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Meu corpo ficou num baque total, me deu vontade de estar lá naquela maca no lugar dele, ainda estava sem reação alguma, Alessia entrou na ambulância junto, eu toquei seus dedos extremamente gelados antes de partirem. Meu coração afundou. A sirene da ambulância começou a soar bem distante, eu corri o mais rápido que pude para o colo de Ash...
- Troye está morrendo! - Eu gritei desesperado, me esbarrando no primeiro gótico que eu vi, logos todos estavam ao meu redor.
- O que aconteceu?! - CC perguntou.
- Troye, ele sofreu um acidente... Alessia acaba de mandar uma mensagem. - Jake disse.
- Ah meu Deus, ah meu Deus, mantém a calma, por favor. - Ash disse me puxando para um canto reservado.
- Minha culpa, é minha culpa, eu dei outro fora nele, eu não podia ser mais idiota!! Eu odeio a mim mesmo... Eu não quero que ele morra!! Eu preciso muito dele!! - Senti minhas lágrimas queimarem meu rosto.
- Relaxa, vai ficar tudo bem, os médicos vão cuidar dele, ele não vai morrer. - Ash disse o mais confortante possível, eu apenas soluçava bem alto, escondido na sua jaqueta.
- Ela disse qual o hospital? - Jinxx disse. - Jake confirmou olhando a mensagem, eu sempre estava no ombro de Ash, fomos para o hospital com alguns minutos.
Ao entrar pela porta, meu corpo estava trêmulo, meu olhar não parava de transbordar, Ash me olhava bem preocupado. Observei Alessia preencher alguns formulários. Seu olhar parecia tão triste quanto o meu. Analisando cada detalhe, parecia o mesmo... O mesmo hospital na qual descobri toda pureza que Troye possuia, foi ali que começei a perceber o quanto eu o amava. Os médicos passavam por nós sempre com um olhar estranho, estávamos os 5 naquele banco de hospital. Uma parte bem escura num hospital cheio de branco. Algumas enfermeiras sorriam pra nós.
- Ah meu Deus, isso é o pesadelo. - Apoiei a cabeça com as mãos. Alessia sorriu da minha angústia, CC começou a bater nas pernas como um bom baterista azilado que era. Ash brincava com uma liguinha e Jake brincava de alguma coisa com Jinxx.
- Troye Sivan? - O médico disse com uma prancheta.
- Aqui! - Se levantaram, eu fiquei na mesma, Alessia estava ao lado dele.
- O quadro do seu amigo é instável. Quebrou a perna direita, um braço e um punho, já passou pelas cirurgias. Ele perdeu muito sangue, está sobrevivendo com algumas transfusões e por enquanto ele está reagindo bem. - Eu apertei a mão em punho, aliviado e ao mesmo tempo me odiando por ter feito ele passar por isso.
- Diga pra mim que posso vê-lo... - Eu falei trêmulo.
- Hum, ele está em repouso, e é muito importante pra sua recuperação. Está sendo encaminhado para o quarto de observação e cada cuidado mínimo é pouco.
- Por favor... 5min... - Implorei, meus amigos pareciam sentir toda a minha dor...
- Está bem. - Suspirei. - Mas não o espere acordado. A cirurgia durou horas... - Falou enquanto caminhávamos pro quarto de observação, muito restrito. Foi só bater o olhar pra maca, o corpo de Troye, metade gesso e metade carne machucada. A bolsa de sangue, as ataduras, o monitor contando seus batimentos cardícos e aquele bip irritante... Tudo isso fez eu abraçar involuntariamente o médico, meus olhos pareciam duas enormes tempestades sem arco-íris.
- Calma, vai ficar tudo bem... Ele vai melhorar logo, se depender de mim. - Ele disse brevemente emocionado pela minha choradeira.