Cache Discovered (Em Revisão)

Af camrenfh91

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Tudo que Camila queria era o melhor para sua filha, ela não mediria esforços para faze-la feliz. Já Victoria... Mere

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Af camrenfh91

  OBRIGADA POR LER!
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  Nós saímos de Ocala por volta das 8 da manhã, já era duas hora da tarde e eu estava cansada de olhar para essa pista sem fim, parei só em um posto para ir ao banheiro e comprar outras besteiras que Vick queria.

  Minha filha já tinha feito algumas birras no carro, dizendo que estava cansada de ficar sentada, que queria chegar logo, essas coisas de crianças impacientes. Dês de que entramos no carro depois do posto que paramos, ela apagou com um pirulito na boca, que tive que parar o carro de novo para tira-lo dela. Até acho que ela aguentou bastante horas acordada, olhando a paisagem por onde passavamos, brincando com seu ursinho, cantarolando músicas que tocava no carro, me perguntando detalhes da cidade para onde íamos ou fazendo birra. Já tinha umas duas horas que meu bebê estava apagada, ela fazia um biquinho lindo enquanto dormia, eu nunca me casaria de admirava, mas tinha que me focar no nosso trajeto.

   Dirigi mais e mais, ouvindo a música do the xx - angels, que estava repetindo a muito tempo, ouvi um gemidinho manhoso, olhei para o retrovisor e vi Vick se espreguiçando como dava na cadeirinha.

   -Acordando, amor? Agora posso dizer que estamos quase chegando.

   - Quase pouquinho ou quase grandão?

   - Quase pouquinho, bebê, bem pouquinho.- Dei seta e fui parando devagar no encostamento, tirei meu cinto e virei para minha filha, me estiquei toda e tirei os cintos da sua cadeirinha a libertando também - Vem aqui na frente.

  Falei carinhosa, ela desceu da cadeirinha, passando pelo vão dos dois bancos da frente e sentou ao meu lado.

  - Mamãe, vou aqui na frente agora?

  - Não, só vamos conversar um pouquinho.

  Peguei uma garrafa de água que estava em uma caixinha térmica enfiada na onde coloca os pés do passageiro do banco da frente, bebi alguns goles e a entreguei para beber também.

- Tem mais sanduíches, mamãe?

- Não, mas tem salgadinhos, biscoitos, você quer?

- Um biscoito, por favor.

  A entreguei também, ela comia distraidamente enquanto eu a admirava.

- Olha aquela placa ali - apontei meu dedo para a placa pra ela  olhar do que eu estava falando, quando vi ela a observando continuei - Ela ta escrito, Bem vindo, a Miami, é onde vamos morar agora, amor. Onde vamos construir nossa vida juntas, você sabe que no começo ficaremos na casa dos vovós, mas assim que estiver tudo pronto no trabalho da mamãe, vou começar a caçar nosso cantinho, nossa casa, ta animada?

-Muito, mami - deu uns saltinhos sentada no banco e sua carinha ganhou uma expressão de como tivesse lembrado de algo - Posso te perguntar uma coisinha?

- Claro, sabe que pode falar sobre tudo comigo.

   Dei um beijo em sua testa.

  - É que.... Mamãe, eu sei que a senhora morava aqui, então, pode me falar se o meu papai mora aqui também? Não sei, pode ser que a senhora foi morar com os vovós, onde morávamos, e ele ficou esperando a gente aqui, ficou, mamãe?

  Aquilo acabou comigo, meu peito doía, por ver seus olhinhos cheios de esperanças.

  Assim que minha filha, começou a ver e entender, que todas as outras crianças que conhecia, tinham seu papai e sua mamãe e ela não, começaram suas perguntas: por que eu não tenho meu papai? Por que isso comigo? Ele não quer me ver? Ele não gosta de mim?

  Quando em um belo dia que fui com ela no mercado da cidade, eu percebi que tinha feito a melhor pior escolha que poderia.

       FLASHBACK

  - Amor, da pra escolher de uma vez entre qual biscoito quer levar?

  - E uma escolha difícil, hum...quero as duas.

  Soltei uma lufada de ar.

  - Ta, só dessa vez.

  Fomos para fila do caixa, que tinha um casal com duas crianças. Um menino maior com uns 11 ou 12 anos ajudava a provável mãe colocar as compras no balcão e uma menininha que tinha no máximo três, no colo do seu possível pai, que remedava qualquer som ou careta que ela fazia e gargalhava observando as graças.

   Minha filha odiava ficar sentada na cadeirinha do carrinha, então, estava agarrada em minha coxa direita, encostando sua cabecinha na lateral. A olhei e ela estava olhando o pai com a filha, com uma carinha triste.

- Ei - ela me olhou - Ta tudo bem?

Ela só concordou com a cabeça e voltou a fazer o que estava fazendo.

  Mais tarde, depois de passarmos pelo caixa e levarmos o que compramos para o carro, coloquei a Vick em sua cadeirinha, entrei no carro e comecei a dirigir fazendo nosso trajeto de volta para casa.

  Vick continuava calada, olhei para ela pelo retrovisor, vi que havia um biquinho demonstrando que estava preste a chorar.

- Vick, esta tudo bem? - não respondeu nada, parei o carro, tirei o sinto e virei para trás - O que você ta sentindo? Fala pra mim.

- Dor.

- Dor? Aonde?

  Falei um pouco desesperada, meu bebê estava com dor e não me contou, por que?

- Aqui ô mamãe - colocou suas duas mãozinhas no tórax, do lado do coração, engoli em seco, já querendo arrancar com o carro dali e a levar para um hospital - Por que? em mamãe? Por que mereço passar por isso? Eu sempre obedeço a senhora, não faço coisa errada. Por que não mereço meu papai aqui comigo também?

   Foi ai que comecei a entender que dor era aquela que estava me contando.

    FLASHBACK OFF

 

  Foi muito difícil conter as lágrimas dela, tentei explica, que não era culpa dela, falei que existem crianças com pai e mãe, dois pais, duas mães, somente o pai e ela tinha somente a mim, sem pensar disse, que um dia eles se encontrariam, outro erro meu, ela pelo menos agora sabia que ele existia. Falou para contar sobre ele. Desconversei, disse: falei que um dia TALVEZ, vocês se encontrem, mas não sei detalhes sobre ele.

  Naquele dia ela continuou triste, então decidi dar aquele moletom de anos atrás que a Lauren tinha me emprestado e eu nunca devolvido, não sei por que ainda guardava aquilo. Disse que era de seu "pai", a única coisa que tinha dele e que na hora certa, tudo se resolvia. Que ela precisava ter calma.

   E foi assim, ela dormia todos os dias vestida no moletom, que fica enorme nela, era complicado até pegar para lavar, acho que tinha mais ciúmes dele do que de qualquer outra coisa ou pessoa. Não me perguntou mais nada sobre o pai, até hoje.

  A escolha que fiz, foi pensando somente nela, sempre me pergunto se foi mesmo o melhor, as vezes penso que não, que fui burra, me precipitei, deveria a obrigar por meios legais a assumir sua filha, mas se tivesse feito isso meu bebê sofreria também, pelo amor que não teria da outra mãe. Camila ela pelo menos a conheceria e se a Lauren se apaixonasse por ela, ela é a coisinha mais apaixonante que existe. Falava comigo mesmo e a confusão de novo, será que fiz o melhor para minha filha?

  - Mamãe, me ouviu?

  - Sim... Sim ouvi - tentei pensar em algo não saiu nada. Pensa, pensa, pensa - Eu não tenho todas suas repostas, mas quando tiver eu te falo, você pode esperar o tempo da mamãe?

  - Sim, eu tenho calma - fez uma carinha fofa, um sorrisinho com a língua entre os dentes - Eu espero.

  Fiz carinho em sua bochecha e dei um beijo na sua testa. Coloquei ela na cadeirinha, liguei o carro e comecei a dirigir.

  - Ta pronta pra vida nova?

  - Vou sentir saudades de la - Referiu-se a Ocala - Dos outros vovós, como se diz mamãe?

  -Bisavós?

  -Sim, mas to pronta pra minha vidinha nova.

     ---------------

  Quando chegamos na casa dos meus pais, foi uma festa, meus pais estavam muito animados com a minha volta, que agora trazia minha filha, que era o brinde perfeito. Vick "ajudou" minha mãe preparar a janta,  enquanto eu arrumava algumas coisas no nosso quarto. Amanhã minha vida nova iria começar, como disse antes, eu e uma amiga iríamos abrir um escritório de contabilidade. Eu conheci Verónica quando entrei na faculdade, ela estava cursando o seu segundo ano do mesmo curso que o meu, lembro que conversamos por horas sobre como ela amava todos aqueles numeros, nos tornamos amigas, e um ano atrás surgiu essa ideia de virmos para Miami, que ela queria muito e como sou daqui sugeriu de construir um escritório de contabilidade em conjunto comigo, como ela sabia que quero fazer pós-graduação em direito, me convenceu de vir pra cá e fazer as duas coisas: montar o escritório e a pós-graduação.

   E estamos aqui, Verónica veio a quase um mês atrás, arrumou todos os papeis que precisamos para abrir um pequeno negocio, ela já achou o lugar, e muitos dos moveis que precisaríamos no ambiente de trabalho, só faltava eu chegar e começarmos arrumar tudo conforme o nosso gosto.

       DOIS MESES DEPOIS.

   Vick estava amando tudo, principalmente os mimos que recebia, dos avós, Dinah, Ally, Verónica e de mim, é claro, não é difícil se apaixonar pela garotinha, difícil era dizer não a ela, eu era a única que conseguia dizer não entre eles, mas a que mais "sofria" na mão dela era Vero, ela fazia tudo o que minha filha queria, hoje mesmo, iria levar Vick pra sair, seria só elas duas, mas como a pequena queria que fossemos eu, Dinah e Ally -que por todos esses anos nunca perdemos o contado e principalmente a amizade- assim será do seu agrado.

  Conseguimos abrir a empresa não tinha nem duas semanas minhas em Miami, Vero tinha feito um ótimo trabalho, até mesmo arrumou uma "ficante séria" como ela se referia a Lucy, que é uma pessoa super legal. O ruim de tudo isso, é que não conseguimos muitos clientes, no primeiro mês sobrou muito pouco lucro para a gente, esse segundo tinha melhorado em conta do primeiro, tínhamos paciência, sabemos que esse começo é difícil e permaneceremos firmes. Decidi que faria minha pós-graduação só no ano que vem, já estamos em outubro, então de inicio, concentraria na nossa empresa, meu sonho o da pós-graduação em direito, mas estou adorando trabalhar no nosso pequeno escritório e quero fazer isso dar certo.

  Agora, estou em minha sala, tinha acabado de atender um cliente, a recepcionista disse que não tinha um próximo. Comecei a analisar outros papeis de clientes que tinha para hoje. Ouvi batidas em minha porta.

  -Sem cliente?

  - Aqui na sala não, mas os problemas deles estão todos em minha mesa. Entre!

  Ela que só estava com a cabeça para dentro da sala, entrou e se sentou de frente para mim, ficando com a mesa entre nós.

  - Queria que a Lucy fosse com a gente sair hoje.

  - Só chamar ela, cabeção!

  - Eu chamei, ela acabou de sair daqui, não vai por que tem uma amiga dela com sérios problemas. Lucy vai ficar essa noite com ela.

  - Sérios problemas?

  Queria que ela me contasse direito essa história, sou curiosa.

  - Pelo que ela me disse, essa garota é muito fecha e se abre para poucas pessoas, o pai dela morreu a pouco mais de um mês, infarto fulminante, ela sofre sozinha, sua mãe descobriu que ela estava usando drogas, Hum ... Cocaína, para ser exata, ela bebia até não aguentar mais, cheirava o pó, para conseguir continuar bebendo.

- Nossa, ela deve estar sofrendo muito a morte do pai.

- Parece que uns dias antes da morte dele, ela chegou bêbada, caindo pela casa e o pai dela estava indo para o trabalho, eles brigaram, ele disse que ela era inútil, que estava cansado de ver aquela cena, que ela não era mais uma adolescente, que tinha que crescer, perguntou até quando viveria as custas dos seus pais e quando iria mudar, essa coisas...

- Ela tem quantos anos?

- Não sei, espera que não terminei - Levarei uma sobrancelha, fazendo movimentos com as mãos para que ela prosseguisse - No outro dia, depois de toda a briga, ela o pediu desculpas e prometeu que mudaria. Quando todos estavam felizes que ela realmente queria essa mudança, que Lauren, esse é o nome dela, até mesmo começou a trabalhar na empresa do pai, A Jauregui'free...

   Espera, o que?

  Lauren... A empresa do pai Jauregui' free...

Lauren Jauregui.

Será? Não pode ser coincidência, em Miami, Lauren Jauregui, só pode ser ela, a mãe da minha filha. Me lembro de quando conversamos sobre sua família, disse que seus pais tinha uma empresa. É ela...

- O que disse?

- ... Tragédia dessas.

- Não, Lauren...Jauregui' Free...

- É... Começou a trabalhar na empresa como assistente dele, para conhecer melhor as coisas, estava dando orgulho para o pai e vem acontecer uma tragédia dessas.

   Minha cabeça deu várias voltas, enchi meus pulmões de ar e os esvaziei divagar, preciso me controlar. Como pode haver tantas consciências, de todas aquelas pessoas daquela balada, logo a Lucy, amiga da Lauren foi chegar na Vero.

-O que a Lucy vai fazer?

- Vai passar a noite conversando com ela, a mãe da garota quer interna-la, Lucy quer fazer com que ela vai por livre espontânea vontade. Ela diz que Lauren é uma casca feia para um delicioso fruto por dentro, quer ajudar a amiga. Espero que consiga, pena que não vai ser hoje que apresento minha namorada para minha fofinha.
 

  Ela chamava minha filha de minha fofinha.

  - Você pediu ela em namoro? - fiquei tão feliz por ela, mas no momento o que rodava em minha cabeça era só Lauren - fico feliz por vocês!

  - Eu achava que era cedo de mais. Deixei tudo isso pra lá, por que eu realmente gosto daquela garota. - ela sorriu para mim e eu concordei com a cabeça - Mas agora cara amiga e sócia, chega de fofocar e vamos voltar a nosso bendito trabalho.

  -------------

  Nós fomos a uma lanchonete bem conhecida daqui, minha filha conversava alegremente com Vero, Ally e Dinah, enquanto lambuzava suas bochechinhas com ketchup, comendo seu enorme hambúrguer. Eu estou totalmente desligada a tudo, minha cabeça continua dando voltas, quero estar logo em minha cama, só eu e meus pensamentos.

- Mila, tá tudo bem?

Dinah pergunta.

- Só um pouquinho de dor de cabeça.

Ela concordou com a cabeça. As horas se passaram e quando demos conta já era mais de nove horas.

-Mamãe, quero ir no banheiro?

- Deixa que eu levo ela, Ally vem com a gente?

- Vou sim.

- Tudo bem, então, eu e a Vero esperamos vocês no carro.

  Fomos andando para a saída, enquanto as outras meninas foram para o banheiro.

-Camila, você não comeu nada, só ficou tomando aquele suco verde horrível.

- Ele não é horrível, mas eu realmente estou sem fome hoje.

-Você ta pensativa de mais, tem alguma coisa te encomo...

-VERO!

Viramos para trás, e entre todos aqueles carros no estacionamento, vi Lucy, - já tinha conhecido a garota a algum tempo - vinha toda sorridente em nossa direção, mas quando ouvi um som de alarme de carro, olhei mais para o lado e Lauren estava saindo do corredor entre um carro e outro, tudo a minha volta parou, conseguia escutar cada bombear do meu coração, um desespero se instalou em mim, esse encontro tinha que ser tão cedo e o pior, minha filha estava aqui.

  - Oi, Lucy.

Vi minha amiga dar um abraço e depois um selinho em sua namorada.

- Consegui tirar essa morceguinha de sua caverna. - Lauren deu um sorriso tímido, ela agora que estava ao lado de Lucy e de frente para mim - Oi, Camila.

Ela também me deu um abraço enquanto eu sussurrava um "oi" para ela.

- Então essa é a famosa, Vero?

Lauren perguntou e aquela voz me fez ter calafrio, arrepiando meu corpo inteiro.

- Eu mesma, você deve ser a Lauren?

- Sim, até que em fim te conheci.

Ela sorriram uma para outra.

- Laur, como já disse, esse é Camila, Camila Cabello, amiga e sócia da Verónica.

- Eu já a conheço, é um enorme prazer revela, Camila.

Ela me deu um de seus sorrisos tortos e meu corpo entrou em chamas. Eu sorri sem humor.

- Você se lembra de mim?

- Eu nunca esqueceria.

  Nós nos olhamos, ela tinha mudado, seu corpo mais magro, seus cabelos esta mais curtos e uma tonalidade preta, esta mais pálida do que já era, seus lábios estão em um rosa bem fraco, sem vida, existia também um começo de olheiras nela, mas nada apagou o brilho do seus olhos, ela me olhava como se eu fosse uma coisa rara.

  Consegui sair daquele transe quando um pequeno corpinho colidiu em minhas pernas tentando escalar meu corpo de alguma forma, a peguei no colo e uma Dinah desesperada apareceu em minha visão.

- Victoria, nunca mais faz isso! - ela faz uma pausa para respirar - Camila, essa garotinha saiu correndo da gente por esse estacionamento, que perigo!

-Victoria, Victoria, vamos conversar quando chegarmos em casa.

  Fiz uma cara de brava e ela que estava rindo de Dinah e Ally, - que tinha acabou de chegar- fez uma carinha triste e escondeu seu rostinho em meu pescoço.

  - Não briga com ela, Mila. - na mesma estante ela já se levantou toda alegre por ter alguém te defendendo, ela se remexeu e eu a coloquei no chão, Vero continuou - Vick, essa daqui é a Lucy.

  Mostrou para ela e segurou a mão de sua namorada.

  - A sua amiga, tia?

  - Agora ela é minha namorada, da oi pra ela.

  - Oi... - disse tímida, intercalando olhares curiosos entre Vero e Lucy - Ela é bonita, tia Vero.

  - Obrigada - Lucy agradeceu sorridente - Você também é muito bonita.

  - Obrigado!

  - Vick, essa aqui - apontou para Lauren - É a amiga da Lucy, chama Lauren.

  Então despertei. Seria assim afinal, o encontro de mãe e filha, no meio de um estacionamento, - que por sinal, não sei por que nem um carro buzinou para nos tirar de seu caminho - Victoria conheceria o rosto do seu "pai", o que tanto sonhou e esperou por isso e Lauren, sentiria alguma coisa assim que batesse seus olhos em sua filha? sentiria seu coração disparar? sentiria o amor ou só enxergaria a linda criança, que até então era estranha para ela? Poderia ser considerado um encontro de mãe e filha, se nem uma das duas soubesse o que é para outra?

- Oi - Vick disse de novo, eu conhecia muito bem ela, seus olhinhos fixados em Lauren, exalava admiração - Você é tão linda.

  Lauren agachou na frente da minha filha e a olhou atentamente, ela observou cada detalhe da pequena a sua frente e sorriu, fazendo também minha filha sorrir, elas eram idênticas quando sorriam.

  - Você é fofa, quem é linda é você não eu.

  - Lauren, essas são Dinah e Ally.

  Verónica disse, mas nem Lauren e nem Vick a olharam, elas estavam em uma bolha só delas, uma olhando para outra. Minha filha me olhou e olhou de volta para ela.

  - Essa é minha mamãe - segurou firme em minha mão - Agora conhece a gente.

  Seu comentário inocente nos fez rir, ela se quer percebeu que nós já nos falávamos antes de chegar.

  Elas continuavam se olhando, como se ninguém mais ali merecia sua atenção. Só Vick para Lauren e Lauren para Vick.

  Olhei para minhas amigas e a expressão de Dinah para mim, me disse tudo. Meu segredo já não era tão segredo assim, já existiam outras pessoas que sabiam, agora resta saber quem são exatamente elas?
 

  Afinal, o que eu queria?
  Eu vim a um lugar que meu segredo estava totalmente descoberto.

  
*

Fortsæt med at læse

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