~Annabella Mikaelson~
Minha cabeça dói, o mundo parece girar ao meu redor e meu corpo parece que foi pisoteado por uma manada de elefantes, minha boca está seca e minha garganta dói um pouco, mas não é nada que eu não possa aguentar. Respiro fundo uma, duas, três vezes e fecho os olhos com força, os abrindo. Olho em volta e não reconheço nada, tento me levantar, mas minha cabeça pesa, respiro fundo pela quarta vez faço força e me ergo lentamente, olho pro lado e vejo um corpo grande ao meu lado, tem uma tatuagem em suas costas um símbolo não sei o que significa. O loiro parece está sem roupa e eu não tenho coragem de levantar a coberta que está em volta de seu corpo para conferir. Eu não acredito que eu levei realmente a sério a minha loucura de perder a virgindade com um desconhecido. Droga! Eu não podia ter feito isso e o pior que eu não lembro de nada, só lembro de está no banheiro com o Sam e agora acordo aqui nessa cãs totalmente desconhecida por mim.
Jogo minha coberta pro lado e começo a andar pelo o quarto. Ué achei que quando se perdia a virgindade algo mudava, tipo meu jeito de andar achei que minha parte íntima ficaria dolorida, mas que bom que não ficou. Vou até o outro lado do quarto pegando o meu vestido que se encontrava em uma poltrona e pego o mesmo o vestindo. Ao está vestida, ergo meu olhar para a cama e me assusto ao ver então o loiro que estava ali. Sam Montini. Meu Deus, eu sou muito burra eu transei logo com ele. Balanço a cabeça saindo de meus devaneios e mordo o lábio com força, melhor eu ir embora antes que ele acorde, por sorte hoje era domingo, eu não iria trabalhar o que me deixava bem feliz, pois eu não iria me encontrar com ele, pelo menos naquele dia. Ando sem fazer barulho e pego meu sapato, logo vou até o loiro e faço uma pequena carícia em seus fios macios o fazendo se remexer lentamente na cama, tiro minha mão de seu cabelo e com o sapato na mão eu saio do quarto e começo a seguir pelas escadas, quando termino de descer que passo pela sala paraliso ao ouvor uma voz, uma voz doce e suave.
– Você deve ser bem especial pois ele nunca trouxe uma garota para casa. -Olho a senhora e seus cabelos era bem loiros como o sol e seus olhos eram bem verdes, linda!
– É... Me desculpe senhora, não é o que está pensando... Eu, eu... Perdão! -Digo e sei que minhas bochechas estão mais vermelhas que meu cabelo enquanto a senhora me observava com um sorriso gentil nos lábios e sem perder mais tempo saio correndo daquela enorme mansão, podem me achar louca mas eu não tinha cara para olhar aquela senhora novamente e nem podia ficar no mesmo local do cara que eu transei.
Por sorte um táxi passava por ali o chamei e logo entrei no mesmo, dei o endereço de meu apartamento e o mesmo chegou em frente ao prédio dentro de instantes.
– O senhor espera só um minutinho que vou buscar o dinheiro, é que eu saí sem carteira. -Ele assente com um sorriso gentil nos lábios. - Prometo não demorar.
Pulo pra fora do táxi e vou correndo pro elevador espero o mesmo chegar em meu andar o que não demorou muito, pego a chave e logo entro em casa, pego a carteira e faço todo o percurso novamente até chegar ao senhor, ele me diz o valor e eu o pago.
– Tenha um bom dia. -Digo sorrindo e ele me retribui com "você também", logo torno a fazer tudo de novo até chegar em meu apartamento dessa vez pra ficar.
Sinto um cheiro de café vindo da cozinha e ando até lá, vendo Phoebe de frente para o fogão fazendo café.
– Bom dia Ebe. -A comprimento fazendo a mesma dá um pulo para trás e põe a mão sobre o peito.
– Que susto Patrícia. -Ela diz me fazendo rir e sento em uma banqueta pondo meus braços sobre a bancada da cozinha.
– O que faz aqui tão cedo? -Pergunto e ela desliga o fogão me olhando.
– Eu... -Respira fundo. – Eu dormi com o Ian Paty, que merda, eu não queria, quer dizer queria, mas argh não sei explicar. -Ela diz toda embolada e vem até mim, pego em sua mão e aperto levemente tentando passar conforto. – E você onde passou a noite? Não te vi mais depois que sai pra dançar.
– Amiga não me julga, mas acho que fiz uma burrada e das grandes.
– O que você fez Patrícia? -Ela pergunta séria.
– Então, depois que você saiu, eu fui dançar com um cara ele começou a ser invasivo querendo me tocar de forma íntima demais, dei um "chega pra lá" nele e fui ao banheiro, no banheiro tive uma leve discussão com o Sam, e no instante seguinte ele estava beijando meu pescoço, me deixei levar, aí ele tentou me beijar e eu fugi dele, então fui pro bar e comecei a beber, como nunca havia bebido antes, então eu fui fazer um body shot... -Digo, porém sou interrompida pela risada e palmas da mesma. – Posso continuar? -Pergunto meio brava e ela assente. – Mas o Sam, atrapalhou tudo, me puxou de cima do balcão me colocou no colo e saiu da balada comigo... Então a madrugada toda tá um borrão pra mim, não lembro de nada, apenas do momento que acordei, hoje de manhã eu acordei na cama do Sam, estávamos praticamente sem roupa, Phoebe acho que perdi minha virgindade, com Sam Montini. -Digo a fazendo arregalar os olhos, com uma expressão de surpresa e até mesmo de medo talvez.
– Paty, Washington toda sabe como é o juiz Sam Montini com as mulheres, mas ao ponto de se aproveitar de uma mulher bêbada? Eu acho que ele não séria estúpido a esse ponto. -Ela vem até mim e me abraça de lado, deixando um beijo em minha cabeça. – Bom, vai tomar banho que vou fazer algo para comermos e se você quiser, podemos conversar mais sobre essa assunto. -Ela me diz e eu sorrio de lado, como amo essa menina.
Levanto da banqueta e vou pro quarto, tiro minha roupa a jogando no cesto de roupas sujas e paro em frente ao espelho, olho meu corpo de cima abaixo procurando algo diferente, mas não identifico nada que seja diferente, então apenas dou um longo suspiro e entro no banheiro, vou pro box e deixo a água quente cair em minha cabeça enquanto pensava na vida por longos minutos, sinto meus dedos ficarem enrugados, então agilizo o banho, logo saindo do banheiro.
Ao sair do mesmo, ouço vozes na sala e uma é Ebe, a outra é do... Sam! Me aproximo mais da porta para ouvir com mais clareza o que os mesmos falam. Então após alguns minutos ele vai embora e a Phoebe entra no quarto.
– Você ouviu né?
– Não muito, já cheguei no meio da conversa. O que ele queria? -Pergunto dando de ombros.
– Queria saber como você estava e tinha algo para te explicar, mas eu imaginei que você não o quisesse ver e o mandei embora. -Ela diz me olhando e eu assinto.
– Obrigada amiga, eu não quero vê-lo mesmo, mas como ele descobriu onde moro? Claro ele é melhor amigo do dono da empresa onde trabalho, o Enzo deve ter falado pra ele. -Dou um suspiro. – Vou me vestir para irmos comer. -Digo e ela apenas assente.
Entro no closet, pego uma calcinha de renda branca e logo em seguida um vestido que não precisava usar sutiã, arrumo meu cabelo, passo perfume e saio do closet.
– Amiga, alguma parte do sei corpo dói? Tipo sua região íntima? -Ela me pergunta e eu nego com a cabeça. – Então haja a possibilidade de que você ainda esteja intacta.
– Eu espero que sim Phoebe. Vamos comer? Estou faminta. -Digo tentando mudar o foco da conversa e ele entende, porque rapidamente assente.
– Então, como foi sua noite com o Ian? -Pergunto ao me sentar a mesa e pegar uma panqueca.
– Amiga, foi a melhor noite e transa da minha vida, o Ian foi fofo, carinhoso, tudo isso sem perder a pegada e me dá orgasmos maravilhosos, você sabe o que eu acho dos caras que são safados e fofos ao mesmo tempo.
– São os melhores, melhor combinação. -Complemento a fazendo rir.
– Vem vamos comer né. -Ela diz e me puxa pela mão.
– Ebe, passa o dia comigo? Não quero ficar sozinha. -Pergunto e ela assente.
– Claro ruiva, até durmo se quiser. -Dou um sorriso e beijo sua bochecha.
Fomos para a cozinha, nos sentamos a mesa e começamos a comer em silêncio, mas era um silêncio gostoso, logo termino de comer e olho a Phoebe que terminava sua torrada.
– Já sei. -Diz a morena quebrando o silêncio em que nos encontrávamos. – Vamos sair, ir no parque tomar um sorvete, não sei, mas vamos quero te distrair.
– Não tô afim Ebe. -Digo a fazendo negar com a cabeça. – Quer mesmo ficar em casa pensando no que aconteceu ou não aconteceu noite passada? -Ela sempre tem ótimos argumentos.
– Não. -Digo por fim.
– Ótimo, então vamos. -Dou um sorriso concordando e me levanto logo pegando a louça suja e pondo na pia.
– Deixa só eu lavar essa louça suja, OK? Aí vamos! Eu prometo.
– Você lava, eu seco. Trabalho de equipe! -Ela fala me fazendo rir e eu assinto. Como não era muita louça, não demorei muito e terminei dentro de instantes. – Vou dar uma arrumada em meu cabelo, não vou demorar. -Digo para a morena que secava a louca distraída.
Entro no meu quarto, arrumo meu cabelo fazendo uma trança lateral em seguida, logo ouço meu celular tocar sobre a cama e vejo o nome do Sam piscando na tela, não sei porque mais eu tinha o número dele agendado, por fim resolvo ignorar a ligação e assim desligo meu celular.
– Ele não vai mais me incomodar, pelo menos não hoje. -Digo para mim mesma, saio do quarto e vou em direção a minha amiga que já terminara de secar a pouca louça que eu havia lavado. – Vamos? -Pergunto e ela assente.
– Vamos!
Saímos de meu apartamento e logo começando a andar meio distraídas e em silêncio o que era meio estranho, já que a Phoebe adorava falar sobre vários assuntos.
– Hey, o que vai ser de agora em diante? Quer dizer, você é minha melhor amiga e o Ian mesmo que em pouquíssimo tempo, ele tornou-se um bom amigo também, vai ficar um clima estranho né? -A olho e ela suspira dando de ombros.
– Eu não sei Paty, juro que não sei. -Mordo o lábio e a morena balança a cabeça. – E como ficará você e o Sam? Vocês trabalham praticamente juntos.
– Se eu pudesse prolongar esse final de semana Phoebe eu prolongaria, não tenho cara para encara-lo, por sorte sou secretária do Enzo e não dele. Só de imagina que amanhã já tenho que ir trabalhar e que provavelmente a gente vai se encontrar em algum momento do dia, me deixa morta de vergonha. -Phoebe passa o braço por minha cintura e eu passo meu braço por seu pescoço e continuamos nossa caminhada.
– Estamos ferradas amiga, muito ferradas. -Ela diz e eu apenas concordo com a cabeça.
– Mas, o que importa é que estamos juntas. -Digo e caímos na gargalhada em seguida. Não importa se estamos na merda, se tivermos com amigos tudo fica melhor e dá pra suportar.
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Olá amores!
Como vocês estão? Espero que bem! Hahaha! 💜
Perdoe-me a demora, eu deveria já ter postado, mas é que eu havia escrito o capítulo e a wattpad excluiu metade e também meu avô faleceu, então estava bem complicado escrever.
Mas, espero que tenham gostado desse capítulo.
Não esqueçam de deixar seu votinho que tanto me motiva e comentem também, amarei ler os comentários de vocês.
Até a próxima!
Beijos da Kah!