S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma...

By LuisaRibeiro7

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O que significa mentir? Para o estudante do último ano de direito, Alex Bernoulli, é um ato totalmente ab... More

Sinopse & Apresentação
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Nova Missão
Capítulo 2 - A Novata
Capítulo 3 - Confiança
Capítulo 4 - Convite
Capítulo 5 - O Almoço
Capítulo 6 - Sequestro?
Capítulo 7 - Novo Alvo
Capítulo 8 - O Estranho Parte 1
Capítulo 8 - O Estranho Parte 2
Capítulo 9 - Lembranças De Um Passado
Capítulo 10 - Distração/Missão
Capítulo 11 - Surpreendente
Capítulo 12 - Muito Próximos
Capítulo 13 - Voltando a Treinar
Capítulo 14 - Interrogatório
Capítulo 15 - Distrações
Capítulo 16 - Começando a Viver
Capítulo 17 - Decisão
Capítulo 18 - Karaoke
Capítulo 19 - Karaokê parte 2
Capítulo 20 - Cuidado
Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você
Capítulo 22 - Eu Posso Explicar
Capítulo 23 - Você é de Outro Planeta
Capítulo 24 - Quem é Você?
Capítulo 25 - Agora Estraguei Tudo... De Novo
Capítulo 26 - Um pedido de desculpas
Capítulo 27 - Primeira Vez
Capítulo 28 - O Que Aconteceu Ontem?
Capítulo 29 - Ferrou!
Capítulo 30 - Como fazê-lo desistir?
Capítulo 31 - O pedido
Indicações Mais Que Perfeitas
Capítulo 32 - Aquela Noite
Capítulo 33 - 4 Verdades
Capítulo 34 - Revelações
Capítulo 35 - Nada está bem
Capitulo 36 - Grávida?
Capitulo 37 - Fugir
Capítulo 39 - Lucy Parte 2
Capítulo 40 - Novas Decisões
Capítulo 41 - Treinando
Capítulo 42 - Novo Plano
Capítulo 43 - Mudando de Lado
Capítulo 44 - Caçando
Capítulo 45 - Eu Desisto
Capítulo 46 - Minha Única Família
Capitulo 47 - Invasão (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
Capítulo 48 - O Ataque (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Grupo do Whatsapp
LIVRO 2
Livro Dois Disponível

Capítulo 38 - Lucy

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By LuisaRibeiro7



Alex


— Tenta entender filho! — Minha mãe anda de um lado para outro tentando me convencer.

Já havia se passado uma semana desde o dia em que eu iria pedir Lucy em casamento e tudo fracassou. Eu ainda estava confinado na agência sem contato algum com o mundo exterior. Meus amigos provavelmente devem ter achado que morri, já que nem o celular eu posso usar por aqui. Nessa semana eu aprendi muito sobre as pessoas que vivem aqui. Sim, eles viviam aqui, em dormitórios, e tinham uma vida baseada em tiros e socos. Todos eram tão ocupados que nem prestavam atenção na minha existência — O que eu agradeço muito.

Eu havia me aproximado mais de Elisabeth, e sempre que podíamos estávamos juntos. Não via Nataly desde o ocorrido na cantina, mas sempre ouvia alguns comentários maldosos sobre ela ter enfraquecido e não ser a mesma. Talvez eu tivesse pegado pesado, mas ela procurou por onde, então, a minha consciência estava totalmente limpa.

Hoje minha mãe havia me chamado para uma conversa muito séria — Foi o que ela disse quando atravessou a porta do meu novo quarto, que mais parecia fazer parte de um acampamento militar para delinquente, só que mais moderno. — Eu estava meio desconfiado de que rumo essa conversa tomaria, mas tinha esperança que não desse de cara com Nataly lá. Eu não havia contado sobre como Nataly agira comigo para minha mãe. Ela estava convicta da pessoa que Nataly era e não seria eu a estragar essa ilusão. Até porque, talvez o problema dela fosse apenas com o filho do assassino da mãe dela. Além disso, as notícias voam por aqui. Se eu já ouvia os comentários, ela provavelmente já teria escutado também.

Quando entrei em sua sala respirei aliviado por ela estar sozinha, mas assim que ela começou a falar sobre o assunto que tinha para tratar comigo eu vi que não havia para onde correr. Eu teria que dar um basta nesses assuntos sobre Nataly.

— Precisamos falar sobre a Lucy. — Ela começou sentando em sua cadeira grande cadeira de couro preta.

— Não quero falar disso! — Tentei fugir. — Essa história está morta para mim. Eu não me importo mais.

— Não se trata de você, Alex. — Ela sorriu — Muita gente se envolveu no disfarce de Nataly. Não foi o único a conviver e a se apegar. — Desviei de seu olhar. Ela não precisava falar dessa parte — Mary e Thiago, por exemplo, acreditam na existência dela. E não dá para simplesmente ela aparecer e dizer que vai embora, pois eles se apegaram e conheceram uma pessoa que nunca fugiria assim. E tem também todos na faculdade e os que moravam no prédio dela, além, é claro, da relação de vocês.

— Quer que eu volte para minha vida "normal" fingindo que nada aconteceu entre a suposta Lucy e eu? — Perguntei incrédulo.

— Não! — Ela se levantou — De forma alguma. Seria muito arriscado para você estar lá novamente. Já conversamos sobre isso. Você vai ficar aqui até tudo se esclarecer.

— Então, o que quer que eu faça? — Já estava ficando impaciente com tanta enrolação.

— Que volte para o enterro de Lucy e siga nosso roteiro com a história do que aconteceu a partir do pedido.

— Como é que é? — Perguntei confuso e assustado. — Ela está morta?

— Quem? Nataly? — Ela ri — Nataly está muito bem e viva. Não se preocupe. Porém quando um agente fica em campo com um mesmo personagem por mais de um mês, as pessoas se envolvem e vinculam uma amizade com esses disfarces. — Começou a andar de um lado para outro tentando explicar — A nossa política é matar esses personagens, para que não haja possibilidade alguma de contatos futuros entre essas pessoas.

— Está me dizendo que matam pessoas inocentes para não descobrirem as verdadeiras identidades de alguns agentes? — Perguntei horrorizado me preparando para me levantar e sair correndo da sala.

— Não! — Ela pareceu ofendida — Nós simulamos um velório com direito a um padre e tudo, mas o caixão sempre está vazio. Os túmulos são locações da central. Temos vários espalhados pelo mundo, pois são necessários. — Sentou-se ao meu lado — Olha, eu só preciso que vá lá e faça uma cara de triste, cumprimente os "pais" dela e conte a seus amigos a história que lhe passarmos.

— Não! — Disse me levantando e me afastando dela — Não vou mentir para eles. Eu não sou assim. Não sou como vocês. — Disse vendo-a arregalar os olhos surpresa com minhas palavras.

— Tenta entender filho. — Minha mãe anda de um lado para outro tentando me convencer — Se eles souberem da verdade estarão correndo tantos riscos quanto você. Se Mauricio vê-los como ameaça, — Respira profundamente — você acabará indo em um ou mais velórios de verdade. — Termina se jogando no sofá.

— Eu não sei! — Disse pensativo — Eu não consigo acreditar que ele poderia fazer algum mal aos meus amigos, mas por outro lado, — Olhei no fundo de seus olhos — eu nunca arriscaria a vida das pessoas mais importantes da minha vida. Pela Mary, pelo Thiago e principalmente por você, — Enfatizei o você arrancando um sorriso tremulo de sua boca — eu passo por cima de qualquer ética existente no mundo.

— Odeio ter que te colocar nesta posição. — Segurou minha mão quando sentei ao seu lado no sofá — O velório vai acontecer você indo ou não, mas acredito que seus amigos estranharão você não ter ido. Já que iriam se casar. — Disse ironizando sua última frase.

— O que é que eu tenho que dizer se eu for? — Perguntei tentando agir normalmente com essa situação e ignorando sua última frase.

— O que saiu nos jornais. Vocês estavam indo de carro até a casa do pai dela para contar a novidade e um motorista bêbado bateu em seu carro e ele capotou. — Ela parou me observando — Você sobreviveu a batida, mas ela não. — Ela terminou e eu me mantive estático processando todas as informações.

— O que acontece depois? — Perguntei após alguns minutos de silêncio.

— Você vai passar um tempo longe de tudo, junto com a sua mãe, numa fazenda para poder esquecer um pouco tudo isso.

— E então eu volto para cá? — Perguntei na esperança de realmente ir parar em alguma fazenda remota.

— Filho eu sei que você não queria que fosse assim, mas é a única forma de proteger você e a seus amigos agora.

— Tudo bem! — Respirei fundo — Eu topo.

— Lembra do que você tem que falar? — Dona Katia me pergunta assim que o carro, preto de vidro escuro, para em frente ao cemitério.

Estávamos em Lansing, uma cidade ao norte da nossa. Um local tranquilo, pequeno e aconchegante. A cidadezinha tinha ruas de paralelepípedo e quase não se passavam carros nas mesmas. As crianças brincavam nas ruas com suas bicicletas ou com suas bolas, mesmo que o clima não fosse dos mais favoráveis. O cemitério ao final uma ladeira, aparentava ser uma das mais antigas construções da cidade. Na entrada havia um arco feito de pedras e "Saint Joseph Cemetery" estava gravado em uma placa de metal envelhecida pendurada no topo do mesmo.

— Lembro sim! — Respondi saindo do transe e ainda encarando o cemitério a minha frente.

— Tem certeza de que consegue? — Ela me encarou preocupada. Era a única coisa que ela sabia fazer — Não precisa fazer isso, se não quiser. Posso apenas dizer que não recebeu alta.

Engraçado que ela só me dava essa possibilidade agora que eu já estava aqui.

— Eu já estou aqui, não estou? — Disse abrindo a porta do carro e colocando uns óculos escuro.

Uma tensão invadiu meu corpo. Aquele lugar estava carregado de dor, mentiras e arrependimentos. Segui minha mãe até um grupo de pessoas que eu sabia ser agentes disfarçados.

— Perímetro? Formação? Alteração? — Vi ela se comunicar com eles.

— Tudo limpo, senhora. — Um deles disse ajeitando o ponto eletrônico no ouvido — Ninguém sai ou entra sem nossa autorização.

— Ok! — Ela acenou analisando todo o local e pegando um rádio da mão de uma das agentes — Me desarmando agora e entrando no perímetro com o Alex.

Era desconfortável saber que havia tanta gente ali nos vigiando. — E pensar que a minha vida toda eles estiveram aqui — Eles eram absurdamente discretos, não aparentavam ser nada mais que civis visitando um túmulo ou aparando a grama.

— Alex?— Minha mãe me chamou — Está tudo bem?

— Sim! — Dei um sorriso amarelo enquanto nos aproximávamos de um casal que tinham os rostos totalmente vermelho de tanto chorar

— Como você está Alex? — A mulher com cabelos ruivos e olhos cinzas perguntou me abraçando.

— Essa é a tia de Lucy, Alex. — Minha mãe me disse notando meu desconforto.

— Eu sei! — Disse me afastando. Essas mentiras me incomodavam muito, mas não tanto quanto a facilidade de todos ali em mentir. Ela estava chorando sobre um tumulo vazio, isso era doentio.

— Você se acostuma garoto. — O homem, suposto pai de Lucy, com cabelos grisalhos disse enquanto me abraçava rapidamente.

— Alex?! — Ouço a voz de Mary atrás de mim.

Desejei ir embora naquele momento. Eu era muito fraco. Nunca conseguiria mentir pra os meus amigos. Era crueldade demais fazê-los chorar por uma mentira dessas. Porém, eu sabia que era a única forma de os manter a salvo, então respirei fundo e me virei usando o sorriso fraco e forçado que usava nos últimos dias.

— Meu Deus! Como você está? — Ela disse me abraçando — Eu estava tão preocupada. Queria ter lhe visitado, mas sua mãe disse que não podia receber visitas.

— É... — Sorri soltando-me do abraço — Eu estou melhor, não se preocupe. — Apertei suas mãos e me bati mentalmente por fazê-la chorar desse jeito.

— Mary, não força a barra. — Thiago se aproximou em um terno preto — Lembre o que viemos fazer aqui. — Ele estava estranho. Parecia esconder alguma coisa.

Era tão difícil vê-los sofrendo por um caixão vazio. Me sentia culpado por todas essas lágrimas derramadas, mas que de alguma forma começava fazer sentido na minha cabeça.

— Obrigado por estarem aqui hoje. — O "pai" de Lucy iniciou seu discurso — Lucy não tinha muitos amigos, e, sinceramente, não era seu forte fazer amizades, mas de alguma forma vocês três, — Olhou em nossa direção — a cativaram e despertaram um brilho tão especial em seu olhar e em seu coração. E você Alex, — Me encarou com um olhar profundo — eu agradeço por ter dado os melhores meses da vida daquela menina. Eu agradeço por ter dado a ela a oportunidade de ter dito "sim" para o grande amor da vida dela. De ter tido a oportunidade de sonhar com um casamento, como ela nunca havia feito. De sonhar com uma família ao seu lado. Obrigado por dar a ela o último sorriso sincero e um último "Eu te amo" verdadeiro. Me desculpe por não poder estarem sorrindo agora e comemorando o começo do resto da vida de vocês. — Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto — A vida tem dessas. Nos prega peças e destrói corações. Mas, no final, tudo tem um propósito e espero de verdade que você possa encontrar o seu.

Algo doía aqui dentro de uma forma tão insuportável que eu só conseguia encará-lo com os olhos vermelhos e o rosto ensopado de lágrimas. Não era só sobre desculpas ou perdão, era também um adeus da vida que eu teria ao lado dela.

— Sua filha era muito especial para todos nós também. — Thiago disse se aproximando do pai de Lucy — Ela era uma pessoa brilhante em todos os aspectos. — Se abraçaram.

E foi ali que a minha ficha começou a cair. Eu não estava enterrando um caixão vazio. Ali dentro estava a mulher que eu amei, com quem eu cogitei construir uma família. Essa pessoa não existe, eu sei. Isso tudo não passava de uma linda ilusão. Mas agora olhando este caixão descendo para o fundo de um buraco e a terra começando a ser derramada em cima do mesmo, eu percebia o que havia ali dentro era o meu amor, por uma pessoa que nunca existiu, sendo enterrado. Toda uma história, que não passava de uma grande mentira, estava ali dentro. Tudo que eu vivi ou senti estava sendo coberto por uma grande camada de terra, e ficaria lá para sempre. A partir de agora eu era uma nova pessoa. Lucy ou Nataly, não importava o seu nome, eu estava interrompendo agora nossa ligação.

— Alex? — Mary se aproximou de mim, quando todos já estavam indo embora, meio insegura acompanhada por Thiago — Estávamos pensando, que, como temos uma última noite na cidade, antes de voltar pra casa, pudéssemos fazer alguma coisa que a Lucy gostasse de fazer quando morava aqui, já que não conhecíamos muito a vida dela de antes.

— Não sei... — Mordi o lábio. Não queria continuar mentindo. Queria ir embora e chorar no meu travesseiro.

— Sei que não está bem Alex, mas acho que conhecer um pouco do que ela gostava de fazer pode te fazer bem. — Thiago disse segurando em meu ombro.

— É, Alex. — Mary sorriu me abraçando de lado — Você tem que guardar os momentos bons e não a esquecer por completo. — Eu não queria os momentos bons, eu não queria os momentos ruins. Eu só queria esquecer que um dia eu conheci alguém.

— Ele não vai a lugar nenhum. — Minha mãe apareceu na nossa frente nos assustando — Já estamos indo para a fazenda, além do que ele não pode fazer muito esforço — Sorriu me encarando, esperando que eu dissesse que não iria.

— Na verdade, — Comecei vendo Thiago e Mary prontos para me defender. — eu gostaria de ir. — Sorri vendo seu sorriso ir embora. — Não me sinto à vontade para viajar a noite. E talvez seja melhor eu distrair minha mente um pouco, porque se eu ficar mais horas sem fazer nada preso em um hotel eu vou enlouquecer.

— Tudo bem! — Disse vendo que não haveria outra alternativa — Mas quero saber onde vão, e nada de desligar o celular. E no final da noite nada de voltar de taxi. Me liguem que mandarei o motorista buscar você.

— Pode deixar, tia! — Thiago falou sorrindo.

— Quando foi que Dona Katia ficou tão coruja assim? — Mary virou me perguntando assim que minha mãe tomou uma boa distância de nós.

— Ela só tem medo que algo possa acontecer comigo de novo. — Sorri seguindo em direção a entrada do cemitério — Mas, então, onde exatamente nós estamos indo?

— Uns primos da Lucy nos disseram que tem um barzinho que ela adorava ir, — Thiago disse — então estávamos pensando em ir até lá.

Nos deixar ir ao barzinho sozinhos era algo que eu sabia que a minha mãe nunca nos deixaria fazer, pelo menos, não sozinhos. Então, é claro, que havia um monte de agentes atrás da gente.

Sentamos numa mesa próxima a entrada do bar. Todos sentados ali dentro pareciam me encarar. Todos ali pareciam agentes, que me vigiavam o tempo todo. Eu não sabia dizer se eu estava ficando louco, ou realmente todos ali eram agentes.

— Alex, você está me ouvindo? — Mary disse estalando os dedos na frente do meu rosto.

— Só estava pensando. — Me ajeitei na cadeira, me sentindo cada vez mais desconfortável, por estar mentindo ou omitindo as coisas para eles.

— Não fica assim, Alex. — Ela segurou em minha mão com os olhos marejados.

— Mary, dá um tempo pra ele. — Thiago a repreendeu — Sabemos o quão a Lucy era importante para você, Alex. E como não ser? — Sorriu — Ela era incrível, protetora, amiga e te amava.

— Como pode ter tanta certeza? — Explodi. Já estava cansado de todos mostrando-a como uma pessoa perfeita. Ela nem se quer existia. — A Nataly não é esse anjo, ok? — Thiago me encarou assustado e só então me dei conta do nome que havia falado.

— Como assim? — Mary perguntou — Alex, quem é Nataly?

— Nataly? Eu disse Nataly? — Tentei disfarçar meu desespero.

— Disse. — Ela sorriu confusa — Quem é ela?

— Para de encher a cabeça dele. — Thiago interferiu — Ele já passou por muita coisa hoje.

— Mas... — Ela tentou falar, mas Thiago a olhou e ela se calou — Desculpa! — Sorriu sem graça — Eu vou ao banheiro. — Disse dando um selinho em Thiago e saindo.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós dois assim que Mary deixou a mesa. Isso só havia acontecido uma vez, e foi quando ele estava fugindo de um questionamento meu sobre ele gostar de Mary, antes deles começarem a namorar. Só que agora eu também estava fugindo de perguntas. Não queria ter que esclarecer nada pra ele sobre quem era "Nataly".

Eu estava a ponto de puxar qualquer assunto para deixar o clima melhor para quando Mary voltasse, mas de repente uma música lenta começou a tocar e na primeira frase eu já estava encarando-o como se pedisse para desligar o som.mThiago me olhou preocupado e eu me perdi em meio a letra que parecia ter sido escrita para aquele momento.


Lucy — Skillet

Hey Lucy eu me lembro do seu nome

Deixei uma dúzia de rosas no seu tumulo hoje

Estou com as gramas no meu joelho, limpando as folhas

Eu vim apenas para conversar por um momento

Eu tenho algumas coisas que eu preciso dizer

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu daria todo o mundo

Para ver aquele pequeno pedaço de céu olhando por mim

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu tenho que viver com as escolhas das que eu fiz

E eu não posso viver comigo hoje

Hey Lucy, eu me lembro do seu aniversário

Eles disseram que isso traria um fecho ao dizer seu nome

Eu sei que faria tudo diferente se eu tivesse a chance

Mas tudo que tenho são essas rosas para entregar

E elas não podem ajudar a me compensar

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu daria todo o mundo

Para ver aquele pequeno pedaço de céu olhando por mim

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu tenho que viver com as escolhas das que eu fiz

E eu não posso viver comigo hoje

Aqui nós estamos

Agora você está em meus braços

Eu nunca quis nada tanto assim

Aqui nós estamos

Por um novo começo

Vivendo a vida que nós não poderíamos ter

Eu e Lucy andando de mãos dadas

Eu e Lucy nunca queríamos ter fim

Apenas outro momento em seus olhos

Eu te verei em outra vida

No céu onde nunca vamos dizer adeus

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu daria todo o mundo

Para ver aquele pequeno pedaço de céu olhando por mim

Agora é o fim

Eu só quero segurá-la

Eu tenho que viver com as escolhas das que eu fiz

E eu não posso viver comigo hoje

Aqui nós estamos

Agora você está em meus braços

Aqui nós estamos

Por um novo começo

Tenho que viver com as escolhas que fiz

E eu não posso viver comigo hoje

Eu e Lucy andando de mãos dadas

Eu e Lucy nunca queríamos ter fim

Tenho que viver com as escolhas que fiz

E eu não posso viver comigo hoje

Hey Lucy, eu me lembro do seu nome


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