SUSSURRA-ME

By thainabk

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Eles eram diferentes, porém, tinham coisas em comum: liberdade, desapego e o medo da entrega. A cada vez que... More

Esclarecimento
aos meus fiéis leitores
SAUDAÇÕES
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
BÔNUS | PARTE 1
CAPÍTULO 58
BÔNUS | PARTE 2
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
BÔNUS | PARTE 3
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 71
CAPÍTULO 72
Agradecimentos + Surpresa
ENVOLVA-ME
DÚVIDAS
psiu!

CAPÍTULO 16

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By thainabk

Nervosismo.

Essa foi a palavra que definiu minha tarde. A única coisa que estava em meus pensamentos era: Eu e Nate nos beijamos. Essa frase rodou repetidas vezes em minha cabeça. O fato de lembrar dele me tocando e de seus lábios juntos aos meus mandou minha concentração para longe.

Parecia bobagem, mas eu ainda sentia seus toques sobre meu corpo, seus lábios sobre os meus.... Definitivamente, eu estava ficando louca ao me sentir atraída por ele.

De canto eu conseguia notar seus braços fortes naquela camisa dobrada nos cotovelos, da sua mão tocando sua própria boca enquanto revisava uma das matérias que eu havia corrigido, do seu perfume amadeirado invadindo meu espaço.

Céus! Eu precisava de ar.

Enquanto eu revivia a cena do elevador em minha cabeça por diversas vezes, Nate parecia não se importar nenhum pouco com aquilo. Parecia que o beijo que ele havia me dado era apenas fruto da minha imaginação.

Portanto, resolvi ficar em silêncio e também ignorar toda e qualquer situação ocorrida.

— Ótimo! Pode tomar seu café e ir para casa. Não vou voltar para a empresa. —ele anunciou, levantando da cadeira. —Ajeita seu lado da mesa antes de sair. Não gosto de papéis e canetas espalhadas. Ainda mais livros de faculdade.

Somente foquei meu olhar nas costas dele enquanto ele caminhava até a porta de saída. Quando me vi sozinha, me permiti soltar um suspiro e fechar os olhos tentando recuperar o ar que tinha perdido no elevador.


Insônia.

Lembro que a última vez que olhei o horário em meu celular marcava cinco horas e trinta minutos da madrugada. Isso era péssimo, pois em um dia normal eu acordava as seis. Nesse pequeno tempo eu até consegui pegar no sono, mas logo o barulho do despertador tocou me deixando completamente irritada.

A primeira coisa que fiz foi preparar um café bem forte para me manter acordada. Mesmo eu não gostando do líquido, me obriguei a tomar. Depois tratei de ir tomar banho para assim o sono que sentia ir para longe. Pelo menos era isso que eu pensava.

Demorei o máximo de minutos possíveis na água quente. Eu queria tirar todos aqueles pensamentos da minha mente. Era patético pensar tanto em um beijo, eu sabia. Porém, não conseguia não reviver a cena.

Nate era insuportável. Eu não podia me sentir atraída por um cara arrogante como ele.

Será que ele era atrevido na cama também?

Quando percebi que eu estava mordendo o lábio e pensando em outras coisas rapidamente desliguei o chuveiro como se ele fosse desligar meus pensamentos também.

(...)

Assim que desci do ônibus avistei Jason e uma garota no gramado. Ela tinha os cabelos ruivos e usava roupas totalmente escuras. Os dois estavam sentados na grama do campus. Aproximei-me deles, cumprimentando-os. Foi quase que momentâneo a menina levantar e nos deixar a sós.

— Senta aqui. — Jason pediu, estendendo as mãos para mim.

Segurei-as e me aconcheguei próxima a ele. Observei o local enquanto fazia isso. A maioria das pessoas estavam ali. Inclusive meus colegas de classe. Tentei encontrar algum professor em volta porém não obtive resultados.

— Acho que sua amiga não gostou muito de mim. — disse sem dar devida atenção. — Por que estamos aqui?

— Já esqueceu do que vamos fazer hoje? — ele questionou, estreitando os olhos por causa do sol. — Hoje é o dia de irmos aos estúdios.

Entreabri a boca em um ato surpreso e fechei os olhos, apoiando minha testa nos meus joelhos.

— Esqueci completamente disso.

Há exatamente uma semana, o professor de fotografia havia nos dito que iríamos até um estúdio para gravarmos um "jornal". A turma foi dívida em dois grupos e os locais foram sorteados.

— Algum problema?

— Esqueci de avisar ao Hunter.

— É só ligar para ele.

— Eu sei, mas o problema é que eu tenho várias coisas para fazer. Nate vai ficar uma fera por ter que fazer por mim. —resmunguei. — Céus! Acho que vou me demitir.

Cooper riu provavelmente por causa do meu desespero.

— E é por isso que não trabalho.

Empurrei-o levemente pelo ombro enquanto sorria.

— Não. Você não trabalha porque seus pais te sustentam. Dá para perceber isso de cara. — brinquei. — Me diz ai, aquela Ferrari foram eles que te deram?

O silêncio preencheu o espaço logo em seguida. Olhei para ele mantendo meu sorriso nos lábios e o percebi sério com o olhar perdido para o lado oposto do meu. Eu não o conhecia há tempos, mas qualquer pessoa notaria aquela mudança de humor tão repentina. Tentei procurar por algum erro que havia cometido, mas não consegui encontrar.

— O que foi?

Ele apenas balançou a cabeça em negação, forçando um sorriso.

Analisei-o deitando calmamente para trás. Sem delongas, fiz o mesmo. Eu não iria questionar novamente sobre sua mudança de humor. Ajeitei-me melhor ficando de frente e passei a observar o céu. O dia estava lindo, as nuvens passeavam calmamente enquanto o sol era forte. O calorzinho era suportável. O vento leve fazia meu sono voltar.

Começamos a conversar sobre o jornal, em seguida, nosso assunto se direcionou a festas. No meio da conversa me perguntei mentalmente como havíamos parado naquele assunto.

Jornal para festa?

A claridade que o sol emanava foi coberta por escuridão, olhei rapidamente para a sombra e avistei Kylie. Ela estava com as mãos na cintura com uma expressão engraçada exposta em seu rosto.

— Que lindo casal. — comentou debochada.

— Idiota! — Eu e Jason falamos em um uníssono.

— Own! Que fofos! Até ensaiaram as palavras. — colocou as mãos no rosto, em forma de admiração. — Qual o nome do casal?

Apenas neguei com a cabeça enquanto ouvia a risada de Jason.

Kylie sentou próxima a nós e fez o mesmo questionamento que eu quando cheguei. Eu expliquei a ela o motivo da maioria dos nossos colegas estarem ali, mas minha real vontade era de questiona-la sobre seus dias ausentes somente para ver se ela falaria a verdade ou não. Se ela confessaria que estava na praia e não doente.

Depois de um tempo voltamos a falar sobre festas e ao meu ver aquilo estava entediante. Eles conheciam quase todos os locais, menos eu. Não era surpresa eu não saber me locomover em Londres, na verdade.

Bocejei tombando minha cabeça para o lado e passei a observar uma garotinha que caminhava ali juntamente com outra mulher provavelmente sua mãe. A menina de cabelos escuros e olhos claros me lembrou Ammy.

Sorri ao vê-la pulando sobre as pedras que enfeitavam o local.

Meus pensamentos voltaram ao maldito elevador e sinceramente eu já estava cansada de lembrar daquilo. Já não bastava ter perdido meu sono? Ter passado a noite inteirinha acordada?

Cerca de dez minutos depois, eu deixei Jason e Kylie sozinhos no campus e resolvi ir até uma lanchonete que tinha ali perto. Caminhei por mais ou menos uns cinco minutos até adentrar o recinto. O local me fazia recordar dos anos 90. Era aconchegante.

Eu adorava comer ali.

Fiz meu pedido que consistia em em um sanduíche e suco natural, logo me sentei no sofá pegando meu celular. Havia uma mensagem desejando bom dia da minha mãe e não demorou dois segundos para chegar uma de Kylie.

"Nate vai nos levar até o estúdio. Ônibus lotado de pessoas C.H.A.T.A.S.
Esteja aqui antes de completar vinte minutos ;p"

— Posso sentar aqui?

Desviei meu olhar da tela do celular para a pessoa que estava em minha frente.

Dylan Parker.

Por que diabos aquele garoto estava sempre em volta? Por acaso ele estava me seguindo?

— Acho melhor não. Tem outros lugares e...

— Por que não posso? — ele espalmou as duas mãos sobre a mesa ao me encarar. — Não vai me dizer que os seus "amiguinhos" já te colocaram contra mim?

Observei calmamente ele fazer aspas com os dedos ao mencionar a palavra amigos.

— Por que a implicância com eles?

Ele riu baixo e se acomodou em minha frente. Apoiou os cotovelos na mesa e me analisou com lentidão. Eu não sabia o motivo, mas eu sentia minha respiração falha e meu coração acelerado. Era quase como se eu estivesse com medo de Dylan.

Parei de encara-lo assim que o rapaz que trabalhava ali colocou o lanche em cima da mesa. Ele perguntou se eu queria mais alguma coisa e eu neguei. Ouvi Parker pedir um refrigerante.

— Por que parece tão assustada? Eu não vou fazer nada com você. —ele riu levemente. — Tem certeza que seus amigos não falaram nada sobre mim?

— O que você faz aqui?

— Estava passando aqui perto e te vi entrar na lanchonete, então pensei em vir conversar. Parece tão ruim assim? — questionou estreitando os olhos. — Além do mais, eu não tenho seu número. Como vamos nos ver de novo? Esse lance de nos encontrarmos toda hora sem marcar pode ser coisa do destino. Não acha?

Pela primeira vez ali com ele, eu ri. Era a coisa mais idiota que já havia escutado e eu sabia que ele estava sendo bobo, eu lembrava com perfeição do seu jeito de agir na boate. Do Dylan engraçado.

— Como vou conseguir cantadas melhores? Eu não esqueci da ajuda que você ia me dar.

— Você realmente precisa. — disse começando a mexer no meu sanduíche.

— Mudando de assunto, você faz jornalismo. Certo? — afirmei com a cabeça. — Então gosta de livros?

Fiz uma expressão óbvia. Que tipo de pergunta era aquela?

— Qual seu livro preferido?

Eu conhecia muito bem aquele truque. Não era a primeira vez que me questionavam sobre aquilo. Que usavam a mesma tática de sempre.

— E você? Gosta de ler?

— Já li alguns, não é meu passa tempo favorito, mas diria que gosto. —deu de ombros. — Seu preferido é?

Bingo!

— Fala você. Qual o seu?

— Eu perguntei primeiro. — ele riu desconfortável ao me analisar.

— Se eu falar qual é o meu favorito, você vai dizer que é o seu também. Então, vai ter algo para chamar minha atenção, ou seja, essa não rola mais. Vamos lá, Dylan Parker, seja mais original.

Ele soltou um riso divertido e gostoso de se ouvir. Olhou-me com certa curiosidade.

— Você é mais inteligente do que eu pensava. Vai ser fácil descobrir tudo sozinha. — disse vago. — E eu gosto do jeito que você fala Dylan Parker. Seu sotaque é diferente.

— Eu não tenho sotaque. — rebati ao morder o sanduíche. — E o que vou descobrir sozinha?

— Eu gosto do livro O festim dos corvos.

— George Martin?

— O quê?

— George Martin. O autor do li... — entreabri a boca, sorrindo esperta. — Oh, você nem ao menos leu.

Ele estreitou os olhos ao negar com a cabeça, sorrindo de canto.

— Na verdade, eu vi ele na sala de leitura da minha mãe. Detesto ler!

E antes que eu pudesse responder qualquer coisa que fosse, nós fomos interrompidos. Não pelo garçom, mas por outra pessoa. Pela pessoa que estava me tirando o sono e a concentração e que mais tarde me tiraria a paz.

Nate Young.

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