Os seus lábios colaram nos meus dando início a um beijo muito calmo sei que era errado o que estava a fazer pelo menos para mim era e muito, senti-me como se estivesse a trair o André.
Quebrei o beijo e ele ainda ficou com os olhos fechados e a sua testa encostada na minha.
-Mateus...- Eu preparava-me para dizer que era melhor que aquilo não voltasse a acontecer mas fui interrompida.
-Desculpa, eu não consegui resistir, não volta a acontecer.- ele disse agora separando as nossas testas e abriu os seus olhos.
-Eu só não te quero magoar e há coisas que eu não te sei explicar.- eu disse.
-É o tal André não é?- perguntou olhando nos meus olhos e eu apenas assenti e olhei para o chão daquela cozinha.-Ouve, eu gosto muito de ti e o que eu mais quero é que estejas bem e se achas que ele é a tua felicidade, eu vou ajudar-te a encontrá-lo.
-Obrigada por me compreenderes Mateus, só preciso de te pedir uma coisa.- eu disse e ele assentiu.-Os meus pais não podem saber que eu ando á procura do André eles iriam fazer algo para que eu não o encontrasse.
-Combinado, eu não lhes direi nada, eu só quero que fiques bem.- ele disse e abraçou-me e eu retribui o abraço.
-Obrigada por estares sempre presente quando eu mais preciso.- eu disse com a minha cabeça encostada no seu peitoral musculado.
-Nao tens de agradecer!- ele disse acariciando a minha cabeça.-Eu vou proteger-te, tu mereces tudo.
Eu não sei como é que o Mateus consegue ser tão bom, tão puro, tão carinhoso e gentil depois de eu lhe ter dito que não queria nada com ele para além de uma boa amizade.
Amanhã irei descobrir onde mora o Afonso, custe o que custar eu preciso de saber, preciso de falar com ele.