Broken Strings | Shawn Mendes...

נכתב על ידי autoratria

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"Há males que vêm para o bem". Após longos meses definhando por conta da morte da filha recém nascida, Cathe... עוד

Prólogo
We Found Her!
I Need
Lost
Be The Best For Her.
Plan
I Won
Almost a Family
First Day
Wonderful
Protect Her
Bad Surprise
Yes
Wonderland
What Happened?
I Knew It!
Your Fault
Fun Night
Parker
You ok?
Merry Christmas!
Stay With Me
Happy New Year
Home
Rockets
One Last Night
Swim
Princess
I Got It!
Surprise
No Coffee
Fight Back
Hello Catherine
Lose You
Mom
Good Things
Wish
Epílogo
Agradecimentos
Aviso: Meu Primeiro Livro

Guilty

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נכתב על ידי autoratria

 A semana parecia se arrastar, mas nada se comparava a agonia da chegada do final de semana. Após o ocorrido com Nathan, as coisas pareciam ter desmoronado de vez. Claire mal olhava para mim, enquanto que minha aparente trégua com Shawn tinha ido por água abaixo. Não conseguia entender como o meu noivado podia ter afetado-o tanto, mas não conseguia evitar que a culpa me consumisse, como sempre.

Sem conter a mim mesma, acabei ligando para Jenny, que ficou histérica com toda a situação. Mas, estando em Nova Iorque, Jenny não tinha muito o que fazer para me ajudar, então recorri a única pessoa que ainda me confortava em Toronto: minha mãe. E, para amenizar a situação, Mary Wood resolvera reunir toda a família em um almoço de domingo, mesmo que eu dissesse que não achava uma boa ideia deixar Nathan, Shawn, Claire e todos os outros Mendes no mesmo lugar.

— Catherine, essa será a vida deles de agora em diante. — disse ela, se voltando para mim. — Eles terão que aprender a conviver juntos.

As palavras ecoavam em minha cabeça enquanto prendia a corrente de passarinho ao redor do meu pescoço. Assim que terminei, deixei meus braços caírem ao lado do meu corpo enquanto me analisava no espelho. Havia tempos que eu não usava o vestido verde de alcinhas, mas me senti bem por fazê-lo novamente. A peça velha e o comprimento que meu cabelo havia atingido ao longo dos ultimos tempos me faziam lembrar a antiga Catherine, aquela que existia antes de perder a própria filha. Dei um sorriso triste, ainda perturbada pelas lembranças.

Caminhei pela casa, ouvindo meus passos ecoarem em meio ao silêncio. Claire e Shawn haviam saído, ido buscar Karen e Aaliyah. Era óbvio que eu não estaria envolvida nessa atividade, considerando que agora três Mendes me odiavam ao invés de uma só, então resolvi não protestar. Deixei que Shawn e Claire fossem, enquanto que eu pegaria carona com Nathan, que iria embora da cidade ainda naquela noite. Assim que ouvi as buzinadas do lado externo, me certifiquei de que a casa estava totalmente trancada e então saí.

— Bom dia, querida. — a voz de Nathan parecia mais calma, totalmente diferente de quando ele surgira na minha sala de estar uma semana antes.

— Bom dia, Nate. — abri meu melhor sorriso ao encará-lo, mas não consegui evitar que meu estômago desse um salto quando ele se aproximou para me beijar.

Beijei-o rapidamente e arrumei minha postura, logo afivelando meu cinto de segurança. Doía agir daquela forma, mas era como se fosse um instinto natural, algo que eu não pudesse evitar. Senti que Nathan me encarava e, mal conseguindo conter a angústia, acabei por me virar para ele. Abri o melhor sorriso que pude, e então ele voltou a dirigir.

A medida que o carro se aproximava da residência, meu corpo se retraía cada vez mais. Era como se eu pudesse prever o caos que se instalaria dali a algumas horas, e estivesse ativando todos os mecanismos de defesa possíveis. Quando o veículo finalmente estacionou, senti meu estômago dar várias voltas assim que avistei o carro de Shawn, e rapidamente me adiantei e segurei a mão de Nathan antes de passarmos pelo portão.

— Olá, raio de sol. — meu pai cantarolou assim que passamos pela porta. Sorri e me virei a tempo de vê-lo colocar uma travessa de vidro vazia sobre a mesa. Cumprimentei-o com um beijo na bochecha e observei enquanto ele estendia a mão para Nathan. — Boa tarde, Nathan.

— Como vai, Sr. Wood? — Nathan abriu um sorriso de lado e apertou a mão do meu pai, dando-lhe um abraço desajeitado.

Peguei a travessa e dei uma piscadela para Nathan, logo seguindo para a cozinha com o recipiente. Minha mãe e Karen conversavam animadas, mas pararam assim que meus passos começaram a produzir eco no piso.

— Catherine! — mamãe sorriu, enxugando as mãos no pano e então vindo me abraçar.

— Estava começando a me preocupar com a demora. — Karen sorriu, e logo fui cumprimentá-la também.

— Estava esperando por Nathan. — estreitei os olhos ao olhar para trás, mas acabei rindo no final.

— Hmm... — olhei para trás, vendo o olhar de minha mãe sobre a minha mão. — Belo anel...

Mantive meu olhar fixo no anel por alguns instantes, perguntando mentalmente porque ele não produzia aquele espanto bom toda vez que acabava o encarando por acidente. Por fim, voltei a encarar minha mãe, dessa vez com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso fraco. Ela soltou um gritinho e me abraçou de novo.

Não acredito! — e passou a repetir a frase várias e várias vezes enquanto nos fazia girar, ainda abraçadas.

Encarei Karen, dando um sorrisinho constrangido. Ela pareceu triste quando nossos olhares se cruzaram, mas nada comparado com o par de olhos castanhos esverdeados sem brilho nenhum parados na soleira da porta. Minha boca ganhou um gosto amargo quando Claire, com os dedos sujos de laranja, alternava o olhar entre a minha mão e o meu rosto. Antes que eu pudesse dizer algo, ela desapareceu rumo ao quintal.

— Já tem uma ideia de data? — minha mãe me segurou pelos ombros, desviando minha atenção.

— Não, ele pediu ontem e... Suas mãos estão geladas. — gemi, encolhendo os ombros numa tentativa de me livrar do aperto. — Agora, por favor, posso ir cumprimentar os outros?

— Certo. — seus olhos se estreitaram. — Mas depois temos que conversar sobre isso!

Assenti e me mandei para o quintal. Dei uma olhada em volta assim que pisei na grama, tentando rastrear Claire com o olhar. Encontrei-a conversando com Aaliyah e Shawn, que se mantinham sentados na ponta da mesa retangular. A pequena parecia pouco entretida na conversa, mas assim que seu olhar encontrou o meu, ela tratou de voltar a sua rotina de ignorância e fingir que estava totalmente interessada no assunto da tia.

Senti meu sangue ferver a medida que meu celular vibrava dentro da bolsinha. Aquilo definitivamente não era justo! Por que ela me odiava? Por eu amá-la? E por que diabos Shawn Mendes havia se juntado ao clube? Que diabos eu havia feito para ele? Era o casamento? Ou era apenas Nathan? Quando me dei conta, já marchava em direção ao trio, ignorando completamente o telefone que insistia em tentar roubar minha atenção.

— Ei, boa tarde. — falei, tentando não transparecer o ódio momentâneo na voz. Abri o melhor dos sorrisos, principalmente pelo fato de estar diante de três expressões bem surpresas.

— Oi, Catherine. — Shawn disse, mas mal olhou para mim. Claire e Aaliyah mal disseram nada. O celular vibrou novamente.

— Ei, finalmente te achei. — senti o braço de Nathan agarrar minha cintura e praguejei mentalmente. Quando seu olhar se voltou para as três pessoas sentadas a minha frente, um arrepio correu minha espinha. — Ah, você deve ser a Morgan, não?

O olhar de Claire parecia até mesmo um tanto esnobe assim que recaiu sobre Nathan, e fiquei com certo receio de que ela o desprezasse tanto quanto o fazia comigo. Entretanto, apesar de não dizer nada, ela acabou assentindo com a cabeça e foi para o lado de Shawn, como se mostrasse que ainda era fiel ao seu verdadeiro time. Tive que conter a vontade de rir, e então meu celular vibrou novamente.

— Catherine me disse que você pinta bem pra caramba. — Nathan sentou-se a uma cadeira de distância de Aaliyah e, apesar de não me dar bem com a adolescente, resolvi me sacrificar e sentar no meio. Meus planos foram por água abaixo quando Nathan me puxou para sentar no colo dele.

— Disse? — em momento algum o olhar dela se voltou para mim, o que me obrigou a respirar fundo novamente.

— Sim, disse sim.

E então ele começou a falar de pintores e exposições, e a expressão da pequena se amenizou um pouco. Shawn e Aaliyah, por outro lado, pareciam totalmente irritados com a situação. Aaliyah me fuzilava como se quisesse me matar por ter ousado levar Nathan para perto de Claire, assim como Shawn fuzilava Nathan por se atrever a roubar a atenção da filha dele. Abaixei a cabeça para ignorar a guerra silenciosa, mas então o celular começou a vibrar sem parar e me vi obrigada a verificá-lo. Acessei minhas mensagens, vendo quase 30 mensagens não lidas de Jenny. Franzi o cenho, já sentindo que algo ruim havia acontecido.

Preferia não ter acessado as mensagens. Não podia negar, Cassandra parecia muito bonita nas imagens da câmera de segurança, ainda mais quando estava quase nua em cima da mesa do meu noivo. Rolei as fotos, observando as diversas cenas protagonizadas por ela e Nathan. Havia até mesmo um vídeo, mas tinha medo do que iria acontecer se eu o abrisse ali. Olhei para o lado, vendo que Nathan já havia visto minhas novas mensagens. Sua boca se abriu, mas não lhe dei tempo de falar. Me pus de pé e o encarei com o melhor sorriso que pude.

— Podemos conversar, querido?

— Ah... Claro. — seu olhar se voltou para Claire. — Já volto, uh?

Não sei ao certo se Claire o respondeu ou não, já que me virei e comecei a andar calmamente na direção da casa. Sentia meu sangue ferver, mas pedia a mim mesma para manter a calma, pelo menos enquanto estávamos cercados de familiares. Não conseguia entender como Nathan havia sido cara de pau a ponto de ter feito todo aquele teatro comigo, e ainda por cima ter agido todo esse tempo como se eu fosse a culpada! Subi as escadas de dois em dois degraus, mas antes que pudéssemos passar do corredor, Nathan se pôs a falar.

— Catherine, você não entendeu o que houve.

Me virei, sentindo as minhas mãos formigarem com tamanha vontade de estapeá-lo. Não era possível! Ainda me perguntava se Nathan era assim o tempo todo e eu era a única cega que não notava a confusão por baixo dos panos.

— Jura?! — soltei um risinho fraco. — Então explique.

Ele pareceu atordoado, como se não esperasse pela instrução. Cruzei os braços e abri um sorriso presunçoso enquanto ele passava as mãos entre os cabelos, procurando algo que o salvasse da situação.

— Filho da puta. — soltei, me sentindo um tanto sádica por estar sorrindo.

— Catherine...

Comecei a bater palmas, o surpreendendo novamente. Seus olhos se esbugalharam enquanto ele observava minhas mãos se chocarem uma contra a outra, e continuei por alguns minutos, antes de finalmente me lembrar do maldito anel e começar a tirá-lo.

— Amor, não...

— Shh! — gritei, erguendo o indicador no ar. — Não ouse me chamar assim! — meu tom só aumentava cada vez mais, e então finalmente atirei a joia no chão. — Saia da minha casa!

— Catherine...

— Saia da minha casa agora! — esbravejei, tentada a chutar o anel na cara dele.

— Você não pode fazer isso! E a gente? E a empresa? O Silverlight? — Nathan gritou de volta, o que fez minha raiva crescer ainda mais.

— Você não pensou em nada disso quando comeu aquela vadia! — lembrei da imagem e me segurei para não pegar o celular e atirar nele. — Vá embora, Nathan! Agora!

Ao invés de sair, Nathan veio na minha direção. Dei alguns passos para trás e senti suas mãos nos meus ombros, apertando-os com força enquanto me sacudia.

— Não pode acabar assim, Catherine! — ele gritava. — Você me prometeu!

Mas que porra é essa?!

Olhamos para o início das escadas, e minhas batidas aumentaram ainda mais quando Shawn Mendes começou a caminhar na nossa direção. Ele nunca parecera tão bonito.

— Tire as mãos dela! — Shawn vociferou, mas o aperto de Nathan permaneceu firme.

— Você acha mesmo que...

Aproveitando o momento de distração, ergui meu joelho esquerdo e acertei-o com força no meio de suas pernas, fazendo o aperto afrouxar e Nathan se curvar no mesmo instante. Shawn pareceu surpreso, mas não demorou a pegar Nathan pelo colarinho.

— Acho que você a ouviu, não? Agora, você vai sair ou realmente vou ter que te pôr pra fora?

Nathan livrou-se do aperto, bufando enquanto arrumava a própria gola e dando uma ultima olhada pra mim. Em seguida, pegou o anel e saiu mancando rumo a escada, sem olhar para trás. Meu corpo inteiro tremia, era como se eu fosse uma maquina sobrecarregada que iria dar curto em alguns minutos. Não me surpreenderia se eu começasse a fumaçar, mas ao invés disso, finalmente as lágrimas surgiram e escorreram, quentes como sempre.

— Catherine...

Me recusei a olhar para ele, então mantive o olhar nos nossos pés enquanto as lágrimas pingavam. Vi seus pés se moverem cada vez mais na minha direção, e então minha visão foi bloqueada quando seus braços envolveram meu corpo. Fechei os olhos e respirei o mais fundo que pude, sentindo os circuitos da máquina falharem internamente.

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