Anjos do Anoitecer

נכתב על ידי HenryGusta

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Em um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que... עוד

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2 (parte I)
Capítulo 2 (parte II)
Capítulo 2 (parte III)
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte I)
Capítulo 19 (parte II)
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 (parte I)
Capítulo 25 (parte II)
Capítulo 25 (parte III)
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 (parte I)
Capitulo 33 (parte II)
Capítulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capitulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capitulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (ultimas semanas)
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90 (Últimos Capítulos)
Capítulo 91 (Penúltimo Capítulo)
Capítulo 92 (Último Capítulo)
Epílogo
Livro Novo Já Disponível!

Capítulo 45

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נכתב על ידי HenryGusta

Musica: Airplanes - B.O.B ft. Hayley Williams


- O que faz aqui, lobo? - A pergunta, de uma voz feminina, o fez olhar para os lados procurando a dona. Era rouca e um pouco falhada, por isso dava impressão de que quem falava era uma senhora já era bem velha.

A casa abandonada era misteriosa e assustadora. Os mofos nas paredes e as teias de aranhas delatavam que o local não era cuidado fazia tempo. Os móveis, em sua maioria de madeira, estavam gastos e alguns consumidos por cupins. Havia velas apagadas por todo lado, parcialmente derretidas. As janelas tapadas com tábuas, avisavam claramente que a casa não deveria ser adentrada.

Localizada em uma zona impopular em Sarzedo, a mesma estava ali, ao esquecimento. A quantidade de mato e sujeira no quintal afastava possíveis compradores. Ela o local perfeito para uma bruxa negra se esconder.

Por isso Rodrigo estava ali.

- Preciso de um feitiço.

Repentinamente todas as velas se acenderam simultaneamente, revelando a velha sentada em uma poltrona. Rodrigo a olhou com repulsa, e um tanto receoso. A senhora segurava um cajado feito de galhos retorcidos, a única beleza no objeto era um cristal roxo em sua ponta.

Usava trapos velhos e de tons escuros, estavam rasgados e sujos de poeira. Seus cabelos curtos, brancos e bagunçados tornavam sua aparência ainda mais velha e malcuidada. A verruga na ponta do nariz a deixava ainda mais asquerosa.

- Que tipo de feitiço? - Indagou.

- Um feitiço de amor, de preferência.

A bruxa levantou-se com dificuldade, por causa de sua corcunda. Fitou o rapaz com um sorriso de lado, percebeu sua repugnância a sua aparência.

- Só um minuto, meu caro. - Falou caminhando até o centro da sala. - Invoctus belectus - Pronunciou. Para a surpresa de Rodrigo, ela ergueu seu cajado e começou a girá-lo como se fosse uma pessoa jovem, e por isso deu passos para trás.

Uma forte ventania iniciou-se no local, fazendo o lobo agachar-se. As paredes começam a descascar, o piso começou a virar poeira, intensificando aquela tormenta. Contudo as velas permaneceram acesas incrivelmente acesas, e o fogo imóvel.

A bruxa corrigiu sua postura ignorando sua corcunda, e alongou o pescoço por fim. Sua pele velha e maltratada começou a rejuvenescer, seus cabelos cresceram, negros e belos.

O fogo das velas pareceu tomar vida, as chamas cresceram e guiaram-se em direção ao cajado, criando um show de efeitos especiais sem especialidade alguma. O bastão incendiou-se e os trapos da bruxa também começaram a sair fogo.

Das faíscas começou a surgir um belo vestido preto, elegante e sensual, ainda dotava de um estiloso caimento para o lado, deixando à mostra uma das belas coxas que a mulher, agora bela e jovem tinha. O decote em seus seios era contornados por grandes penas negras, que traçavam a costura até formarem uma grande gola, que ia à altura da orelha. Antes descalça, agora calçava uma bota preta, cujo o cano chegava ao joelho. Aquela velha de antes, simplesmente mudou completamente.

A mulher então abaixou o que agora era um cetro, com o mesmo cristal na ponta, porém lapidado. A casa antes feia e abandonada, agora estava bela e luxuosa. O chão agora era de cerâmica escura, com rajadas em branco. As paredes de madeira negra e bem envernizada. Os móveis tornaram-se modernos e sem nenhum vestígio de poeira. Para completar, um grande lustre iluminava o local.

Rodrigo se levantou, espantando-se ao ver a bela mulher a sua frente, e linda casa que agora estava.

- Uau!

- Assim e bem melhor... eu deixo a casa como era antes sempre que noto alguém se aproximar.

- Mas, e por fora? - Perguntou curioso.

- Continua da mesma forma, pra não chamar atenção. - Respondeu. - O que você queria mesmo? - Indagou comprimindo as sobrancelhas.

- Um feitiço de amor.

- Tão bonito assim, e a jovem ainda não se apaixonou? Tem algo a ver com...

- Ela ama outro. - Esclareceu interrompendo-a.

- Então as coisas ficam complicadas...

- Por quê?

- O coração dela pertence a outro, portanto, não pode ser violado.

- Que merda! Então, o que você pode fazer?

- Bom, pra isso eu preciso saber o que você quer fazer com a garota. - Argumentou.

Rodrigo a olhou pensativo. Não achava viável confiar em uma bruxa.

- Eu só quero tirá-la desse cara, e a levar comigo. - Resumiu sem dar detalhes.

- Huum... isso terá um preço. O que você vai me dar em troca?

Na mansão...

- Drake, quando você me mordeu, eu tive uma visão... - Começou. Atento a ela, Drake sentou-se a beira de sua cama, olhando-a. - Eu vi sua mãe se afogando. O que aconteceu? - Perguntou.

O vampiro não teve uma boa reação, seu olhar entristeceu-se e tornou-se distante, como se ele relembrasse de algo. Abaixou a cabeça, fazendo Selena ficar preocupada, porém decidiu dizer.

- Estávamos de férias, eu meu irmão, e meus pais. - Começou a contar, ainda de cabeça baixa. - Eu e meu irmão estávamos brincando na areia, minha mãe tinha ido para água. Meu pai estava com a gente, ele não gostava muito de água gelada, acho que ele estava ali mais por nós do que por ele mesmo. - Continuou erguendo a cabeça. - Porém minha mãe começou a afogar e meu pai foi tentar salvá-la, só que... ele não conseguiu. Os dois acabaram morrendo. - Finalizou. Selena o abraçou forte, e ele retribuiu, porém não por tristeza.

A dor da perda de seus pais não o afetava muito, caso ele não tivesse que lembrar. Foi uma das coisas que optou em esquecer, a morte de seus pais e o abandono de seu irmão.

- Mas... você me disse que seu irmão foi escravo primeiro. - Questionou, desvencilhando-se.

- Ele era mais velho, então alcançou a idade mínima pra ser escravo primeiro que eu.

- Desculpa perguntar, mas... qual era o nome dele?

- Ítalo. - Respondeu com raiva. - Ele me abandonou, simples assim. Mas eu sou grato a ele, se não fosse por isso, nós não estaríamos aqui agora. - Falou, para em seguida beijá-la rapidamente. - Bom vou deixar você dormir.

- Eu acho meio chato isso, eu só te vejo durante algumas horas. - Reclamou entortando os lábios.

- Ué... dorme de dia também.

- Como se fosse fácil dormir o dia inteiro pra acordar a noite... - Retrucou revirando os olhos.

- Nada que uma hipnose não resolva.

- Ah não, de dia eu posso conviver com humanos, você também tem seus compromissos, eu ia ficar sozinha do mesmo jeito.

- Dramática nem um pouco né? - Perguntou com um sorriso irônico, ela sorriu também. O vampiro aproximou-se dando um beijo em sua testa. - Até amanhã. - Despediu-se levantando e saindo.

No corredor, Drake encontrou Heigi andando em passos rápidos, notou o vampiro estava meio agitado.

- Estava te cassando mano. - Disse aproximando-se.

- Quem morreu?

- Ninguém, mas Darius e Catarina estão aqui.

- Eu acho que alguém morreu sim... - Falou preocupado. Rapidamente, tomaram rumo do salão

Ao pé da escada, Drake viu Marius, Darius e Catarina conversando. Aproximou-se chamando atenção dos três

- Oi gente. - Os cumprimentou.

- Oi Drake, saudades. - Falou Catarina abraçando-o.

- Também estava com saudades. - Disse sorridente. Catarina afastou-se assim que percebeu que Darius não viu aquele abraço com bons olhos.

- Que bom que seguiu meu conselho. - Comentou o nobre, apertando a mão de Drake. - No final, também tivemos que vir para cá.

- O que aconteceu? - Heigi perguntou.

- Vladimir agora está no comando e está caçando renegados. Tentou matar meu filho também. - Contou.

- O Dom? Ele tá bem?

- Felizmente sim, eu e Catarina chegamos a tempo. - Respondeu. - Os caçadores estão tendo mais facilidade em encontrar e matar vampiros. São tempos difíceis. - Lamentou suspirando.

- Há muitos renegados sendo mortos?

- Não sei, não há notícias, mas quanto aos sanguinários, sim. Acho que com isso Vladimir, vai querer acabar conosco, pra finalmente declarar guerra aos humanos.

- Vamos acabar com ele primeiro, muito simples.

- Seria fácil, se não houvesse tantos anciões e nobres poderosos ao lado dele. Isso também geraria uma guerra, mas entre nós, e consequentemente ela chegaria aos humanos. Não podemos fazer isso. - Contradisse.

- Então o que faremos? - Perguntou Heigi.

- Precisamos entrar em contado com todos os outros sete clãs de renegados, para criarmos uma aliança, pois quando Vladimir vier nos atacar, estaremos preparados.

Drake e Heigi se entreolharam, e depois voltaram o olhar para o ancião. Tiveram de concordar, mas já pensavam num possível plano alternativo.

No conselho, o alvoroço estava ainda mais intenso. Com a morte de vários anciões, a liderança de Vladimir estava posta em dúvida.

- SILÊNCIO! - Ordenou irritado. Os nobres o encararam furiosos.

- Você nos prometeu que governaríamos o mundo, mas o que está acontecendo é que estamos sendo massacrados pelos caçadores. - Manifestou um deles.

- Enquanto isso, o número de renegados só aumenta e eles estão se fortalecendo. - Outro continuou. - Que espécie de líder é você?

- Eu irei resolver isso, é só questão de tempo.

- Irá resolver? - Debochou uma nobre. - Estamos sendo mortos por um simples motivo, estamos matando humanos. -Argumentou. Os vampiros a encararam de maneira repreensiva.

- Uma renegada entre nós? Está disposta a morrer? - Indagou Vladimir, ofendido com sua fala.

- Não sou uma renegada, mas devo reconhecer que eles sabem como se manter por cima. Desfrutam de todos os prazeres que o vampirismo traz, mas sem matar "inocentes" como dizem. Vocês os consideram fracos, mas eles são mais espertos do que vocês imaginam. Eles simplesmente se aliaram uns com os outros, pois todos eles têm algo em comum: sentimentos humanos, e é isso que faz ser o que são. Mas vocês sabem muito bem que com sentimentos, um vampiro expõe facilmente seu ponto fraco.

- Onde você quer chegar?

- O fato é que, eles têm vários vampiros poderosos do lado deles, como Darius, Heigi, Marius e principalmente Drake Schneider. Pra quem não sabe, ele é herdeiro de Lissandra, e pelo que estou sabendo, descendente de Gabriel.

- Isso é só um mito, história antiga, colocada nos livros para entreter crianças. Falar sobre isso de modo sério e heresia! Não existem descencendentes.

- Então me explique a coloração dourada em seus olhos, não acha que é mera coincidência.

- Ela tem razão, a realeza sempre teve seus segredos, não seria surpresa esconderem isso de nós

- Não há nenhum vampiro vivo que tenha conhecido Gabriel. - Questionou Vladimir.

- Somente os monarcas sabiam mais sobre o Anjo Caído. Lissandra se aproveitou disso para declarar Drake como seu herdeiro.

- Então... ele deve ser morto, ou reivindicará o trono em breve. - Outro ancião falou preocupado.

- Se realizarmos um ataque, diretamente ao clã onde estão, eliminaremos os principais, e os outros ficarão frágeis.

- E assim, eliminaremos o restante deles... - O ancião completou com um sorriso malicioso.

- Isso!

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