrado para o horizonte no lago.

— Posso me sentar aqui? — Perguntou Ellie para o rapaz ruivo.

— Pode, claro — disse ele abrindo espaço para ela.

No começo, os dois ficaram em mais absoluto silêncio, pensando no que falar ou como falar, pelo menos Ellie estava assim.

— Eu sei que você não é culpada, Eleanor, nem você e nem o seu irmão, apesar dele ser culpado de ser insuportavelmente metido, você não matou meus pais e nem ele, e eu nem posso afirmar se o seu pai fez isso também sem um julgamento — disse Park ainda olhando o horizonte, Ellie não sabia o que falar depois disso.

— Eu sinto muito por isso, por seus pais, por tudo, por toda atenção que você recebe por isso e não parece gostar, eu me sinto tão responsável de algum jeito, queria poder fazer algo por você, mas sei que não posso e sei que não que eu pudesse fazer lhe devolveria seus pais...

— Não mesmo, mas você pode fazer algo sim — disse Park finalmente a olhando.

— O que? — Perguntou Ellie espantada e ansiosa por poder ajudar o menino de alguma forma.

— Quando você ficar mais velha, adulta, dona de si, seja diferente, faça a diferença com o seu nome e dinheiro, isso já me ajudaria muito — disse ele delicadamente, fazendo Ellie sorrir.

— Eu prometo fazer o máximo para isso — disse Ellie, enquanto Park dividia com ela um sorriso sincero.

— Ótimo, então já me ajudaria muito.

— Você é tão maduro, como pode? — Perguntou Ellie, fazendo o rapaz dar uma risada.

— Cresci com um padrinho maravilhoso que é artista e não muito bom com horários, ele me ensinou a ajudá-lo com isso, e eu por minha vez, aprendi a ser responsável com ele, foi uma troca boa.

— Parece ter sido, fico feliz que tenha tido alguém que te amasse — disse Ellie.

— Tive sim, tive muito, a família Ansoni também foi uma dessas pessoas.

Ellie e Park conversaram por muito tempo sobre as suas vidas, para o espanto daqueles que passavam e a viam, ela viu o menino especial que ali tinha e ficou feliz de ter o prazer de conhecê-lo melhor como um amigo.

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