-Meli? - a Flavia me chamou pro mundo real.
-Oi?!
-Está tudo bem? - ela perguntou - Você parece que está no mundo da lua.
-Só estava pensando - confessei.
-Ah, mas eu quero ver um sorriso nesse rosto - ela disse com a mão no meu queixo.
Sorri, um sorriso amarelo, mas que acho que bastava.
-Agora sim - ela disse e se virou para falar com o pessoal.
Como não tinha outro remédio, deixei meus pensamentos sozinhos e fui interagir com a galera.
Era quase dez horas quando o Lucas resolveu que era melhor irmos para casa.
-Acho melhor irmos - ele disse. - Eu te levo em casa, Fla.
-Tá bom - a Flavia concordou.
Eu iria segurar vela mais um pouco.
Me despedi da Bina e do Tomás e entrei no carro do Lucas.
Fui olhando para a lua que parecia correr para conseguir nos acompanhar.
-Você está bem, Meli? - a Flavia perguntou do banco da frente.
Segunda vez que ela me pergunta isso.
-Sim - respondi. - Só estou pensativa.
-Se percebe - o Lucas se meteu.
O casal foi conversando, enquanto eu ficava boiando nos assuntos.
Até que paramos na frente do apartamento da Flavia.
-Eu vou levar ela até lá, já volto - o Lucas avisou.
Mas eu sabia o que ele iria fazer.
-Tudo bem - eu disse.
-Tchau, Meli - a Flavia se despediu de mim com um beijo no rosto.
E logo depois, saiu do carro com o Lucas e eles foram de mãos dadas até o apartamento dela.
Fiquei sozinha, já que eu imaginava que meu irmão iria demorar, me permiti voltar ao passado, lembrar de coisas que agora, não passam de lembranças...
*
Todo fim de semana eu e o Gui saímos e aquele fim de semana não seria diferente.
O céu estava de um azul estonteante, nenhuma nuvem ousava passear por ele, os passarinhos pareciam cantar uma melodia diferente, especialmente para mim e para o Guilherme.
Ao passar por uma poça d'água, pude notar no imagem que a água refletia, o tão grande estava o meu sorriso por simplesmente passar aquele dia lindo ao lado do Guilherme, e o melhor: em um parque de diversões.
Passávamos de mãos dadas pelo parque, até que o Gui resolveu parar e ficar olhando para a roda-gigante.
-Que foi? - perguntei.
Ao seguir seu olhar e perceber que ele olhava para o brinquedo mais alto do parque, eu tinha percebido o plano.
-Não, não, não - eu disse antes que qualquer palavra pudesse sair da boca do Guilherme.
-Vamos, amor. Vai ser legal - ele insistiu.
-Você sabe que eu morro de medo de altura.
-E daí? Temos que vencer nossos medos.
Até hoje eu ainda morro de medo de subir em qualquer lugar alto ou de estar em um prédio alto e olhar para baixo, me dá tontura só de pensar.
-Vamos - o Gui insistiu.
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Surpresas do Destino
RomanceEnquanto a Melissa arrumava a mala para viajar com seu namorado, ela jamais imaginou o que poderia acontecer em menos de vinte minutos depois que entrassem no carro e seguissem viagem. A Melissa adolescente, mal-humorada e que não dava ninguém o go...