Hotel ∞ N.G

By aarongirlxx

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Amy Lindemann nunca gostou do grupo intitulado como "Magcon", grupo esse que seu tio, Bart, Administrava. Ela... More

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epílogo
DIÁRIO

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By aarongirlxx

   Acordei com meu celular vibrando descontroladamente. Seria alguém me ligando às 6 da manhã em pleno domingo?
   Levantei resmungando e puxei o celular da escrivaninha, olhando para as notificações. Parecia ser...

– Número desconhecido no Whatsapp? – Resmunguei e desbloqueei a tela. Arregalei os olhos e quase soltei um palavrão com o bombardeio de mensagens da Maggie. E uma de um número desconhecido.

Unknown: você me deve um encontro

Revirei os olhos e tratei de responder:

Me: não devo nada a ninguém

Unknown: precisamos conversar

Me: não tenho nada para conversar

Unknown: me encontre na área de piscinas da torre dois em quinze minutos

Me: não vou a lugar nenhum.

Unknown: prefere que eu vá aí?

Me: chego em dez minutos

   Bufei e afastei os cobertores do meu corpo, levantando. Tomei um banho rápido e pus uma roupa quente, fazia muito frio. Pus um gorro cor-de-rosa e penteei os cabelos com os dedos, enquanto saía do quarto. Fechei a porta, e andei até o elevador, apertando o botão. Enquanto ele não chegava, olhei a volta. Os meninos pareciam não estar nos quartos, estava tudo silencioso. Foi então que pensei, certamente seria um deles me esperando na piscina, isso se não forem todos. Com os dedos frenéticos, digitei uma mensagem para o desconhecido:

Me: Juro que se vocês me jogarem na piscina eu denuncio vocês pra polícia por qualquer merda, e expulso vocês do meu hotel

Unknown: você acha que é quem que está falando com você?

Me: qualquer um dos Magcon Boys, certamente.

Unknown: ...

Me: se vocês tentarem me jogar na piscina

Me: eu acabo com a carreira de vocês

Me: e expulso vocês do meu Hotel

Unknown: que medo

Me: eu juro que se você for uma espécie de Brandon James da vida, eu juro que chamo a polícia agora mesmo

Unknown: você gosta de jurar né?

Unknown: você certamente seria morta antes

Me: não vou subir aí

   Já dentro do elevador, que parava no térreo, suspirei e aguardei resposta de quem quer que fosse. Nada. Olhei as pessoas na recepção e vi os garotos amontoados. Então não era nenhum deles, certamente.
   Fui até a segunda torre, e chamei o elevador da mesma. Quando chegou no térreo, sorri ao ver meu tio.

— Oi, tio.

— Oi, Amy! Vai no quarto de alguém?

— Não. – Eu ri. – Na piscina, lá em cima.

— Nesse frio? – Ele franziu o cenho. — Alguém lá?

— Sim. – Respirei fundo, pondo o pé em frente à porta do elevador para não se fechar com sensor. — Só que eu não sei quem é, me mandaram uma mensagem querendo falar comigo lá em cima.

— Ah, ok. – Ele parecia pensar. — Qualquer coisa me liga.

— Certo. — Sorri e entrei no elevador.

   Enquanto aquilo subia, eu cantarolava baixinho. Respirei fundo quando a porta se abriu, e olhei para os lados.
Gozado, pensei. Parece que não tem ninguém...
   Arregalei os olhos quando uma mão envolveu meus olhos e a outra minha cintura, por trás. Pensei em gritar, mas seria pior para mim. Ou não. Juntei toda a força que tinha em mim e dei um dos gritos mais altos de todos, quando senti um pano envolver a minha boca. Minha primeira reação foi dar uma cotovelada na boca do estômago de quem quer que fosse, que se retraiu, e eu aproveitei para me soltar de seus braços.
   Eu estava pronta para começar a chutar a pessoa quando encontrei ninguém mais, ninguém menos que...

— NASH! – Gritei, pondo as mãos na cabeça. Ele estava ajoelhado no chão, e eu não sabia se ele estava rindo ou tentando tossir o que quer que fosse.

   Entrei em desespero. Puta merda, eu tinha acabado de chutar um famoso.
   Tentei ajudá-lo a se levantar, e ele próprio levantou sozinho, quase me levando junto. Ele estava claramente morrendo de frio, afinal, o pano que tinha coberto minha boca era a camisa que ele usava.

— Você tem problemas! – Disparei. — O que você tava pensando? Seus lábios estão roxos, vem, vamos entrar.

— Espera... – Ele parecia... Ofegante?

— Nash, acho que você não tá bem. – Franzi o cenho.

— Tô, tô bem sim. – Ele levantou os olhos e vi ele ficar mais pálido. Mais pálido que o normal.

— Vamos. – Puxei ele para o elevador. Ele estava incrivelmente gelado. Apertei o botão e torci para que o mesmo estivesse em um andar alto, para chegar mais rápido. — O que você queria falar comigo?

— Eu... – Ele parecia pensar.

— Espera. – Interrompi. — Deixa eu te ajudar a por essa blusa...

  Foi a primeira vez que eu parei para prestar atenção na definição do corpo dele.

   Que ela era bonito, todo mundo sabia. Ele era bem mais alto que eu, também. Vamos lá, Amy. Não pense no tanquinho.

   Criei forças e ajudei ele a por a blusa de novo.

— Queria pregar uma peça em você. – ele riu travesso e eu revirei os olhos.

— E isso te custou uma cotovelada no estômago e lábios roxos.

— Você é bem forte, aliás. Isso vem de família?

— Como assim? – Franzi o cenho e as portas do elevador se abriram. Nós entramos e apertei o botão do térreo, voltando a olhá-lo.

— Viu o tamanho do seu pai? Eu realmente não ia querer me meter em problemas com ele.

— Nem eu. – Balancei a cabeça, rindo.

— O que eu queria falar com você era que...

  O elevador parou no décimo primeiro andar – de dezessete – e um cara entrou. Ele nos cumprimentou e sorri para ele, o reconhecendo. Era um dos hóspedes brasileiros. Se eu não estava enganada, ele é um grande empresário de lá.

   O resto do trajeto até o térreo foi em silêncio. Entendi que Nash não queria falar perto do cara, então não forcei. Quando o elevador parou em nosso destino, deixei que o cara saísse primeiro e saí logo em seguida, com Nash em meu encalço.

— Agora fiquei curiosa. – Comecei, enquanto ia para a torre um.

— Vamos para o seu quarto? Não quero falar com ninguém perto.

— Okay. – Dei de ombros. Quando passamos pela recepção da torre um novamente, não tinha mais ninguém lá. Ninguém, a não ser os funcionários.

   Cumprimentei alguns deles e seguimos para um dos elevadores, que já estava no térreo.

   Apertei o botão do nono andar e suspirei.

— Seus lábios ainda estão roxos.

— Sinto que estão frios.

— Eu posso fazer chá pra você. – Sorri.

— Eu agradeceria. – Ele sorriu de volta.

   As portas do elevador se abriram e nós saímos. Andando lado a lado, nós seguimos pelo largo corredor, parando em frente ao meu quarto.
   Puxei a chave e passei no leitor ao lado da porta, abrindo a mesma. Meu quarto estava exatamente como deixei: arrumado.

— Você tem TOC ou alguma coisa do tipo? – Ele se jogou na minha cama e franzi o cenho.

— Oi?

— É que tudo seu é tão... Arrumadinho.

— Organização agora é TOC? – Eu ri.

— Não, mas é que... Ah, esquece.

   Nós rimos e eu me sentei ao seu lado. Nossos dedos roçaram contra a minha vontade, e mesmo com a mão gelada dele pude sentir um calor percorrer meus dedos.

— Você está gelado. – Comentei. — O que queria falar comigo?

— Na verdade eu queria agradecer. - Levantei e fui até uma espécie de "cozinha" no quarto, onde puxei uma das minhas xícaras decoradas e pus água, pondo dentro do microondas. Pus o timing e olhei para ele.

— Chá de que?

— Erva doce. Ei, você está prestando atenção?

— Claro. – Me virei para ele enquanto a água esquentava. — Continua.

— Tá, eu sei que parece meio superficial, mas eu queria pedir desculpas pelo outro dia.

   Ele levantou da cama e se aproximou de onde eu estava, lentamente.

— Tipo, você ter falado das minhas fãs e tal. Metade do que você disse eu não concordo ainda, mas fala sério, você é meio difícil de lidar!

— Eu sei. – Me virei de costas para ele novamente, tirando a xícara do microondas e pondo o sachê do chá.

— Mas é que eu parei para pensar melhor no que você disse. E é verdade, por isso eu comecei a fazer mais follows spree. Ontem eu fiz duas rodadas, e pretendo fazer mais uma hoje. Não mencionei você no tweet porque sei que ia te causar problemas, e eu nem sei seu Twitter, mas eu agradeci lá. Depois da uma olhada.

— Certo. – Sorri e deixei de lado a xícara. — Também tenho que pedir desculpas por... Tudo. Eu sei, eu sou um saco, um porre, mas é que eu me senti tão inútil quando você disse aquilo sobre eu ser... mimada. - Baixei os olhos para a mesinha. — Eu sei que não deixa de ser verdade, mas é que dói ouvir isso, entende?

— Entendo. – Levantei os olhos e perdi o fôlego; ele estava muito perto. — Deixa eu me desculpar?

   Encarei seus olhos. De repente entendi o motivo pelo qual minha irmã sempre os vangloriou tanto, eram incríveis. Eu nunca tinha visto nada tão azul antes. Ainda um pouco perdida naquela imensidão azul, assenti lentamente.
   Não sei explicar. Se alguém me perguntasse qual foi a sensação de beijar Nash Grier pela primeira vez, eu simplesmente responderia isso: não sei explicar. Era um toque incrível, mágico. Eu queria congelar aquilo completamente.
   Não que eu estivesse gostando dele. Não tinha nada a ver com isso, eu só... Tinha gostado de sentir os lábios frios dele entrarem em contato com os meus. A boca dele era macia, viciante.
   Parecia que tudo que ele tocava formigava. Minha cintura, minhas costas, o cós da minha calça. A minha nuca, meu rosto. Meus dedos formigaram quando toquei a pele da nuca dele, e quando ele olhou nos meus olhos, partindo o beijo, senti meu corpo enrijecer. Que poder era aquele?

— Desculpa. – Sussurrou ele, e fitei seus olhos. — Mas é que eu estava com vontade de fazer isso desde que eu te vi.

— Menos de uma semana atrás? – Perguntei, sorrindo. — Confesso que fiquei com essa vontade agora.

— Poder de Nash Grier. – Ele sorriu convencido e me afastei, pegando a xícara e entregando para ele.

— Agora bebe isso. – Revirei os olhos.

— Nem preciso. – Ele deu de ombros, bebendo um pequeno gole. — Você acabou de me esquentar aqui.

— Idiota. – Comecei a rir e ele me acompanhou.

   Nos encaramos por um momento. Eu olhava seus olhos, e ele, os meus.
   O som da porta sendo aberta abruptamente me fez desviar os olhos para a mesma. Entrando no meu quarto, extremamente alegre, não podia ser ninguém mais, ninguém menos que ela.

— CHEGUE... Ih. Estou atrapalhando alguma coisa?

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