Notei que a Clarisse se aproximava de mim com um sorriso no rosto.
-Vamos querida? - a Clarisse me perguntou.
-Vamos.
Ela notou o terço em minhas mãos.
-Onde achou isso?
-Estava aqui na frente. Alguém deve ter perdido.
-É. Fique para você, vai te ajudar.
Sorri em resposta.
Entremos no carro e seguimos. Mas eu não podia deixar de passar em um lugar.
-Clarisse, será que você poderia passar em um lugar antes?
-Claro. Onde deseja ir?
-No hospital.
-Está com dor no braço? - a Clarisse perguntou assustada.
-Não. Só quero visitar o Gui - assegurei.
-Ah, claro. Também tenho que ver ele.
Então, a Clarisse mudou de direção e seguimos pro hospital.
Sai do carro e o vento soprou em meu rosto, deixando todo bagunçado o meu cabelo.
Entremos no hospital e seguimos para o quarto do Gui.
-Eu espero aqui, pode entrar primeiro - a Clarisse disse.
-Tem certeza?
-Sim. Pode ir.
-Okay.
Melhor eu entrar sozinha mesmo. Abri a porta e meu coração se apertou só de ver o Gui ali.
Do mesmo jeito de antes. Entrei e fechei a porta atrás de mim.
Me aproximei do Gui e puxei uma cadeira para eu sentar.
Me sentei e peguei a mão do Gui.
-Gui, eu te amo tanto. Não me deixe sozinha, por favor, fica bem logo!
As lágrimas rolaram e me permiti chorar.
Apoiei minha cabeça na barriga do Gui e fiquei olhando sua face.
Por que? Por que isso tinha que ter acontecido com o meu Gui?
Essas perguntas só batucavam na minha cabeça, perguntas essas que não tinham respostas.
Meu coração dói só de lembrar que o Gui não pode se mexer, não pode viver.
Fiquei uns bons minutos ali, chorando.
A porta se abriu. Olhei para ver que era e era a Clarisse entrando, acompanhada do médico que está acompanhando o caso do Gui,o mesmo que cuidou de mim.
-Boa tarde, Melissa! - o médico me cumprimentou.
-Boa tarde!
-Vejo que está bem.
-Não muito, mas levando.
-Entendo - ele balançou a cabeça afirmamente.
A Clarisse se aproximou de mim e eu me afastei. Ela merecia um momento a sós com o filho.
Apertei mais uma vez a mão do Gui e mais uma lágrima caiu. Limpei com minha mão a lágrima teimosa e sai do quarto.
-Melissa?
Alguém me chamou e virei para trás. Era o médico.
-Pois não?!
-Eu acho que já está na hora de tirar esse gesso do seu braço.
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Surpresas do Destino
RomanceEnquanto a Melissa arrumava a mala para viajar com seu namorado, ela jamais imaginou o que poderia acontecer em menos de vinte minutos depois que entrassem no carro e seguissem viagem. A Melissa adolescente, mal-humorada e que não dava ninguém o go...