A Menina De Gelo

Da JuhMCS

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Uma epidemia ocorreu no mundo e tudo mudou, as pessoas mudaram e isso foi uma coisa maravilhosa. Porém, todas... Altro

APRESENTAÇOES
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Aviso
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Elenco
Capitulo 25
Capitulo 26

Capitulo 4

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Da JuhMCS

- Olá Luna, meu nome é Ester. Sou a diretora da Bloody Cross.
Ela deveria ter uns 35 anos, mas como os Potestatem podem continuar com a mesma aparência por muito tempo, não sei exatamente sua idade. Tinha um longo cabelo cacheado marrom e olhos pretos, sua pele era achocolatada e seu rosto tinha um sorriso que, para a maioria das pessoas podia parecer doce, mas para mim era medonho... tinha alguma coisa escondida por traz daquele sorrisinho.
Ela usava uma calça jeans rasgada, uma blusa branca e por cima da blusa uma jaqueta de couro que combinava com a bota de salto que também era de couro.
- Ah...oi... - falei enquanto pensava em todas as possíveis possibilidades do porque dela ter me chamado aqui.
- Você deve estar se perguntando o que que eu poderia querer de você - ela sorri. O primeiro sorriso que eu já vi que não era forçado, não tinha segundas intenções. O primeiro sorriso verdadeiro que foi direcionado a mim. Pelo o menos era isso o que eu achava naquela época. Mal sabia que estava redondamente enganada.
- Sim.
- Bom, eu vou direto ao ponto. Diretora, você poderia sair de sala por favor? Preciso falar a sós com a luna.
A diretora sai da sala e ficamos só eu e Ester, sozinhas, no escritório da diretora. Ela se virou para mim e deu novamente aquele sorriso.
- Não tem exatamente um jeito mais fácil de lhe dizer isso Luna, mas.... você é uma Potestatem. Não qualquer Potestatem, uma que tem um grande destino.
O que? Eu? Uma Potestatem? Bom.... isso poderia explicar a minha aparência estranha...mas mesmo assim. Isso era impossível! Potestatem só nascem graças a relações entre os mesmos.... os meus pais eram humanos! Minha irmã era humana. Não tinha como eu ser uma Potestatem.
- Senhora, eu sinto muito, mas deve ter me confundido com outra pessoa. Meus pais não são modificados...minha irmã também não é. Não tem como eu ser uma Potestatem.
- Eu sei que parece impossível, mas você foi um caso a parte. Ahn.... não sabemos exatamente o porque disso, mas temos certeza que você é uma de nós. Gostaria que você me acompanhasse até a escola Bloody Cross, lá você estudará com outros Potestatem, aprendera sobre nossa história, como controlar suas habilidades, com lutar para proteger os humanos e tudo mais - ela deu algum passos em direção à porta e me olhou - Eu sei que a senhorita sofre muito neste mundo, não tem amigos e sua família lhe odeia. Se me acompanhar até a escola lhe prometo que nunca mais sentirá isso. Você será igual a todos. Terá amigos e talvez até se envolva em algum romance - ela deu risinhos.
Eu não acreditava no que estava acontecendo. Eu? Uma Potestatem? Ir para a Bloody Cross? Não ser mais tratada como eu fui durante toda minha vida?
Era tentador...Era convidativo...Era possível...
- Está bem. Eu vou com a senhora - O que podia dar de errado? Eu não tinha literalmente nada a perder. Tinha uma chance de ser aceita. Ser amada. É claro que eu ia agarra-lá com todas as minhas forças.
- Maravilhoso - Ester bateu palmas e sorriu. Aquele mesmo sorriso de antes... ele parecia aquecer minha alma - O carro está esperando lá embaixo para nos levar agora mesmo para a escola. Suas coisas pessoas estarão no seu quarto amanhã de manhã, junto com sua Robô doméstica.
- Chame ela de Anne - falei rígida, a única "coisa" que parecia se importar comigo era Anne, não queria ninguém a chamando de robô. Quando vi a cara surpresa de Ester percebi que tinha sido muito grossa - ah... por favor... - Disse sem graça, primeira pessoa que foi legal,comigo e já sou grossa com ela. Eu não sei mesmo com tratar os outros.
- Sim, claro. Anne também estará em se quarto amanhã de manhã.
Nós chegamos na entrada da escola e eu engasguei com o que vi.
- Eu vim às pressas, então acabei vindo com o meu carro pessoal. Não deu tempo de chamar o motorista e esperar pelo carro - ela destravou o carro e logo depois as portas do mesmo subiram.
- I-Isso....é um Koenigsegg CCXR edição especial?? - Falei passando a mão pelas portas do carro e depois sobre o seu capô. Percebi Ester olhando - De-Desculpe, é porque eu...adoro carros...nunca tinha visto um desses...não consegui resistir em toca-lo - Falei ainda admirando aquele carro maravilhoso.

- Não, tudo bem - ela se sentou no carro e eu fiz o mesmo. Depois de alguns segundos as portas desceram e, sem dar quase nenhum tranco, o carro saiu em alta velocidade em direção a escola.
Como a geografia tinha mudado muito, a paisagem também mudou. A escola ficava no alto de um morro e, para chegar lá, tínhamos que rodear o morro em uma rua muito perigosa para se andar em alta velocidade. Qualquer deslize durante as curvas e o carro saia voando pois nem mesmo uma barreira tinha.
Ester andava muito rápido nessa rua perigosíssima, mas ela parecia saber o que estava fazendo, pois nenhuma vez chegamos nem mesmo perto da borda da pista.
Enquanto chegávamos em cima, um edifício mais parecido com um castelo ia aparecendo no topo do morro. Ele era feito totalmente de pedras, tinha um ar convidativo e cheio de segredos. Ao seu redor existia um grande jardim perfeitamente cuidado e geométrico, com flores de todas as cores, porém, quando tais cores combinavam, sentia-se relaxada só de olhar.
Após atravessarmos um balão com árvores no meio chegamos na entrada do castelo-escola. Ao redor dele havia pessoas sentadas em grupos ou sozinhas, mas todas estavam felizes, uma roda maior estava praticando suas habilidades enquanto outros riam quando alguém fazia besteira.
Eles pareciam uma grande família.Será que vou poder fazer parte dela tambem?
     Eu estava começando a ficar ansiosa, quando o carro parou e a diretora saiu todos olharam para ela com grande admiração. Eu saí do carro e todos começaram a olhar para mim e cochichar entre si, o que aumentou ainda mais o meu nervosismo.
     - Por favor, ignore eles - Ester falou enquanto andava na direção da grande porta vermelha com bolas de ferro.
     A escola por fora tinha um estilo medieval, era tudo feito de pedras as janelas de ferro e grandes torres.
     - Que nada, eu estou acostumada com as pessoas me olhando - disse acompanhando-a
     - Eles só nunca viram alguém como você. Na verdade, ninguém nunca viu.
     As portas abriram, revelando um grande salão com quadros nas paredes, bancos de veludo vermelho espalhados por toda a extensão do cômodo.             
     Pessoas de diferentes etnias andavam de um lado pro outro no local, todas com a jaqueta da escola. Quando eu entrei no salão todos me olharam, e assim como antes, começaram a cochichar entre si.  
     Eu atravessei o salão tentando ignorar todos os olhares. Depois de alguns minutos chegamos a uma escada principal que se dividia em várias pequenas escadas que pareciam não ter fim. Pegamos a do centro e subimos mais, eu não sei quanto tempo eu fiquei subindo e trocando de escadas até que, aparentemente, chegamos ao nosso destino. Uma grande porta vermelha, assim como a da entrada, estava na nossa frente. Quando eu olhei para baixo percebi que estávamos na torre mais alta do castelo-escola.
     Ester abriu a porta, revelando um, pelo incrível que pareça, escritório bem tecnológico e geométrico, as cores branco, preto, vermelho e azul brincavam, entre si. No centro tinha uma grande mesa branca com uma cadeira atras e três cadeiras pretas na frente. No lado esquerdo da sala havia uma escada que dava em uma pequena biblioteca suspensa. Nas paredes, quadros, pinturas, desenhos. No chão um tapete vermelho com sofás brancos ao redor e pilhas de livros. Em cima da mesa principal tinha um laptop preto com uma luminária azul e, em uma das extremidades da mesa, tinha um vidro redondo que guardava uma bola preta e gosmenta, a mesma não parava de girar, enquanto um liquido grosso ameaçava cair no vidro.
     Eu fiquei observando aquela esfera curiosa querendo saber o que era. Uma das minhas muitas manias era a curiosidade para conhecer algo que eu ainda n sabia o que era.
     A diretora abriu um espaço no meio da sala e colocou uma das cadeiras no centro.
     - Sente-se Luna, você provavelmente irá amar essa experiência. Todos amam.
     - O que exatamente é essa experiência? - disse me sentando.
     - Você sabe que todos os Potestatem têm poderes, certo? Eles podem manipular a chuva, pensamentos, emoções. Para cada pessoa existe o seu poder ideal, aquilo que descreve essa pessoa. Você não pode se esconder da verdade, não quando você faz esse "teste" - ela fez aspas com as mãos. Quando a olhei ela estava com um giz preto e desenhava um círculo com várias outras formas geométricas e símbolos que desconhecia no chão ao meu redor.
     - O que você está fazendo? - comecei a me levantar, mas algo me puxou novamente para a cadeira, não deixando eu me mover - o que está acontecendo?
     - Desculpe, eu não posso deixá-la sair daí, o ritual já começou, não pode ser cancelado quando começado. Bom....voltando de onde eu parei. Esta esfera negra tem o poder de te deixar em transe, você entra em um profundo sono e nele enfrenta o seu maior medo. Você só pode sair do transe assim que supera o seu medo, se não conseguir fazer isso, ficará presa nele para sempre, depois de um certo tempo se torna irreversível e você entra em estado de hibernação. Não come, não envelhece, não respira. Você praticamente morre para todos, mas temos pesquisas que falam....talvez...você consiga escutar as outras pessoas - Ela parou de desenhar os símbolos ao meu redor, começou a resmungar algo e eu só ouvi o nome "Mikael", vi que estava muito triste. Quando percebeu que eu estava encarando-a com uma cara de quem não estava entendendo nada, ela sorriu e continuou a desenhar no chão.
     - Diretora, eu ainda não consigo me mover.
     - Sinto muito, eu não posso lhe deixar sair desta cadeira. Meu maior medo é perder o controle, por isso eu consigo controlar as pessoas. Eu a fiz ficar sentada aí. Sinto muito. Logo você irá agradecer.
     - Por favor, me solta. Eu não vou a lugar algum - Eu realmente não ia, sentia algo me falando para ficar.
     - Promete? Você é importante demais para eu lhe deixar escapar.
     - Prometo. Importante para o que?
     - Você vai ver - ela sorri e para de desenhar no chão, cruza os braços e balança a cabeça com orgulho de seu trabalho - está pronto, podemos começar agora.

Oiiii pessoal!!
Feliz ano novooo, espero que todos vocês tenham um ótimo 2017.
Desculpa a demora para postar um novo cap, tive um bloqueio criativo, mas agora recebi uma bomba de criatividade kkkk já tô na metade do próximo cap, acho q posto até terça.
Espero que gostem e desculpa qualquer erro.

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