Written In The Stars S02

By SkyWithDiamond

106K 7.4K 14.5K

CONTINUAÇÃO DE WRITTEN IN THE STARS Após onze anos, Clarke e Lexa continuam vivendo seu conto de fadas, agora... More

The New Kardashians
New/Old Business
Ex & Oh
Strong Together
Big News
Busy Day
Hunger and Games
Sundays Traditions Part I
Sundays Traditions Part II
My Boy
Jealous Event
Operation Clexa
The Birth of a Hungry Unicorn
Full House
Girls Reunion
Mother
Day Off
Polis/New York
Surprise
Home(sick)
The Kids Aren't Alright
No More Secrets
Happy Birthday
Answers
The Untold Story
Knockin' On Hell's Door
Talent Show
Oh Na Na
Perfect Timing
Infinity

A Good News And Somebody New

2.7K 208 369
By SkyWithDiamond

...

- Será que foi alguma coisa que ele comeu? – perguntou Raven.

Depois do desmaio de Aden, Lexa e Clarke correram para o hospital com ele. Raven deixou as gêmeas na escola e depois, ela, Octavia e Anya seguiram para o hospital, todos estavam preocupados com a repentina doença do garoto. As três estavam na sala de espera ansiando por alguma notícia. Clarke e Lexa haviam entrado no consultório com o garoto, e Abby ao saber que era seu neto dando entrada no hospital passou sua cirurgia para outro profissional e seguiu para atender Aden.

- Não, eu não acho que tenha sido uma infecção intestinal – comentou Anya claramente preocupada, em sua mente ela voltava para todos os momentos em que esteve sozinha com o sobrinho.

- Infecção intestinal? Está assistindo Heda's Anatomy demais – brincou Octavia ao ouvir o termo médico que Anya havia usado. Seu sorriso desapareceu quando ela percebeu que ninguém havia sorrido – Desculpa, não é hora para piadas – assumiu o erro e Raven tirou seus olhos de repreensão da esposa.

- Isso não faz sentindo, ontem ele estava em perfeito estado, como de uma hora para outra isso aconteceu? – Raven se perguntava tentando entender como seu sobrinho havia adoecido de uma hora para outra.

- Sabe o que eu acho? Foi mal olhado, macumba – sussurrou Octavia olhando para as mulheres. Anya nem ao menos deu atenção para a loucura que Octavia estava dizendo, porém Raven deu um voto de confiança para ela continuar – É sério, Becca ontem tocou em Aden e de repente ele acorda doente? Isso é trabalho das trevas.

- O, eu amo você com todas as minhas forças, mas não fala essas coisas porque me faz pensar seriamente no divórcio – ao comentar isso os olhos de Octavia se arregalaram e ela se afundou na poltrona.

Anya levantou cansada de ficar naquela posição, estava frustrada sem notícias, uma consulta médica não deveria durar tanto assim. Raven sentiu seu celular vibrar e saiu para atender, já Octavia continuou sentada e calada esperando por alguma notícia.

**

Abby checava as batidas do coração de seu neto, ela já havia feito alguns exames e já tinha seu diagnóstico, a febre de Aden havia baixado, e ele parecia melhor do que quando Clarke o encontrou pela manhã. Lexa e Clarke estavam próximas a maca onde o filho estava sentado, ele vez ou outra olhava para Clarke e percebia a apreensão em seu semblante, por mais que Lexa tentasse acalmar a mulher, Aden sabia que Clarke não iria se acalmar por um bom tempo. Abby tirou seu estetoscópio e sorriu para o garotinho.

- Vovó, eu estou bem, não precisava disso – falou quando finalmente Abby parou de procurar por indícios de alguma doença.

- Mãe? O que meu filho tem? – perguntou uma preocupada loira, Clarke sentia seu peito se apertar ainda mais cada vez que sua mãe demorava a responder, ela já ouvira tantas estórias, que qualquer gripe de seus filhos a loira ficava neurótica achando que seria algo grave.

- Aden está ótimo, é apenas um começo de virose e

- Vocês médicos sempre tratando tudo como virose, meu filho desmaiou nos meus braços como isso pode ser uma simples virose?! – Lexa mostrou o quão preocupada estava, Clarke tocou no braço da esposa tentando acalmá-la, Aden olhou assustado para sua mãe e Lexa viu que havia perdido o controle – Desculpe Abby, é só que... Ele vai ficar bem certo?

- Ele vai ficar ótimo, eu estou nessa profissão há anos Lexa, meus diagnósticos são precisos – disse um pouco chateada com a falta de fé de Lexa sobre a mulher – Aden querido, suas tias estão na sala de espera preocupadas, vai até lá mostrar que está bem enquanto eu falo com suas mães.

As mulheres observaram o garoto sumir da sala, e Lexa voltou para Abby.

- Eu sabia, eu sabia! – disse frustrada, Abby achou que Clarke era a neurótica, porém Lexa estava a fazendo mudar de opinião – O que meu filho tem? O que ele tem Abby?!

- Lexa, calma... Calma meu amor – pediu Clarke novamente segurando sua esposa, Lexa não chorava, porém era notável ver os olhos lacrimejados.

- Aden está perfeitamente bem, nem ao menos virose ele tem – Abby caminhou até a mesa e sentou-se esperando as mulheres fazerem o mesmo.

- Do que está falando mãe? – perguntou Clarke ficando diante da mulher, em nenhum momento ela soltava a mão de sua esposa, ela estava com medo de que algo acontecesse e só Lexa seria capaz de erguê-la.

- Nos últimos dias eu notei algo no meu neto, ele parece mais nervoso, inquieto – as mães se entreolharam e depois voltaram para Abby – Desmaios sem motivo algum pode ser muitas coisas, porém juntando o que eu observei e no que aconteceu hoje, isso me parece um distúrbio emocional, estresse... Então eu tenho que perguntar – Abby parecia falar não como médica, mas como avó, como família – Está havendo alguma coisa em casa que possa está deixando Aden assim? Brigas, discussões.

- Não, claro que não – disparou Lexa tentando não se sentir culpada – Clarke e eu discutimos, porém não é algo que preocupe nossos filhos, são discussões bobas e que sempre resolvemos.

- Clarke me disse que Aden sumiu por uma tarde Lexa... Como isso pode ser algo normal? – a repreensão de Abby fez o sangue de Lexa ferver, ela não suportava saber que havia falhado de alguma forma como mãe. – Eu sou mãe, eu passei pela a temporada rebelde de Clarke e eu sei muito bem quando esses jovens estão escondendo algo.

- Mãe, já chega. Se não percebeu está nos fazendo parecer péssimas mães – argumentou Clarke também não gostando da repreensão de sua mãe – Talvez eu tenha sido um pouco dura com Aden, e provavelmente isso o afetou então eu vou falar com ele, só me diz que ele está bem, que não é nenhuma doença.

- Ele está ótimo Clarke, fisicamente falando – pontuou e voltou a olhar para Lexa e depois para sua filha – Aden é muito fechado, ele gosta de guardar seus sentimentos para si, vindo de um orfanato onde sua mãe biológica o deixou pode trazer algumas inseguranças para ele, deixando-o emocionalmente instável. Isso não acontece só com Aden, acontece com várias crianças que vieram de lares adotivos – Abby abriu uma gaveta ao seu lado e procurou por algum panfleto, ela pegou o papel cartão negro e entregou para Clarke.

- O que é isso? – ela nem ao menos se deu o trabalho de ler o que tinha ali, queria uma resposta rápida de sua mãe.

- Uma jovem psicóloga faz um trabalho excelente com crianças adotadas, ela trabalha suas inseguranças e medos, você ficaria surpresa em o quanto isso é comum. Eu estou falando como médica e não como avó, faça uma visita, leve Aden... Ele pode não falar sobre seu passado, mas isso não significa que ele não o sinta.

Lexa pegou o panfleto gentilmente das mãos de Clarke e leu o nome da médica, ela voltou para Abby e a médica esperava que a atriz não agisse com arrogância.

- Eu não vou forçar meu filho a ir a um estranho e contar suas inseguranças, todas nós sabemos o quanto ele é tímido e quieto, ele vai se sentir constrangido com isso Abby.

- As vezes as pessoas tendem a se abrir com um estranho do que a alguém próximo, não por questão de confiança, mas porque eles se sentem mais seguros ao pensar que um estranho não irá lhe julgar. Não custa nada tentar, é para o bem do filho de vocês, do meu neto – a conversa foi cortada pelo o beep de Abby, a mulher olhou o chamado e levantou – Eu tenho que ir agora, me prometam que vão pensar nisso. – Clarke concordou e Abby pôde sair mais aliviada.

Clarke olhou para sua esposa e tocou em sua mão, por um momento Lexa ficou calada, o nó em sua garganta deixava suas palavras presas e ela não queria deixar sua esposa mais nervosa ao ver o quão preocupada estava. Clarke beijou a mão de Lexa ainda com a sua, e depois beijou seu rosto, Lexa se segurou ao toque de sua esposa e uma lágrima escorreu de seu olho e Lexa de imediato enxugou a solitária lágrima.

- Está tudo bem meu amor, não é nada assustador quanto pensávamos. Vamos seguir o conselho da minha mãe, vamos falar com essa psicóloga, sempre achamos que Aden foi bem compreensível sobre sua estória, deveríamos saber que uma criança nunca ficaria bem ao saber que foi abandonada – Lexa apenas concordou e Clarke continuou a observar sua esposa, ela não conseguia falar nada e Clarke viu o quanto aquela situação estava afetando a esposa – Vamos falar com ele, vai ficar tudo bem.

- Saber que ele está sofrendo calado por algo me deixa frustrada, eu sou a mãe dele, eu deveria conseguir livrá-lo de todo mal, de qualquer dor – disse com a voz embargada, Clarke concordou e tocou o rosto de Lexa pedindo para ela olhar em seus olhos.

- Há coisas no qual não podemos protegê-lo Lexa, mas podemos ajudá-lo. Vamos para casa, falamos com ele, falamos sobre essa opção de uma terapia, talvez ele se sinta mais leve falando com uma estranha – aconselhou. Clarke deu um carinhoso selinho nos lábios da esposa e olhou em seus olhos – Não sinta como se tivesse falhado com ele, você é a melhor mãe que uma criança poderia ter – Lexa se deixou sorrir fraco e isso acalmou Clarke.

Elas ouviram algumas batidas na porta e em seguida o rosto conhecido de Aden se mostrou na sala.

- Mães? Já perdemos tempo demais aqui, eu preciso ir para aula.

- Aden, não acho uma boa ideia, você passou mal há pouco tempo – argumentou Lexa pedindo aos céus que Aden não notasse o leve avermelhado nos seus olhos.

- Eu tenho teste de cálculo hoje, não posso perder. Eu prometo que se eu sentir qualquer dor eu ligo para vocês – Lexa e Clarke se entreolharam, o garoto ansiava por uma resposta – Mães... – choramingou causando um sorriso em Clarke, era difícil resistir a qualquer um Griffin Woods.

- Tudo bem, tudo bem. Só me prometa que ligará caso sentir nem que seja uma dor na unha – Aden gargalhou com a preocupação de Clarke e concordou com a cabeça. As mulheres seguiram até o garoto, Clarke beijou os cabelos em tons de mel do filho – Amo você meu amor – disse para o jovem ouvir.

- Isso quer dizer que eu estou livre do castigo? – perguntou esperançoso, Clarke arqueou uma sobrancelha e o observou sem falar nada – Claro que não... – lamentou.

As duas caminharam pelo o corredor do hospital, Aden entre elas e sentindo as mãos de suas mães em seus ombros, Clarke olhou para Lexa e sorriu como se dissesse que estava tudo bem, Lexa concordou, estava tudo bem.

...

Elyza levantou de sua cadeira, Taylor olhou para sua irmã saindo de fininho e girou os olhos ignorando a atitude rebelde de sua irmã. Elyza olhou para frente e viu que Ontari estava ocupada demais lendo em sua mesa, ela caminhou até a mesinha da frente e se abaixou ao lado da cadeira de Alicia.

- Leash – sussurrou e Alicia olhou para baixo, ela olhou para Ontari e depois voltou para Elyza.

- Srta. Fakemmander vai brigar com você Lyz – sussurrou de volta com medo de que sua amiga fosse se meter em confusão. Elyza apenas deu de ombros e entregou um saquinho cheio pequenos círculos vermelhos, as guloseimas que havia passado a noite separando para dar sua amiga.

- São pra você, eu separei porque as vermelhas são suas favoritas – disse com um grande sorriso, Alicia sorriu e pegou o saquinho.

- Elyza, para sua cadeira! – ordenou Ontari sem tirar os olhos de seu livro, Elyza imitou as palavras da mulher baixo demais para ela não ouvir o que fez Alicia gargalhar.

Elyza levantou e Alicia conseguiu abraçar sua amiguinha para agradecer, Elyza voltou para sua cadeira e Alicia sorriu, ela nunca iria dizer para sua amiga que sua cor favorita daquela guloseima na verdade era laranja e não vermelha. Elyza voltou para sua cadeira e observou sua irmã continuar a fazer a tarefa, ela tentou espiar, porém Taylor colocou seu pequeno braço no meio das respostas, Elyza girou os olhos e voltou para seu papel sobre a mesa.

...

- Não se preocupe, ele vai ficar bem – disse Raven tocando no braço de Lexa depois dela ter contado o que Abby informou. Raven não sabia se deveria mencionar o que Aden disse há alguns dias sobre querer saber sobre sua mãe biológica.

Aden estava dentro do carro de Lexa enquanto observava as mulheres a alguns metros do carro.

- Então quer dizer que eu não causei esse desmaio? – perguntou Anya sentindo-se aliviada por não ser a culpada por Aden está mal.

- Eu queria que tivesse sido, assim resolveria o meu problema – resmungou Lexa ainda com seus nervos a flor da pele. Ela voltou a olhar para seu filho ao carro que havia acabado de buzinar - Enfim, eu preciso ir. Vou deixá-lo na escola – disse para a esposa – Precisa de carona? – perguntou.

- Eu preciso, vim com R

- Clarke, eu estava perguntando a Clarke – respondeu Lexa olhando para Octavia, a mulher resolveu não responder, ela sabia que Lexa estava estressada.

- Não meu amor, eu tenho uma reunião no Plaza e na verdade já estou atrasada, vou pegar um táxi. Encontro você mais tarde? – perguntou e Lexa concordou. Clarke beijou a esposa e voltou a olhar para as amigas.

- Eu vou com você Clarke – disse Anya causando espanto em todos ali, até onde sabiam Anya queria distância de tudo o que Becca estava envolvida – O quê? Eu só quero ver com meus olhos essas obras de arte.

- Becca é realmente uma obra de arte – comentou Octavia, Anya tentou se aproximar da mulher, porém a mesma se escondeu atrás da esposa. Raven virou-se para encarar sua esposa que acabara de elogiar outra mulher – Eu não gosto de arte então não precisa se preocupar – respondeu com um sorriso nervoso, Raven se aproximou da esposa e deu um rápido selinho na mulher.

- Vamos Anya – chamou Clarke ignorando as outras amigas. Anya ficou ao lado da loira e Clarke se despediu de Lexa com um rápido beijo, a loira olhou para Aden ao carro e soltou um beijo para seu filho que acenou de volta para ela. – Me espera para poder falar com ele, ok? – Lexa concordou – Amo você. – Clarke foi puxada por Anya que havia dado sinal para o táxi, as duas entraram no veículo e Lexa voltou para as duas advogadas.

- Octavia gostaria de trabalhar hoje, meu anjo?

- Desculpa Lexa, mas O não pode hoje. Ela tem que acompanhar Luna em uma consulta, eu não vou poder ir – Raven deu de ombros e Lexa não podia acreditar na cara de pau das duas amigas.

- Claro, não é como se ela trabalhasse regularmente – resmungou e foi para seu carro nem ao menos se despediu das duas. As advogadas observaram Lexa se afastar não acreditando que ela havia ido sem um "tchau".

- Rude – disseram as duas ao mesmo tempo.

...

Depois de Lexa deixar o filho na escola e dar extremas ordens para a professora ligar para ela caso Aden tivesse algum comportamento estranho, ela seguiu para a tão conhecida joalheira. Ao descer do carro ela sentiu alguns flashes e paparazzi irritantes perguntando sobre seu filho, Lexa se perguntou como diabos souberam de seu filho até que entendeu que poucas eram as coisas que passavam despercebidos pela mídia. Ela caminhou com uma feição de poucos amigos e entrou na loja, logo sorrisos foram dado para ela como sinal de simpatia, cumprimentaram a atriz e Lexa gentilmente perguntou por Dany e uma das vendedoras informou o andar do escritório de Dany ali ao famoso shopping.

Dany sorriu ao ver sua amiga entrando no escritório, porém logo seu sorriso fechou em preocupação, a empresária levantou e se aproximou da mulher.

- Lexa? O que houve? – perguntou tocando o braço da amiga.

- Desculpe aparecer assim do nada, eu sei que você é muito ocupada, mas eu precisava de uma amiga que não fizesse alguma piada a cada comentário meu – disse sabendo que se fosse falar com Anya ou Octavia as duas não seria úteis, pelo menos não naquele momento.

- Não se preocupe, uma das vantagens de ser dona desse império é poder me dar folga na hora que eu quero – disse com um sorriso amigável, Lexa se deixou sorrir fraco e Dany direcionou a amiga até o pequeno sofá do escritório.

Dany foi até a mesinha na lateral do local e preparou um chá, ela bebia rigorosamente as cinco como no seu país, porém não se importava de servir os americanos horas antes. Ela se aproximou novamente do sofá e sentou-se ao lado de Lexa, entregando a xícara de chá. A atriz agradeceu e deixou o aroma entrar por suas narinas só para depois dar o primeiro gole.

- Então, o que houve para você aparecer tão preocupada assim? – Dany não negava que uma ansiedade crescia dentro de si ao pensar que poderia ser algo relacionado ao que contara sobre seu passado, seu filho.

- Aden passou mal hoje cedo, desmaiou – comentou deixando a xícara de lado, ela percebeu o olhar agora preocupado da amiga e sabia que havia ido ao lugar certo – Levamos ao hospital e felizmente não é alguma doença muito grave, ela falou que pode ser um distúrbio emocional.

- Estou familiar com isso – disse lembrando-se dessas palavras quando perdeu o filho – Mas não se preocupe Lexa, certamente o meu caso não é como o de seu filho, em adolescentes isso é comum, é o estresse da idade – comentou sabendo que a adolescência era complicada, ela não teve uma tão fácil assim.

- A médica disse que pode ser por conta de seu passado, o fato de ter sido adotado e pensar que a mãe biológica o abandonou – Dany não falou nada, continuou a observar sua amiga que parecia querer continuar desabafar – Meu filho é muito fechado, ele guarda esses sentimentos com ele, sempre acha que vai incomodar se disser como se sente, e eu me sinto a pior mãe do mundo por ele se sentir assim – Dany tocou no ombro de Lexa e sorriu, a atriz não entendeu exatamente o motivo daquele sorriso.

- Não é necessário muito tempo de convivência para saber o quanto você é incrível Lexa, é notável o amor que você tem por sua família, não é culpa sua se Aden é mais fechado, tímido. Isso é um traço de personalidade, você não pode fazer com que ele mude... Eu não quero me envolver, mas uma terapia seria uma boa opção para ele, claro se ele concordar – Dany se viu no direito de dar aquela opinião, ela sentia que já estavam naquela fase de amizade onde poderiam dar opiniões sobre a vida da outra.

- Foi o que ela me recomendou – Lexa tirou o panfleto do bolso de trás e entregou para Dany – Ela disse que essa psicóloga trabalha com crianças que foram adotadas, aparentemente ela faz um bom trabalho, mas não sei... estou em dúvida. – disse incerta. Dany leu o que tinha no panfleto e levantou.

Lexa observou a mulher ir até sua mesa e pegar a bolsa, voltou para Lexa e ficou diante da mulher ao sofá.

- O que está fazendo? – perguntou confusa, porém levantando para ficar diante da mulher.

- Vamos até essa psicóloga, falamos com ela, tiramos suas dúvidas assim você vai ver se é a melhor opção para seu filho. – disse animada, Lexa continuou a olhar para Dany – Eu não vou deixar você sair daqui se não concordar com minha ideia – insistiu e Lexa se deixou sorrir – Você quis me ajudar com meu filho, eu só estou retribuindo o favor, é o que amigas fazem. Agora vamos, se tivermos sorte a pegamos antes dela parar para o almoço – Dany pegou a mão de Lexa e a guiou para fora de seu escritório, ela poderia lidar com seu trabalho uma outra hora.

As duas pegaram o elevador e Dany se deixou olhar para a amiga, Lexa parecia apreensiva e foi quando a empresária tocou no ombro da mulher fazendo com que Lexa a olhasse.

- Não se preocupe, vai ficar tudo bem – com o encorajamento Dany também lhe deu um sorriso e Lexa agradeceu por ter Dany como uma amiga além de Octavia e Anya.

...

Anya e Clarke entraram no Plaza, foram direcionadas ao restaurante do hotel e Anya imediatamente olhou para Clarke não entendendo o que seus olhos a mostravam.

- Pode me explicar por que aquele canalha está com um buquê de flores em uma mesa para dois e sorrindo para você, Clarke? – perguntou Anya não deixando de olhar para Wick em uma das mesas olhando para Clarke como se ela fosse seu tão esperado encontro. – Eu vou dar na cara dele agora! – Anya tentou seguir, porém Clarke a impediu – Clarke! – resmungou. A loira olhou para a amiga e isso fez com que Anya não insistisse.

- Eu cuido disso – afirmou já cansada do assunto "Wick".

- Por favor, depois de colocá-lo no lugar que ele pertence joga água na cara dele, adoro cenas dramáticas – pediu animada. Clarke girou os olhos e seguiu até o rapaz.

Anya permaneceu parada, ela viu um garçom passar com algumas taças e tirou uma da bandeja sem ele perceber, ela gostaria de assistir aquilo de camarote e bem servida.

Clarke parou diante da mesa de Wick e ele levantou, seu sorriso nunca abandonando aquele rosto.

- Clarke, são para você, um vendedor passou por aqui e pensei "por que não?" – disse dando de ombros e entregando para a loira, porém Clarke não aceitou.

- Onde Becca está? – perguntou sem paciência, ela tinha muito em sua cabeça para perder tempo com aquele homem. Wick colocou as flores sobre a mesa e continuou com seu sorriso.

- Ela está atrasada, mas deve está chegando a qualquer momento. Por que não senta? Podemos pedir algo enquanto esperamos por ela – Wick voltou a sentar-se e chamou um garçom. Clarke estava para sentar quando seu celular vibrou, era uma mensagem de Becca pedindo para a loira a encontrar em uma hora na galeria – O que vai querer Clarke? – perguntou quando o garçom se aproximou.

- Só pode está brincando comigo – disse para si, ela mostrou a mensagem de Becca a Wick e ele ficou calado, talvez procurando alguma saída para sua pequena mentira – O que você quer Wick, o que está querendo? Eu não concordei em trabalhar com você para ter a honra de sua presença.

Clarke estava para sair quando Wick segurou seu braço, a mulher olhou para os dedos do homem segurando seu braço e voltou a olhar furiosa para ele, ninguém a tocava sem sua permissão. Clarke soltou-se do homem.

- Ok eu menti sobre isso, mas é porque eu não queria contar isso na presença de Becca – Clarke então pareceu interessada – Ela pretende desvalidar você como artista no dia da exposição, ela vai desmoralizar você na frente dos grandes críticos de arte.

- Cresce Wick! O que você pensa que eu sou? Um personagem bobo de um filme adolescente? Isso está me cheirando a armação sua para poder tentar se aproximar de mim, eu deveria ter acreditado em Lexa quando el – Wick beijou Clarke e a loira imediatamente empurrou o homem, fazendo-o cair sobre a mesa e depois para o chão. A atenção estava toda naquele centro – Se atreva a tocar em mim novamente, ou se aproximar... tenta fazer isso de novo – ameaçou, ela estava com tanta raiva do que havia acontecido que nem ao menos ouviu a gargalhada de Anya.

Wick levantou do chão e ficou diante de Clarke.

- Ela está traindo você da mesma forma como eu fiz há alguns anos. O que? Acha que Dany e Lexa simplesmente viraram melhores amigas? Cai na real Clarke! – Wick sentiu a mão pesada de Clarke em seu rosto e aquilo fez seu sangue borbulhar.

Ele observou Clarke andar para longe. O homem viu uma estranha se aproximando, ela pegou uma taça com água e jogou no rosto de Wick que pareceu se afogar por uma fração de segundos com aquele ato inesperado.

- Tenta arruinar essa família e eu acabo com todas as possibilidades de você se estabilizar na sua profissão, seja ela qual for – ameaçou Anya e voltou a desfilar para fora do local, ela passou uma mão sobre o ombro de Clarke e as duas andaram lado a lado.

Wick furioso bateu sua mão sobre a mesa deixando ainda mais as pessoas curiosas.

- O quê? Vão cuidar de suas vidas! – ordenou jogando algumas notas de dinheiro sobre a mesa e saindo do restaurante.

...

Octavia andava pela a pequena sala, Luna estava na sua já conhecida posição sobre a cadeira, esperando pacientemente a médica fazer mais uma de suas checagens para ver se o bebê estava realmente bem. Ela e Luna não eram tão próximas como Raven parecia ser da outra, então o silêncio se fez a todo o momento, excerto pelos dedos curiosos de Octavia que pegavam cada objeto desconhecido daquela sala e que vez ou outra caiam de sua mão fazendo um barulho irritante ao chegar ao chão.

- Então... – Octavia prolongou a palavra e se aproximou de Luna, cansada do silêncio. A médica entrou na sala e Octavia agradeceu aos céus – Finalmente! – disse ao ver a mulher.

A médica sorriu e se aproximou de Luna, puxou uma cadeira e ficou na altura das pernas separadas da jovem sobre aquela cadeira desconfortável.

- Como está se sentindo querida? – perguntou ligando a máquina a sua frente, endireitando os instrumentos certos para consultar Luna.

- Estou bem, obrigada, só um pouco ansiosa – respondeu Octavia com um sorriso, já gostando daquela simpática médica. A profissional olhou para Octavia e sorriu desconcertada, não queria dizer que estava perguntando para Luna e não Octavia.

- Que ótimo querida, e quanto a você Luna? – perguntou novamente e Luna sorriu.

- Os enjoos estão aumentando pela manhã, mas fora isso nada de mais grave – respondeu deitando sua cabeça ao sentir o primeiro toque da mulher.

Octavia virou-se querendo dar privacidade para aquela situação, a médica ficou calada por um momento, o pequeno instrumento se movia mostrando uma imagem incoerente na tela. A mulher terminou sua consulta e Luna sentou-se olhando diretamente para ela, Luna sabia que não era algo bom quando sua médica ficava calada.

A médica levantou e foi até o telefone grudado na parede.

- Eu preciso da Dra. Molly na sala 109 agora – ordenou na ligação e voltou para as duas mulheres.

- Doutora, por favor, o que está acontecendo? Eu estou começando a ficar preocupada – perguntou Luna apreensiva, ela olhou para trás e percebeu que Octavia estava mais pálida do que o normal.

- Eu estou passando mal – disse tocando em seu peito – Eu... Eu não estou conseguindo respirar – Octavia puxou a cadeira e sentou-se, ela tentava respirar devagar e profundamente – Eu não posso perder meu bebê – Octavia continuava com sua mão sobre o peito, Luna imaginou que aquilo era apenas dramatização.

- Por favor, se acalme, eu não posso dar nenhuma confirmação agora, eu preciso de uma segunda opinião – explicou a médica também apreensiva.

- Oh Jesus – suplicou Octavia nervosa – Se meu filho estiver bem eu prometo que Raven não vai comer bolo por dois meses.

- Você não pode fazer uma promessa que afete outra pessoa Octavia, não vale – pontuou Luna percebendo que quem pagaria aquilo seria Raven e não a mulher que prometeu.

- Agora a madame quer dar opinião nas promessas do meu casamento é? – disse não gostando da intromissão de Luna, a grávida girou os olhos, porém sorriu ao lembrar-se de Raven alertando que Octavia poderia ser tão irritante quanto boba.

A pequena discussão foi parada pela a nova mulher ao entrar na sala, a médica se aproximou de sua colega de profissão e as duas sussurraram algo, voltaram a se aproximar e consultar Luna novamente, fazendo a grávida voltar para sua desconfortável posição. As duas olharam para o monitor e ficaram alguns minutos analisando a imagem, até que chegaram a uma conclusão.

- Definitivamente sim – respondeu a segunda médica. Ela saiu da sala deixando as três mulheres sozinhas.

- Por favor, fala alguma coisa! – ordenou Octavia.

- Ocorreu um erro no qual passou despercebido pelos profissionais anteriores que cuidaram de Luna – Octavia se aproximou da mulher deitada e segurou sua mão, ela podia até não ser muito fã de Luna, mas naquele momento as duas pareciam precisar uma da outra – O que vocês diriam se eu dissesse que não há apenas um bebê e sim dois? – disse esperando uma reação das duas.

- Eu diria que isso é impossível, eu estou a ponto de dar a luz e só agora descobriram isso? Isso é loucura – argumentou Luna, Octavia ainda estava parada tentando ter a certeza de que a médica estava dizendo que havia dois e não apenas um bebê.

- É, você está certa – disse a médica sorrindo – Não há dois bebês querida, eu só queria ver a reação de vocês – Luna respirou aliviada, ela não sabia se aguentaria a dor de dois seres saindo de si – Até porque na verdade há três bebês, vocês terão trigêmeos – Luna sentiu a falta da mão de Octavia com a sua, e antes que pudesse chamar a mulher ela havia caído ao chão. – Não se preocupe, você ficaria surpresa em como é comum essa reação – explicou não se preocupando com Octavia, ela voltou a Luna que parecia ainda confusa.

...

Lexa e Dany estavam sentadas naquele sofá há quase meia hora, a assistente da psicóloga havia informado que a mulher estava em uma sessão, Lexa olhou para outra mulher que provavelmente esperava por seu filho.

- Desculpa a intromissão – disse Dany para a mulher, ela sorriu para Dany esperando que a mulher explicasse o motivo do início da conversa – É que estamos pensando em trazer nosso filho, porém queríamos ter uma opinião sobre o local e a psicóloga – Dany falou e nem ao menos percebeu o olhar que a assistente da doutora, que estava atrás do balcão, estava dando para a mulher, como se não gostasse daquele questionamento.

- Eu também fiquei um pouco apreensiva quando a recomendaram ao meu filho, porém foi a melhor escolha que eu fiz para ele – a mulher se aproximou e sentou ao lado de Dany no sofá, fazendo Lexa afastar um pouco – Meu filho está sendo acompanhado há seis meses por ela e é notável o quanto ele mudou, está mais leve, mais aberto, mais social, é como se o peso que ele tanto carregasse estivesse se desfazendo.

A mulher parou de falar quando a porta do consultório se abriu, o jovem de aparentemente treze anos caminhou até sua mãe com um sorriso, ela levantou terminando aquela conversa, porém deu uma ultima atenção as duas mulheres.

- Não se preocupe, ela é a melhor – afirmou e Lexa sorriu acreditando – Boa sorte – a mulher caminhou com seu filho deixando Dany e Lexa ainda a espera por uma conversa com a médica.

- Sras. Griffin Woods e Targaryen? A doutora vai atendê-las agora - informou a assistente abrindo a porta e esperando as duas passarem por ela.

O consultório estranhamente passava um conforto, como se fosse imediato se sentir bem e seguro naquele local, a decoração era sempre em tons de branco, era diferente dos outros consultórios que sempre pareciam neutros, aquele tinha até uma foto pessoal da doutora, e Lexa estranhou aquilo.

- É comum essa primeira impressão - disse a mulher de longos e vibrantes cabelos ruivos, e olhos que Lexa ainda não sabia se eram verdes ou azuis - Eu tento deixar o lugar o mais familiar possível, meus pacientes tendem a se sentir mais confortável em um ambiente assim, me faz parecer uma amiga e não uma médica querendo saber sobre seus segredos - o sorriso da mulher fez Dany sorrir. Ela se aproximou e ficou diante das duas - Creio que não serão minhas pacientes, não é mesmo?

- Na verdade é para meu filho, eu só queria conversar com você antes de trazê-lo aqui - informou Lexa realmente se sentindo confortável naquele ambiente.

- Por favor, sentem-se - pediu apontando para o sofá diante de sua poltrona.

- Alexandria - disse estendendo sua mão a doutora.

- Daenerys Targaryen - disse Dany quando a mulher soltou a mão de Lexa e pegou a sua.

- Doutora Stark, Sansa Stark - apresentou-se amigavelmente. Dany se deixou sorrir e sentou-se ao lado de Lexa - Então, em que posso ajudá-las? - perguntou ansiosa para saber sobre aquele caso.

...

N/F: gnt escrevi duas novas ones de supercorp, quem quiser dar uma olhada é só ir no meu perfil.

Bjors

Continue Reading

You'll Also Like

Easy By Li Vi

Fanfiction

731 83 8
"Meu nome é Kara Zor-El, fui enviada para a terra com a missão de proteger meu primo que ainda era um bebê, momento antes de..." To zuando, essa é a...
822K 45.8K 66
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
442 73 19
Tudo acontece como qualquer dia comum, o sol surge de manhã, os raios entram pela janela do quarto da jovem que está em sua cama dormindo. Seus cabel...
9K 728 31
Vivemos numa sociedade caótica, e a única coisa que esperava era a pessoa do relógio que mudará minha vida. Pois aquele relógio era feito para você e...