A aula de fotografia estava acontecendo no campus. Todos os alunos permaneciam sentados na grama em frente ao professor enquanto ele falava. Do meu lado esquerdo estava Hope e do direito Jason e Kylie que estava entre suas pernas. Cooper mantinha os braços ao redor dela e vez ou outra depositava um beijo em sua cabeça.
Eu detestava admitir, mas os dois formavam um casal bonito. Pelo menos, aparentemente.
Naquela manhã ao ver os dois sorrindo e acenando para mim, eu resolvi esquecer o episódio da carona. Eu não iria obter rancor somente por conta daquilo. Nenhum dos dois tinha a obrigação de me levar até a empresa e também de me convidar para as festas.
Eu ainda estava magoada, óbvio. Porém, não iria me deixar levar. Se Kylie fazia bem para Jason, eu deveria ficar feliz. Ele já tinha passado por muitas coisas na vida e ainda lutava contra alguns problemas. Eu não queria ser mais um deles.
— Você pode fazer comigo? — Hope sussurrou. — Eu não quero acabar fazendo com o Freddie.
Eu sabia que ela estava se referindo ao álbum que teríamos que montar. O projeto que o professor tinha nos passado.
— Quem é Freddie?
— É um escorado. Da última vez, eu fiz o trabalho sozinha e ele levou os créditos.
Sorri ao perceber a careta que ela fazia. Lembrava muito a de Nate.
— Você conhece todo mundo.
— Por nomes. É que sou observadora.
Ri para ela, voltando a prestar atenção nas dicas que o professor estava dando.
Enquanto ele falava, eu já programava alguns cenários que eu e Hope poderíamos utilizar. Acreditava que as fotos tiradas ao ar livre eram melhores, portanto, o parque próximo ao meu apartamento com certeza seria um dos locais para entrar na lista.
— Nós podemos usar seu carro. — Kylie falou entusiasmada, olhando para Jason. — Lembra daquela foto que te mostrei?
Ele concordou com um aceno, não dando muita atenção.
Jason parecia estar longe há horas.
Eu sabia sobre os problemas do meu amigo, entretanto, ele não tinha o conhecimento do que já tinha chegado aos meus ouvidos. Então, eu não tinha a permissão de questionar a respeito do seu estado psicológico.
Era horrível não poder fazer isso.
Observei Kylie dar um selinho nele, recebendo um sorriso em troca.
Acabei sorrindo também ao notar que ele estava em boas mãos. Kylie não era um exemplo de ser humano, mas eu também não era. Todos tínhamos erros e acertos. E o mais importante de tudo ela tinha, parecia gostar e se importar com Jason. Era o suficiente.
— Lembrando que o projeto é em dupla e que são vinte fotos no total.
— Os dois precisam aparecer no álbum? — Hope questionou, levantando a mão.
— Sim. Dez fotos suas e dez de sua parceira ou parceiro. — ele respondeu, logo desviando o olhar para outra pessoa que tinha feito uma questão. — Sua vez!
A menina baixou a cabeça, anotando as instruções na folha que tinha em mãos. Ela parecia levemente frustada ao colocar aquelas palavras no papel.
— Tudo bem? — perguntei, atraindo sua atenção.
Ela mordeu o lábio de forma hesitante.
— Eu não sou fotogênica. Não tenho roupas ou acessórios legais pra tirar uma foto como a Cindy acabou de sugerir. — apontou para trás, revirando os olhos. — Acho que não vamos ter uma boa nota.
Analisei-a demoradamente, notando que ela utilizava um suéter e uma calça de moletom. Seus cabelos curtos e loiros estavam soltos com leves ondas.
Hope era bonita. O problema era que ela não utilizava roupas que a favoreciam.
— Não gosta das suas roupas? — quis saber. — Eu pensei que gostasse.
— Ah não. Não é isso. — falou envergonhada. — É que todas vocês usam coisas legais.
Estreitei os olhos, continuando a observar seus gestos.
— Eu perguntei se você gosta das suas roupas, Hope. Se você curte, não precisa ficar se comparando com os outros. Eu, por exemplo, adoro utilizar roupas pretas, brancas e cinzas. Você se imagina usando trajes assim?
Ela soltou um riso baixo, negando com a cabeça.
— Eu gosto delas, mas fica bem em você. Em mim não ficaria.
— Que tipo de roupa você gosta?
— Eu gosto de vestidos. — ela sorriu animada. — Gosto de suéteres também. Calça jeans. Saias.
Arqueei a sobrancelha ao dar de ombros.
— Por que não usa?
— Ah.. Eu sempre acabo ficando com as roupas da minha irmã mais velha. — encolheu os ombros. — Minha mãe cuida de nós duas e não tem dinheiro o suficiente para bancar meus caprichos. Então eu fico com as roupas que não servem mais na Mandy.
Eu senti um aperto no coração ao ver a forma que Hope tinha ficado ao falar aquilo para mim. Ela parecia envergonhada. Sem jeito.
— Eu vou ver com minha mãe se posso ir na sua casa. Eu acho que ela tem algumas entregas para fazer hoje.
Eu tinha o conhecimento de que ela estava tentando mudar de assunto, então sai do meu transe, voltando a prestar atenção em suas palavras.
— Entregas?
— É. Elas faz bolos para casamentos e aniversários.
— Caramba! Eu sou apaixonada por bolos. — toquei a mão no meu peito, sorrindo animada para ela. — Iria adorar ter uma mãe confeiteira.
Ela riu, colocando uma mecha do cabelo para trás. Pensou em dizer algo, mas desistiu ao perceber Jason e Kylie se aproximando.
Após almoçar e adentrar a empresa, eu não fui para a minha sala e de Nate porque Madison me impediu. A secretária disse que Hunter havia pedido para o aguardamos na sala dele, pois ele precisava falar conosco.
Quando entramos no cômodo, ela foi sentar na cadeira em frente à mesa de Hunter. Eu optei por me aproximar da enorme janela de vidro. Após os acontecimentos do dia anterior, o clima entre nós duas tinha ficado mais estranho que o normal. Era como se fossemos duas estranhas. Talvez, fossemos.
Passei as mãos em meus braços, observando o tempo. Tinha sol e poucas nuvens. A temperatura estava fresca dentro do ambiente, mas na rua era quente. Naquele instante, senti falta da jaqueta que tinha tirado dentro do ônibus. Pensei em coloca-lá, mas assim que ouvi o barulho da porta juntamente com a voz de Hunter, virei em direção a abertura.
Meu chefe entrou ao falar no celular e mencionou para que eu me aproximasse deles.
Segui o caminho de imediato, sentando ao lado de Madison que se ocupava em tirar o esmalte da unha. Esperamos mais alguns minutos até ele desligar o celular.
— Ei! Como está? — Hunter sorriu para mim, colocando o aparelho na mesa. — Pronta para a nova sala?
— Prontíssima. — brinquei ao devolver o sorriso. — Já escolhi a cor.
Mesmo olhando para Hunter, eu percebi Madison revirar os olhos.
Meu chefe abriu o botão do paletó e sentou, aproximando a cadeira da mesa.
— Ótimo. Bom, eu chamei as duas aqui porque tenho um presente.
— Oba! Adoro presentes. — Madison se animou, corrigindo a postura. — Diga que é cartão da nova loja que estamos patrocinando.
Hunter riu para ela, mostrando suas covinhas. Em seguida, colocou três cartões próximos a nós. Um azul, roxo e vermelho.
Nate Young. Madison Collins. Every Holdings.
A secretária soltou um grito animado, pegando o que continha o nome dela.
— Aí meu Deus! Eu estava precisando disso.
Mesmo sem entender absolutamente nada, peguei o meu. Ele era vermelho e tinha meu nome escrito em letras brancas.
— É da última loja que fomos na inauguração. Lembra, Every?
— Na escola?
Ele concordou.
— Bom, vocês têm um limite bem alto neles. Roupas grátis. Em troca, precisam vesti-las e tirar fotos, logo depois escrever uma nota falando sobre a loja para incentivar mais pessoas a irem até lá. Combinado?
Eu ainda estava um pouco perdida, mas tinha me animado tanto quanto Madison ao perceber que teria roupas de graça. Era um presente e tanto.
— Quando podemos ir lá? — ela questionou, olhando para Hunter.
— Podem ir agora mesmo. Meu voo é daqui algumas horas e eu não vou precisar de você. — ele me olhou. — Nate não está por aqui, então você pode ir se divertir também Every.
— OH! Obrigada.
Quando a secretária levantou, eu fiz o mesmo. Ao ajeitar minha camiseta, eu pensei somente em uma pessoa que ficaria mais animada que eu e Madison juntas para fazer aquelas compras.
— Esperem! — Hunter pediu, acenando com a mão. — Esqueci de avisar sobre o jantar no domingo. Roupas formais, ok? Todas as informações estão no e-mail de vocês.
Quando eu fui questiona-lo a respeito daquele evento, o celular dele tocou fazendo com que ele desviasse sua atenção somente ao atender o telefonema.
Não querendo atrapalhar, segui Madison rumo à saída.
— Que jantar é esse?
— Da empresa. — falou como se fosse óbvio.
Apertei o cartão em mãos, observando ela começar a arrumar suas coisas dentro da bolsa.
— Roupas formais tipo vestido longo?
Ela me olhou com o mesmo olhar de antes.
— Sim, Every. Você não leu o e-mail?
— Não tive tempo ainda.
— Ok! Escuta bem que eu só vou falar uma vez. — ela suspirou, escorando-se. — Toda vez que fechamos vários patrocínios ao mês, Hunter dá uma festa na casa dele com os empresários.
— Ok.
— As roupas são alugadas. Nós não pagamos nada quem faz isso é a empresa. No e-mail tem o endereço da loja que por coincidência fica no mesmo Shopping que vamos ir agora.
Assenti com a cabeça, entendendo melhor sobre tudo aquilo. Trabalhar na empresa tinha belas vantagens.
— OH, ok! — murmurei. — Sobre isso, huh, eu posso dar meu cartão presente para outra pessoa?
Madison voltou a arrumar a bolsa dela enquanto falava comigo.
— Vai fazer caridade pra quem?
— Não é caridade. — revirei os olhos. — Quero ajudar a levantar a autoestima de uma pessoa.
— Você é muito boba mesmo. Sério que vai dar seu presente? — arqueou a sobrancelha. — O que você ganha em troca?
— Eu deixo uma pessoa feliz.
— E?
— Você deveria pensar sobre isso, Madison. — cruzei os braços, lembrando das palavras dela. — Você sabe como é se sentir para baixo, não?
— Ninguém nunca se importou comigo naquele inferno de orfanato, por que eu deveria me importar com alguém?
— Está sendo mesquinha. — apontei, franzindo o cenho em insatisfação. — Não é porque foram rudes com você que precisa devolver. Você nunca vai crescer na vida se continuar a ser assim.
— Meu amor, eu já estou lá no topo. — ela mencionou com a mão para cima. — Eu e o Ryan vamos nos casar.
Ela colocou os óculos de sombra, passou por mim e acenou.
— Do que adianta ser rica e não ter o mais importante? — gritei para ela que estava prestes a entrar no elevador. — Você vai continuar sendo vazia por dentro.
Antes das portas se fecharem, eu percebi que tinha a afetado.
(...)
Eu já tinha enviado uma mensagem para Hope pedindo para ela me encontrar no Shopping. Não havia dito o motivo do encontro porque não queria que ela negasse meu convite.
Eu tinha ficado contente por receber um cartão presente e meu primeiro pensamento foi em gastar tudo com roupas para mim. Entretanto, ao lembrar da forma que Hope tinha ficado ao falar sobre seus trajes, me senti terrivelmente egoísta por querer aproveitar sozinha.
Eu podia dividir com ela. O cartão era meu e eu tinha aquele direito.
Enquanto esperava ela chegar, sentei no banco que havia ali e li o e-mail que Hunter tinha enviado. Nele dizia o local que deveríamos pegar nossos vestidos, a cor que usaríamos e também avisava sobre a permissão de um acompanhante.
Observei os outros nomes vendo as cores dos vestidos e parei no de Madison. A dela era vermelho. Mais abaixo tinha o meu com "preto" escrito ao lado.
Assim que fui rolar a tela, uma ligação no FaceTime surgiu no meu celular.
Neguei com a cabeça ao sorrir. Em seguida, atendi.
— Já está com saudades?
Nate sorriu para mim, franzindo o nariz. O olho dele parecia mais inchado e roxo, mas não quis questiona-lo a respeito daquilo.
Ele estava com um moletom de touca cinza cobrindo seus cabelos que pareciam bem bagunçados.
— Eu liguei para te mostrar uma coisa.
Antes que eu pudesse perguntar o que era, ele trocou a câmera mostrando a torre Eiffel para mim. Na noite anterior, eu tinha dito para ele que adoraria conhecer Paris. Logo pedi um chaveiro imitando a torre de presente para ele.
Sorri maravilhada, observando cada detalhe daquela cena.
— É linda! — falei assim que voltei a enxerga-lo. — Quero meu chaveiro igualzinho a ela.
Ele riu.
— Eu já comprei. — estreitou os olhos ao começar a andar. — Soube que você ganhou um cartão presente e que não vai utilizá-lo.
— Quem tem disse? Madison?
— Ela mandou uma mensagem perguntando se eu sabia para quem você iria dar. — ele explicou. — Então, quem vai ser o sortudo?
— Sortuda. — revirei os olhos. — É uma amiga.
— Que amiga?
— Não vou dizer o nome dela. Está se divertindo aí?
— Huh, ainda não. Vou me divertir pela noite. — ele sorriu safado. — Vou a um bar de strip-tease com o Jake.
— Hum, 'tá parecendo um menininho virgem.
— É um lugar bom para perder a virgindade.
Ri com ele, mas assim que ouvi alguém chamar por meu nome, levantei a cabeça. Avistei Hope.
Ela começou a caminhar em minha direção.
— Ok! Minha amiga acabou de chegar e eu preciso desligar. — atirei um beijo pra ele com a mão. — Divirta-se!
— Espera..
Encerrei a chamada, não dando tempo de ele falar algo. Peguei minha bolsa e levantei do banco para percorrer o pequeno trajeto até Hope.
Naquele instante, eu me senti estranhamente nervosa.
— Nós não vamos tirar as fotos aqui, né? — perguntou espantada. — Porque eu tenho vergonha.
— Relaxa! Eu chamei você aqui porque tenho um presente.
— Um presente?
— Sim. Eu ganhei um cartão de uma loja para gastar. — mostrei o mesmo para ela, sorrindo animada. — Meu chefe entregou agora pela tarde e disse eu poderia usar.
— Que legal! Você quer que eu te ajude a escolher? De que loja é?
— Então, — mordi o lábio, desviando o olhar. — Eu pensei em dar de presente para você.
Eu não tinha certeza se Hope iria gostar da ideia. Até pensei na possibilidade de ela ficar ofendida com aquilo.
— O que? — ela arregalou os olhos minimamente. — Não.. Não. Eu não posso aceitar. Minha mãe ficaria muito brava.
Franzi o cenho, examinando-a.
— Por que?
— Ah! — soltou um suspiro. — Ela não gosta quando aceitamos presentes porque não temos como devolver o favor.
— Quem disse que eu quero algo em troca? — arqueei a sobrancelha. — Estou te dando de aniversário.
— Meu aniversário é daqui há dois meses. — ela riu, empurrando os óculos com o dedo.
— Aniversário adiantado. — sugeri ao brincar. — Aceita, vai!
— Eu não sei se ela vai gostar.
— Bom, então vamos pensar em algo em troca. — estalei a língua no céu da boca. — Amanhã eu vou ir até sua casa fazer o trabalho. Não é? Eu amo bolos e sua mãe sabe fazer. Peça para ela fazer um bem gostoso pra mim que eu aceito em troca. Que tal?
— Eu não sei..
— Vamos lá, Hope! Se ela brigar, eu dou um jeito.
Quando ela tentou protestar de novo, eu não deixei.
— Pronta para escolher vestidos, saias, suéteres e seja lá o que for mais?
Depois de um tempo, ela sorriu ao colocar uma mecha do cabelo para trás da orelha.
— Muito obrigada por isso. Eu prometo que quando eu tiver, eu vou devolver tudo.
— Você vai me devolver amanhã com o maior pedaço de bolo que tiver.
Depois de uma tarde inteira escolhendo roupas para Hope, eu cheguei em casa exausta. Retirei meu coturno jogando ele para longe e logo tirei minha jaqueta.
Antes de me jogar no sofá, coloquei a sacola da loja em cima da mesa de centro.
Eu havia escolhido apenas um conjunto de lingerie branco. Ele era lindo. Após ficar namorando ele por algum tempo, Hope disse que se sentiria mais feliz se eu também aproveitasse do meu bônus, então peguei a peça.
Por mais que ajudar a escolher as roupas para Hope tivesse sido algo cansativo, eu tinha gostado de ver a animação e o brilho evidente em seus olhos. Ela estava feliz.
Joguei-me no sofá, pegando meu celular. Assim que desbloqueei a tela, percebi duas ligações da minha mãe e uma mensagem de Nate.
Avistei o horário, percebendo que já era tarde em Nova York. Então, eu apenas enviei um torpedo avisando que eu estava bem e que no dia seguinte ligaria para ela.
Ao abrir o SMS de Nate, percebi duas fotos de garotas diferentes.
As duas eram morenas e estavam utilizando vestido minúsculos, maquiagem carregada e vários acessórios. Elas eram bonitas e pareciam ser strippers.
Qual delas?
Arqueei a sobrancelha, percebendo que Nate estava me perguntando qual das duas era melhor para ele levar para cama, óbvio. Eu não me senti incomodada com aquilo, achei graça.
Elas parecem iguais para mim.
Mordi o lábio ao cessar um riso.
Esperei mais um tempo para ver se ele responderia, mas não obtive resultados. Então, tratei de entrar no instagram para ver se tinha postagens novas dele.
Ao abrir o aplicativo e procurar pelo seu nome, notei uma fotografia nova. Apertei e esperei um tempo até ela abrir. Nela tinha Nate, Rachel e um outro rapaz. Provavelmente, Jake. O filho da outra mãe de Young.
Nate estava abraçado em Rachel, escondendo seu rosto. Desconfiava que era por causa do roxo em seu olho. Jake também mantinha um dos braços ao redor da mãe. Ele tinha cabelos pretos e olhos tão escuros quanto seus fios. Seus olhos eram puxados como os de Caleb.
Ao lembrar do Deus grego, me recordei que teríamos que terminar o trabalho naquela noite. Dei um pulo no sofá, levantando rapidamente.
Droga! Eu tinha esquecido daquilo.
Eu havia dito para ele que encomendaria algo para comermos já que da última vez ele tinha feito aquilo, mas havia esquecido.
Ao chegar na cozinha, abri a gaveta que ficava na bancada e procurei por cartões de pizzarias. Nate tinha levado alguns para mim desde que descobriu que eu era uma péssima dona de casa.
Quando peguei meu celular para poder ligar para um local, abri minhas mensagens para poder enviar uma para Caleb.
Você ainda vem?
Mordi a minha bochecha, esperando uma resposta.
Já estou subindo.
Meu coração disparou de nervosismo. Eu era definitivamente uma péssima colega de trabalho.
Tinha me distraído com Hope pela tarde que havia esquecido daquele detalhe importante. Eu estava literalmente acabada. Meus cabelos estavam precisando ser lavados, minha maquiagem estava terrível e minhas roupas amarrotadas.
Antes de eu ir no banheiro tentar lavar o rosto, a campainha soou.
Eu não podia deixar Caleb esperando, então suspirei derrotada e caminhei até a porta.
Ao abrir a madeira, observei o Deus grego. Ele sorriu para mim animado ao bagunçar os cabelos.
— Entre! — devolvi o sorriso, dando abertura. — Pode colocar o capacete ai no canto.
Ele fez o que eu sugeri e então deu uma olhada ao redor, observando meu apartamento.
— É tão pequeno quanto o seu. — brinquei.
— Não. O seu é maior. — ele riu, voltando a me olhar. — O que faz descalça?
Abri a boca minimamente, apontando em direção a ele.
— Sobre isso, — mordi o lábio, estreitando os olhos. — Eu esqueci que você viria hoje.
— Oh..
Ele ficou parado na porta, me observando sem saber o que dizer.
— Mas podemos dar um jeito. Eu vou ligar para uma pizzaria e ver se..
— Não precisa se preocupar com isso. Estou mais apreensivo por conta do nosso trabalho.
— Nós vamos terminar. — afirmei convicta. — Pode entrar. Senta no sofá que eu vou ligar para uma pizzaria.
— Antes disso eu queria fazer um convite para você. — ele sorriu sem jeito, coçando a nuca. — Eu recebi dois ingressos para um jogo e queria saber se você quer ir comigo.
NOTAS FINAIS
Oi, meus xuxus. Como estão?
Eu sei que a maioria de vocês estavam perguntando sobre o capítulo de ontem: eu postei ERRADO. Sim, eu fui clicar em "guardar" e o notebook travou e eu cliquei em "publicar".
Então, não era capítulo novo, foi um erro HAHAH
Esse é o novinho.
Espero que tenham gostado dele. Digam-me <3
OH! Outra coisa, não sei se vocês lembram, mas o Nate ia para o Canadá. Entretanto, eu queria fazer algo que não iria bater com o fuso horário. Londres x Vancouver. Então tive que trocar.
Nate está na França. Em Paris.
Trocou as passagens de último momento UHEHEU (brincadeira)
Joshua Bowman é o JAKE <3
ENFIM, besos.
T W I T T E R: krugerx e storieskc