Cache Discovered (Em Revisão)

By camrenfh91

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Tudo que Camila queria era o melhor para sua filha, ela não mediria esforços para faze-la feliz. Já Victoria... More

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By camrenfh91

* Obrigada por ler...

Por favor, escutem a música SURRENDER - NATALIE TAYLOR (feat. In Jane The Virgi)

  (Play)

  Não entedia o que se passava, queria abrir meus olhos, mas tinha medo dessa sensação que me transbordava desaparecer. Estava leve, parecia flutuando. Queria permanecer pela eternidade onde estava. Posso achar que estou ficando louca. De fundo, comecei a ouvir alguém cantolarar palavras, que a cada frase foi ficando mais claras. Senti mãos acariciando meus braços e fui levada para outra dimensão, que me proporcionou sensações maravilhosas.

We let the waters rise

(Nós deixamos as águas subirem)

We drifted to survive

   (Nós derivou para sobreviver)

I needed you to stay

(Eu precisava de você para ficar)

But I let you drift away

(Mas eu deixe que você se afastar)

My love where are you? My love where are you?

(Meu amor, onde está você? Meu amor, onde está você?)

  Whenever you're ready, whenever you're ready

(Quando estiver pronto, quando estiver pronto)

Whenever you're ready, whenever you're ready

(Quando estiver pronto, quando estiver pronto)


Can we, can we surnder

(Podemos, nós podemos nos entregar)


Can we, can we surrender

(Podemos, nós podemos nos entregar)

I surrender

(Eu me rendo)

 
LAUREN.... LAUREN... ESSA É VOZ DA LAUREN!

   Que loucura é essa?

   Ouvi ela fungar e depois continuar com a voz trémula e porções de lembranças desses últimos dias me invadiram.

No one will win this time

(Ninguém vai vencer desta vez)

I just want you back

(Eu só quero você de volta)

I'm running to your side

(Estou correndo para o seu lado)

Flying my white flag, my white flag

(Voar minha bandeira branca, a minha bandeira branca)

My love where are you? My love where are you?

(Meu amor, onde está você? Meu amor, onde está você?)

Whenever you're ready (whenever you're ready)

(Quando estiver pronto, quando estiver pronto)

Whenever you're ready (whenever you're ready)

(Quando estiver pronto, quando estiver pronto)

Can we, can we, surrender

(Podemos, nós podemos nos entregar )

Can we, can we, surrender

(Podemos, nós podemos nos entregar)

I surrender

(Eu me rendo)

   Suas últimas palavras saíram como um sussurro, quase inaudíveis. Eu permanecia de olhos fechados, sem forças, sem coragem de enfrentar o que deveria se os abrisse, e se ela percebesse que estava acordada este tempo todo?

  Isso foi para mim? Lógico que foi para mim. Na noite passada depois de tantas revelações, nós nos deitamos juntas no sofá, mas não me lembro de estarmos tão próximas como estamos agora, eu estava de bruços e pelo que parecia, meu travesseiro é seus peitos e eu me encaixava no vão de suas pernas

  Calma, respira, respira.

Que calma o que!? você está de vestidos e provavelmente subiu e sua bunda está de fora agora.

Como se ela tivesse lido meus pensamentos, se remexeu embaixo de mim, sua mão alcançou a barra do meu vestido e o abaixou, sem nenhum toque a mais e muito menos malícia em seus atos, pelo que me parecia.

Voltou na posição que estávamos e colocou seu queixo no topo da minha cabeça. Acariciou meus cabelos com leveza como se eu fosse quebrar com qualquer força aplicada.... Ou acordar.

  - Você não faz ideia de quanto me arrependo. Tudo que eu quero, tudo que eu penso é de como gostaria de voltar no passado. Eu pula...

  Não pude deixar que ela terminasse, minha filha não pode ser chamada de arrependimento, pois ela não é. Desde quando coloquei os olhos nela pela primeira vez não pude tratar do que aconteceu como um erro.

- Eu não me arrependo, não imagino minha vida sem minha filha. Ela foi a melhor coisa que me aconteceu, mesmo sem ter planejado. Eu sou melhor por conta dela, sou feliz por causa dela.

  Ela deu um saltinho de baixo de mim quando o som da minha voz chegou aos seus ouvidos.

  Me levantei, meio desajeitada, apoiei minhas mãos na sua barriga e a encarei, nossos rostos separados por poucos centímetros de distância.

  - Faz muito tempo que está acordada?

  - Sim!

  Respondi seca.

  - Você está brava por eu dizer que me arrependo? - olhos nos olhos. Quando viu que eu não iria responder, continuou - Pois fique se quiser! Eu me arrependi cada dia dessa merda que chamo de vida, por ter te deixado ir, por ser uma imbecil, por te abandonar, por não cuidar de você, por não ser forte e te dizer tudo que eu sentia sem importar com nada e nem ninguém e também por perder cinco longos anos da vida da minha filha, mas ouça, nunca! eu disse nunca, nunca ache que me arrependo por ter aquela menina linda que está sobre aquela cama! - Ela apontou com a mão para Vick, seus olhos encheram de lagrimas - Eu a amo, muito, mesmo que achava que ela não tinha nascido, que você a perdeu, eu sempre a amei e como eu iria dizer e você me interrompeu, eu pularia de um penhasco, só Deus sabe o quanto tenho medo de altura, mas eu pularia, só para acordar todos os dias com você em meus braços e ter um beijo de bom dia da minha filha toda manhã pelo restos da minha vida.

   Minha cabeça se tornou um papel em branco, não sabia o que pensar. Eu sorri sem mostrar os dentes, tímida. A felicidade me invadiu, já não sentia raiva. Eu queria que ela pulasse de um penhasco, mas nesse momento se ela pulasse de uma calçada sentiria a mesma vontade de me entregar, de me render.

  - Você também não quer nada, né? - sorrimos com lágrimas nos olhos - Se você se esforçar, sem prejudicar sua vida, por favor, poderia ter muito mais... De nós duas.

Ela beijou minha testa com todo o amor que ela conseguiu colocar naquele ato.

- Pois será isso que farei.

Minhas mãos subiram até a parte do braço do sofá onde ela se encostava, ficando um de cada lado da sua cabeça. Meus olhos migraram para sua boca e tudo que eu queria naquele momento era beija-la. Faço ou não faço? Beijo ou não beijo?

  Um choro estourou a bolha em que nos encontrávamos.

  Levarei desnorteada logo percebi que esse choro se tratava de Vick. Um vulto passou correndo por mim. Lauren.

  - Ei, ei, estamos aqui. O que foi? - ela parou ao lado da cama de minha filha acariciando seu rosto, tentando de toda forma acalma-la - Camila!?

  Ela me olhou como se pedisse ajuda, eu continuava estática no mesmo lugar.

  Andei rápido até elas. Vick está com o rostinho vermelho por conta do choro e pequenas lágrimas escorriam pelo mesmo e seu beicinho tremia. Sua mãozinha abria e fechava em minha direção, chamando por mim.

  - Que foi, meu bebê? Tem algo doendo?

   Acariciei sua barriguinha, buscando seu consolo.

  - Vou chamar a enfermeira!

  - Não, não Laulen, não to doente de novo. Mamãe, sonhei estranho... E triste.

  Falou coma voz manhosa e caiu no choro novamente.

- Não chore, linda. Foi só um pesadelo, o que sonhou não vai acontecer.

- Vai sim, Laulen. E a culpa é minha. Eu prometi.

  Não estou entendendo.

  - Filha, o que prometeu? Foi um sonho, não vai te acontecer nada, eu que te prometo isso agora. Quer me contar o que aconteceu neste sonho?

- Era meu papai, mamãe. Eu chamava ele e ele não ouvia, não vinha perto de mim. Eu prometi... O blusão... Dele.

  Pequenos soluços saiam de sua boca. Eu simplesmente não estendia essa sua promessa.

  - Se acalme, já passou. Foi só um sonho chato. Que não ira acontecer.

  - É, mamãe, nunca vai, porque meu papai, nunca vai vim me ver... Eu prometi...

  Lauren cambaleou para trás, olhei seu rosto que estava com uma expressão de desespero. Ela se virou de costa, acho que não queria demonstrar o que estava sentindo ou até mesmo envergonhada pelo sofrimento de Vick.

  - Filha... - Disse tentando a consolar, ajudei ela sentar na cama e me sentei na beirinha. - Me conte que promessa quebrou e ajudo a concerta-la.

  - Eu prometi... No meu aniversario de cinco aninhos... Que iria dormir todos os dias com a blusão do meu papai, para quando eu fazer seis aninhos ele também ia estar na minha festinha. Eu esqueci, mamãe. O sonho feio me lembrou.

  Ela me agarrou com o braço sem a agulha enfiada, me abraçando o mais forte que podia. Não pude deixar de me senti culpada pelo o que Vick sentia, no quanto Lauren se sentia culpada também.

  Senti um aperto em meu ombro, olhei por cima dele e vi Lauren, ela me tentava falar algo pelos seus olhos. Um calafrio passou pela minha coluna, será que era naquele momento que ela queria contar para Vick que é mãe dela?

Sinceramente, não sei se é o momento certo, mas meu bebê merecia saber dessa mãe que agora sei que a ama tanto.

  Me afastei de Vick, que não gosto muito e Lauren tomou meu lugar junto a ela.

  - Vick, eu tenho uma ideia. - ela se concentrou em Lauren, tentando parar de chorar. - Já que você não passou a noite com essa tal blusa, por que não passar dia com ela? Seria uma troca justa, não? 

  - Você acha que pode dar certo?

  -  Sim, acho que pode, o que importa é que você acredite que pode dar.

- Eu acredito que meu papai volte pra mim. - enxugou seus olhinhos com as mãos - Obrigada por me ajudar, Laulen.

  - Que isso? Laulen ta aqui pra isso.

  Elas sorriram uma para a outra, eu não podia estar mais feliz do que estou agora, me pego pensando em como mudei minha opinião sobre Lauren nos últimos dias e quase não acredito que estava pensando em beija-la minutos atrás. Sinto que grandes mudanças iram acontecer.

   Escutei a porta se abrir e me virei, vi que era a médica.

  - Bom dia, senhoras. Vim ver se essa linda já pode ir para casa.

  Cumprimentámos a médica e me afastei um pouco com Lauren enquanto ela examinava Vick, mas não muito,

tinha que ficar de olho na minha filha.

  - Boa ideia, Lauren.

  - Não sei como consegui pensar em algo, minha cabeça está muito bagunçada.

   Nós estávamos ao lado uma da outra e os olhos concentrados no que a médica fazia e perguntava para Vick, Lauren envolveu minha cintura com seu braço e cheirou meus cabelos, Eu deveria estar assustada ou incomodada, não é?  Por que eu não estou?
T

alvez só um pouco surpresa.

  - Lauren...

  - Nós fizemos uma garota linda e muito inteligente. Obrigada por me deixar ficar essa noite com vocês. Camila, eu quero contar para Vick que sou o pai dela. - Pela visão periférica, vi ela fazendo aspas com os dedos quando disse pai - Você acha que já está na hora?

  - Ela merece saber, talvez possa ser complicado pra ela, já que você é uma mulher, mas ela vai te amar independente disso, não será problema para ela.

  - Você acha isso? Tem certeza?

  - Não seja boba. - Sorri pela sua preocupação - É lógico que ela vai. Você não vê que ela já te adora?

  Seus dedos apertaram minha cintura.

  - Como pode me desculpar depois de tudo que eu fiz? - desviei meu olhar por um segundo de Vick e a olhei - Você é uma pessoa maravilhosa, Camila. Eu não vou mais decepciona-la. Nem você e nem Vick.

  - A filha de vocês podem ir para casa. - a voz da doutora me fez desviar a atenção de Lauren - Ela está muito bem. Agora cuide bem dessa lindinha, em?

   Vick sorriu pelo comentário da doutora. O mais engraçado foi que nem uma de nós três corrigiu o outro comentário dela.

  Agradecemos e arrumamos tudo para ir para casa.

  Lauren foi dirigindo conversado com Vick, hora ou outra eu entrava na conversa também, mas queria mesmo era observar elas interagindo.

  Quando chegamos chamei Lauren para entrar e tomarmos um café da manhã juntas. Minha mãe encheu Vick de beijos, disse o quanto estava preocupada, eu pedi que ela desse um banho nela e que por favor tomasse cuidado com as coisas que poderiam casar alergia nela. Fui fazer o café da manhã e pelo visto, meu pai já tinha ido para o trabalho, Sofia nunca está em casa, graças a bolsa de estudos daquela escola interna, mas fazer o que? é ótimo para ela.

  Fui para a cozinha, Lauren pediu para ir ao banheiro jogar uma água no rosto e foi, depois veio ate a cosinha e queria me ajudar, mas não permiti. Ela sentou em um banco na bancada e dei uma chicará de café enquanto eu terminava as outras coisas.

  -  Camila? - a responde com um som nasal - Eu quero contar para Vick hoje. Você pode me ajudar? Não quero esperar mais, mas se você achar que não é o dia certo, eu espero.

   Não tem essa de dia certo, Vick quer muito saber sobre Lauren, nós adiamos muito isso. Vai ser hoje.

  - Por mim pode ser hoje mesmo. Para o que quer minha ajuda?

   - Eu estava pensando e tive uma ideia. Que blusa é essa que ela falou?

   Que vergonha, eu guardei essa blusa esses anos todos. Nos últimos tempos é Vick que guarda, por que não a joguei fora antes disso?

   - Não sei se você se lembra, mas me emprestou uma blusa naquela noite...

  Que transamos. Terminei em pensamento. Ainda bem que estou concentrada no fogão e estou de costas para ela, assim não pode ver a vermelhidão das minhas bochechas. Por favor não pergunte da cueca que também me emprestou.

   - Lembro sim, o moletom. - Ficamos em silêncio por um tempo e ela continuou - Você poderia pegar ele para mim.

  O que essa garota está aprontado?

  - Posso sim, só vou terminar aqui.

  Terminei de fritar os ovos e bacon. Subi as escadas peguei o moletom, Vick estava no quarto da minha mãe e não me viu.

   Quando voltei, entreguei para Lauren o velho moletom.

Coloquei na mesa o que comeríamos: Ovos e bacon fritos, uma salada de fruta, suco e café.

  Ouvimos Vick e minha mãe descendo as escadas, Lauren levantou rapidamente abriu a porta do armário e colocou o moletom lá dentro. Correu até mim e sussurrou " Não fale pra ela", apenas concordei com a cabeça.

   - Mamãe, eu não encontro o blusao.

   - Filha, vamos comer depois a gente caça.

   Ela não quis, mas acabou concordando quando sua barriga roncou de fome.

  - Vou subir, trocar essa roupa e encontrar umas amigas no shopping, fofocar e colocar o papo em dia. Tchau meus amores. - beijou eu e minha filha - E fique à vontade, Lauren.

  Minha mãe queria mesmo é nos deixar sozinhas. Ótima ideia, por sinal, seria mais fácil para Lauren.

  - Adorei te conhecer, Vick - Lauren puxou assunto - Você não imagina quanto.

  - Também adorei te conhecer, lo. Você não imagina quanto.

  Ela soltou um sorrisinho de criança levada e não podemos deixar de sorrir também.

  - Um apelido pra mim, vou pensar em um pra você também. Eu quero ver essa tal blusa que você tanto fala. Disse que era de seu pai?

  - Sim, mamãe me deu. E a única coisa que tenho do meu papai.

  - Por enquanto - falou baixo - Vejo que você é muito inteligente, sabe conversar muito bem, como uma mocinha, já frequenta a escola?

   - Eu já sou uma mocinha - bufou com cara de tédio para Lauren - Mas não vou a escola ainda.

   - huh, já é uma mocinha? Então, você precisa abrir meus olhos por que ainda te vejo como um bebê.

   - Mamãe, fala pra ela!

  Sorri. "sim, filha você ainda é um bebê... Nosso bebê."

   - Lauren, como não pode ver? Ela é uma mocinha, quase adulta.

   Rimos e Vick nos olhava com orgulho de quem era. Minha criança linda, eu que morro de orgulho de você.

    E assim terminamos o café, em meio a risadas e conversas bobas.

   Vick subiu as escadas e não demorou muito para que eu ouvisse o seu grito lá de cima.

  - Ela não achou o moletom. O que tá pensando?

  - Sobe e ajuda ela, posso subir depois?

  A olhei desconfiada e apenas concordei com a cabeça.

   Quando cheguei no quanto Vick estava fazendo uma bagunça, correndo pelos catos do quarto procurando o bendito moletom.

   - Não aacho! Eu o perdi. E agora?

   - Eu te ajudo a caçar, nós o acharemos.

  Não passou muito tempo e Lauren achou o quarto que nós estávamos. Eu a olhei e sorri ao ver que ela vestia o moletom. Vick ao menos percebeu que ela estava com ele e continuou desesperada por achar logo, como dizia ela, "estamos perdendo tempo", o que aconteceria daqui para frente seria interessante.

   - Vick, acho que não precisa dormir mais todos os dias com esse moletom, ele é quente, não é?

   - É sim, Lo, mas eu não ligo, sinto que é o calor do meu papai.

   - Você sente que é? - os olhos de Lauren já estavam cheios de lágrimas, Ééé ... Lauren durona Jauregui você é uma perfeita chorona- Olhe pra mim.

  Ela pediu com um fio de voz. Vick a olhou desinteressada, mas seu rosto logo se iluminou quando viu seu moletom.

   - Por que ta vestido ele? - ela andou até Lauren - Já pode me devolver?!

   Ela a olhou com uma carinha emburrada e eu ri com aquilo.

  - Você é linda. Eu tenho um apelido perfeito pra você, que tal minha linda ou minha princesa? Sei lá, ou talvez, minha vida ou minha filhinha favorita?

  - Minha filhinha favorita?

   Vick a olhou com duvida, sem entende coisa alguma e me olhou para que eu esclarecesse suas duvidas. Fui até elas e me abaixe  para ficar na altura de Vick.

   - Meu bem, existe muitos tipos de famílias, há crianças que tem um pai e uma mãe, outras que tem dois pais ou duas mães, outras que só um dos dois ou nenhum dos dois.

   - Você até agora só tinha a sua mamãe um - Lauren se agachou ao meu lado - Mas sua mãe dois não aguenta mais ficar longe de você, quer muito ficar perto e que a perdoe por todo esse tempo. - Lágrimas escorriam pelos cantos dos olhos dela, minha garganta se fechou, eu tentava de toda as formas não cair no choro também - Sabe, Vick, eu amava esse moletom, no dia em que sua mãe aceitou sair comigo não pude escolher outra roupa se não a meu blusão favorito. - ela falou como Vick - Para me dar sorte, eu precisava, sua mãe é linda e isso me deixava nervosa. Ela o tomou de mim, acredita? - Vick estava completamente concentrada no que a mais velha a contava - Mas ela não podia dar ele a alguém melhor que você.

   Minha filha piscou os olhinhos absorvendo toda aquela informação, ela me encarou e depois chegou mais perto de Lauren, pude observar o quanto elas eram parecidas e igualmente lindas. Suspirei, meus olhos já não aguentavam mais segurar as lágrimas e transbordaram.

   Vick fechou as mãozinhas no moletom de Lauren e a olhou nos olhos, me assustei quando de repente o choro desesperado de minha filha invadiu o cómodo.

   - Por favor... Por favor... N-não vai mais embora, fica c-comigo e a mamãe, não me deixe de n-novo... Por favor...

  Ela se agarrou em Lauren, nem uma das duas acreditava no que estava acontecendo e se apertavam cada vez mais, Lauren se afastou e encheu cada canto do rostinho de Vick de beijos.

   - Eu nunca mais vou te deixar. - falou com a voz embargada - Eu cuidarei de você junto com sua mãe agora e prometo te recompensar por tudo que perdemos, minha princesa.

   - Você me ama agora?

    Lauren enxugou as lágrimas de nossa filha e beijou seus olhos.

   - Eu sempre te amei.

   - Eu também te amo, mamy.

  Elas se abraçaram, Vick chorou até que adormecesse, não me preocupei, deixei que elas curtissem esse momento juntas, tenho certeza que esse dia se tornaria especial na vida de cada uma de nós.

   É esquisito como pessoas tomam decisões erradas e que podem carregar a culpa pelo resto da vida, mas é tão bom quando essa decisão errada pode ser tornar uma decisão certa e vai te mostrar o que é realmente viver, como quando gosta de alguém, tem medo de chegar e se declarar, se ela corresponder é tão bom, mas se não, você pelo menos terá tempo de se reerguer, não ficara em casa pensando no e se... Pensara que tem que partir para outra, por que aquela não te merece, bom, eu penso assim e vivo bem até agora, corações podem ser quebrados e machucados, mas sempre haverá a cola perfeita se você procurar e não ficar se lamentando por quem o quebrou, lógico que dói, mas a vida não é pros fracos e mesmo que você não seja forte, tem que ao menos tentar ser e confiar em você, você irá conseguir passar por esses empecilhos e ficar firme.

   Lauren colocou Vick na cama, que dormia em seus braços e sinto que ela não podia tomar decisão melhor do que contar que é a mãe tão amada da nossa filha, nunca alguém no mundo a amará mais que ela, é tão bom ser amado e amar.

   - Ela cansou - enxugou os cantos dos olhos - Acho que nunca chorei tanto.

   - Não posso nem imaginar a agitação dela quando acordar. - saímos do quarto e encostei a porta - O que achou?

   - Hum... - fingiu pensar - Falta só uma coisa para se tornar o dia mais feliz de toda minha vida, Camila.

   Ela saboreou cada sílaba do meu nome em sua boca e um arrepio se alastrou por todo o meu corpo quando meu pé tocou o último degrau da escada e paralisei. Ela deu a volta e ficou na minha frente.

   - O que é?

  Não sei da onde arrumei forças para perguntar, minhas pernas bambearam como se adivinhavam a próxima ação dela. Estudei cada traço do seu rosto e era como se cada segundo que passasse eu me entregava mais a ela, tão linda e sexy, apenas com seu olhar já me renderia, mas tem mais partes suas para me matar de vez, sua boca, seus peitos, sua bunda, seu corpo de forma geral, meu Deus, até seu nariz é sexy, louca é como essa mulher me deixa, louca.

  - Eu vou fazer algo... - Ela segurou minha cintura com suas mãos fortes...hummm - Mas não me expulse daqui com pontapés, você sabe que agora eu sempre estarei aqui, não, na verdade, - Senti seu Alvito quente contra minha boca - Estarei onde minha filha tiver.... E você...

    Sua boca tocou a minha com suavidade, nossos lábios dançaram juntos em perfeita sincronia, meus braços envolveram seu pescoço, ela pediu passagem para sua língua e eu permiti perdendo a última gota de sanidade que me restava, provando do seu gosto maravilhoso, eu cravei meus dentes no seu lábio inferior quando senti outra maravilhosa parte do seu corpo contra mim, essa que provavelmente me levara para o hospício.

  - Ah...

   
* Me desculpe qualquer erro, obrigado pelos votos e comentários.


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