A Esposa do Juiz - Repostagem

By LauraFisher433

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Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Um - (C)
Capítulo Dois
Bônus Valentina
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Bônus George
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Sete - A
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Bônus
Bônus dois
Capítulo 16
Bônus

Capítulo 8

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By LauraFisher433

Sem correção,

Liara

Não deixo que ele perceba, mas meus pensamentos voam em rumos desconhecidos. Havia tantos promotores ruins, que eu me vi ali, fazendo parte daquele meio.

Eu só não conseguia ainda ver uma resposta, por estarmos passando um momento delicado sem a Valentina.

O Cairon tinha uma estratégia para trazê-la de volta. Deixá-la voar. Quando entender que ninguém... Ninguém no mundo nos ama mais que nossa família, voltará.

Mesmo assim liguei duas vezes para a casa da coleguinha sem a que ele soubesse e pedi também a mãe da menina que não contasse nada à Valentina. Eu precisava de notícias.

O Cairon ontem me informou que o limite do cartão dela está estourado. Ele cancelou a matricula dela na escola, já que hoje é sexta feira e ela ficou uma semana sem ir à escola.

Cancelou também todas os outros cursos, como idiomas, natação e outras atividades que ela fazia impostas por nós. Como não compareceu a nenhuma delas durante a semana ele trancou as matrículas.

- Mãe?

- Oi Benjamin. Desculpe filho estava distraída.

- As meninas disseram que a Valentina anda muito triste e chorando. - Me levantei da poltrona que esta reclinada e o olhei nos olhos.

- Como assim filho? Aconteceu algo?

- Nada sério. Elas acham que sente falta de casa.

- Quando estiver filho, ela voltará. Não podemos ir buscá-la. Isso seria dizer que ela estava certa todo o tempo. A Valentina tem que aprender que não podemos fugir dos nossos conflitos. Temos que resolvê-los. Encará-los de frente.

- Você sempre diz isso.

- Igual a você. Marquei hora com uma tutora para te ajudar com as matérias que não entendem.

- E eu disse que não queria ir. Meus amigos vão pensar que sou burro.

- Filho todos nós temos direito de não entender algo. Não são todos que nascem superdotados de inteligência. E são vários os fatores que nos impedem de entender certas coisas. Não é por isso que seremos burros. Ah e outra coisa. Quanto a seus amigos...

- Já sei, já sei. O pensamento deles não determina quem sou e nem minha capacidade.

- Isso mesmo. E se algum deles disser algo, ou fazer algum tipo de brincadeira com suas limitações, examine bem se é seu amigo de verdade. Quais são as nossas máximas?

- Ter objetivo na vida, não ter vergonha de ser bom e escolher bem nossas amizades. - Ouvi isso na minha crisma em minha cidade e nunca mais me esqueci, e quis passar aos meus filhos.

- Isso mesmo, garoto esperto. Espero que sua irmã se lembre que não devemos ter vergonha de sermos bons e nem da família que temos. Porque quando os amigos que escolhemos vão embora, seja boa ou ruim a família continua sendo família e nos espera de braços abertos.

- Eu...

- Fala filho. - Eu conheço quando o Benjamin quer dizer algo ele fica rodeando e enrolando e acaba não falando.

- Tem uma amiga minha. Na verdade ela estuda com bolsa na escola e disse que podia me ajudar.

- Hum... Ela é tão esperta assim?

- Sim mãe. Ela é muito inteligente e só tira notas boas. Só que...

- Só que?

- Ela perdeu os pais e os tios não têm como mantê-la na escola. Por isso a diretoria deu a ela uma bolsa. Às vezes eu divido meu lanche com ela.

- Como eu nunca ouvi falar desta amiga? - Filhos adolescentes.

- Ela é muito tímida e não faz parte da turma da Valentina.

- Mas é só amizade não é filho? Porque não poderia te apoiar se estivesse rolando algo mais como não apoiei a Valentina. Eles dizem que o homem sai de casa mais cedo e coisa e tal, mas imagina... Se ela é sua amiga tem sua idade. Com certeza se os pais fossem vivos não gostariam que ela namorasse tão novinha assim.

- Não mãe. É só amizade mesmo. Além do mais ela é bem feia.

- Benjamin...

- Verdade. Usa óculos e aparelho nos dentes.

- Talvez seja os acessórios que a façam ficar diferente.

- Não. Acho que não. Ela é feia mesmo.

- Filho não julgue as pessoas pela aparência. Acredita que tem muita gente que acha que seu pai não fez a melhor escolha? Acham que porque sou negra não merecia seu pai.

- Mesmo?

- Verdade filho. Ainda tem gente que acha que brancos devem se casar com brancos e negros com negros. Acham que homem bonito tem que casar com mulher bonita. E eu penso que um completa o outro. A beleza exterior passa filho. E se a pessoa não for bonita por dentro quando o externo se for não restará nada. Se a sua amiga é gente boa, a beleza dela está interna e eu não gostaria de ver você tratando-a como seus amigos a tratam. Seja diferente.

- Então... Sou o único que conversa com ela.

- Que bom. Sinto orgulho de vocês! Amo meus filhos.

- Também te amo mãe.

Naquela noite o Cairon chegou muito tarde, nem o ouvi entrar no quarto só ouvi quando saia do banho... Lindo.

Ele resumiu um pouco do julgamento e parecia muito cansado. Deitei-me em seu peito e fechei os olhos. Assim como ele. Com o tempo nós aprendermos que o amor se realizava também quando apenas nos deitamos e conversamos ou dormimos abraçados. Não precisava acontecer o ato sexual, o casamento, mas era muito mais que isso. Não que isso também não fosse importante.

A semana voou e todos os dias eu ligava para a mãe da amiga onde a Valentina estava. Ela sempre dizia a mesma coisa.

- Minha filha é muito fechada comigo sabe Liara, e quase não conversamos, mas vejo sua filha um pouco inquieta estes últimos dias.

Eu agradeci. E hoje em especial, sexta feira... Eu tinha costume de ir com eles até o shopping almoçar e farei isso mesmo sendo só com o Benjamin. Não podia deixar que nosso fracasso com a Valentina afetasse nossa convivência e educação com o Benjamim.

À tarde recebi uma mensagem lembrando que hoje seria o ultimo dia para me inscrever no concurso. O Élcio estava mesmo disposto a me fazer repensar meu caminho. E mesmo sem falar com o Cairon, eu me inscrevi. Meu marido torcia por mim, e com certeza não se sentiria mal ao saber que eu estava buscando novos caminhos.

Eu que cheguei nesta cidade, pensando em ajudar minha mãe e talvez algum dia terminar minha faculdade de administração, conseguindo assim um trabalho em alguma empresa em um setor administrativo, ganhar salario e meio por mês, vale transporte e alimentação. Sorri com meus pensamentos. O Cairon foi o divisor das águas em minha vida. Antes dele e depois dele.

Quando cheguei a casa o Benjamin pediu para acampar com os amigos em um local aqui próximo da cidade e eu deixe. Ele sempre estava com seguranças, confiava nele.

Mais uma vez o bendito julgamento estava demorando... Jantei sozinha, depois me sentei na sala de TV para assistir um filme qualquer. Desisti pouco depois do filme, optando por uma séria investigativa.

Era sempre assim, eu rodava todos os canais e parava ali. Algo me atraia a assistir o desenrolar dos assassinatos.

- Oi.

- Que susto Cairon.

- Isso que dá ficar se envolvendo com essas estórias macabras. - Ele sentou-se no sofá próximo a mim. - Até que enfim o fim de semana com a terça sendo feriado. Tudo parado até quarta. Eu precisava disso. Sabe do que eu preciso também?

- Nem imagino... - Mas pela cara dele eu sabia sim.

- Vou tomar um banho então enquanto deixo você pensar um pouco, para ver se descobre.

Ele sabia ser gentil, delicado e ao mesmo tempo sexy quando o desejava ser. Deixei que ele se fosse e esperei um pouco, depois me levantei e fui para o quarto. Sentei-me aos pés da cama e cruzei as penas, já estava de camisola mesmo. Quando ele saiu, me olhou e me despiu com o olhar.

- Desculpa não te dar atenção essa semana. Estava com a cabeça quente com trabalho e a Valentina.

- Eu sei meu amor. Estamos passando por isso juntos.

- E hoje, quando estava no trabalho, aproveitei para me inscrever no concurso. – Ele olhou-me diferente. Depois sorriu como se algo o incomodasse. Porém nada disse.

- E sabe o que descobri vindo para casa? – Desconversou.

- Acho que vou querer saber.

- Nunca transei com uma promotora.

- Vai ter que esperar um pouco.

Ele não respondeu, deixou a toalha no chão e veio tirando minha camisola. Depois me deitou novamente sobre a cama, abriu minhas pernas e percorreu cada pedaço do meu corpo com as mãos e quando chegou até minha parte mais sensível, ele tocou não com as mãos, mas com o lábios. Era delicado, gentil e...

- Hum... - Gemi porque ele havia me mordido, não havia força, mas era de tirar o fôlego.

Continuou tocando meus pontos fracos com a língua úmida e quente até que eu puxasse seus cabelos para que ele voltasse para cima.

- Preciso te sentir dentro de mim... - Mas ao invés de me penetrar com seu membro, ele colocou seus dedos. Eu sempre dizia a ele como tinha dedos longos e ágeis eu amava aquilo. Comecei a me contorcer sobre a cama até que ele retirou os dedos e me penetrou profundamente.

Geralmente eu não ouvia muita coisa dele durante esse momento a não ser os gemidos. Ele me excitava muito gemendo. Sabia que estava sentindo muito prazer.

- Cairon... Mais forte meu amor. - Ele me virou de costas e além de me penetrar massageava meu clitóris. Sensações maravilhosas percorriam meu corpo.

Um prazer intenso tomava conta de mim. E bastou aumentar um pouco nosso ritmo para que meu corpo perdesse as forças, assim como o dele também. Ele deitou-se e me puxou sobre ele.

- E então?

- O que? - Ainda estava ofegante.

- Como foi transar com uma futura promotora?

- É gostosa de qualquer forma, seja amante, esposa, promotora ou só advogada. É sempre uma sensação nova. E não é seu título o que vejo em meus braços, e sim a mulher que escolhi para a vida toda.

Ficamos abraçados até que o cansaço venceu e nós adormecemos um nos braços do outro.

- Campainha e telefone. Tudo ao mesmo tempo, em pleno sábado. - Olhou no relógio. - Sete horas da manhã. - Ele se levantou. Foi até o banheiro e lavou o rosto, vestiu bermuda. Fiquei deitada. Se fosse algo muito sério, teriam ligado nos celulares.

Quando saiu do quarto, eu vesti uma camiseta e short e fui atrás prendendo o cabelo. Quando cheguei à sala ele conversava com um dos seguranças da casa.

- O que foi? - Perguntei. Antes que ele respondesse, a Valentina entrou pela porta da sala com uma mochila, olhos vermelhos e parecia bem mais magra.

- Mãe! - Veio e me abraçou, já chorando.

- Meu amor! - Beijei sua testa. - O Cairon estava com fisionomia totalmente diferente de minutos atrás e dois seguranças estavam parados à sala.

- Podem voltar as seus postos. Obrigado. - Ele agradeceu e foi em direção à cozinha.

- Pai. Não vai fazer nada? Eles me barraram e não me deixaram entrar na minha própria casa. No mínimo devia mandá-los embora. - Ele estava colocando água na cafeteira e parou olhando para ela.

- Mandá-los embora porque estão fazendo seu trabalho?

- O trabalho deles não é proteger a nós? Ou é barrar os membros da família?

- Em menos de cinco minutos e você já disse duas mentiras Valentina.

- Pai?

- Sim. Primeiro disse que te impediram de entrar em sua própria casa, e essa casa deixou de ser sua desde que você partiu dizendo que só voltaria quando fosse independente, como foram mesmo as palavras? "Rica e independente". Então acredito que isso tenha acontecido bem rápido para estar aqui.

Dava para ver a vergonha estampada no olhar da Valentina, mas eu não impediria que o pai impusesse os limites que ela precisava. Só se fosse o extremo para que intervisse.

- A segunda mentira, é que somos membros da mesma família.

- Pai... - Ela chorou.

- Membros desta família não agridem os outros membros, não mentem e não os desprezam. É assim que sempre ensinamos a vocês, mas você quis sua liberdade. Aproveite bem.

- Pai não pode fazer isso comigo.

- Você também não podia ter feito o que fez, porém o fez. - Eu não reconhecia aquele homem falando com a filha. Mas confiava nele totalmente, assim como confiei minha vida e ele me trouxe onde estou hoje.

Foi até a cafeteira tirou as duas xícaras de café e colocou leite em uma me entregando o líquido quente e fumegante. Segurei a xícara e o acompanhei até a mesa de café assim como ela.

- Me desculpa pai. - Ele não disse nada. - Eu sei que não devia ter partido, mas eu estou arrependida e voltei.

- Arrependida, ou seu dinheiro acabou? – Ele não a deixava tomar um fôlego, por isso era um juiz. - E não é bem assim eu me arrependi e voltei. Lido com assassinos todos os dias que também estão arrependidos, nem por isso eles podem voltar a circular pela sociedade só porque se arrependeram.

- Então agora sou uma assassina? Está vendo mãe como ele tem me tratando?

- Começo homens e mulheres que se tornaram assassinos perigosos Valentina, e que começaram muito mais inocentes que você.

- Cairon... – Agora ele estava passando dos limites.

- E assassinos não são só os que matam o corpo. São também aqueles que matam os sonhos, esperanças e a alma do outro.

- Eu não queria matar seus sonhos pai. Eu queria viver o meu.

- Então agora está livre para fazer. Só não conte comigo mais.

- Está abrindo mão de ser meu pai.

- Não. Você abriu mão de ser minha filha, desde o momento em que disse que nunca pediu para nascer, que odeia ser parte dessa família.

- Estava com a cabeça quente.

- E eu estou com a alma doente. - Se levantou e olhou para ela. - E vai demorar um pouco para que ela se recupere.

Conheço meu marido... Ele estava juntando todas as forças para não abraçá-la, colocar em seu colo e enche-la de mimos, como sempre fez.

Saiu da cozinha sem dizer mais nada. E nós ficamos mais um pouco ali na cozinha até que eu puxei assunto.

- Se alimentou direito esses dias? - Ela sacudiu a cabeça afirmando.

- Ele não quer que eu volte mãe?

- Não o ouvi dizer isso filha. Seu pai está magoado, você não entende. Era um sonho dele e não meu ter filhos. Um dia ele me pediu um filho e sonhou com isso todo o tempo. Cuidou de mim colocando a própria vida em risco. E quando vocês nasceram... - Lágrimas vieram aos meus olhos. - Ele sofreu com você, sentia medo de perdê-la. Ele levava foto de vocês e mostrava a todas as pessoas do trabalho, toda semana. Acompanhava cada consulta, mesmo que tivesse que sair no meio do expediente.

- Para mãe... - Ela soluçou.

- Só estou dizendo a verdade filha. E agora é como se seu sonho estivesse sendo arrancado dele. Tirando a força.

Ela saiu da cadeira e me abraçou. Ouvimos a porta do apartamento se abrir e fechar isso era sinal que ele havia saído. Como era seu costume aos sábados ele corria com o pessoal da Federal.

Levei-a até seu quarto e a ajudei com um banho e depois a se deitar um pouco para descansar.

- Agora precisa dar um tempo a seu pai meu amor.

- Ele não me ama mais mãe?

- Claro que ama. Só está magoado.

O tempo era o remédio que curava todas as feridas, e a gente sabia disso porque já éramos adultos, mas ela ainda aprenderia.

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