Capítulo 8

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Notei que a Clarisse se aproximava de mim com um sorriso no rosto.

-Vamos querida? - a Clarisse me perguntou.

-Vamos.

Ela notou o terço em minhas mãos.

-Onde achou isso?

-Estava aqui na frente. Alguém deve ter perdido.

-É. Fique para você, vai te ajudar.

Sorri em resposta.

Entremos no carro e seguimos. Mas eu não podia deixar de passar em um lugar.

-Clarisse, será que você poderia passar em um lugar antes?

-Claro. Onde deseja ir?

-No hospital.

-Está com dor no braço? - a Clarisse perguntou assustada.

-Não. Só quero visitar o Gui - assegurei.

-Ah, claro. Também tenho que ver ele.

Então, a Clarisse mudou de direção e seguimos pro hospital.

Sai do carro e o vento soprou em meu rosto, deixando todo bagunçado o meu cabelo.

Entremos no hospital e seguimos para o quarto do Gui.

-Eu espero aqui, pode entrar primeiro - a Clarisse disse.

-Tem certeza?

-Sim. Pode ir.

-Okay.

Melhor eu entrar sozinha mesmo. Abri a porta e meu coração se apertou só de ver o Gui ali.

Do mesmo jeito de antes. Entrei e fechei a porta atrás de mim.

Me aproximei do Gui e puxei uma cadeira para eu sentar.

Me sentei e peguei a mão do Gui.

-Gui, eu te amo tanto. Não me deixe sozinha, por favor, fica bem logo!

As lágrimas rolaram e me permiti chorar.

Apoiei minha cabeça na barriga do Gui e fiquei olhando sua face.

Por que? Por que isso tinha que ter acontecido com o meu Gui?

Essas perguntas só batucavam na minha cabeça, perguntas essas que não tinham respostas.

Meu coração dói só de lembrar que o Gui não pode se mexer, não pode viver.

Fiquei uns bons minutos ali, chorando.

A porta se abriu. Olhei para ver que era e era a Clarisse entrando, acompanhada do médico que está acompanhando o caso do Gui,o mesmo que cuidou de mim.

-Boa tarde, Melissa! - o médico me cumprimentou.

-Boa tarde!

-Vejo que está bem.

-Não muito, mas levando.

-Entendo - ele balançou a cabeça afirmamente.

A Clarisse se aproximou de mim e eu me afastei. Ela merecia um momento a sós com o filho.

Apertei mais uma vez a mão do Gui e mais uma lágrima caiu. Limpei com minha mão a lágrima teimosa e sai do quarto.

-Melissa?

Alguém me chamou e virei para trás. Era o médico.

-Pois não?!

-Eu acho que já está na hora de tirar esse gesso do seu braço.

Surpresas do DestinoWhere stories live. Discover now