Written In The Stars S02

By SkyWithDiamond

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CONTINUAÇÃO DE WRITTEN IN THE STARS Após onze anos, Clarke e Lexa continuam vivendo seu conto de fadas, agora... More

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Hunger and Games
Sundays Traditions Part I
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The Birth of a Hungry Unicorn
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Home(sick)
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The Kids Aren't Alright
No More Secrets
Happy Birthday
Answers
The Untold Story
Talent Show
Oh Na Na
Perfect Timing
Infinity

Knockin' On Hell's Door

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By SkyWithDiamond

...

- Anya... – Becca estava com pavor em seu rosto, ela buscou pelos olhos de Anya que não sabia o que fazer – Eu vou morrer.

HORAS ANTES

- Anya... – Lexa estava ao sofá com Anya ao seu lado, ela ouvira toda a estória que sua amiga havia contado e se amaldiçoou por todas as vezes que havia julgado Becca – Eu não sei o que dizer – a artista deu de ombros, doía tanto que até quando respirava ela sentia uma pressão seu peito.

- Eu preferia que ela fosse apenas uma megera sem coração, sem uma estória triste ou algo assim.

- Para que você não precisasse ter compaixão por ela?

- Não, porque eu preferia que ela não sentisse essa dor, que ela não tivesse passado por tudo o que passou para se tornar o que é hoje. Como alguém pode culpar a filha pela a morte da mãe, Lexa? Como alguém faz isso?!

Lexa levou uma mão a perna da amiga, seu olhar transbordava compaixão e Anya não sabia se era isso o que ela queria.

- Becca é uma mulher forte, Anya. Eu sei disso, você sabe disso, todos

- Você não entende Lexa. Ela se mostra assim para disfarçar como realmente se sente, eu só queria encontrar um jeito de poder ajudá-la, só isso – Anya respirou fundo e enxugou suas lágrimas, ela estava exausta de tantas coisas.

- Eu entendo Anya, eu realmente entendo e sei o quanto isso está mexendo com você, mas se Becca não se deixar ajudar não há nada que você possa fazer – Lexa pegou a mão de Anya, querendo mostrar que estava ali para o que ela precisasse – Você a ama?

- Eu só quero que ela fique bem, só isso – respondeu como se já esperasse pela pergunta. Lexa sorriu com o que ouvira.

- É, você a ama – informou fazendo Anya girar os olhos. Ela observou a artista levantar e Lexa fez o mesmo – Ela finalmente se abriu para você, e não digo sexualmente até porque isso provavelmente já aconteceu várias vezes – Anya não conseguiu segurar o sorriso diante do comentário – Mas enfim, ela se abriu , vocês conversaram, dê um tempo a ela. A exposição acontece dentro de poucos dias, depois disso você volta a procurá-la.

Lexa abraçou a amiga e Anya sorriu, ela não saberia o que fazer se não tivesse Lexa ao seu lado. A mais alta parecia não querer soltar a amiga e isso fez Lexa gargalhar.

- Amo você Lex – sussurrou em meio ao abraço – Obrigada por aturar meus surtos.

- Não é todo dia que você se apaixona, nem acredito que você cresceu tão rápido – disse em um tom dramático, Anya sorriu e soltou a amiga – Agora vai tomar um banho e descansar um pouco, pela sua cara não dormiu bem.

- Aden está por aqui? – perguntou lembrando que também ainda havia o drama de Aden, e ao julgar pelo o humor de Lexa, o garoto não havia contado o mais novo segredo.

- Deve está no quarto ou na sala de jogos – explicou. Lexa ouviu seu celular tocar e percebeu se tratar de Andy – Eu tenho que atender – Anya concordou e observou Lexa ir até o jardim como o celular grudado a orelha.

Anya seguiu pelo o corredor, parou e ouviu cochichos, assim que olhou para o lado viu as gêmeas entrarem no quarto e fecharem a porta, Anya estava cansada demais para confrontar aquelas duas então seguiu pelo o corredor, ouviu a música vindo do atelier de Clarke, e continuou até chegar à porta aberta onde Aden estava concentrado em algum jogo.

- Ei... – disse parando na porta. Aden pausou seu jogo e olhou para sua tia.

- Como ela está tia Anya? – perguntou tão baixo que a artista quase não entendeu. Anya fechou a porta e sentou-se na confortável poltrona ao lado da de Aden.

- Eu quem deveria está perguntando isso a você, como está?

- Estou bem, é sério tia – Aden entregou outro controle para Anya e colocou seu jogo para duas pessoas, Anya olhou para a tela a sua frente e decidiu jogar – Eu estava preparado para algo pior, mas saber a verdade me deixou mais leve, eu não tinha e não tenho mágoas por ela. Eu só quero saber se ela vai ficar bem – Aden esperou ansiosamente pela a resposta enquanto prosseguia com seu personagem no jogo.

- Becca é definitivamente o ser humano mais forte que eu já conheci, ela vai ficar bem – Anya sorriu quando derrotou alguns inimigos – Mas o que eu quero saber mesmo é como vai contar para suas mães – ao dizer isso Aden se descuidou e acabou morrendo, ele falou algo incompreensível e deixou o controle de lado.

- Eu não acho uma boa ideia contar, quero dizer, estamos bem certo?

- Não, não, não mocinho. Da ultima vez que essa família guardou um segredo no qual eu sabia suas mães quase se separaram, você não pode esconder isso delas Aden, principalmente quando Becca é alguém próximo de todos nós.

- Mas

- Mas nada, se você quiser eu estarei ao seu lado quando você contar, mas eu não vou deixar você esconder isso. Elas merecem saber – Anya levantou e entregou o controle para o sobrinho – A propósito, você é péssimo nesse jogo – Aden sorriu e Anya bagunçou os cabelos do garoto, o que o fez perceber que quando alguém que não era Lexa bagunçava seus cabelos ele não gostava.

- Eu vou contar, mas depois da exposição – as palavras do garoto saiu mais como um pedido do que como uma afirmação – Mamãe está focada nesse projeto e isso com certeza o meu segredo iria interferir na parceria entre ela e Becca, depois da exposição eu prometo que conto – Anya tinha que concordar com o pensamento do sobrinho, isso poderia arruinar a exposição.

- Assim que a exposição terminar você conta, enquanto isso eu acho melhor você não encontrar com Becca – Aden concordou, ele poderia esperar alguns dias para começar sua nova amizade – Eu vou descansar um pouco, e mais tarde eu deixo você ter sua revanche – Anya apontou para o jogo e Aden girou os olhos, não queria admitir que sua tia fosse melhor que ele no seu jogo favorito.

Anya saiu da sala de jogos e novamente viu as gêmeas correrem para o quarto, dessa vez elas tinham algo na mão, parte de Anya havia ficado curiosa e quis seguir as duas, mas seu cansaço falou mais alto e a artista entrou no quarto de hóspedes.

...

- Andy, não! Clarke não gosta disso – Lexa estava perdendo a paciência com uma das pessoas mais eficientes de sua equipe – Eu não acredito que vou dizer isso, mas passa o telefone para Octavia – pediu já se arrependendo. Lexa ouviu algumas vozes aleatórias até que a de Octavia prevaleceu.

- Lexa, eu já disse que agora eu sou responsável e estou trabalhando mesmo no sábado – respondeu e Lexa pôde ouvir a amiga bocejar.

- Indra que cuidou disso da ultima vez, mas aparentemente ela perdeu a memória e não lembra de que tem uma vida aqui, então... – Lexa suspirou ainda incerta se deveria fazer aquilo – Eu quero fazer a cerimonia da renovação de votos após a exposição, e como eu não sei como organizar eu preciso que você

- VOCÊ ESTÁ ME PEDINDO PARA ORGANIZAR A CERIMONIA? – Lexa poderia ouvir claramente a animação da amiga.

- Na verdade eu queria que você tentasse falar com Indra e pedisse que ela organizasse tudo seja lá onde ela estiver – explicou e houve um enorme silêncio do outro lado que durou mais do que o normal se tratando de Octavia.

- Claro, Indra.

- Estou brincando O, você que vai organizar.

- LEXA NÃO BRINCA COMIGO! SÉRIO? EU VOU ORGANIZAR A CERIMONIA?

- Claro que não Octavia, eu estava brincando de novo, conheço você o bastante para saber que não devo confiar algo assim em suas mãos, sem ofensas – explicou e Lexa apostava todas as suas fortunas de que Octavia havia girado os olhos.

- Eu queria poder dizer que te odeio, mas não consigo nem mesmo quando você me humilha – Lexa sorriu ao ouvir o drama – Diz logo o que quer.

­- Eu já falei, quero que ligue para Indra e caso não conseguir, quero que filtre para mim os melhores organizadores da cidade, é de extrema importância que isso seja tão perfeito quanto foi nosso casamento.

- Nosso casamento não foi perfeito Lexa, estávamos bêbadas e casamos na presença de Elvis.

- Não o meu e seu Octavia! Céus! – Lexa tentou, não uma ou duas vezes, mas varias vezes levar Octavia para uma consulta neurológica, mas a advogada se recusava e dizia que não era doença ser um pouco lenta – Estou falando do meu casamento com minha esposa, Clarke.

- Oh... – Octavia ficou calada por alguns instantes, e Lexa não gostou do silêncio repentino – Ok, vou tentar falar com Indra e qualquer coisa procuro por alguns organizadores, só me manda uma mensagem com todas suas exigências e eu passo para um deles.

- Tudo bem, te mando uma mensagem com tudo o que deve ter nessa cerimonia , não se preocupe com gastos, eu só quero que seja inesquecível.

- Não se preocupe.

- Ah, e eu quero algo pequeno.

- Certo, pequeno e inesquecível.

- Ah outra coisa, apesar das minhas piores lembranças serem daquele lugar, que graças a você ainda me apavora, Clarke sempre quis voltar ao Havaí então talvez seja uma boa ideia que seja lá, outra coisa eu n – Lexa não ouviu nem mesmo o barulho de respiração na outra linha – Octavia? O, está me ouvindo? OCTAVIA!

- Céus Lexa, não precisa gritar, estou ouvindo e anotando – mentiu, ela acabara de receber uma mensagem da corretora e não era tão boa assim – Eu vou fazer o que você pediu e ligo depois ok?

- Tudo bem, volta a assistir sua série porque eu sei que você não está trabalhando – implicou e tudo o que ouviu foi o final da ligação – Nossa, depois eu que sou rude – murmurou.

Lexa ouviu um barulho estranho e o seguiu, abriu a porta e ainda curiosa saiu de casa e caminhou até a saída, ela viu o caminhão de mudanças e a mesma corretora que havia vendido a casa à Lexa.

- Bom dia Sra. Griffin Woods – cumprimentou a senhora com um largo sorriso.

- Bom dia, novos moradores? – perguntou curiosa, o sorriso da outra mulher era gigante, havia fechado um ótimo negócio.

- Sim, mas não se preocupe, em nenhum momento eu comentei que iriam morar ao lado de celebridades – Lexa sentiu-se um pouco mais aliviada, era óbvio que em algum momento os moradores iriam descobrir que se tratava de Lexa, mas a atriz ainda teria alguns dias até isso acontecer.

- O que houve com os Pearson? Adorava tê-los como vizinhos – Lexa viu os homens começaram a entrar com móveis e a se comunicarem mais alto do que o normal, a corretora se aproximou para ficar ao lado de Lexa.

- Ninguém sabe, colocaram a casa a venda de uma hora para outra sem dar um motivo concreto, mas enfim, não sou de fofoca, o bom é que é uma casa magnifica e não foi tão difícil de vender – a simpática mulher aproveitou a falta de atenção de Lexa e tirou uma selfie desajeitada, logo sorrindo envergonhada quando Lexa percebeu.

- Tenha um ótimo dia – disse a atriz voltando para a casa.

...

Octavia tinha sua cabeça deitada sobre as pernas da esposa, Raven havia passado no escritório depois que a esposa havia ligado dizendo a notícia da casa. Raven afagava os cabelos da outra em um modo de confortá-la.

- Meu amor, podemos procurar por outra casa... – incentivou, porém Octavia não respondeu. Raven sabia o quanto aquela casa era importante para a esposa – Eu liguei para a corretora e perguntei se ela poderia esperar por mais alguns dias então poderíamos dar um lance maior, mas ela não aceitou, aparentemente tem alguém mais desesperado do que você para morar naquela casa. Provavelmente descobriram que a casa ao lado pertence à Lexa. Amor... não chora

- Eu não estou chorando – comentou com a voz embargada, Raven continuava com sua mão carinhosa nos cabelos negros da esposa.

- Sim você está.

- Não é justo – Octavia voltou a ficar sentada e olhou para a esposa, tinha os olhos lacrimejados e a qualquer momento as lágrimas desceriam – É só que... Eu me imaginei morando ao lado das minhas melhores amigas, nossos filhos crescendo juntos como uma grande família, almoçaríamos juntas aos domingos, eu sairia de casa para pegar o jornal e daria bom dia a Lexa quando ela fizesse o mesmo – Raven não queria gargalhar, porém estava sendo difícil quando sua esposa fazia um drama por conta de algo pequeno.

- Primeiro, nós moramos relativamente perto de Lexa e Clarke, nossos filhos com certeza crescerão na companhia dos Griffin Woods, nós não só almoçamos aos domingos como também em alguns dias da semana na casa delas, e em que ano você acha que está para achar que ainda entregam jornais na porta de casa? – Octavia deu de ombros e Raven se atreveu a gargalhar – Meu amor, eu conheço você mais do que você acha que eu conheço – Octavia não olhou para a mulher, parecia que todos os seus segredos estavam prestes a serem revelados – Me diz qual é o real motivo de querer aquela casa?

Octavia suspirou e deixou seu corpo cair sobre as costas do sofá, ela levou uma almofada ao rosto e Raven tirou de imediato, esperando que a mulher falasse algo.

- É só que... Não sei, se eu falhar? Se algum dia você não estiver e eu falhar com as crianças? Se eu morasse ali eu poderia correr e Lexa ou Clarke salvariam as crianças de qualquer bobagem que eu venha a fazer, eu sei que eu disse que tudo ficaria bem, mas e se eu arruinar tudo Rae? – e finalmente as lágrimas de Octavia desceram, e dessa vez não havia um sorriso no rosto da outra.

Raven trouxe a esposa para seus braços e a abraçou, ela não havia imaginado que aquela era a insegurança de Octavia, e se sentiu a pior pessoa por não ter perguntado antes. Raven beijou o rosto da esposa, parando em seus lábios, mas Octavia não parecia com vontade de retribuir o beijo, Raven enxugou as lágrimas da esposa e nem ao menos percebeu que seus olhos também estavam a traindo.

- Você arruinar? Você será a melhor mãe que alguém já teve Octavia! – a empolgação de Raven causou um singelo sorriso na esposa – Você não precisa morar próximo de Lexa ou Clarke, você não precisa se preocupar com isso porque eu sei que com você ao lado das crianças nenhum mal vai chegar a elas – Raven levou suas mãos ao rosto da esposa, o toque suave e delicado de Raven acalmou Octavia – Quando o dia finalmente chegar eu vou aprender a ser uma boa mãe, mas você... Você já é – o sorriso de Raven era tão grande quanto o de Octavia – Você é uma mãe, sem um bebê – Octavia gargalhou ao entender a referência na fala da esposa. Raven soltou o rosto da esposa e segurou suas mãos.

- Eu nunca vou cansar de amar você, eu te amo Rae... – confessou finalmente bem depois da conversa.

- Eu também te amo, mas agora eu tenho que ir. Preciso encontrar com Luna e mais tarde volto aqui para te buscar ok? Podemos ir naquele novo restaurante que abriu a algumas quadras daqui – Raven levantou e beijou o rosto da esposa – Agora volta para o que seja lá o que você estava fazendo... – deu outro beijo na esposa e saiu da sala da mulher.

- Que Indra o que, eu vou organizar tudo e Lexa vai ficar tão feliz que vai finalmente me dar uma oportunidade como atriz – Octavia pulou do sofá e correu para sua mesa, fechou as abas desnecessárias e pesquisou o que seria preciso para organizar uma cerimonia de casamento.

...

Lexa bateu duas vezes na porta do atelier e ouviu a permissão de Clarke, a atriz viu algumas telas viradas de costas, Clarke nunca mostrava uma obra pronta antes da exposição. Lexa observou Clarke continuar com suas pinceladas firmes sobre a tela, a expressão não parecia agradável e Lexa se perguntou se estava encrencada.

- Tranque a porta – ordenou sem tirar seus olhos da tela e sem deixar de conduzir suas mãos para o desenvolvimento da figura.

Lexa obedeceu à esposa e girou a chave na porta, deixando impossível alguém entrar sem permissão. A atriz continuou parada e sem falar uma palavra.

- Tire suas roupas – novamente ordenou Clarke e Lexa ficou ainda mais confusa. A loira parou seus movimentos e se limitou a olhar para a mulher – Tire suas roupas.

Lexa não entendeu como exatamente aquelas palavras não foram questionadas, aos poucos ela foi se despindo e Clarke se aproximou, levou uma mão ao pescoço de Lexa e seus olhos se encontraram, Lexa ainda não entendendo se aquilo a levaria ao sexo ou não.

- Só falta uma obra para finalizar tudo – explicou como se fosse um segredo, o sussurro mais rouco do que o normal, enquanto ela tentava ao máximo não agarrar a esposa ali mesmo – Eu sempre disse que você era minha obra favorita, bom, agora vai ser oficial – complementou e pegou a mão de Lexa levando-a para diante de sua tela – Seja minha musa – pediu. Lexa sentiu um frio na barriga aumentar e uma vontade enorme de ter Clarke ali mesmo, porém ela sabia o quão profissional era a esposa.

Clarke posicionou Lexa exatamente como ela queria, e sem dizer uma palavra voltou a pintar dessa vez alternando seu olhar entre a tela e a mulher mais linda que seus olhos chegaram a ver.

...

- DROGON! VOLTA AQUI! – gritou Alicia, porém o cachorro continuava a correr para longe – MAMÃE! – disse voltando-se para a mãe que estava muito bem sentada sobre a grama verde daquele belo lugar.

- Não vá muito longe Ali – ordenou e a garotinha concordou para logo depois correr a procura de seu cachorro.

Dany reposicionou seus óculos escuros e tirou uma fruta da pequena cesta sobre o pano, a mulher observou o local e sorriu gostando daquele dia, não havia nada melhor do que passar o dia com sua filha, sem interrupções ou pessoas inconvenientes, e parque da cidade era uma ótima opção para aquilo. A mulher pegou o celular e procurou por um nome em especifico, olhou para o nome de Sansa e seus dedos tentavam mandar uma mensagem, porém a insegurança da mulher impediu que isso acontecesse, ela negou com a cabeça e bloqueou novamente o celular. Há pouco tempo havia ligado para Lexa, porém a mulher não atendia, assim como Missandei, então ela resolveu esperar um pouco até entrar em contato com Sansa.

Alicia parou quando suas pernas a cansaram, ela tentou recuperar o fôlego quando seu cachorro finalmente parou de correr.

- Dr.. Drogon! – chamou com a voz desgastada, ainda tentando recuperar o fôlego.

- Drogon? É um belo nome – respondeu a mulher fazendo carinho no filhote de Alicia, ele latiu ao ver o cachorro maior ao lado da mulher, parecia ameaçado – Não se preocupa amiguinho, Lady não morde – comentou.

- Ela é linda! – disse Alicia encantada com a cadela que mais parecia um lobo.

- Ela é um doce, vem – chamou e Alicia se aproximou, ainda com um pouco de medo tocou em Lady que lambeu o rosto de Alicia e fez Drogon voltar a latir – Parece que seu amigo não gostou muito.

- Drogon é ciumento – respondeu sorrindo e pegando o seu cachorro o colocando em seus braços – Eu sou Alicia – se apresentou estendendo sua mão para a mulher.

- Sansa – retrucou.

- SANSA! – Sansa olhou para trás e viu o garoto que parecia ter corrido uma maratona por conta das bochechas rosadas e o suor no rosto.

- Ei Artur – disse ao ver o paciente – Acho que está na hora de voltarmos, a Madre liberou você apenas por duas horas – alertou e viu o garoto se entristecer, Alicia sentiu pena ao ver a cena, mesmo sem entender. Sansa olhou para a garotinha e sorriu – Foi um prazer te conhecer Drogon, e você também Alicia – Alicia apenas sorriu, a garotinha olhou para o garoto e sorriu para o mais velho.

- Tchau Lady! – acenou Alicia para a cadela ao lado de Sansa – Tchau Dona Sansa – Sansa gargalhou com o "dona" e acenou. Alicia os observou irem embora, Artur mesmo longe se virou para olhar novamente para a garotinha e Alicia continuou a sorrir para ele mesmo sem saber o motivo – Vamos Drogon, mamãe deve está preocupada.

Alicia correu de volta para sua mãe, ela viu a mulher tirar os olhos do celular e finalmente lhe encarar.

- Drogon e eu fizemos novos amigos, mamãe – comentou soltando o cachorro e sentando-se ao lado da mulher, Drogon subiu nas pernas de Dany e se acomodou ali.

- Isso é ótimo minha querida, onde eles estão? – perguntou animada, Alicia sorria toda vez que Dany mostrava interesse em algo bobo que acabara de contar.

- Eles foram embora – respondeu, a garotinha se aproximou ainda mais da mãe como se estivesse prestes a contar um segredo – Drogon ficou com ciúmes – sussurrou para que o cachorro não ouvisse.

- Você pode me ajudar com um conselho? – perguntou a mais velha. Alicia trouxe Drogon de volta para seus braços e concordou com a pergunta da mãe – Esses novos amiguinhos que você acabou de conhecer, hum... Se você realmente quisesse vê-los de novo, você ligaria para eles? – Dany não tinha ninguém disponível para conversar sobre aquela sua dúvida, viu que não era mau algum incluir sua filha nisso.

- Não mamãe – respondeu e definitivamente não era o que Dany queria ouvir.

- Não?

- Não, eu pediria para você ligar porque eu não tenho celular – explicou e Dany gargalhou, ela beijou os cabelos da filha – Se você fez novos amigos não há mal algum em ligar para eles, mamãe. Liga – pediu. Dany mordeu o lábio inferior ainda incerta – Tia Missandei e a Sra. Griffin Woods não vão ficar chateadas se você fizer um novo amigo – Alicia levantou quando Drogon pulou de seus braços e correu atrás de alguma bola – DROGON! DE NOVO NÃO! – Alicia correu e Dany observou sua filha voltar a correr atrás do filhote.

A empresária tocou no nome de Sansa e enquanto a ligação se encaminhava Dany ficou tentada em desligar, até que a voz suave da mulher ecoou por sua orelha.

- Dany?

­- Hum... Oi, Sansa – Dany não sabia o motivo de está nervosa com uma simples ligação, só esperava que a psicóloga não percebesse isso.

- Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Na verdade eu estava pensando na sua proposta, sabe? De me contar mais sobre seu trabalho com as crianças e tudo, se não estiver muito ocupada poderíamos nos encontrar mais tarde ou não...

- Eu adoraria, mas infelizmente não posso.

- Oh... Não, tudo bem. Eu tenho que ir agora, eu

- Não espera! – o chamado foi tão impaciente que Dany não falou nada – Eu realmente queria ir, mas estou indo ao orfanato agora e depois tenho esse jantar beneficente para ir. Vou falar um pouco sobre o trabalho que faço com as crianças e ver se consigo algum apoio financeiro para expandir e tirar minhas ideias do papel. É um pouco entediante quando se vai sozinha, e eu realmente adoraria ter uma acompanhante nessa noite – Dany voltou a prender o lábio inferior achando que sabia onde aquela conversa a levaria – Não estaria interessada em ir? Eu vou entender se não puder.

­- Não, eu adoraria acompanhar você.

- Sério? Ótimo, me passa seu endereço que eu pego você às dezenove.

- Certo, então até mais.

- Até... ­

A ligação foi finalizada com um sorriso em ambos os lados.

...

Taylor e Elyza estavam no quarto de uma delas, a porta fechada, mas para não arriscar seu plano elas sussurravam repassando tudo o que tinha na cabeça.

- Isso é tão bobo Lyz! Não vai dar certo, funcionou com mamãe e mamy porque elas se amam – argumentou Taylor já começando a se arrepender de ter dado ouvidos ao plano da irmã.

- Bella e tia Any também se amam, só são bobas demais para falar uma para outra – Elyza levantou do chão e colocou suas mãos na cintura parecendo ainda mais confiante - E não importa quanto tempo passe elas só vão sair de lá quando falarem que se amam, nem que isso demore dez anos.

- Você não pode prendê-las por dez anos, precisamos alimentar Clexon e Clexon Jr até às oito horas senão eles morrem de fome.

- Nem que isso demore até às oito horas – corrigiu com a mesma segurança de antes.

Taylor também levantou do chão e ficou ao lado da irmã. Elyza olhou para seu relógio de pulso que tinha o rosto da mulher maravilha onde os ponteiros se moviam, ela não sabia as horas ainda, mas gostava de olhar para o rosto daquela pessoa no objeto.

- Que horas são Lyz? – perguntou Taylor sabendo que a irmão tinha ideia mesmo com o relógio ali.

- É hora de você comprar seu próprio relógio e parar de me perguntar que horas são, as horas são minhas, compre a sua – disse cruzando os braços não gostando da implicância. Taylor se aproximou e beijou o rosto da irmã que de repente deixou sua irritação ir embora – Me dar o celular da mamãe – pediu e Taylor entregou – Agora fica na porta de vigia até Bella chegar, quando ela chegar coloca ela no jardim que eu faço o resto.

- Se isso der errado é tudo culpa sua – retrucou a outra logo marchando para fazer o que a irmã havia ordenado.

- Se isso der errado é tudo culpa sua – imitou Elyza fazendo uma voz irritante. A garotinha subiu em sua cama e procurou pelo o nome de Becca, porém demorou alguns minutos para ela entender que não estava como "Bella" e sim "Becca" – Mamãe é boba, escreveu o nome da Bella errado – comentou gargalhando fraco ao ver o erro da mãe.

"Deu tudo errado não sei se vou conseguir terminar de pintAr. Tô mutio triste e precizo de você aqui, AGORA? Vem correno, mais cuidado com o tranzito, não quero que vocÊ morta. Sou eu Clarke a mais bela de todas"

Elyza terminou de digitar e sorriu orgulhosa quando enviou a mensagem para Becca, segundos depois o celular de Clarke vibrou mostrando a foto de Becca e Elyza não atendeu, se fizesse isso seu plano não iria funcionar, Becca voltou a ligar e depois da terceira tentativa pareceu se cansar, Elyza sorriu sabendo que a mulher provavelmente estava a caminho.

Em menos de uma hora Becca apareceu na casa dos Griffin Woods, a mulher estava tão assustada, não sabia se o motivo do chamado um tanto estranho de Clarke fosse por conta de Aden, seu coração parecia querer sair pela sua boca com a ideia disso acontecer, não sabia se estava preparada para enfrentar aquilo. Ao chegar à casa das mulheres Becca deu de cara com uma das gêmeas e logo percebeu que se tratava de Taylor, já que Elyza sempre errava seu nome. A garotinha direcionou a mulher até o jardim e deu ordem para ela não sair dali, e por algum motivo Becca obedeceu, estava muito presa em seus pensamentos para confrontar a pequena.

- LYZ! LYZ! ELA CHEGOU! – gritou Taylor entrando de volta no quarto. Elyza pulou da cama animada – E agora?

- Agora deixa comigo – disse com um sorriso diabólico. Elyza ficou ao lado da irmã que ainda parecia incerta do plano – Clexon e Clexon Jr estão no jardim? – Taylor concordou – Agora é minha vez.

Elyza caminhou para o quarto de hóspedes, ela viu Anya adormecida na cama, as pernas para um lado, as mãos para o outro, o cabelo bagunçado e vez ou outra murmurava algo que deixou Elyza preocupada, se perguntando com quem sua tia estava falando. A garotinha se aproximou da cama e respirou fundo.

- TIA ANY ACORDA! – gritou e Anya imediatamente endireitou seu corpo ao ouvir aquela voz aguda – VAI TODO MUNDO MORRER! MAMY! LÁ NO JARDIM! TIA ANY ME AJUDA! – Anya percebeu as lágrimas nos olhos da criança e correu ao ouvir claramente algo como jardim.

Lyz sorriu e correu atrás de Anya pela a casa, ela incentivava a mulher a ir mais rápido falando palavras chaves como "vai todo mundo morrer". Anya acabou escorregando no final da escada, mas isso não a atrapalhou, ela voltou a ficar em pé e correr para o jardim, quando finalmente chegou ao lugar ouviu a porta de vidro sendo fechada atrás de si.

Anya ainda estava confusa demais para sua mente funcionar de forma clara, tudo o que ela conseguiu absorver era quem estava no jardim, as gêmeas estavam ao seu lado e um pouco próxima da piscina estava Becca sentada em uma das cadeiras. Anya voltou a olhar para as gêmeas e Taylor apontou para sua irmã.

- VOCÊ QUE DEU A IDEIA DE FAZER O PLANO! – rebateu Elyza ao ver a irmã jogando à culpa para ela.

- MAS FOI VOCÊ QUE PENSOU NESSE PLANO! – argumentou Taylor sabendo eu havia sido um péssimo plano.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! – foi a vez de Anya gritar.

Em sincronia as gêmeas deram dois passos para trás. Elas se olharam como se estivessem entrando em um acordo de quem iria falar primeiro.

- É o seguinte tia Any e Bella... – Elyza sorriu para Becca e acenou para a mulher, logo voltando sua atenção para Anya – todo mundo se resolvendo, eu e Tay sabemos que vocês duas se gostam, mas não falam nada, isso faz mal para o coração, guardar sentimentos, não é Tay?

- É verdade eu assisti um documentário sobre isso – explicou e Anya não duvidava de que a garotinha realmente havia assistido a um documentário.

- Então a gente vai prender vocês duas até vocês admitirem isso – explicou Elyza com a maior naturalidade do mundo, de longe Becca sorria achando absurdo aquele plano – Eu queria deixar vocês aqui por dez anos se fosse preciso, mas só posso prender vocês até oito horas porque Clexon e Clexon Jr precisam comer.

Anya buscou o olhar de Becca, ela já não sabia se estava irritada com aquilo. Elyza parecia confiante em seu plano e Anya gargalhou abalando a confiança da garotinha.

- E por que você acha que vamos ficar presas aqui? – questionou a artista se abaixando na altura de Elyza.

- Porque mamy e mamãe estão no atelier e não sei quando elas vão sair, Aden não vai sair do quarto tão cedo e eu e Tay vamos sair daqui e fechar a porta com a chave, assim não vão sair.

- E como vai fazer isso? Eu posso muito bem sair primeiro que você, minhas pernas são longas e eu corro mais rápido – implicou Anya com um sorriso irritante.

- Será? – disse Elyza. Ela trocou olhares com a irmã e depois disso empurrou Anya, que caiu para trás na grama – CORRE TAY! – as duas correram para fora do jardim e antes que Anya pudesse correr elas já haviam trancando a porta de vidro.

As gêmeas fizeram hi-five ao conseguirem elaborar e executar o plano.

- CLEXON! NÃO DEIXA BELLA SAIR DAÍ! – gritou Elyza.

Prontamente Clexon se pôs ao lado da cadeira da mulher e rosnou para ela.

AGORA...

- Anya... – Becca estava com pavor em seu rosto, ela buscou pelos olhos de Anya que não sabia o que fazer – Eu vou morrer – Becca nunca contou para ninguém sua fobia de cachorros, e aquele por mais adorável que pudesse parecer nas outras visitas, agora parecia querer arrancar a pele da mulher – ANYA! – gritou por ajuda enquanto Clexon continuava a rosnar para ela.

- Isso é culpa sua, talvez houvesse um motivo para eu ter esquecido Elyza no supermercado, mas não, você foi lá e a trouxe de volta – disse frustrada se aproximando da mulher.

- EU OUVI ISSO TIA ANY! – Anya ignorou o comentário da sobrinha e puxou uma cadeira para sentar ao lado da mulher que agora estava amedrontada.

- Não se preocupe, ele só mordeu Octavia uma vez, e ela está ainda viva – explicou ignorando o rosnado do cachorro mais velho.

- Eu deveria ter imaginado que aquela mensagem cheia de erros não poderia ser de Clarke – disse ao lembrar-se da pequena mensagem que recebeu do celular da loira. Becca não acreditou que havia caído naquele golpe barato.

- Você ficaria supressa com o que essas duas podem fazer quando colocam algo na cabeça – afirmou lembrando-se de diversas encrencas envolvendo aquelas duas crianças.

Houve um momento de silêncio, nenhuma das duas pareciam querer continuar algum tópico para entreter aquele momento, até que Becca se viu pensando em Aden e em toda conversa que tiveram.

- Elas sabem? Clarke e Lexa já sabem? – perguntou tentando tirar sua atenção do cachorro.

- Conversei com Aden e ele acha melhor contar depois da exposição, caso contrário isso pode acabar prejudicando muita gente envolvida nesse evento – explicou achando adorável o modo como Becca tentava ignorar o cachorro.

- Ele é tão maduro, elas devem ter orgulho dele – Becca sorriu fraco, porém um sorriso verdadeiro.

- Não imagina o quanto – retrucou.

Anya olhou para trás e viu que as duas garotinhas continuavam grudadas a porta, observando cada movimento que se passava no jardim. Anya girou os olhos e voltou para Becca.

- Ei, você se lembra daquela vez que – Anya continuou a relembrar um dos momentos engraçados envolvendo ela e Becca, foi uma estória curta, porém que causou gargalhadas na mulher ao seu lado, ela logo esqueceu que havia um cachorro pronto para atacar.

**

- O que você acha que elas estão falando? – perguntou Taylor não conseguindo ouvir a conversa das mulheres.

- Não importa, vamos saber quando elas se acertarem – explicou nunca deixando seus olhos irem para outro lugar a não ser Anya e Becca – Wow! Olha aquela borboleta – disse tirando sua atenção das mulheres ao ver a linda borboleta que pousou no vidro da porta.

...

- Por favor, quando quiser ir embora me fale, eu sei o quanto esses eventos podem ser entediantes – alertou Sansa para a mulher ao seu lado.

- Bom, não pode ser tão ruim quando se está em boa companhia – Dany nem ao menos soube como aquelas palavras saíram de sua boca sem permissão, Sansa por outro lado sorriu ao ver o rosado natural nas bochechas da mulher.

- Eu estou feliz por você ter aceitado, obrigada – agradeceu mais uma vez, Dany sorriu em resposta e as duas foram cumprimentar alguns rostos conhecidos por Sansa.

A psicóloga estava surpresa com a simpatia de Dany para com pessoas desconhecidas, era como se a mulher soubesse exatamente o que falar e em como se expressar, Sansa por mais que conhecesse os outros era apenas coadjuvante naquele lugar. A psicóloga sorria a cada comentário entusiasmado de Dany e a cada expressão de preocupação quando o assunto exigia isso, não era uma máscara ou um falso engajamento, Dany realmente parecia interessada em cada tópico que envolvia a importância dos orfanatos, Sansa não pôde deixar de se perguntar se havia uma estória por trás daquilo, se talvez Dany tivesse vindo de um lugar como aquele.

- Eu posso perguntar algo? – iniciou Sansa, as duas se afastaram um pouco dos conhecidos, Sansa estava curiosa para saber mais sobre a mulher ao seu lado – Qual a sua história? Tenho minhas apostas de que todo seu interesse pelos trabalhos no orfanato vai além de uma boa ação...

Dany olhou para a bebida em sua mão, Sansa entendeu que estava indo além do que Dany poderia lhe dar.

- Está tudo bem, eu não quero bancar a psicóloga em você, até porque seria antiético já que realmente espero que saia uma amizade entre nós – Dany levantou seus olhos para a bela mulher de cabelos ruivos – Eu sei que estou pedindo demais, mas... – Sansa sentia a estranha necessidade de saber mais sobre Dany, de tê-la um pouco mais ao seu lado – Uma parte do que arrecadarmos aqui com o jantar vai para um dos orfanatos que eu tenho meu projeto, seria pedir demais para você me acompanhar? Aposto que as crianças ficariam felizes em ver um outro rosto além do meu, aposto que já não me suportam mais – brincou tentando deixar o clima mais leve depois da outra pergunta.

- Dois encontros seguidos, Dra. Stark? – Dany não sabia se era o pouco álcool em seu organismo ou se já estava tendo a liberdade de flertar com a mulher diante de si.

- Talvez no terceiro possamos não falar de trabalho – Sansa piscou para a empresária que voltou a corar – Então o que me diz?

- Sobre o quê? O segundo encontro ou o terceiro?

- Sobre os dois – respondeu de imediato. Sansa ansiava por uma resposta, mesmo segura de que ouviria um sim.

- Parece ótimo para mim – finalmente respondeu causando um alivio em Sansa, e até mesmo uma animação prévia. Sansa ouviu seu nome ser anunciado no palco e viu que estava na sua hora – Boa sorte – desejou Dany se aproximando do palco para poder ver melhor a mulher.

...

Clarke soltou o pincel e Lexa se perguntou se por um descuido havia caído da mão da esposa. A artista havia terminado sua ultima obra, ela voltou a olhar para Lexa em sua pose ao chão, o olhar fixo da loira sobre Lexa fez a atriz engolir a seco, sua respiração de imediato ficou descompassada, Clarke tirou sua regata branca que já estava manchada por diversas cores de tinta, Lexa não se moveu, apenas observou Clarke tirar a calça jeans surrada, até que por ultimo tirou as peças intimas. A loira foi até Lexa e sentou-se sobre a barriga da mulher, Lexa podia sentir o sexo úmido de Clarke sobre seu abdômen.

A loira atacou os lábios de Lexa com os seus, um beijo caloroso, intenso, onde suas bocas e línguas sabiam exatamente como se moverem, se desejavam. As mãos de Clarke provocando, alcançando os seios de Lexa, causando gemidos na mulher que se perdia no beijo da esposa. Clarke moveu seus lábios úmidos para o maxilar de Lexa, logo descendo para a clavícula, sugando a pele macia e ardente. A respiração de Lexa parecia ainda mais ofegante enquanto sua mente se concentrava no prazer que os lábios de Clarke trilhavam, havia tanto prazer, que a dificuldade de respirar já não era um problema.

Clarke parou em um momento súbito, todo o seu corpo gritava por um contato maior com a pele quente de Lexa, porém Clarke parou, Lexa abriu os olhos para ver qual era o problema. A loira saiu de sua posição, deslizando até ficar entre as pernas da atriz, gentilmente abriu um pouco mais as pernas da outra e Lexa respirou fundo segurando um pouco mais sua ansiedade para ter os dedos de Clarke dentro de si.

Clarke lentamente lambeu a entrada de Lexa, que alcançou os cabelos da esposa incentivando-a a prosseguir, a língua de Clarke atingindo a umidade já muito presente, a loira levantou seu olhar para observar o prazer no rosto da esposa, a loira passou sua língua sobre seu lábio inferior conseguindo sentir o gosto de Lexa ainda presente ali, Clarke deu um meio sorriso para a esposa e Lexa tentou alcançar Clarke para beijá-la, porém a loira deixou a palma de sua mão tocar o sexo da atriz, e no mesmo instante Lexa desistiu de tocar a loira, pois havia perdido completamente o sentido do que fazer, a repentina onda de prazer voltando a alcançá-la.

- Me deixa mostrar o quanto você me inspira - a voz rouca fez Lexa morder o próprio lábio para não gemer alto, não queria que ninguém ouvisse o que estava acontecendo.

Com um olhar determinado de luxúria Clarke voltou a levar sua boca ao sexo da esposa, e dessa vez Lexa não conseguiu abafar os gemidos. Clarke fez um pequeno toque ao clitóris de Lexa, repetindo o toque de forma lenta e pausada, cada pausa irritava Lexa, porém também lhe dava prazer. A atriz gemeu pelas provocações. Então, Clarke beijou o clitóris de Lexa, prendendo-o em sua boca, girando com a língua suavemente, o prazer daqueles movimentos deixavam Lexa sem fôlego. Clarke se deixou brincar um pouco mais, provocando Lexa, ouvindo cada gemido e suspiro pelo ar deixando-a cada vez mais molhada. Clarke deixou o centro de Lexa só para poder voltar aos lábios da mulher, Lexa levou suas mãos ao rosto da esposa aprofundado o beijo, sentir seu próprio gosto na língua de Clarke era algo que ela nunca iria se cansar, ao mão direita de Clarke seguiu para o seio de Lexa, seus dedos brincavam com os mamilos rígidos da atriz, seus sexos se tocavam enquanto Clarke se movia lentamente sobre a mulher causando uma leve fricção que levava Lexa ao céu e a fazia clamar por mais.

Lexa quebrou o beijo porque necessitava respirar, porém era difícil acalmar sua respiração com o que Clarke estava fazendo.

- Acho que você está mais do que preparada...

Ao dizer isso Clarke deixou sua mão percorrer pelo o vale entre os seios da esposa, parando ao centro de Lexa, ela deslizou um dedo em Lexa, provocando e provocando a mulher sob ela.

- Clarke... .Oh, Deus, Clarke!

Lexa respirou com um pouco de esforço e Clarke empurrou mais fundo, entrando em Lexa lentamente, Clarke empurrou mais fundo ainda, sendo um pouco mais brutal do que gentil desta vez e levando um outro dedo junto, sendo incapaz de controlar seu desejo. Ouvir Lexa gritar seu nome estava levando a loira a quase um orgasmo.

- Clarke... Clarke, por favor. Não...p... por favor!

Lexa gritou enquanto seus quadris tentavam buscar por mais.

- Não o que, Lexa? - sua voz rouca, baixa, com uma luxúria conhecida.

- Céus Clarke. Não pare! - implorou tentando manter seus olhos na loira, porém era difícil demais.

Clarke empurrou um pouco mais seus dedos fazendo uma leve curva acertando em cheio no prazer da atriz, que já não ligava se iriam ouvir seus gemidos, o polegar de Clarke se moveu para o clitóris, fazendo círculos lentos. Lexa ofegou, alertando Clarke de que estava próxima ao orgasmo, a loira aumentou a velocidade tentando trazer o orgasmo da esposa, Clarke sorriu ao ver a feição de Lexa em total êxtase. Ela imediatamente tirou seus dedos de Lexa e resolveu deixar sua língua lamber toda a umidade da atriz que sorria em meio ao prazer.

...

- Já são quase oito horas, elas não vêm alimentar esses predadores? – perguntou Becca ainda incomodada com Clexon ao seu lado e Clexon Jr do outro. Anya estava morrendo de fome e tudo o que ganhou foi um saco de guloseimas que Lyz jogou para ela quando brevemente abriu a porta.

- Há quase cinco horas estamos aqui, apenas passando o tempo, percebe o quão ridículo é isso? – Anya aproximou sua cadeira ainda mais perto de Becca – Foda-se, eu já cansei de tudo isso Becca, de querer esconder o que sinto, de querer implicar com você, de querer afastar você.

- Essa quantidade de açúcar que você comeu talvez não te fez bem – respondeu ao ver um leve brilho de açúcar entre os dedos da mulher.

- Talvez sim, talvez isso seja parte do plano de Lyz, me dar doces para admitir o que eu sinto – disse girando os olhos, já não era algo que irritava Becca ouvir o sarcasmo de Anya, anos de convívio e confrontos fez a mulher aprender a lidar com isso.

Anya ignorou os latidos de Clexon por ter se aproximado da mulher, e Becca voltou a ficar desconfortável com o cachorro.

- É, você me fez acreditar no amor e me fez odiar cada minuto que eu o senti. Nossas discussões eram como demostrávamos que sentíamos algo bom, mesmo que disfarçadas sabíamos que havia algo bonito entre as palavras de ódio, eu tentei odiar você, eu tentei sufocar o que eu sentia, e eu consegui, mas eu não estava feliz com isso. A verdade é que sim, passamos por muita coisa e é difícil de acreditar que saia algo bom entre nós, mas eu quero tentar, eu quero poder segurar na sua mão e dar entrevistas sarcásticas de como conseguimos manter um relacionamento, quero poder passar horas em um quarto fazendo sexo com você e depois expressar meus sentimentos através de obras lindas como casais clichês de artistas. Eu quero poder dizer o que sinto por você em voz alta e não apenas na minha mente, se não ficou claro ainda isso sou eu dizendo que estou apaixonada por você. Imagina que casalzão seremos – Becca se deixou sorrir, se perguntou se dava para perceber o quanto seu coração estava acelerado, não por algum ruim, mas finalmente por algo bom.

- Duraríamos o que? Uma semana? Um mês no máximo? – perguntou ainda não dando tanto crédito assim a confissão de Anya.

- Estamos durando há mais de dez anos, sentimos isso há mais dez anos, não é porque não estamos juntas que o sentimento foi embora – Anya pegou as mãos de Becca, ela estava decidida, se mais uma vez Becca a rejeitasse estava na hora de parar.

- Isso não daria certo Anya, muita coisa aconteceu e um relacionamento não é algo no qual eu esteja procurando agora – Becca tentou soltar-se de Anya, porém a artista continuou segurando sua mão.

- Você sente isso também? Me fala se tudo o que eu sinto é reciproco ou não.

- Você não precisa que eu diga isso, você já sabe – o sorriso de Anya ficou maior, e suas inseguranças desapareceram – Mas eu não acho que isso seria o suficiente.

- E por que não?

- Porque depois da exposição eu vou para Suíça, não ficarei em Los Angeles. Estamos abrindo uma nova galeria e eu comandarei a de lá – as mãos de Anya foram aos poucos soltando as de Becca, e a mulher entendeu o que isso queria dizer – Eu não posso voltar toda semana para você, assim como não posso pedir que você faça o mesmo. Relacionamentos não funcionam comigo, muito menos um a distância, sim eu sinto todos esses sentimentos por você, mas você me conhece e sabe que eu não escolheria isso ao invés de trabalho porque

- Você precisa sempre ter certeza de algo, e sentimentos instáveis – repetiu sabendo aquela frase de trás para frente – Sinceramente, não acho que relacionamento a distância também funcione comigo.

Becca tocou o rosto de Anya e a mulher fechou os olhos com o suave toque, a mulher plantou um beijo na testa de Anya e aquele ato de carinho foi tão doloroso que a artista teve que segurar para não chorar novamente.

- Se não será comigo, se deixe amar por outra pessoa Becca – sussurrou quando os lábios de Becca deixaram sua testa – Eu sei que você acha que não merece, mas está errada, eu sei que você se ama o bastante para não precisar de outra pessoas, mas se aparecer alguém não fique com medo de ser deixar amar.

Becca não falou nada, Anya nunca ia saber o quanto aquelas palavras doeram em Becca.

- Lincoln é uma boa pessoa, talvez a única pessoa que mereceu ter você. Deveria dar uma chance a ele, dessa vez para valer – Becca levantou de sua cadeira e Anya fez o mesmo.

- Quando eu estiver por volta de oitenta anos talvez eu me aposente e decida morar em outro lugar, talvez Suécia, se você estiver disponível aceitaria tomar um café comigo? – a pergunta de Anya fez Becca gargalhar em meio à dor.

- Eu só tomo café pela manhã, mas se quiser poderíamos jantar e pela manhã eu faço um para você – piscou entrando no flerte.

- Me abraça, assim elas vão achar que estamos bem – pediu se aproximando da mulher. Elas trocaram um abraço, Becca fechou os olhos sentindo o perfume inesquecível de Anya – Me dói deixar você ir.

- Me dói não conseguir ficar – sussurrou em resposta.

As duas continuaram abraçadas até que ouviram a porta finalmente sendo aberta. Elas quebraram o abraço e sem dizer nenhuma palavra Anya saiu do jardim, as gêmeas olharam para a tia e Taylor foi atrás da mulher, deixando Lyz sozinha com Becca.

- E quanto a você? – perguntou Becca se abaixando para ficar do tamanho de Elyza, os joelhos encostando-se à grama verde do local – Você tem uma mente e tanto, me pergunto o que você será quando crescer...

- Espero que feliz – disse sem sua animação contagiante, pela a primeira vez Elyza parecia realmente triste – Vem Clexon – chamou e logo foi acompanhada pelos cachorros.

Aquela pequena resposta de Elyza ficou atormentando os pensamentos de Becca, a mulher levantou-se e pegou sua bolsa na cadeira para logo sair da casa.

...

As duas ainda tentando recuperar o fôlego olhavam para o teto, Clarke sorriu feliz por finalmente ter finalizado as obras, e por finamente ter conseguido um tempo a sós com a esposa. A loira virou-se de lado e olhou para a bela mulher ao seu lado.

- Por quanto tempo estamos aqui? – perguntou não tendo noção alguma de tempo. Lexa se inclinou para beijar a esposa que pareceu já não se importar mais com a própria pergunta – Esquece o que eu disse, não quero saber – Lexa gargalhou fraco e deu um ultimo selinho na esposa, suas mãos se encontraram e seus dedos se entrelaçaram.

- Há grandes chances da casa está em chamas nesse momento – sussurrou causando um sorriso em Clarke – O que acha de sairmos daqui? Vou preparar um banho relaxante para você – sugeriu e Clarke concordou enlaçando suas mãos ao redor do pescoço de Lexa – Estou orgulhosa de você, não é uma novidade, mas quero que saiba disso.

- Está bem em me deixar expor essa tela? – perguntou pela a primeira vez pedindo a permissão, se Lexa não aceitasse Clarke não iria ficar chateada.

- Eu confio no seu trabalho e em você – Lexa voltou a beijar a esposa e Clarke parou quando seu estômago alertou que precisava comer – Acho que nós duas precisamos colocar algo no estômago.

Lexa beijou a testa da esposa e levantou do chão, trazendo Clarke junto. Enquanto se vestia Clarke observou Lexa fazer o mesmo, ela parou e foi até a esposa, de repente voltou a beijá-la e Lexa soltou a blusa que estava em suas mãos.

- Eu amo você – sussurrou próximo aos lábios da atriz que sorriu em resposta.

...

- Mudança de planos – disse Raven ao volante, ela mudou sua rota – Aparentemente Anya está precisando de nós, vamos até a casa de Lexa e depois para casa ok? Podemos pedir algo para comer – Octavia concordou não parecendo se incomodar, ela ainda estava ao celular tentando ter algum avanço na organização da cerimonia.

- Como foi com Luna? – perguntou ainda sem dar atenção visual a Raven.

- Está tudo bem com os bebês – explicou. Raven estacionou o carro e Octavia guardou o telefone.

Octavia tentou não olhar para a bela casa que poderia ter sido sua, e caminhou em direção a de Lexa.

- EI! – gritou Raven, foi então que Octavia percebeu que a mulher não estava ao seu lado. Octavia voltou a ficar ao lado da esposa – Pensei em passar em casa primeiro, antes de ir até Lexa.

- Sério Rae? Não vou voltar ao apartamento e depois voltar para Lexa, estamos longe de casa – resmungou batendo o pé no chão.

- Não é tão longe assim, até porque somos vizinhas agora – Raven mostrou a chave da casa e Octavia ficou parada, hipnotizada – Ontem à noite eu liguei para a corretora, fechei o contrato, nos encontramos hoje pela manhã e eu já pedi para fazerem as mudanças. Já que você realizou tantos sonhos meus, resolvi fazer o mesmo por você – Raven entregou a chave quando viu a emoção da esposa.

- EU TE AMO TANTO! – gritou, ao invés de beijar Raven a advogada pegou a chave e correu para a casa. Raven sorriu e seguiu a esposa.

...

Lexa apareceu na sala onde apenas Clarke estava, a loira pausou seu programa e virou-se para a esposa.

- Ei, o que acha? – perguntou Lexa mostrando as flores.

- Vai mesmo fazer isso? E se forem fãs loucos Lexa? – perguntou Clarke ainda desaprovando a ideia da esposa em saudar os novos moradores.

- Eu também fiquei pensando nisso pela manhã, mas me lembrei que os Pearson foram gentis conosco Clarke, devemos fazer o mesmo com os novos vizinhos, até por que o que de mal poderia acontecer? – a atriz se aproximou e fechou a tv – Vem comigo? – a loira mesmo com preguiça levantou.

- Se for um bando de fãs loucos, eu direi que te avisei – explicou pegando a mão da esposa e andando ao seu lado para fora da casa.

As duas caminharam pouco até chegar à casa ao lado, Lexa olhou para o carro estacionado e teve quase certeza de que já tinha o visto antes. Porém não se esforçou para lembrar, as duas foram até a porta e apertaram a campainha. Clarke brincou ao dizer que era um paparazzi, elas ouviram passos se aproximando, até que quando finalmente a porta se abriu Octavia apareceu, um sorriso tão grande que fez Clarke gargalhar alto.

- OLÁ VIZINHA! – disse abraçando Lexa que ainda parecia entorpecida com aquilo, Clarke não parava de gargalhar com a surpresa.

- Clarke, batemos na porta do inferno – comentou ainda não acreditando naquilo.

...

N/F: o fim tá se aproximando, falta só 3 caps...

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