Oi oi oi gente, como vocês estão? Espero que estejam bem!
Como eu já disse, essa é minha primeira história, mas o que eu não disse é que ela já está concluída desde novembro do ano passado no social spirit. Agora com o especial de 1 ano, eu decidi passá-la pra cá também e pra tentar deixar aqui junto com o spirit eu decidi postar 2 capítulos toda segunda, quarta e sexta.
Então é isso aí... Espero que vocês gostem, erros ortográficos corrijo depois!
Viro-me de uma vez e acabo deixando a caixa cair.
– Cuidado Camila, pode ter algo de quebrar aí. – Grita meu pai enquanto levava a outra caixa que estava faltando.
– Tudo bem pai, desculpa. – Respondo e me abaixo para pegar a caixa.
– Então, vai querer ajuda ou não? – Pergunta a menina de olhos claros.
– Não, muito obrigada, sei me virar sozinha.
Levanto e vou em direção a minha casa. Ela fica parada no mesmo lugar, me observando e rindo, como se estivesse gostando do que estava vendo. Deixo a caixa no chão e me sento na escada, que dava de cara pra rua se a porta estivesse aberta, e fico a encarando, ela me encarava de volta. Meu pai paga o motorista e entra.
– Quem é a menina? – Pergunta meu pai.
– Não sei, acho que mora na casa ao lado.
– Ótimo. – Meu pai se vira em direção da menina e grita – Hey, você, venha até aqui.
– Não, pai. – Grito com ele.
– Sim, filha. – Zombou de mim.
– Oi, o senhor me chamou? – Perguntou enquanto me encarava.
– Você está falando com ele, porque está me encarando? Encara ele, eu hein. – Falei com certa grosseria.
– Camila, pare com isso agora. – Diz meu pai enquanto me encara sério. – Desculpe a grosseria da minha filha, é a forma dela fazer amigos.
A menina riu e eu fiquei com cara de idiota.
– Não tem problema, ela tem razão, eu já vou indo, sejam bem-vindos. – Ela se vira e vai em direção à porta.
– Obrigado.
A menina sai, meu pai me olha como se quisesse me bater, mas apenas vai em direção à porta e a fecha, depois começa a organizar os móveis.
Já era tarde quando meu pai acabou de colocar todos os móveis em seus devidos lugares e as caixas também, agora só faltava tirar as coisas das caixas e organiza-las, mas isso iria ficar pra amanhã, afinal todos estavam cansados.
Meu quarto era maior comparado ao da casa antiga e tinha um banheiro dentro dele, eu gostei.
Tomei um banho, vesti uma roupa qualquer e me deitei para dormir. Amanhã iria ser corrido. Eu teria que ajudar minha mãe a organizar o que estava faltando enquanto meu pai iria me matricular na escola.
[...]
Quando acordei já era meio dia, desci correndo pra ajudar minha mãe e ela já havia organizado a cozinha, a sala e o banheiro, faltava apenas os quartos e os banheiros dos quartos. Pedi desculpas por ter dormido muito e ela apenas me pediu para organizar o que estava faltando. Eu concordei.
Depois de almoçar, subi para organizar tudo e em quatro horas já havia terminado, então fui para o meu quarto. Quando fui olhar a vista pela minha janela, vi a garota de ontem. Ela estava no que parecia ser seu quarto e quando percebeu que era eu, sorriu, tentando ser simpática. Sorri de volta e saí de perto da janela. Desci para ver se meu pai já havia chegado e o encontrei na sala.
– E aí pai, conseguiu fazer a matrícula? – Perguntei tentando puxar assunto.
– Sim, você começa amanhã.
– Mas amanhã é quinta, não posso começar na segunda?
– Não, você começa amanhã e ponto.
– Então tá né, qual é o horário de aula?
– De oito ao meio dia, depois vem o horário de almoço que é de meio dia á uma da tarde e aí volta às aulas de novo até ás quatro da tarde.
– Ok. – Sentei ao seu lado. – Sabe aquela garota de ontem?
– Sei, o que tem?
– Da janela do meu quarto da pra ver o quarto dela.
– Hum, que bom.
Levantei-me e fui para o meu quarto. Antes de descobrirmos a doença de minha mãe éramos uma família, eu e meu pai vivíamos grudados um ao o outro e contávamos tudo um ao outro. Hoje apenas fingimos que somos uma família, os diálogos com o meu pai sempre são curtos e chatos e com minha mãe eu só converso o necessário.
Quando entro em meu quarto, tiro o short que havia colocado pra ir falar com meu pai e me deito na cama, pego meu celular e vou conversar com Ally e Dinah. Elas dizem que sentem minha falta e perguntam quando irei vê-las. Digo que sinto falta também e que em breve irei visita-las, mas no fundo sei que isso não é verdade.
Escuto alguém batendo na porta principal e logo em seguida alguém a abrindo, de repente eu escuto a porta se fechando e alguém subindo as escadas, então a pessoa bate na porta do meu quarto.
– Tá aberta. – Digo enquanto olho na direção da porta.
A porta se abre e vejo que era a menina de olhos claros.
– Oi, posso entrar? – Ela estava sorrindo pra mim e o sorriso dela era encantador.
– Pode. – Sorri de volta, para que ela não ficasse sem graça. Ela entra, fecha a porta e se senta perto de mim.
– Meu nome é Lauren Jauregui, sou sua vizinha, moro bem ali. – Apontou em direção a sua janela.
– Prazer, meu nome é Camila Cabello, ali é seu quarto? Vi você ali mais cedo. – Sento na cama, para que ela pudesse se sentar direito.
– Sim, vi você também. – Sorriu novamente, enquanto se ajeitava na cama.
– Por que veio aqui?
– Estava à toa em casa e queria conhecer minha nova vizinha grossa, então decidi vim.
– Entendi! Desculpa pela grosseria de ontem, estava de mau humor.
– Tudo bem, não tem problema. Quantos anos você tem?
– 16 e você?
– 17. É de Miami mesmo ou veio de outro lugar?
– Vim de St. Michaels, mas provavelmente você não conhece.
– Realmente não conheço, onde fica?
– Maryland.
– Entendi, posso te levar pra conhecer a cidade então, se quiser.
– Hoje não, outro dia talvez.
– Ok. – Ela se levantou e foi em direção à porta. – Vai estudar em qual escola? E que dia vai começar?
– Miami High School, começo amanhã.
– Nos vemos amanhã na escola então. – Ela sorriu e abriu a porta – E da próxima vez põe um short antes de me deixar entrar, é realmente tentador te ver só de blusa e calcinha.
Antes que eu pudesse responder, ela fechou a porta e saiu. Fiquei extremamente envergonhada. Nem havia percebido que não estava de short.
– Que garota abusada. – Falo pra mim mesma.
O tempo passou e eu não fiz nada o dia todo, só li e mais a noite tomei um banho e jantei. Já era dez da noite quando fui fechar as cortinas para ir dormir. A garota abusada estava em seu quarto, indo fazer a mesma coisa. Ela sorriu pra mim e pegou um papel, esperei para ver o que ela iria fazer, ela escreve alguma coisa e vira para o meu lado, estava escrito:
Pelo visto você não gosta de short. Tudo bem, gostei mais de você assim.
Quando terminei de lê, a olhei e fechei a cara, ela piscou pra mim e puxou as cortinas.
Não sei se é impressão minha, mas realmente parece que essa menina está dando em cima de mim e se eu estiver certa, acho melhor ela parar. Primeiro porque não gosto de mulher e segundo porque não gostei dela.
Deito em minha cama, coloco o relógio pra despertar e antes que percebo, acabo adormecendo.