SUSSURRA-ME

By thainabk

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Eles eram diferentes, porém, tinham coisas em comum: liberdade, desapego e o medo da entrega. A cada vez que... More

Esclarecimento
aos meus fiéis leitores
SAUDAÇÕES
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
BÔNUS | PARTE 1
CAPÍTULO 58
BÔNUS | PARTE 2
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
BÔNUS | PARTE 3
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 71
CAPÍTULO 72
Agradecimentos + Surpresa
ENVOLVA-ME
DÚVIDAS
psiu!

CAPÍTULO 11

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By thainabk

O meu final de semana havia sido o mais monótono o possível. A única coisa boa que ocorreu foi que finalmente havia relaxado um pouco mesmo com todos aqueles problemas que havia vivenciado. Infelizmente, as palavras de Dylan Parker e do policial ainda rondavam meus pensamentos. Para mim estava mais do que claro que Nate estava envolvido com algo, porém eu não sabia o quê.

No dia da confusão, ele apenas me deixou em frente ao apartamento e então foi embora. Sem ao menos me dar explicações ou até mesmo um tchau. Não que ele fosse obrigado. Então, tudo o que eu fiz foi tentar mantê-lo longe dos meus pensamentos. Eu já estava um pouco recuperada da festa e dos acontecimentos. Tinha colocado em minha cabeça que não queria saber sobre Nate. Os problemas eram dele, não meus. Eu não precisava me incomodar com algo que não dizia respeito a mim.

Quanto mais longe de Nate Young melhor.

Assim que fiz todo meu trajeto até a universidade fui em direção ao auditório. A primeira coisa que fiz foi procurar por Kylie, porém encontrei apenas Jason. Ele sorriu e acenou para mim. Desviando das pernas do pessoal, caminhei até ele.

— Bom dia!

Sentei-me no estofado ao lado e observei o local buscando por Kylie. Eu precisava falar com ela sobre o projeto que já estava pronto. Precisávamos discutir sobre quem falaria o que na frente do pessoal e do professor.

— Você viu a Kylie?

— Não. Por quê?

— Ela me enviou uma mensagem mais cedo perguntando se viria a faculdade porque precisávamos discutir sobre nosso trabalho. — dei de ombros, estranhando. — Será que aconteceu algo? Já era para ela estar por aqui.

— Se tivesse acontecido já saberíamos.

— Certo. — suspirei. — E então, por que está todo mundo aqui? Apenas me disseram para vir para cá.

— Parece que vai ter uma palestra. — respondeu cansado. — Isso dá sono.

Concordei ao fazer careta.

Eu estava com um pouco de dor de cabeça e infelizmente havia sido uma péssima ideia ter ficado naquele período para ouvir todo o falatório do professor. No entanto, eu sabia que não podia faltar aula por conta de um motivo bobo como aquele. Então eu aguentei até finalmente ser liberada.

Jason e eu resolvemos almoçar juntos. Ele tinha dito que precisava ir para o mesmo lado que o meu, acabamos optamos por ir até o shopping que havia perto da empresa. Ele se encarregou de fazer nossos pedidos e eu de procurar uma mesa no local lotado.

Por mais que fosse dia de semana estava coberto de pessoas para todos os lados. Provavelmente trabalhavam ou estudavam ali perto assim como eu e Cooper. Ao avistar uma mesa bem afastada me apressei em ir em direção a ela. Eu realmente não queria que alguém chegasse primeiro do que eu.

Suspirei aliviada e sentei colocando minha mochila no banco ao lado. Cobri minha visão com as mãos e apertei os dedos em meus olhos tentando aliviar a dor de cabeça que sentia. O alivio estava me preenchendo aos poucos, entretanto, assim que senti duas mãos tocando em meus braços, abri-os de imediato vendo toda minha calma e leveza sumir.

Olhei para trás e encontrei a última pessoa que queria ver. A pessoa que poderia muito bem fazer minha dor de cabeça piorar.

— A mesa está vazia? — Nate questionou com a boca bem próxima a minha devido a nossa posição.

Ele estava com um sorriso sarcástico nos lábios enquanto me analisava. Era provável que já tinha notado a irritação que eu ficava cada vez que ele estava por perto.

Maldito, Nate Young!

— Por acaso você é cego?

Ele se afastou ao soltar um riso e então foi em direção ao banco ao meu lado. Jogou a mochila para mim de forma desajeitada. Eu estava tentando me controlar mentalmente talvez optando por contar até dez.

— O que você faz aqui?

— O mesmo que você.

— Não estou vendo nenhum lanche contigo.

— Se for por isso também não estou vendo você comer. — ele ajeitou os cabelos, bagunçando-os. — E então?

Depois de um tempo, eu desviei o olhar do dele e vi Jason se aproximando. Ele estava caminhando um pouco atrapalhado enquanto observava ao redor, talvez me procurando.

— Sem problemas.

Acenei para Cooper ao sorrir. Ele pareceu estar mais aliviado assim que me encontrou. Não demorou muito até ele se aproximar de mim e Nate. Colocou uma das bandejas em minha frente e a outra próxima a ele.

— E ai! — ele olhou rapidamente para Nate. — Every, eu pedi o seu normal. Tudo bem?

— Sem problemas. — analisei o hambúrguer. Ele continuou a intercalar o olhar entre mim e a pessoa do meu lado. — Esse é Nate. Ele trabalha comigo.

— Oh, então esse é o Nate? — ele riu. — Jason Cooper.

— Andou falando sobre mim? — Nate sorriu de lado, me observando.

Ele pareceu adorar o que Jason havia dito. Porém, eu resolvi acabar com seu ego rapidamente.

— Nada de bom, na verdade.

Cooper soltou um riso divertido ao sentar no banco. Eu conseguia sentir Young praticamente me fuzilando com os olhos, mas aquilo não me importava mais. Eu não tinha mais medo do que ele poderia fazer comigo na empresa.

Enchi a boca do alimento ao perguntar:

— O que foi?

Ele arqueou a sobrancelha, fazendo uma careta.

— Falei alguma coisa?

— Graças a Deus não. — olhei para baixo, analisando meu hambúrguer. — Jason, você deixou o picles aqui? Eca!

Ele limpou a boca com o guardanapo de papel antes de falar.

— Você não me disse que queria sem.

— Bom, eu vou ir buscar minha irmã e depois vou para empresa. Quer uma carona, Every?

Olhei brevemente para Nate.

— Para sermos parados em outra blitz? Não, obrigada.

Ele apenas assentiu com a cabeça -ainda com o sorriso idiota nos lábios- e então acenou para Jason. Continuei com o olhar focado no alimento quando ele se afastou.

— Você realmente não gosta dele, não é? O que ele fazia aqui?

Em partes, a minha resposta era não. Eu não gostava de Nate Young. Pois, ele era o tipo de cara que conseguia me tirar do sério apenas falando. Tinha algo nele que me irritava, talvez a ironia ou a forma de agir... como se nada tivesse acontecido.

— Eu não sei. — dei de ombros, desinteressada. — Tudo pronto para nosso projeto?

— Acho que sim. Só falta ver com a Kylie.

Confirmei com um aceno incapaz de responder por conta do alimento em minha boca.

O celular dele começou a tocar e ele somente desviou o olhar para a tela e depois o colocou no silencioso. Consegui notar o nome Aaron na tela.

— Não vai atender?

— Não é importante. — fez pouco caso. — E aí, como foi seu final de semana?

(...)

Depositei pequenas batidas na porta da sala de Nate, mas não obtive respostas. Então tratei de entrar. O cômodo estava completamente vazio e em ordem. O que significava que Young não tinha aparecido por lá, caso contrário, estaria uma bagunça.

Ele quase nunca ficava no serviço para ser sincera. Por breves segundos dei graças a Deus por aquilo.

Depois de deixar minha mochila no sofá, fui em direção à mesa. Como de costume, sentei em frente ao notebook, logo o liguei. Avistei um bilhete em cima da mesa com meu nome, abri o mesmo e li o que tinha escrito.

"Tem uma agenda vermelha dentro da gaveta ao lado esquerdo, são os compromissos do Hunter. Desmarque todos. "

— Certo, virei secretária.

Cerca de duas horas depois, eu finalmente digitei o último número para qual eu deveria ligar. Durante a tarde havia recebido reclamações sobre o cancelamento de diversos eventos que Hunter tinha. A única coisa que eu dizia era que não tinha informações sobre o porquê da suspensão. Eu preferia mil vezes corrigir matérias.

No exato momento em que a chamada foi para caixa postal alguém abriu a porta. Desviei meu olhar e encontrei uma garotinha. Ela tinha os cabelos pretos lisos soltos, olhos claros e usava um vestido muito fofo por sinal.

— Oi. — disse com a voz doce ao bater à porta com força.

Estreitei os olhos tentando evitar a dor que se formou em minha cabeça após aquele barulho.

— Olá. — respondi ao desligar o telefone. — Tudo bem?

A menina se parecia muito com Hunter. Os olhos claros, por exemplo.

— Meu nome é Ammy.

— Muito prazer, Ammy. Sou Every.

Ela fez a volta e sentou na cadeira do lado com dificuldade logo cruzando as perninhas. Não pude evitar sorrir com aquela cena.

— Você tem um nome engraçado. — ela apoiou a pequena mão na cabeça. — O que está fazendo aqui? Você nunca 'tá aqui.

Era engraçado ouvir as palavras saindo de sua boca. Ela falava a maioria das coisas corretamente, porém ainda assim haviam certos erros.

— Estou trabalhando. E você? O que faz aqui?

— Meu maninho vai me levar para brincar. Ele disse pra esperar aqui.

Voltei a arrumar as coisas enquanto conversava com ela.

— É? E quem é seu irmão? Hunter?

— Hunter é meu titio. Meu maninho é o Nate.

Franzi o cenho em desgosto. Ammy não parecia nenhum pouco com o irmão. Eu não tive tempo de falar algo, pois meu celular alertou sobre meu horário do café.

— Bom Ammy, eu preciso sair agora. Seu irmão já volta, certo?

— Onde você vai? — perguntou confusa.

— Eu vou comer algo. É meu horário de café.

— Aí, eu estou com fome. — ela colocou a mão na barriga, claramente fazendo drama. — Você pode me levar junto? Meu maninho vai demorar.

Olhei para o relógio no meu pulso, marcava quatro horas e cinco minutos. Eu não sabia quando Nate iria voltar para a sala para então perguntar se podia levar Ammy ou não.

— Deveríamos pedir para ele primeiro.

Ela saiu depressa da cadeira e estendeu a mão para mim, me puxando.

— Ele deixa. Você pode me levar para tomar um sorvete? Eu gosto de sorvete de morango. Você gosta?

Senti-me um pouco tonta com suas palavras. Resolvi retomar a postura e pegar minha carteira e celular em cima da mesa já que a menininha estava me puxando com pressa para fora.

Assim que passei pela sala de Madison, optei por pedir para ela avisar Nate que eu havia saído com Ammy. Porém ao adentrar a sala a encontrei vazia como no início da tarde. Avistei um post-it e minha única saída foi escrever um bilhete.

"Estou com sua irmã. Fomos tomar sorvete.Every Holdings."

Pedi para Ammy me esperar sentada no sofá da sala de espera para então deixar o papel na mesa da minha sala e de Nate.

(...)

Levei a garotinha em uma sorveteria um pouco distante da empresa. Acabei acompanhando ela ao tomar um sorvete. Enquanto eu escolhi de chocolate, ela optou pelo de morango. Eu ria com a forma que ela se encontrava, estava toda lambuzada com o creme rosa. Por mais que eu tentasse limpar, ela acabava derrubando novamente.

— A minha outra mamãe Rachel disse que o maninho vai me levar para conhecer o novo apartamento dele. Ela disse que é grandão assim, — ela abriu os bracinhos tentando demonstrar o tamanho. — E tem um quarto para mim. Nate disse que ele é rosa igual o meu sorvete de morango.

Era impossível não sorrir com cada coisa que Ammy falava. Além de faltar letras em suas palavras ela tinha a voz doce de criança.

— Você já viu o apartamento dele?

— Eu? — arqueei a sobrancelha, negando. — Não. Não.

— Ele levava um monte de menina igual a você para a outra casa dele.

Naquele momento, eu não consegui evitar, soltei uma risada um tanto alta demais. Algumas pessoas que passeavam pela calçada até mesmo me olharam de forma estranha.

— Por que você está rindo?

Pigarrei, limpando a garganta.

— Nada não. — neguei, olhando para o relógio em meu pulso enquanto me acalmava. — Vamos voltar? Já saímos há alguns minutos. Seu irmão vai ficar preocupado.

— Nós podemos ir até o parquinho bem rapidinho? Eu só quero descer uma vez no escorregador.

Olhei para onde ela apontava e avistei o parque cheio de crianças correndo de um lado para o outro. Eu queria dizer a ela que não podíamos ir até lá, pois Nate poderia estar preocupado com a falta dela, mas não tive tempo.

Ammy atravessou a rua correndo e eu não hesitei em segui-la. Eu quase fiz um rapaz de bicicleta cair no meio da estrada, apenas murmurei um pedido de desculpas.

— Senta aqui! É bem rapidinho. — ela me empurrou para trás.

Soltei um suspiro cansado e olhei para o assento.

— Só uma vez, ok?

Ela concordou com a cabeça e saiu em direção aos brinquedos. Sentei-me no banco e peguei meu celular no bolso. Eu percebi três ligações de um número desconhecido por mim. Como não reconheci resolvi que ligaria depois.

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