~Sam Montini~
Me viro na cama e passo meu braço do outro lado da cama, não sentindo o corpo pequeno da ruiva que passou a noite toda colado ao meu, sua mão espalmada em minha barriga e sua respiração quente contra minha pele, imediatamente abro os olhos, ignorando a claridade que se fez presente em meu quarto, não vendo Patrícia alí. Em um ato rápido, levanto imediatamente e vou até o banheiro a procurando, mas não a acho, então continuo no banheiro faço minha higiene matinal e em seguida tomo meu banho, saio do banheiro, visto a primeira roupa que vejo e desço as escadas praticamente correndo.
- Pra quê a pressa meu filho? -Minha mãe pergunta, nem vi que ela estava aí.
- Preciso sair mãe. -Respondo rápido.
- Sem tomar café?
- Agora não mãe, é sério.
- Está procurando aquela moça, não é?! -Coço a nuca e eu assinto.
- Ela já foi embora, coitada ao me ver ficou com tanta vergonha que ficou mais vermelha que o cabelo dela.
- Puta que pariu, caralho!
- Sam Montini, olha essa boca.
- Mãe, eu preciso encontra-la.
- Olha filho a essa hora, ela já deve está longe.
- Não importa eu vou acha-la. -Beijo a bochecha de minha mãe e saio de casa.
Entro em meu carro e dou comando de voz no veículo, logo a voz do Enzo preenche o ambiente.
- Que foi Sam? -Ele fala meio sonolento, mas ignoro. - Me fala onde é o endereço da Patrícia e o número de celular dela.
- O que você aprontou Sam Montini? -Ele pergunta já com firmeza na voz e eu suspiro.
- Nada Enzo, eu não fiz nada, mas eu preciso muito falar com ela, preciso explicar umas coisas.
- Tudo bem irmão, vou te mandar uma mensagem com as informações. -Ele diz, eu dou apenas um "obrigado" e encerro a chamada. Só agora eu percebi que estava dirigindo em círculos nem percebi para onde estava indo, ouço meu celular vibrar e vejo o endereço e o número de celular dela, começo a dirigir até lá, é um pouco longe mas não vou parar, dou comando de voz no carro e chama, chama até cair na caixa postal.
- Patrícia preciso falar com você, atende por favor, é importante. -Deixo um recado e piso no acelerador quanto mais rápido chegar melhor.
Chego até o prédio dela e vou até o porteiro.
- Pode me dizer qual é o apartamento da senhorita Patrícia Alcântara, por favor?
- Desculpe, mas não.
- Senhor, eu sou o chefe dela e também Juiz Montini. -Mostro meu distintivo a ele.
- Ah OK. Deixa só eu avisa-la.
- Não, não avisa. Ela tá chateada comigo e se o senhor avisa-la, ela não vai querer me ver, por favor me ajuda. -Estou sendo ridículo implorando desse jeito mas é o jeito que vou fazer aquela atrevida me perdoar.
- Tudo bem, vou ajudar o senhor, mas não a machuque Patrícia é uma menina de ouro. O numero do apartamento dela é o 412 fica no quinto andar.
- Obrigado! O senhor tá me ajudando muito. -Entro no elevador e aperto o botão do 5° andar, parece não chegar nunca, que coisa demorada e finalmente o elevador para.
Saio do cubículo de metal, como uma flecha e vou imediatamente até o apartamento dela parando a frente da porta respiro fundo e bato na mesma esperando ela abrir.
Logo a porta é aberta e a pessoa que abre não é quem eu gostaria de ver, Phoebe me olha com a sobrancelha arqueada e cruza os braços sobre o peito.
- Pois não doutor Montini? -Ela me olha visivelmente brava. Não sei o que a ruiva disse a ela mas não me parece bom.
- Quero falar com a Patrícia.
- Ela não quer falar com você.
- Por favor Phoebe, é importante.
- Olha Sam, lá na empresa sou sua secretária e lhe devo total respeito e dedicação, até porque você é um ótimo chefe, mas aqui eu sou uma mulher e você é um homem qualquer e não vou deixar nem você nem ninguém machucar minha melhor amiga, a Patrícia é como uma irmã pra mim e eu vou protegê-la a todo o custo, então para o bem de todos principalmente o seu é melhor você ir embora. -Ela diz isso tudo sem respirar. Cacete! Estou ferrado.
- Por favor, Phoebe deixa eu falar com ela. -Peço e estou sendo ridículo mais uma vez.
- Eu já disse que ela não quer falar contigo, vai embora.
- Eu vou, mas eu não vou sossegar até explicar tudo pra ela, lá na empresa ela não escapa. Até amanhã senhorita Snow.
- Até amanhã doutor Montini. -Dou as costas e vou embora. Saio do prédio e entro em meu carro dando um soco violento no volante. Puta que pariu! Mulheres!
Ligo o carro e acelero pra casa logo chego na mesma, desço do carro e minha mãe está no sofá com a mãe do Enzo. Elas são muito amigas.
- Oi tia. -Vou até ela e beijo a sua testa.
- Oi querido! Enzo estava preocupado com você.
- Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. Mãe, onde está o pai?
- No escritório.
- Com licença moças mais lindas da cidade. -Sorrio e subo as escadas indo pro andar de cima logo bato na porta onde recebo um "pode entrar" do meu pai.
Mesmo com meus trinta anos, meu pai é o cara que eu preciso sempre ao meu lado, ele me dá ótimos conselhos assim como fazia quando era criança.
- Oi pai, preciso falar contigo. -Digo dando um abraço nele e ele me dá um beijo na testa igual fazia quando eu era criança.
- Pode falar filho.
- Então tem uma garota... -Começo e meu pai sorrir.
- Sempre tem filho.
- Então, essa garota é a secretária do Enzo, eu meio que estou confuso com os meus sentimentos em relação a ela. Ela passou dos limites em relação a bebida e tentou algo comigo, mas eu não quis, pois o senhor me conhece muito bem, sabe que eu jamais me aproveitaria de uma mulher bêbada, eu trouxe ela pra casa e cuidei dela, agora ela acha que aconteceu algo entre nós, ela não quer me ver nem pintado e eu não sei o que fazer pai.
- Não vejo confusão alguma filho. -Ele se levanta e senta na cadeira a minha frente. - É perceptível que você gosta dela e muito. Você precisa conversar com ela, sozinho, apenas vocês dois sem ninguém para atrapalhar e eu estou dizendo conversar Sam e não agarrar a moça.
- Certo senhor Montini, eu já entendi. -Ele dá um leve aperto em meu ombro como quem me passasse conforto e aquele gesto foi muito bem-vindo. - Vamos descer? -Pergunto e ele nega com a cabeça.
- Pode ir filho, tenho que terminar umas coisas aqui, mas assim que terminar eu desço.
- O senhor trabalha demais. -Digo e ele sorrir.
- Tenho que cuidar da empresa, já que meu filho prefere trabalhar com o amigo.
- Senti uma pitada de ciúmes aí senhor, Elijah Montini? -Pergunto sério, mas logo rio.
- Claro que não. Agora me deixa trabalhar e filho se precisar eu tô aqui.
- Eu sei, obrigado pai.
Sorrio e desço as escadas vendo minha mãe ainda com a dona Angela e o Enzo no outro sofá, ele ergue o olhar e pousa em mim.
- Oi minha loirinha, gostosa. -Ele diz fazendo graça, sabe que vou partir a cara dele.
- Palhaço! -Vou até ele e dou um tapa em sua cabeça.
- Pelo menos tá vivo, achei que a ruiva ia foder você.
- Eu nem a vi, bom deixa pra lá. O que faz aqui?
- Nossa, está me expulsando? É assim que trata os amigos, tá vendo tia Vi? -Ele diz fazendo drama, enquanto minha mãe e tia Ange apenas riem.
- Idiota! -Digo e começamos a simular uma luta no meio da sala.
- Parecem crianças. -Ouço a voz de meu pai enquanto descabelava o Enzo.
- Grita meu nome enquanto te fodo com força loirinha. -Ele diz e dá um tapa em minha bunda.
- Eu te mato Enzo Costa. -Digo e o infeliz só faz rir, o agarro pelo braço e o derrubo no chão.
- Adoro quando fica brava. -Ele é um caso perdido.
- Enzo eu vou perder a paciência. -Digo puto e o desgraçado só rir. Infeliz!
- Quando que vocês vão crescer? -Minha mãe pergunta e eu rio juntamente com o Enzo.
- Nunca! -Respondemos juntos.
- Olha essas crianças Angela. Tenham cuidado se não vão quebrar minha sala os dois.
- Relaxa mãe. -Rio e continuamos nossa luta.
Logo o Enzo me dá uma rasteira e eu caio no chão, prendo uma de suas pernas entre as minhas duas e dou uma chave de perna fazendo ele cair no chão, um pouco mais distante de mim.
- Já está cansado? -Pergunto me erguendo do chão.
- Claro que não, estou apenas te dando vantagem. -Ele diz e levanta também.
- Então vem. -O chamo com a mão.
Ele vem me dando socos dos quais consigo desviar e agarro seu punho, o giro e dou uma chave de pescoço, logo ele consegue se soltar de meu golpe e me derruba no chão.
- Amadores! Venham me enfrentar. -Meu pai diz e eu rio.
- Sabe o que é tio, não queremos machucar o senhor. -Ouço Enzo dizer enquanto levantava-me do chão mais uma vez. Porém logo vejo meu pai, pôr meu amigo no chão sem esforço algum e olha que pra colocar o Enzo no chão, precisa de muita coisa, o homem é difícil de cair.
- Já que quer, caí dentro coroa. -Digo e meu pai sorrir. Me fodi.
Ele vem até mim e pega meu braço direito o prendendo em minhas costas, chuta meu joelho me fazendo cair ao seus pés, logo estou com a cara no chão novamente. Eu beijei o chão, literalmente.
- Então, como que o coroa se saiu? -Ele pergunta com deboche e eu levanto do chão com ajuda do meu amigo. - Quando vocês nem pensavam em nascer, Emerson e eu já fazíamos isso seus moleques. -Ele rir enquanto ia em direção a minha mãe.
- Nós só não pegamos pesado em respeito a sua idade e das senhoritas aqui presente. -Enzo diz e eu nego com a cabeça, me segurando para não rir. Ele é maluco.
- Não seja por isso, pensem que tenho trinta novamente e vamos pro jardim, sem a presença das senhoritas. -Meu pai diz irônico.
- O senhor já está além da idade tio. -Enzo continua e eu nego com a cabeça.
- Enzo? -O chamo e ele me olha. - Cala a boca, vai. -Digo fazendo meu pai rir.
- Como eu disse, amadores. -Me sento no sofá.
- Vem cá, preciso falar contigo. -Saio puxando meu amigo para a área da piscina.
- Calma loirinha. -Ele diz e eu suspiro.
- É sério caralho. -Sento em uma espreguiçadeira e ele me olha.
- Que merda tu fez? -Ele me olha com a sobrancelha arqueada.
- Não fiz nada, mas acham que eu fiz. -Digo e ele me olha confuso. - Vou explicar. -Conto tudo a ele que aconteceu desde o banheiro da balada, até a hora que fui a casa dela. - Estou fodido irmão.
- Olha Sam, você é um idiota com as mulheres, mas eu te conheço e você não transaria com ela bêbada, ainda mais sabendo que ela é virgem então você tem que explicar isso pra ela e logo.
- Eu, um cara da lei, sendo acusado de um possível assédio, é foda viu.
- No nosso país existe muitos caras da lei corruptos, mas sei que você não é um deles, então para de ficar se remoendo por isso e corra atrás do prejuízo.
- Eu vou. -Digo e ficamos conversando um pouco mais enquanto o Enzo me contava sobre tá ficando com uma garota, uma tal de Aria. Quem diria meu amigo ficando com a mesma garota mais de uma vez, o mundo realmente está de ponta a cabeça.
Enquanto eu o ouvia falar da garota, ficava pensando um jeito de falar com a Patrícia, amanhã na empresa. Eu preciso consertar tudo. Oh ruiva que me deixa louco. Filha da puta que mexe comigo.
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Olá amores!
Como vocês estão? Espero que bem! Hahaha! 💗
Demorei mas cheguei.
Espera que tenham gostado do capítulo, logo logo as coisas começaram a esquentar sobre nosso casal, que anda frio feito gelo.
Não esqueça de deixar seu votinho que tanto me motiva e comentem também, amarei ler os comentário de vocês.
Até a próxima!
Beijos da Kah!