Eve Price
Um beijo, um beijo, um beijo! Um beijo que estava gravado na minha mente e era reproduzido a cada segundo, me fazendo ficar longe e totalmente por fora da conversa que Justin tinha com a avó. Só sei que ele falava da sua discussão com Pattie, e mesmo um pouco incomodado e envergonhado por eu estar ali, ele falava, pois sabia que eu não estava prestando atenção.
Lhe olhando no outro sofá, eu tinha a plena certeza de todos os sentimentos que tínhamos um pelo outro, e as palavras de dona Diana também me fez esclarecer tudo dentro de mim mesma. E eu sentia borboletas no estômago, aquelas famosas borboletas no estômago, que tanto ouvi falar. E o bom disso tudo é que ele chegou na minha vida sem que eu percebesse, permaneceu, me abraçou quando eu mais precisei. Me fez sorrir sem se esforçar, limpou minhas lagrimas quando me viu chorar, tentou me fazer rir ao me ver triste e ouviu atentamente a todas minhas reclamações. Eu tenho sorte por tê-lo aqui, e nunca quero deixar isso acabar, vou valorizá-lo, lhe guardar comigo e acima de tudo, lhe amar infinitamente.
- I'm gonna swing from the chandelier, from the chandelieeeeeeeer -Justin berrava colocando a cabeça pra fora da janela do carro enquanto eu gargalhava lhe pedindo pra parar-
- Justin dirige direito, eu não quero ter o outro lado da clavícula quebrado -Eu disse o puxando pra dentro do carro e ele riu-
- Muito obrigado! -Justin disse sorridente, e digamos que ele de bom humor se torna uma pessoa insuportável-
- Pelo quê? -Perguntei confusa, o clima entre nós estava estranho desde o beijo, e desde que havíamos saído da casa da avó dele, não tínhamos conversado-
- Por ser meu resgate, você me resgatou do fundo do poço -Ele disse suspirando- Eu preciso te falar isso.
- Não Justin, não precisa falar nada, só se concentra na estrada -Eu falei nervosa-
- Não, me deixa ser feliz -Ele disse indo pro acostamento da pista e eu suspirei-
Ele me puxou, me dando um beijo mais intenso que o primeiro, me envolvendo em seus braços fortes, e descendo sua boca pro meu pescoço, deixando uma trilha de beijos molhados que me fez arrepiar, fechando os olhos, sem querer acordar daquele sonho.
- Sabia que eu te amo? -Ele disse me olhando e eu sorri-
- Sabia -Brinquei-
- Ah, convencida -Ele falou sorrindo, roçando seu nariz no meu pescoço-
- Não, convencida não, eu já sabia sim -Eu disse rindo-
- Convencida mais linda que eu conheço -Ele disse e sua voz falhou, a fazendo ficar mais sexy e eu ri, lhe abraçando, inalando seu cheiro- Sabia que eu mudei muito desde que te conheci? -Beijou meu ombro, perto da cicatriz da cirurgia- Virei um novo homem.. -sorriu- Agora tudo faz sentido.
- Eu também sinto que esperei a vida toda pra ficar com você -Passei a mão no seu rosto macio, o fazendo fechar os olhos por alguns segundos- Que tudo que eu vivi antes não tem importância, não significa nada. -Ele sorriu-
E mais uma vez estávamos com os lábios colados, e eu me sentia completa, plena, de amor. E por um segundo esqueci todas as nossas desigualdades, todas as diferenças e todos os motivos que faziam não termos ficado juntos antes.