S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma...

By LuisaRibeiro7

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O que significa mentir? Para o estudante do último ano de direito, Alex Bernoulli, é um ato totalmente ab... More

Sinopse & Apresentação
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Nova Missão
Capítulo 2 - A Novata
Capítulo 3 - Confiança
Capítulo 4 - Convite
Capítulo 5 - O Almoço
Capítulo 6 - Sequestro?
Capítulo 7 - Novo Alvo
Capítulo 8 - O Estranho Parte 1
Capítulo 8 - O Estranho Parte 2
Capítulo 9 - Lembranças De Um Passado
Capítulo 10 - Distração/Missão
Capítulo 11 - Surpreendente
Capítulo 12 - Muito Próximos
Capítulo 13 - Voltando a Treinar
Capítulo 14 - Interrogatório
Capítulo 15 - Distrações
Capítulo 16 - Começando a Viver
Capítulo 17 - Decisão
Capítulo 18 - Karaoke
Capítulo 19 - Karaokê parte 2
Capítulo 20 - Cuidado
Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você
Capítulo 22 - Eu Posso Explicar
Capítulo 23 - Você é de Outro Planeta
Capítulo 24 - Quem é Você?
Capítulo 25 - Agora Estraguei Tudo... De Novo
Capítulo 26 - Um pedido de desculpas
Capítulo 27 - Primeira Vez
Capítulo 28 - O Que Aconteceu Ontem?
Capítulo 29 - Ferrou!
Capítulo 30 - Como fazê-lo desistir?
Capítulo 31 - O pedido
Indicações Mais Que Perfeitas
Capítulo 32 - Aquela Noite
Capítulo 33 - 4 Verdades
Capítulo 34 - Revelações
Capítulo 35 - Nada está bem
Capitulo 36 - Grávida?
Capitulo 37 - Fugir
Capítulo 38 - Lucy
Capítulo 39 - Lucy Parte 2
Capítulo 40 - Novas Decisões
Capítulo 42 - Novo Plano
Capítulo 43 - Mudando de Lado
Capítulo 44 - Caçando
Capítulo 45 - Eu Desisto
Capítulo 46 - Minha Única Família
Capitulo 47 - Invasão (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
Capítulo 48 - O Ataque (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Grupo do Whatsapp
LIVRO 2
Livro Dois Disponível

Capítulo 41 - Treinando

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By LuisaRibeiro7



Nataly


Após me impor no nosso primeiro, e fracassado, treino Alex simplesmente me deu as costas e saiu ignorando tudo o que eu havia falado, deixando-me sozinha durante horas naquela sala vazia. Isso se repetiu durante os três dias seguintes. Eu ia no horário marcado e ele nem se quer aparecia, então eu aproveitava para aperfeiçoar alguns golpes, o que me ajudavam a relaxar e perder um peso extra que eu vinha acumulando graças à gestação. No quarto dia cheguei uns vinte minutos atrasada em virtude de um enjoo matinal. E assim que entrei na sala, com uma cara de doente e uma toalha húmida pendurada no pescoço, me deparei com Alex sentado de costas para a porta.

— O que faz aqui? — Perguntei erguendo meu muro contra ele, enquanto tentava andar até o meio da sala, onde tinha um tatame cinza, com as pernas bambas.

— Te esperando. — Levantou me encarando — Temos um treino, certo? — Cruzou os braços.

— E desde quando você quer treinar? — Cruzei os braços, também, e dei dois passos para trás, mas agradeci por estarmos tendo um diálogo. — Principalmente comigo.

— Desde que a minha mãe me obrigou a vir ou me deixaria preso aqui até que tudo se resolvesse.

— Então entrou nessa para conseguir sair?! — O olhei sorrindo de canto.

— Faz diferença? — Disse indiferente a mim.

— Não. Não faz. — Respirei fundo jogando a toalha e meu celular em um dos cantos da sala — Tudo bem. Vamos treinar!

Ensinei alguns golpes novos de defesa e ataque para ele, como: Uppercut, golpe que visa acertar o queixo do oponente de baixo para cima, levando, possivelmente, a um nocaute; Kao Hon, Kao Yo e Kao Hiap, consistem em três diferentes tipos de joelhadas usadas apenas no Muay Thai que podem ser decisivas em um ataque; Blima Leachor/Beita/Manouj, uma queda para trás, usada no Krav Maga, com chutes e algumas alavancadas laterais. Mas também relembrei outros que ele já conhecia no mundo do judô como, por exemplo, o Kata Guruma e Ashi Gatame, tudo em uma mistura que gostávamos de fazer para que um agente sempre estivesse preparado para todos os tipos de luta, sem nenhuma inconveniência.

E embora estivéssemos em um combate corpo a corpo, parecíamos distantes um do outro. Ele não me olhava nos olhos e nem falava comigo, mas quando era para me atacar ele fazia com muito gosto. Algumas vezes ele demorava de obedecer ao meu "TAP, TAP", dois tapinhas dados no oponente para mostrar desistência, ou, no caso de um professor, a pausa de um golpe sendo aprendido, e isso demonstrava o quanto ele me odiava.

Por conta da gravidez eu estava um pouco relapsa nos movimentos, e no nosso terceiro treino, em um dos golpes que estávamos treinando, quando ele devia tentar me acertar com uma sequência de Jab e Cruzado — um soco deferido com a mão da frente, referente a sua base, no caso, Amidat Motzad (Base de combate no Krav Maga), com um soco de lateral deferido com a mão de trás referente a base — e eu me defender com um Shlosh Meot Shishim Maalot — uma defesa em 360° —, Alex conseguiu acertar meu abdômen antes que eu pudesse me defender. Não havia sido um soco muito forte, pois por algum motivo ele estava controlando mais a força do que nos dois primeiros dias, mas, rapidamente, eu fui para o chão levando a mão à barriga, por puro extinto de proteção, mas, também, porque doía um pouco. Fechei os olhos preocupada de que algo pudesse ter acontecido ao meu bebê.

— Você está bem? — Perguntou preocupado.

— Uhum! — Disse com a voz falha segurando a minha barriga e o encarando meio assustada — Acho melhor pararmos por aqui. — Deitei no tatame fechando os olhos novamente.

— Quer que eu chame a enfermeira? — Ele se aproximou aparentemente preocupado.

— Não! — Mantive meus olhos fechados.

Senti que ele ainda me encarava, mas nenhum de nós falava nada. Sua respiração estava tão descompassada quanto a minha, e quando abri os meus olhos vi o quão próximos nós estávamos, seu olhar estava fixado em meus lábios semiabertos. A vontade de beijá-lo supria a dor de não o ter mais comigo. Conseguia ver em seus olhos, agora escuros, que também queria aquilo. Estávamos muito próximos quando nossos olhos se encontraram e eu tive a certeza de que ele iria me beijar. Nossos narizes se tocaram e meu mundo desabou. A dor na barriga fora substituída por um nó que ficava mais apertado a cada milímetro que ele se aproximava.

— Alex... — Sussurrei para ter certeza de que isso não era algum delírio.

— Shii! — Ele disse acariciando meu rosto. E eu vi o mundo girar, e logo depois parar bruscamente.

— Alex? — Uma voz estridente gritou da porta.

— Elizabeth? — Alex levando assustado como se houvesse saído de um transe — O que faz aqui?

— Procurando a Agente Walter. — Sorriu fraco se recompondo.

— O que foi? — Disse abrindo meus olhos ainda deitada mostrando toda a minha frustação na voz.

— Tem um agente lhe aguardando para uma reunião.

— Tudo bem! — Respirei fundo pela vigésima vez naquela hora — Pode dizer que já estou a caminho. — Levantei e olhei para Alex que evitava olhar para mim. Peguei as minhas coisas e sai dali rapidamente.

Depois deste evento, Alex havia voltado a ser a pessoa fria de sempre. Nos treinos ele se esforçava e estava sempre focado, mas não trocava uma palavra comigo, nem mesmo quando havia alguma dúvida de sua parte. Era apenas a minha voz naquela sala, todos os dias. As duas semanas seguintes procederam da mesma forma, e eu já estava chegando ao meu limite, pois claramente ele ainda se preocupava comigo, e deixou isso claro naquele dia, mas ele adorava vestir essa máscara e me maltratar. Olhar para Alex, seja ele o homem que me odiava ou o homem que me amava e que seria pai daqui alguns meses sem nem ao menos saber, não me fazia bem. Estava ficando realmente doente com tudo isso. Havia chegado à um estágio em que, quando o treino terminava eu me trancava em meu escritório e chorava por horas, depois comia o quanto podia e trabalhava o quanto conseguia.

Todos sabem seus limites, e eu já havia ultrapassado todos os meus.

Quando acordei hoje, decidi que não me maltrataria mais dessa forma. Sabia que tudo aquilo não passava de um teste em relação a minha lealdade e sanidade mental, mas, no momento, eu não ligava se a bancada de líderes acharia que havia uma ligação entre Maurício e eu ou se haveria envolvimento pessoal da minha parte para com Alex. Não me importava, como não me importo agora. Eu só queria acabar com tudo que estava acontecendo.

Antes de ir à sala de Anthony, para pedir minha liberação da missão, eu decidi encerrar ao menos uma parte do treino que era vitral para a sobrevivência. A parte de lutas com armas de fogo. Havia começado, há dois dias, treinar a pontaria de Alex, que não era de todo ruim para um iniciante. E precisava ao menos garantir que ele saberia se defender sozinho quando chegasse a hora, pois eu não estaria lá para ajudar.

— Bom dia! — Entrei na sala de treinamento de tiro carregando uma mala enorme com várias armas sem receber uma resposta de volta. — Bom, hoje vamos treinar sua mira com armas mais pesadas — Fui tirando algumas da mala e colocando na bancada junto aos carregadores de munição. — Bem... — Comecei — Essa aqui é uma AK 74, uma versão mais moderna da tão conhecida AK 47. Ela usa um carregador cilíndrico, que chamamos de carregador tambor, também conhecido aqui como Drum Magazine, que possui modelos para várias pistolas, fuzis e metralhadoras em calibres pesados e em quantidades de munição que podem ultrapassar 1000 unidades. — Ele me olhava atentamente. Parecia muito interessado em cada palavra que dizia. Armas, definitivamente, era a parte que ele mais gostava em todo o treino. E em especial treinar com metralhadoras potentes, parecia muito melhor do que aprender atirar com uma pistola de calibre 38. — Essa é uma Glock, uma pistola comum, não é automática, e pouco utilizada por bandidos profissionais. Mas é uma pistola interessante, então nós fizemos algumas alterações na arma e a transformamos em uma pistola automática e utilizamos o carregador cilíndrico na mesma. Ela atira 20 balas por segundo e se torna muito prática em um combate onde precisa reduzir seu carregamento de armas. — Coloquei a Glock de volta na bancada pegando uma M24 — Esse é o rifle de precisão mais usado no exército americano. Mas estamos trabalhando em um aprimoramento de sua precisão e potencialização de alcance — Coloquei de lado pegando a minha preferida — Bom essa aqui sem dúvida é uma das melhores armas já fabricadas — Falei empolgada — Barret M82A1 é um rifle fabricado em 89 e é conhecido pela sua destruição em massa. O objetivo dele é exterminar tantos os inimigos quanto a estrutura física ao redor deles. O seu alvo aproxima até dez vezes e a distância de um tiro preciso é de 2600 metros.

— Incrível! — Ele parecia extasiado com tanta informação — Posso tentar? — perguntou meio inseguro.

— Claro! — Disse empolgada.

Arrumei a arma em meus braços, primeiramente, e atirei com facilidade acertando o centro do papel que estava à 200 metros da nossa localização. Sorri e passei o rifle para ele, que pegou com dificuldade sentindo o peso da arma. Arrumei o rifle em seus braços com dificuldade de concentração, pois a cada toque de nossas peles sentia um arrepio na minha espinha.

O treino seguiu bem, mas tinha uma cara de despedida. Alex não estava 100% pronto, mas conseguiria se virar. Eu deixaria um agente encarregado de um treino pratico em campo para ele sentir um pouco o peso de uma verdadeira luta, mas acreditava em seu potencial. Ele daria um ótimo agente, mesmo que temporário. Sai do treino me sentindo um pouco estranha, não só por ser o último treino que eu faria nessa missão, mas por Alex ter olhado nos meus olhos e ter dito um "tchau" que mais parecia um adeus.

Respirei fundo quando já estava no corredor longe de Alex e segui para a sala de Anthony determinada a pedir minha demissão. Assim que cheguei em frente à sala, respirei fundo pela milésima vez e bati na porta, ele disse, com sua voz grossa, para entrar e eu obedeci.

— O que aconteceu? — Ele me encarou e eu tive vontade de sair correndo dali.

— Eu preciso falar com você sobre uma coisa. — Eu parecia uma adolescente falando sobre o primeiro namorado com seu pai.

— Algum problema com os treinamentos? — Disse prestando atenção em algo no computador.

— Não! — Respirei fundo — Os treinos estão ótimos, Alex está se saindo muito bem. E eu reportei isso nos meus relatórios. — Falei rapidamente com medo dele me cortar — Na verdade eu queria conversar sobre eu ser a treinadora dele. Acho que já cumpri a minha punição.

— Está aqui para questionar uma ordem direta? — Me olhou bravo — Acho que se esqueceu que ordens dadas pela bancada devem ser acatadas sem reclamação. Você é apenas uma subordinada. Uma mera agente de campo, então não discuta e se retire da minha sala, pois ao contrário de você eu tenho que lidar com todas as missões dessa agência, inclusive as que não se referem ao Mauricio, porque ele não é o centro de todos os nossos problemas.

Engoli a seco o que ele havia dito, e eu queria chorar com as palavras rudes dele. Eu só queria a minha liberação da missão, nada mais do que isso. Não queria uma medalha ou um lugar na bancada, ele era o líder ali e eu entendia e respeitava isso.

Quando fui abrir a minha boca para esclarecer meu desejo, um alarme começou a tocar. Nos levantamos novamente pegando nossas armas no coldre e destravando-as. Anthony me encarou e logo depois fez uma ligação para a central de vigilância da agência perguntando o que estava acontecendo.

— É o alarme de perímetro invadido, Senhor. — Gritou do outro lado da linha.

— Isso eu já sei! — Gritou de volta pausadamente — Quem invadiu a agência?

— Mauricio?! — Disse quase em cochicho.

— Ninguém entrou na agência, Senhor — Ele estava receoso em falar.

— O que aconteceu então? — Perguntei impaciente.

— O arsenal de treino foi invadido e quatro armamentos roubados.

— Como alguém de dentro pode ter roubado armas? Ainda mais chamando tanta atenção.

— A pessoa fugiu com um carro da garagem de apreendidos. — Ele estava muito nervoso.

— Quem foi a pessoa? — Perguntei desejando que a minha teoria estivesse errada.

— Ainda não sabemos. Estamos procurando no banco de dados um reconhecimento facial, mas a pessoa soube se esconder bem das câmeras. A única que o pegou não tem uma excelente resolução. Pode demorar muito até acharmos uma combinação.

— Droga! — Gritei chutando a cadeira que antes estava sentada.

— Tem alguma suspeita Nataly? — Anthony perguntou desconfiado

— Quais foram as armas roubadas? — Perguntei ignorando a pergunta de Anthony

— Duas 38, uma Clock automática personalizada e uma Barret M82A1. Ainda não calculamos a quantidade de munição levada. — Mais que merda, abaixei a cabeça. — A última locação dessas armas foi feita pela agente Nataly Walter pouco antes das quatro da manhã. — Anthony me encarou esperando uma explicação.

— Procura por um reconhecimento facial de Alex Bernoulli. — Disse deixando todos chocados. Por um momento só havia a sirene naquele lugar.

— Senhor? — O agente do outro lado da linha chamou meio receoso depois de alguns minutos em silencio.

— Sim! — Anthony tentou se recompor.

— O reconhecimento bateu. É o Alex Bernoulli nas imagens de segurança. — Anthony me encarou sem entender o que estava acontecendo. — E acabamos de perder o sinal do carro também.

— Ensinei a Alex sobre armas nos últimos dias. Hoje eu apresentei duas armas poderosas. Uma delas foi a Barret M82A1 e eu ensinei como usá-la. — Disse me jogando na cadeira. — Não sei como ele acessou a sala de armamentos, ele nunca esteve lá comigo, mas ele viu como cortar o GPS no dia em que eu o trouxe para cá.

— Devo emitir um alerta de roubo senhor? Colocar agentes atrás do mesmo? — O agente perguntou receoso.

— Não! — Katia disse entrando na sala sem bater — Desligue o alarme e acalme a todos. Nada fora do esperado aconteceu.

— Mas senhora, ele roubou...

— Não interessa. — Ela o cortou — Essa missão é maior do que nós, não podemos arriscar.

— Sim, senhora. — Disse desligando.

— Posso saber do que isso se trata? — Anthony gritou batendo na mesa.

— Alex não fez nada de errado, só está assustado. — Katia o defendeu.

— Ele roubou armas e um carro. Desligou o GPS e sabe lá Deus o que estará fazendo com isso.

— Ele é inteligente. — Ela gritou de volta — Deve estar atrás de respostas, apenas.

— Concordo com ela. — Entrei no meio da discussão — Mas, Alex não deve estar atrás das respostas, e sim estar com a resposta.

— O que está tentando insinuar? — Ela me encarou. — Meu filho não é um bandido. — Se aproximou de mim segurando em sua arma que ainda se mantinha presa no coldre.

— Eu não disse isso. — Me mantive parada no mesmo lugar — Mas ele pode ter encontrado com o Pai, ok? Ele pode acreditar em coisas diferentes. Alex não foi ameaçado para sair daqui. Ele saiu sozinho, ele fez tudo isso sozinho.

— Katia? — Anthony a chamou apontando a arma para a mesma — Larga a sua arma agora. Nós não somos o inimigo aqui. — Ela olhou para sua mão que estava apossada da arma que estava apontada para mim.

— Oh meu Deus! — Ela me encarou assustada largando a arma em cima da mesa. — Naty me perdoa. Eu, eu....

— Seu envolvimento pessoal é muito grande nessa missão, Katia. — Anthony encarou a mesma que se sentou na cadeira ao meu lado — Estávamos preocupados com o envolvimento de Nataly, quando na verdade deveríamos ter nos preocupados com você, a ex-mulher e mãe do filho dele. É claro que ele daria um jeito de te atingir.

— Eu estou bem! — Ela disse sem nem mesmo acreditar no que falava.

— Não Katia, você não está nada bem. Apontou uma arma para uma agente por não acreditar que seu filho possa ser manipulado pelo próprio pai?!

— Ele não é nada meu e muito menos de Alex. — Ela disse controlando sua raiva.

— Ninguém tem culpa pelos erros dele Katia, mas não dá para negar isso. Ele é o pai de Alex, e ele tem a capacidade de fazer a cabeça do garoto que não sabe ao certo o que é verdade ou mentira na vida dele. Ele confia no pai e por isso pode ter fugido, para encontrar com Mauricio. Ou ele pode estar agindo sozinho. E nós só vamos descobrir quando investigarmos, ok? — Ela acena com a cabeça. — Mas de qualquer forma, você está fora da missão.

— O que? — Ela gritou.

— Não posso arriscar a sua vida nessa missão. Eu prometi que cuidaria de você e é o que estou fazendo. Sem discussão. Você vai se concentrar em cuidar de outras missões e de relatórios, eu vou cuidar pessoalmente dessa missão.

Fiquei ali parada ouvindo um homem totalmente diferente do chefe que tive a minha vida toda falar. Era estranho ver ele ser cuidadoso com alguém. Mas apenas ignorei e pedi permissão para me retirar começar a montar uma estratégia com uma equipe para poder achar o paradeiro de Alex. Não sei o que ele estava aprontando, mas eu estava começando a ficar aflita.

Meu Deus, eu juro que se ele sair dessa vivo eu conto pra ele sobre a gravidez. 

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