Contratos Velados

JS_Malagutti द्वारा

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Daniel e Estela se esbarram numa noite em que o céu presenteia a Terra com um rastro de fogo. Desde que os do... अधिक

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Quatro anos depois; o fim.

Batalha no canavial

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JS_Malagutti द्वारा

--- 11 de março; 2 horas e 45 minutos.

Jandira já estava cansada de ver estradas e árvores. Tinha um sentimento de incômodo de manter o irmão trancado no porta-malas. "Vou acomodá-lo no carona, ele vai acordar dolorido". Deu a seta e foi para o acostamento até perceber um ponto seguro para estacionar o carro em meio aos eucaliptos.

Desceu e contemplou a noite de céu estrelado. "Lua linda!".

Foi até o bagageiro e tentou tirar Joaquim sem derrubá-lo. O sono do irmão parecia mais leve. O arrastou segurando-o por baixo dos braços deixando suas pernas arrastarem pelo chão. Com muito custo e esforço conseguiu coloca-lo no banco do carona.

"Agora é apertar o cinto e sumimos desse inferno por uns tempos" – concluiu Jandira. Acertou a postura do irmão e ajeitou a sua cabeça presa ao encosto do branco. Prendeu com um lençol, "Não é bom viajar com o pescoço sacolejando, é arriscado se machucar".

Finalizou os detalhes e bateu a porta do carro. Ouviu um grunhido parecido com guizo de cobra. Olhou o chão atentamente para voltar ao seu lado do carro. Assim que abriu a porta percebeu passos vindos pelo o eucalipto.

Sentiu a saliva sumir. "Quem estiver por aí, se precisar de ajuda se manifeste. Não quero fazer mal" -, disse Jandira com medo.

Silêncio.

Jandira ia entrar no carro quando ouviu um gemido baixinho.

Seu lado humanitário decidiu ir até mais próximo das árvores: "Se tem algum ferimento, posso ajudar, sou enfermeira" -, disse com uma fagulha de esperança em encontrar alguém de bem. Estava tão próxima dos eucaliptos que pode ver uma sombra em pé atrás de uma das árvores.

O medo a impedia de seguir adiante. Deu alguns passos para trás: "Pelo visto não precisa de ajuda. Mas, insisto. Antes que eu vá, diga se precisa de ajuda. Podemos nos ajudar em paz!".

A palavra soou como um passe de mágica. Aquela sombra magra e de passos estranhos veio vagarosamente na sua direção. A cada passo avançado fazia com que Jandira recuasse os seus. Conforme a sombra foi aparecendo com aquela pele escura, Jandira tentava esconder a feição de horror.

Não era uma pele comum. Havia um ferimento em seu braço. Era uma pele mais acinzentada e com veias bem visíveis. Ela viu aquele braço vindo mais adiante na luz. A sua mão estava machucada; tinha apenas três longos dedos.

Jandira adiantou um passo e o braço permaneceu esticado por entre a moita. Tocou no braço. Era gelado. O braço recuou com um movimento que lembrava dor.

A enfermeira foi apalpando de leve o braço. "Uma fratura". A moita se abriu um pouco e a lua revelou os grandes olhos negros de um extraterrestre acuado. Jandira tentou se conter, mas foi se afastando para trás com medo.

A criatura veio em sua direção. A revelação total despertou um grito histérico forte que o alienígena sumiu novamente na mata. Jandira só escutou os passos 'daquela coisa' correndo. Em contrapartida, Jandira se jogou dentro do carro e saiu acelerando na primeira até retomar a pista sem fechar a porta. Estava tão assustada que nem notara a loucura.

Passados alguns minutos Jandira tomou coragem para fechar a porta. O silêncio da estrada após esse episódio a assustava. Ligou o rádio e procurou sintonizar em uma emissora que tocasse música calma para acolher sua alma. Um violão e voz aplacou a angústia. Começou a respirar um pouco mais aliviada.

Pode notar que Joaquim tinha mudado de posição. Esticou o braço para cobri-lo com o cobertor que levava no banco de trás sem parar de dirigir. Com muito custo conseguiu deixar o irmão protegido da friagem. Só então pode notar pelo retrovisor uma luz única no meio da pista. Bem distante, mas, acalmou ainda mais: "Graças, não estou sozinha nessa estrada. Deve ser um motoqueiro".

*****

Silvério suava frio. Nunca em sua vida de líder religioso passou por um episódio de medo e tensão tão grande como dessa vez. Fantasia ou realidade, já estava enlouquecendo com o barulho da cana se mexendo: "Senhor, a ti entrego a minha vida. Fazei-me instrumento de vossa vontade".

Silvério olhava pela vidraça lateral e via a cana mexer. Olhava do outro, a mesma coisa. Tinha a impressão de estar sendo acuado como um animal se tornando uma presa fácil.

Era na frente, atrás, de um lado ou do outro, era cana se mexendo brutamente. Não havia vento. Não podia ser real o movimento. Decidiu firmar a atenção para frente e acelerar o carro. Ajeitou o retrovisor e avistou uma sombra ao longe atravessando a pista: "Parecem bichos!" -, pensou Silvério.

O padre olhou para a espingarda depositada no banco do carona. Nunca pensou em usar aquilo de verdade. Na realidade, nem sabia como agir. Desde que saiu do seminário jamais matou uma viva alma e nem pretendia. Se arrependia das mortes dos pássaros que matara à estilingue e carregava em suas costas.

Fosse o que fosse aquilo, jamais atiraria. Agiria somente para espantar e defender. Só queria estar vivo ao nascer do sol para presenciar os sinos de sua paróquia balançando novamente.

Pensar na sua igreja e nos seus seguidores lhe transmitiam mais paz e autoconfiança. Lembrou-se dos batizados que realizaria em breve. Foi pensando na troca da pia batismal por uma nova que ouviu algo cair sobre o capô do carro. O susto foi tão grande que seus braços amoleceram e o carro entrou por entre as canas descendo ruas erradas.

Optou por manter o carro sacolejando para aquilo que caiu lá em cima perder o controle e sair. Silvério procurou manter a calma mesmo dirigindo como um louco. Era um homem racional com decisões certas em situações novas. A sua frieza era impressionante quando queria isolar-se dos sentimentos.

Notou que estava andando no caminho contrário que vinha. Estava voltando para o sítio na direção que estava tomando. Notou que chegou num ponto em que via ao longe a mata fechada. Alguns quilômetros e algumas horas a mais estaria de volta ao ponto de partida. Não queria isso: "Preciso da minha igreja" -, obstinou.

Jogou o carro na rua abaixo das canas com tamanha brutalidade que viu aquela coisa voar para o meio do mato.

O alienígena não desistiu de tentar pegá-lo. Ia saltando com agilidade para cada vez mais perto do carro numa velocidade impressionante. Realmente sobre-humano! Silvério já sentia o suor escorrer-lhe à roupa que estava encharcada. Admitia através disso que estava com mais medo do que podia reconhecer.

Mais adiante percebeu o canavial mexendo constantemente. Acelerou e tentou passar por ali o mais rápido possível. Quando se aproximou, uma matilha de extraterrestres surgiu à sua frente. Eram em muitos. Silvério não pensou duas vezes; atirou o carro em cima atropelando um dos bichos menos esperto. Os demais começaram persegui-lo ao lado carro. Batiam as mãos alongadas de três dedos sobre o carro fazendo um horrível barulho na lataria. Pareciam hostis. Estavam conseguindo assustá-lo. Silvério olhava para a espingarda tentando regular o seu desejo de usá-la e acabar com aquilo por ali mesmo: "Senhor, afasta de mim esse cálice!".

Será que eles sabiam do perigo de uma arma de fogo. Talvez tivessem algo até mais evoluído que os terráqueos.


*****

"Atenção para a lista de falecidos após a nuvem de 'gás letal' ter invadido a cidade: Iranice Gomes Prado, Ivete Justino, Lúcio Ferreira, Anderson Alves de Toledo, Joaquim..." -, Jandira desligou o rádio: "Palhaçada, ele está aqui comigo". Ali, a enfermeira teve certeza que a melhor coisa a ter feito foi fugir daquele hospital com o irmão.

Dirigir em silêncio seria melhor que ouvir toda aquela mentirada e conspiração. Observou pelo retrovisor: "A moto não se aproxima logo!" -, pensou Jandira incomodada. "Será que descobriram meu plano? Estão me seguindo!" -, acelerou o seu pensamento e resolveu acelerar o carro. O ponteiro do velocímetro acusava 120.

Percebeu 'o farol' aumentar a velocidade também. A percepção era de que a luz estava ficando maior. "Isso não está normal". Joaquim começou a conversar dormindo algumas palavras desconexas. A luz aumentou e começou a refletir na coberta de Joaquim. Pelo retrovisor, não havia mais nada.

Foi quando Jandira percebeu uma bola de fogo correndo ao seu lado do outro lado da cerca. "Meu Deus, que assombro!" -, disse a enfermeira histérica. Joaquim abriu os olhos e não estava entendendo nada.

Só sentia os olhos doerem. Era muita luz acompanhando o carro. Jandira viu uma estrada de terra e freou bruscamente dando um cavalo de pau. Assim que o carro virou na pista, ela acelerou em primeira.

"Se segura, Quinzinho!" -, gritou. Pisou firme no acelerador e soltou o freio de mão tirando fumaça e o cheiro de queimado do asfalto. O carro entrou voando a estrada de terra levantando poeira. Eram muitos os solavancos e estalos no carro. O veículo era usado como se fosse um rally.

"O que houve, Jandira?" -, perguntava Joaquim sem entender o ocorrido. Estava assustado e perdido. "Dirigindo feito louca vai nos matar".

"Se não for assim, você estará morto em breve!" -, gritou. Joaquim olhou para ela com olhar de espanto. "Quando puder te explico melhor, tem algo estranho na nossa cola" -, tentou amenizar o peso da sua frase anterior com um tom de voz mais comedido. Nem bem falou e o carro foi iluminado por uma luz que veio do alto.

Joaquim se curvou para olhar pra cima pela vidraça. Não obteve sucesso. "Já vi essa luz na noite da grávida, em frente a igreja" -, explicou. "Isso não é divino, isso é demoníaco, são seres de outro planeta. Eles vão nos levar" -, gritou Joaquim.

Joaquim no ápice do medo esmurrou o painel do carro. "Não queremos ir, deixe-nos em paz! Deixe-nos em paz". A luz se apagou.

Jandira respirou mais calmamente. Ficou calada pensando com seus botões. "Tem haver com a palavra paz".

"Acho que a coisa se foi. Para onde estamos indo?" -, perguntou Joaquim tentando manter o controle de sua respiração.

"Vamos seguir pela estrada de terra até acharmos outra rodovia que nos leve para bem longe de São Sebastião. Vamos procurar ajuda com novos documentos. Agora somos fugitivos do exército. Eles iam te matar, como mataram os demais" -, explicou.

Joaquim se calou e deixou o corpo escorrer no banco.

Como estaria o coração de sua amada esposa? Como seria daqui para frente? Quem tocaria a padaria?

Os olhos de Joaquim começaram a fechar. Jandira conhecia o irmão. Sabia que aquela explicação caíra em sua cabeça como uma bomba: "Aproveita o efeito do remédio e dorme. Amanhã será um novo dia para pensar nessas mudanças. Você não estará sozinho, vou contigo até o fim. Agora dorme, meu amor".

A voz de Jandira soou como a de uma mãe que acalanta o coração de um filho e em poucos segundos o queixo de Joaquim encostou no peito entregue ao sono.

Jandira tocou o carro com um pouco menos de velocidade para preservar o irmão e suas costas. Se aquilo voltaria, não sabia, mas deixara as suas pupilas dilatas e a mente ligada para qualquer eventualidade.

*****

--- 3 horas e 5 minutos.

Silvério estava desesperado. Nunca vira tantos 'animais' reunidos numa caça. Na realidade era a sua primeira caça na vida e, para variar, ele era a caça.

Estava quase sucumbindo ao desejo de atirar naqueles 'animais'. Sua vida era tão importante que o estava transformando num pecador somente pelo desejo de matar aos 'bichos' e se ver livre. Estava esperando por um milagre: "Senhor, nunca me falhaste, me envie um de seus anjos para me proteger ou envie um sinal".

A luz âmbar sobreveio ao carro. Deus nunca fora tão rápido na vida de Silvério. Ao longe escutou o ronco de um motor quando viu um carro passar voando quase que por cima do carro de Silvério pegando o pneu no capô do motor. Silvério brecou bruscamente com o susto. Os bichos trombaram com o carro espremendo uns aos outros.

O carro que voara por cima do padre caíra de bico no barranco da rua posterior. Silvério viu a janela se abrir e de lá de dentro voar um tambor de plástico cheio de gasolina. A porta se abriu e com a testa machucada desceu Isaías com um revólver em punho.

Os alienígenas esqueceram Silvério começaram a cercar o carro de Isaías: "Pegue a espingarda e atire para o alto, padre". Silvério abriu a janela e sentou na porta. Mirou para a direção da luz e atirou.

O som da espingarda desnorteou os bichos que correram esparramados para a cana. A luz começou a rodar e balançar de um lado para o outro. Isaías pegou mais um galão de gasolina e desceu do carro indo ao encontro do padre. Atrás dele surgiram os extraterrestres.

"Cuidado!" -, gritou Silvério. Isaías virou e atirou contra o peito de um deles que caiu ao chão em grunhidos se contorcendo. Outros surgiram rapidamente grunhindo hostilmente. Isaías não pensou duas vezes. Mirou a arma no primeiro galão que tinha jogado no canavial e disparou.

Errou. "Droga!" -, desesperou-se. Apertou bem um dos olhos, empunhou a arma com firmeza e atirou. O galão explodiu voando fogo para os lados acertando alguns alienígenas que começaram a rolar no chão no intuito de apagar o fogo. Outros corriam de um lado para o outro.

Um mais hostil veio na direção de Isaías com um grande salto. O padre mirou e acertou a sua cabeça. O 'monstro' caiu sobre Isaías que assustado ainda se levantava tentando não deixar o outro galão de gasolina de lado.

"Que barulho foi esse?" -, Jandira assustada viu grandes chamas tomarem conta do canavial. Ela sabia que onde haveria fogo, deveria ter rurais trabalhando: "Minha salvação. Informações e companhias momentâneas". Pisou firme no acelerador na direção do fogo.

"Venha!" -, gritou Silvério para Isaías apressadamente. "Estão em muitos".

Mal falou e um dos alienígenas pulou sobre o padre o agarrando pelo pescoço. O padre não conseguia posição para se defender com um tiro. Bateu nele com o cano da espingarda com força. O 'bicho desnorteou, mas não parava de apertar seu pescoço. Silvério estava quase sem ar.

Um tiro. Nenhum efeito. Outro, e nada!

Isaías mirou mais uma vez e atirou na cabeça. A coisa tombou por cima de Silvério. O padre estava desesperado! Não conseguia falar com o tamanho do apertão no pescoço.

Jandira avistou um carro com os faróis acesos e o padre sobre o capô tentando respirar. De longe viu surgir muitos bichos atrás de Isaías que também ia pra cima deles jogando gasolina e os afastando.

"O padre e o pastor!" -, exclamou Jandira com esse encontro inusitado. Não pensou duas vezes e aumentou a velocidade a fim de ajuda-los nessa guerra. Gritou: "Acorda Jaoquim!".

O rapaz abriu os olhos e viu o horror à sua frente. Jandira acelerou ao máximo e jogou o carro sobre os extraterrestres que esquivaram pulando sobre o carro do padre e o carro tombado de Isaías.

Isaías não pensou duas vezes. Mirou o tanque do seu carro e atirou. Uma grande explosão atirou os extraterrestres em brasa por todo o canavial. Jandira brecou bruscamente com o susto. Joaquim deu um grito: "Deus nos proteja!".

Silvério travou uma batalha com dois. Eles tentavam saltar sobre o padre que batia em suas cabeças com a espingarda. Jandira desceu do carro e foi ao auxílio do padre subindo no capô. Joaquim, mesmo sonolento saiu e tentou auxiliar Isaías que estava cercado por três alienígenas.

"Estou sem munição! Estou sem munição!" -, gritou Isaías. Joaquim pulou sobre um dos 'bichos' e segurou fortemente sua cabeça. O bicho girava e guisava. Isaías colocou a arma grudada no galão como quem quisesse acender uma explosão e os bichos se afastaram.

Joaquim permanecia montado sobre o 'bicho'. Suas forças estavam acabando pelo efeito dos remédios. Então teve o insight de enfiar os dedos nos olhos do bicho. Enfiou com a unha com força e vontade machucando os olhos do inimigo. O bicho caiu por sobre ele com as mãos nos olhos tentando conter o corrimento do líquido negro que saía. De sua boca urros e guizos.

"Toma isso, desgraçado!" -, continuava apertando.

Jandira saltou sobre outro e o padre o acertou em cheio na cabeça com uma só pancada. A enfermeira lembrou-se da fratura do outro que vira na mata e concluiu que eles tinham ossos no pescoço. Com muito custo forçou o pescoço do alienígena e conseguiu um solavanco. Ele caiu estrebuchando no solo como uma galinha em sua morte.

"Atinjam o pescoço. São frágeis" -, disse a enfermeira partindo em auxílio ao irmão em batalha, caído ao chão, com o alienígena cego pressionando a sua cabeça.

O padre batia com força no outro alienígena. O número tinha reduzido muito e a luta parecia ficar mais justa. A luz ficava dançando sobre eles num grande vai e vem. Um grande número de alienígenas corria para a luz e sumiam.

Isaías, com uma mão, agarrou no pescoço de um deles segurando o pequeno tambor de gasolina com a outra. Outro alienígena chegou por trás e pressionou o seu pescoço também.

"Socorro!" -, gritou.

O grito distraiu o padre que foi pego pelas costas pelo alienígena em que travava a batalha pela sua vida. Parcialmente impossibilitado de fazer algo, o padre não tinha como ajudar ao pastor. Jandira estava tentando soltar o irmão do abraço que o alienígena cego lhe dera.

Isaías pensou na última tentativa: "Mira a espingarda e atira!" – gritou ao padre.

"Não posso!" -, revidou o padre, A minha última munição está no bolso a espingarda está vazia.

"É a última chance. Todos morreremos senão tentar!" -, insistiu Isaías. O padre desejou não estar naquele lugar. Só tinha uma bala no bolso Com muito custo conseguiu chegar a mão esquerda no bolso. Isaías o olhou com desespero. Estava quase sem ar. Silvério mandou a nuca com força na cabeça do alienígena que o soltou repentinamente. Aproveitou para por a bala e empunhar a espingarda para salvar o pastor.

Isaías com muita dificuldade atirou o tambor para o alto e o padre atirou acertando o tambor quase que por sorte. A explosão espirrou fogo para todos os lados. A luz âmbar se apagou. Eles haviam ido embora.

Isaías fora atingido: "Socorro!" -, gritava o homem com fogo nas roupas rolando na terra tentando apagar o fogo na sua roupa.

A enfermeira correu até o carro e pegou o cobertor do irmão. Rapidamente jogou sobre o pastor o derrubando ao chão e pressionando o seu corpo contra o dele. Joaquim jogava terra sobre o homem na tentativa de ajudar a conter o fogo.

Ao lado, um dos alienígenas atingido conseguiu apagar o fogo sozinho enquanto outro já não correspondia mais os movimentos. Já estava morto. O sobrevivente tinha queimado apenas as pernas. Não conseguia se mover, gemia tão baixinho que parecia um sopro. A dor não era somente para os humanos, pensou o padre.

O alienígena cego levantou-se rapidamente e correu. Saiu cambaleando entre os pés de cana. Fugiu.

Joaquim estava no chão exaurido e assustado. Jandira ergueu o cobertor para ver os ferimentos em Isaías que gemia de dor em lágrimas. Silvério se aproximou: "Está doendo demais, sei disso!" -, disse o padre debruçando sobre Isaías.

"Levem-me para a fazenda, a Doutora Vanessa tem drogas que vão me tirar essa dor até me levarem ao hospital" -, pediu Isaías.

Jandira avaliou as queimaduras: "Não são tão graves. Uma froga bem forte ajudará no momento. Sou enfermeira. Vou cuidar do senhor. Onde encontramos essa doutora?".

"Venham conosco. Agora é hora de somar!" -, disse o padre pegando Isaías no colo e seguindo para o carro. "Estamos em uma guerra silenciosa. Tudo o que viram aqui é segredo absoluto. O exército não pode saber" -, explicou. Silvério colocou Isaías na carona.

Jandira concordou prontamente com Silvério. Ajudou o seu irmão Joaquim a entrar no seu carro: "Vou levar o sobrevivente, um refém sempre ajuda na guerra" -, disse Jandira. Com os lençóis sujos do porta-malas pegou o sobrevivente com a ajuda do padre e o colocou no bagageiro de seu carro amarrando as suas mãos com pedaços rasgados do lençol.

"Vamos levar alguns corpos para estudo" -, enfatizou o padre. "A doutora poderá precisar para algo".

Jandira e Silvério recolheram algumas carcaças alienígenas e colocaram no bagageiro do carro do Padre e partiram rapidamente pensando numa forma de ajudar Isaías.

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