Surpresas do Destino

By Chaiane-Souza

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Enquanto a Melissa arrumava a mala para viajar com seu namorado, ela jamais imaginou o que poderia acontecer... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Epílogo

Capítulo 42

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By Chaiane-Souza

-Aonde estamos indo? - perguntei pela décima vez ao Guilherme.

O Gui simplesmente apareceu lá em casa e disse que tinha que me mostrar uma coisa muito importante, como não tinha remédio, acabei o acompanhando.

-Já disse que é surpresa - ele respondeu, a mesma resposta de sempre.

Suspirei, já percebendo que não saberia onde iríamos até chegar.

Meu pai, depois de dias internado voltou para casa, assim como o Maurício.

Não fui visitar o Maurício e ele não fez questão de vir me procurar, já que segundo meu pai, aquele moleque de antes, seria deixado para trás.

Eu ainda estava esperando o homem que ele era, vir me procurar e pedir desculpas por tudo. Até agora nada. Nem uma mensagem ou aviso por alguém.

O Gui parou o carro de repente e quando olhei por fora do vidro, vi uma rua bem calma, com poucos carros na rua e quase ninguém andando pelas calçadas.

-Chegamos - ele anunciou.

Olhei para o prédio onde o Gui tinha o olhar fixo. Contei os andares e ao todo, eram quinze. Tinha janelas grandes e era todo creme com umas listras por todo o prédio da cor marrom. Era uma graça.

-Um prédio? Para que diabos você me trouxe aqui? - perguntei.

Ainda estava sem entender nada e só queria uma explicação de o porquê estarmos ali.

O Gui saiu do carro e como vi que eu só teria respostas indo com ele, pulei do carro e o acompanhei.

Subimos de elevador até o décimo andar e paremos na frente de uma porta branca.

O Guilherme vasculhou nos bolsos até achar uma chave pequena que pôs na fechadura.

-Será que agora você pode me contar o que estávamos fazendo aqui?

O Guilherme abriu um sorrisso bobo antes de abrir a porta do apartamento.

Ele abriu toda a porta e me deu passagem para entrar. Com um pouco de receio, entrei naquele apartamento desconhecido e congelei quando vi o quão lindo ele era. Estava tudo muito bem cuidado, limpo e parecia que tinha acabado de ser construído.

Suas paredes estavam coberta por uma tinta creme, bem clara. Do lado direito vi duas portas, que imaginei serem os quartos.

Logo na minha frente, tinha a cozinha, que era bem espaçosa.

-Que apartamento lindo, Guilherme - elogiei, dando passos pela ampla sala.

-Lindo, né?

-De quem é? - perguntei, me virando para o encarar.

-É meu.

Quase deixei meu queixo cair no chão com aquela noticia.

-Seu? Como?

-Eu comprei - ele deu de ombros, como se ele tivesse comprado um chocolate e não um apartamento.

Olhei para o apartamento novamente, mas com outros olhos. Aquele apartamento era do Gui.

-Da onde você tirou dinheiro? Por que não me contou? - perguntei.

Ele foi se aproximando de mim, conforme ia abrindo um sorriso tão grande quanto a sala onde eu estava parada.

-Eu tinha um dinheiro guardado especialmente para isso. Era surpresa - ele contou. - Vou morar aqui sozinho.

Eu estava esperando um unicórnio aparecer voando no céu. Jurava que o Gui chamaria um amigo ou fizesse aquele pedido que eu tanto esperava, mas não. Ele iria morar sozinho.

-Sozinho? Mas é enorme.

-Você sabe como sou espaçoso - ele deu de ombros.

O Gui foi até em uma das paredes e abriu os braços.

-Já posso até imaginar. Uma TV de LCD aqui ficará linda...

A voz do Guilherme foi ficando baixa e eu já não o uvia mais falando. Meus pensamentos me desconectaram daquele apartamento.

Me virei de costas e fui caminhando em direção a grande janela da cozinha, que dava uma visão linda da cidade.

Cruzei os braços.

Eu estava brava, magoada, não sei dizer o que se passava ali dentro de mim. Eu e Guilherme já estávamos namorando há três anos, nesses três anos, promessas foram feitas. Eu estava esperando elas serem cumpridas.

Eu talvez estivesse sendo muito precipitada e talvez nem fosse o momento certo para dar aquele passo importante, mas não dava de acreditar em todo aquele amor que o Gui dizia sentir, sendo que ele nunca falou de casamento.

Ele preferia morar sozinho em um apartamento gigante do que vir me convidar para morar com ele, não precisava nem casar.

Mas ele não queria. Não queria dividir uma casa comigo, não queria dividir contas e uma vida. Não sei se era porque ele não estava preparado ou porque ele não queria.

-Lissa? - ele chamou.

Não olhei para trás, permaneci com o olhar fixo nos inúmeros prédios que eu via por detrás da janela.

-Vira pra cá - o Gui pediu.

Suspirei.

-Podemos i... - parei de falar.

Minha voz sumiu quando vi o Guilherme ali na minha frente, ajoelhado. Igual naqueles filmes de comédia romântica.

-O-o que você está fazendo? - perguntei.

Ele fez um sinal com uma das mãos para eu me aproximar. Em passos lentos, sai do lugar. Não podia ser.

Ah, sério? Agora que eu ia desistir? Aí meu Deus. Calma.

Quando cheguei perto, ele pegou uma das minha mãos e segurou junto à sua.

-Está brincando comigo, né? - perguntei, um tanto quanto nervosa.

-Lissa, não, isso não é uma brincadeira. Você sabe o quanto é importante para mim e já acho que depois de três anos, já está na hora de dar um passo além do nosso bom e velho namoro.

-Não está fazendo isso por que se sentiu na obrigação de fazer, só porque a Bina e a Flavia deram um passo importante em suas vidas, né? - perguntei com medo.

Eu queria que fosse algo sincero, espontâneo e não algo forçado.

-Óbvio que não. Estou aqui ajoelhado nesse nosso apartamento...

Quase tive um treco quando ouvi aquela palavra.

-Espera aí. Nosso? Você disse nosso apartamento?

O Gui riu.

-Sim. Não achou que eu fosse mesmo morar aqui sozinho, né?

-Jurava que sim.

Até eu ri comigo mesma. Nem o Gui que é o Gui, moraria sozinho num apartamento daquele tamanho, onde cabia umas três famílias.

-Agora deixa eu terminar minha declaração.

Concordei com a cabeça.

-Eu quero acordar com você aos meus lado na cama manhã. Quero ter você me esperando cheia de amor depois do trabalho. Quero dividir uma vida, as dívidas e a escova de dentes, tudo com você.

Fiz uma cara de nojo.

-Ok, escovas de dentes não precisa - ele revirou os olhos. - Mas eu quero ter um café da manhã daqueles de comercial de margarina, com uma família linda, a família que iremos construir juntos.

Meus olhos foram se enchendo de lágrimas conforme eu ia imaginando tudo aquilo que o Gui pretendia.

-Eu sou do tipo Itaú...

-Itaú? - perguntei sem entender.

-Feito para você - ele disse como se fosse óbvio.

Trocamos sorrisos.

-Nem as peças que o destino nos pregou, foram capazes de acabar com o nosso amor. Então, nada mais justo que do que o príncipe, pedir a princesa diferente em casamento.

-Já estava na hora - sorri.

Deixei uma lágrima escapar dos meus olhos.

-Lissa, amor da minha vida, aceita casar comigo e me fazer o homem mais feliz do mundo?

As lágrimas borravam minha visão. Apertei a mão do Gui contra a minha e em meio às lágrimas, encontrei minha voz para responder aquela pergunta que eu tanto queria responder.

-Sim, eu aceito e prometo te fazer o homem mais feliz desse mundo.

O Guilherme se levantou e me tomou em seus braços, me girando no meio da sala.

Ele me colocou no chão e me beijou. Meu primeiro beijo noiva.

Eu estava transbordando de felicidade e todos os detalhes do casamento, já estavam perfeitos na minha mente.

-Vamos, tenho que pegar meu vestido para o casamento da Bina, já é amanhã - falei.

Mal dava de acreditar que eu veria a Bina dentro de um vestido de noiva, com um buquê em mãos, indo ao encontro do meu primo, seu futuro marido.

O Gui concordou e me abraçou, saindo do nosso apartamento.

-Só uma pergunta - falei, quando ele fechava a porta.

-Pergunte - ele mandou, colocando a chave dentro do bolso.

-Esse apartamento ainda é muito grande pra só nós dois.

-Eu quero ter filhos e não é só dois - ele sorriu, me abraçando.

***

-Eu os declaro, marido e mulher - o padre declarou.

Antes que ele autorizasse, o Tomás já estava com sua boca colada na da Bina.

Mal dormi a noite, a Bina ficou falando comigo a noite toda pelo telefone. Ela estava tão nervosa que a mãe dela teve que fazer um chá de camomila para ela, finalmente conseguir dormir.

Me emocionei quando a vi entrando na igreja. Com aquele vestido branco, cheio de renda e pequenas pérolas por toda sua extensão.

Quando olhei para ela, seu rosto estava lindo, seus olhos brilhavam e seu sorriso estava destinado a uma pessoa que estava tão feliz quanto ela.

A cerimônia foi toda linda e o Guilherme enxugava minhas lágrimas com seu polegar. Meu vestido era azul com uns detalhes pretos, combinava com o terno do Gui.

Quando saímos da igreja, a Bina me olhou com um olhar que parecia ser de agradecimento. Sorri e ela caminhou até o carro que a esperava com o Tomás, o agora seu marido.

Na festa, tudo estava lindo, a comida ótima e a valsa dos noivos foi totalmente linda.

-Você está linda - a Flavia elogiou, vindo em nossa direção.

-Vocês que estão - elogiei de volta, pegando a Bruna em meu colo.

Ela estava com dois meses e já sorria quando me via. Seu vestido era branco, cheio de flores rosas e vermelhas, bem parecida com o da sua mãe.

-Viu a sua mãe? Ela vai levar a Bruna na casa da minha mãe - a Flavia perguntou, olhando em volta.

O Gui correu os olhos pelo salão e viu minha mãe. A Flavia pegou a Bruna e correu até ela.

Me virei de frente para o Guilherme e passei meus braços por volta do seu pescoço.

-Logo será nós que estaremos aí pulando de felicidade - ele falou.

Sorri só de imaginar.

-Será tudo lindo - assegurei.

O Guilherme curvou sua cabeça em minha direção, até sua boca encontrar a minha.

A festa seguiu e já tínhamos dançado tanto, que tive que tirar meu salto alto e calçar a havaianas que tinha levado.

Eu tinha ido até uma das mesas descansar, enquanto o Gui ia buscar uma bebida para nós. Até que vi um vestido branco lindo vindo em minha direção, me levantei na hora.

A Bina me abraçou forte assim que estava na minha frente.

-Está tudo tão lindo, principalmente você - elogiei, a olhando.

Ela sorriu.

-E logo será você - ela lembrou. - Será que mereço ser madrinha?

Fiz de conta que estava pensando, mas era óbvio que seria ela a minha madrinha. Não tinha pessoa melhor para me ajudar a provar o bolo, escolher o vestido, escolher as flores que ficariam por toda a Igreja.

-Ainda tem dúvidas?

Ficamos conversando até que o Guilherme e Tomás chegaram quase que na mesma hora, para nos roubar.

-Será que posso roubar minha mulher por uns minutos? - o Tomás perguntou, abraçando a Bina.

O Guilherme me entregou um copo de bebida e colocou sua mão em volta da minha cintura.

-Pode, mas devolva inteira - mandei.

O casal trocou um sorriso, como se não pudesse garantir nada.

-Agora, se nos dão licença, eu preciso namorar a minha noiva - o Guilherme disse, me puxando.

Os olhos do Tomás arregalaram e caímos na risada.

-Você vai casar? - ele perguntou.

-Vou - repondi, cheia de orgulho.

-Ual, parabéns. Cuida dela - o Tomás mandou.

O Guilherme assentiu e a Bina o puxou em direção a pista de dança.

Antes que eu pudesse dar um passo para frente, o Guilherme me deu um beijo no rosto e me arrastou para contar a todos que estávamos noivos.

Minha família toda estava presente, já que o Tomás é meu primo e cada pessoa que ouvia as palavras do Gui, sorriam e nos desejava felicidades.

Não sei o motivo, mas eu já sentia, que toda aquela felicidade que nos desejavam, nós já tínhamos.

***

Estão noivos!! Até que enfim, né? 😂

Votem e comentem contando se gostaram da novidade.

Até terça-feira que vem ♡





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