Dark Blood ||TW||

By daematigxrl

59.1K 4.1K 2.4K

Capa feita por: @acid_xx Quando Amy mudou-se de cidade - novamente por conta dos costumes nômades de sua famí... More

|| 1 ||
|| 2 ||
|| 3 ||
|| 4 ||
ELENCO:
|| 5 ||
Trailer
|| 7 ||
|| 8 ||
Aviso!
|| 9 ||
|| 10 ||
||11||
||12||
||13||
||14|| - part one
||14|| - part two
||15||
||16||
||17||
||18||
||19||
||20||
Aviso!! pfv leiam meus amores♡
||21|| - part one

|| 6 ||

2.6K 221 64
By daematigxrl


O loft de Derek era iluminado fracamente pelos raios do entardecer que escapavam pelas brechas entre as nuvens e a velha luminária sobre a mesa em frente a grande janela. Derek achava bom estar de volta em casa, mas não gostava nada do motivo de o grupo de Scott o ter chamado de volta para Beacon Hills.
Ele havia sido breve ao telefone, mas de qualquer maneira, as palavras "lobisomem" "perigo" e "precisamos de reforços", fizeram o moreno de olhos verdes voltar.

Falando neles, a porta do recinto se abre ao deslizar com um som metálico, revelando Scott e seus amigos com semblantes distintos mas com a mesma essência: preocupação. Parece que a noite seria longa.

^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^^^

"Mas você tem certeza disso Malia?" Scott perguntou meio apreensivo a loira de cabelos curtos.

"Tenho, eu senti o mesmo rastro de a dois dias atrás na floresta" Ela insiste.

"Isso quer dizer que o que quer que estejamos enfrentando, estava no treino de lacrosse" Stiles constatou como quem dissesse que descobriu uma nova fórmula inovadora. Derek revirou os olhos exageradamente e pousou os punhos sobre a mesa, chamando a atenção dos outros a sua volta.

"O problema aqui é sabermos com o que estamos lidando" Ele disse categórico. Seu olhar deslizou pelos semblantes dos outros a volta. Scott parecia mergulhado em pensamentos, Stiles andava para lá e para cá com as mãos na cintura de um modo irritantemente hiperativo que fazia Derek querer arrancar a sua cabeça com seus dentes, e Lydia parecia estranhamente quieta. Havia algo de errado.

"Lydia, parece que tem algo a incomodando" O moreno marrento inquire com as sobrancelhas arqueadas. Logo todos olhavam com uma expressão sugestiva para a ruiva. Franzindo o lábio e parecendo estar meio relutante, Lydia falou de uma vez, não aguentando a pressão dos olhares.

"Eu vi os olhos do irmão da Amy brilharem no treino de lacrosse"

"Eu sabia!" Stiles solta quase berrando em um salto "Não é óbvio?" O moreno magricela olha para os outros ao redor que o encaravam ainda esperando ele explicar sua linha de raciocínio maluca. Murchando momentaneamente por seus amigos não terem entendido, Stiles logo voltou a falar gesticulando o discurso inteiro.

"Malia disse que sentiu o mesmo cheiro que o da noite que perseguimos "o que quer que seja que estamos enfrentando", Lydia disse que viu os olhos dele brilharem, e o cara é um idiota" Stiles constatou "Ele é o lobisomem que esta matando as pessoas!" Ele exclamou só faltando gritar "Eureca!".

Derek estava pronto pra perguntar de onde Stiles tinha tirado aquela maluquice, mas foi impedido por Malia.

"Stiles pode estar certo" Ela falou olhando em seguida para Scott. O moreno apesar de não deixar transparecer, estava exausto. Não tinha dormido muito bem nos ultimos dias, com todos os assassinatos e a possibilidade de um novo lobisomem assassino em Beacon Hills, sua mente ficava alerta até de noite. Ele apenas não queria que ninguém mais se machucasse.

"Se não investigarmos e for ele, mais pessoas inocentes podem sair feridas" Malia insistiu.

"Então acho melhor ficarmos de olho nele" Scott se rendeu a ideia de Stiles mesmo não acreditando muito. Desde Theo que Stiles andava desconfiando de quase todos, e quando Scott dizia que ele começava a ficar paranóico, o amigo  só faltava esfregar na sua cara que estava certo sobre Theo desde o princípio.

"E na irmã dele" Derek adicionou e com o cenho franzido de Scott, explicou impaciente "Pelo estrago e o que vocês me falaram, ele não anda sozinho; um lobo é mais forte com uma alcateia" Scott concordou assentindo.

"E precisamos analisar primeiro antes de tomar qualquer tipo de decisão" O moreno disse torcendo internamente  para que tudo isso fosse apenas um sonho e não mais uma onda de assassinatos e problemas em Beacon Hills "Antes temos que descobrir um pouco sobre ele e Amy"

O celular de Stiles toca no bolso de sua calça, chamando a atenção de todos pelo toque alto. Ele tira-o do bolso quase o derrubando de tão desajeitado. Ele passa os olhos rapidamente pela tela antes de suspirar derrotado.

"Tenho que ir, tenho um jantar com meu pai e o novo assistente, e se não for, ele fará questão de me lembrar que tem uma arma" Stiles disse guardando o celular em seu bolso e já se mexendo em direção a porta do loft.

^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^^

Amy's point of view

Eu não me encontrava nem um pouco afim disso. Nem um pouco. Eu apenas queria ficar deitada em minha cama, lendo meus livros ou vendo minhas séries no Netflix — estava ansiosa para começar a próxima temporada de Scream. Isso era pedir muito?

Sim, pelo visto para o meu pai era, pois cá estou eu, olhando tediosa para o meu armário em busca de algo decente para vestir. Elliot tinha feito questão de usar a chantagem emocional, lê-se que ele ameaçou me deixar sem sobremesa por duas semanas, para que se certificasse que eu fosse a este maldito jantar que ele faria em casa. Pelo que entendi, era para algumas pessoas de seu trabalho e que eram importantes em Beacon Hills.

Com a toalha ainda enrolada em meu corpo, tiro do armário um cabide com um vestido azul-marinho com mangas até os cotovelos, saia rodada até logo acima do joelho e zíper nas costas. Visto-o sobre minhas roupas intimas, o macio tecido acariciando minha pele. Calço uma sapatilha branca e apenas penteio meus cabelos rebeldes em frente ao espelho.

Ouço meu nome ser chamado em uma voz baixa, quase como um sussurro segredado ao pé de minha nuca. Automaticamente sinto meu coração bater forte e meu olhar sobe para o reflexo no espelho, onde não há ninguém a não ser eu. Sinto como se houvesse algo estranho na superfície, uma sensação desconfortante em meu subconsciente, mas não sabendo reconhece-la, a ignoro.

Volto a passar as cerdas da escova pelo cabelo quando ouço o mesmo fio de voz a me chamar. Reconheço-a desta vez como sendo feminina. Respiro fundo, fechando os olhos brevemente. Deve ser paranóia minha, ser tão no mundo da lua acaba nisso. Ou deve ter sido apenas minha mãe me chamando.

Afim de me certificar disso, saio do quarto para o corredor que estranhamente me parecia um pouco sombrio e frio. Chamo por minha mãe em um tom que ela me ouvisse de qualquer cômodo da casa — não estava disposta a procura-la —, e para minha sanidade, ela responde no mesmo tom.

"Você ou o pai me chamaram a pouco?" Pergunto a ela que deveria estar na sala de estar.

"Não, e nem o seu pai" Ela responde simplesmente. Franzo o cenho, e desisto pensando que deveria ter sido minha impressão.

Mas a voz era tão vívida, parecia vir do meu quarto — adiciono mentalmente. Decido esquecer isso, pelo menos até depois do jantar.

^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^^^

Lukas e eu estávamos sentados no sofá — corrigindo, ele estava atirado sobre quase todo o sofá enquanto eu tentava em vão, empurrar o seu rabo gordo mais para lá. Bufo, desistindo bem a tempo de a campainha da porta da frente tocar; como se fosse a própria morte a bater na porta, nenhum de nós se ofereceu para abri-la.

Anne aparece aprumada da cozinha com uma pilha de pratos nos braços.

"Não vão abrir a porta?" Ela usa seu conhecido tom de "se não o fizerem irão ver os anjinhos agora mesmo". Lukas me olha preguiçosamente deixando claro que não iria. A campainha toca novamente e levanto mal-humorada, indo em sua direção.

"E trate de sorrir, mocinha!" Minha progenitora adiciona, e xingando mentalmente, substituo meu semblante enfezado por um sorriso claramente forçado que se transformou em um ranger de dentes assim que tocam a campainha pela terceira vez.

Pensando seriamente em jogar o vaso da entrada na cabeça do infeliz que parecia estar com o dedo colado na campainha, alcanço a maçaneta e a giro, revelando algo que com certeza faria da minha noite um inferno.

O garoto magricela ainda estava com o dedo na campainha e me olhava como uma criança que foi pega em flagrante. O homem atrás de si parecia querer procurar um buraco para se esconder, assim como eu no momento. O moreno tira o dedo da campainha e move suas mãos de modo irritantemente hiperativo até os bolsos de sua calça jeans.

"É, a campainha está funcionando" Ele constata e vejo o homem atrás de si levar a mão até a testa, fazendo-me quase sentir empatia por sua vergonha.

Sou salva pelo gongo quando minha mãe resolve aparecer com seu melhor sorriso.

"Sr. Stilinki, desculpe os modos de minha filha" Ela me lança um discreto olhar semicerrado "Pode entrar" Abrindo mais a porta, Anne deixa eles seguirem pelo hall de entrada. Reviro os olhos discretamente, e os sigo até a grande mesa da cozinha, onde se encontravam pratos postados minuciosamente com comidas que emanavam um cheiro de dar agua na boca. Os pratos preferidos de porcelana de Anne estavam organizados mílimetricamente assim como cada talher e copo.

Luke chega a cozinha junto com Elliot que vai direto cumprimentar o xerife. Meu irmão parece tão surpreso e indignado quanto eu quando vê o moreno magricela junto. Ele chega até perto de mim encarando sério o moreno que parecia estar totalmente alheio a sua volta enquanto encarava interessado os seus Converse.

"O que ele esta fazendo aqui?" Ele fala baixinho para não chamar atenção de nossos pais, o que duvido muito que funcionasse, já que ambos estavam socializando com Sr. Stilinski.

"Parece que ele é o filho do xerife de Beacon Hills" Respondo-lhe no mesmo tom sem desviar a atenção da postura relaxada do garoto. Ele chegava a ser engraçado e bonitinho. Ok, se me perguntarem que eu disse "bonitinho", eu negarei até minha morte.

Lukas quase engole em seco e quando ele iria falar algo, eu o interrompo, adivinhando o que ele diria.

"Sim, você ia ameaçar o filho do xerife, chefe do nosso pai, e se não fosse por mim você estava morto agora" Digo virando-me para ele com um sorriso meio presunçoso "Me deve essa" Ele apenas responde mostrando a língua feito criança.

"Por favor, sentem-se" Meu pai indicou a mesa, afastei a cadeira para me sentar, mas foi quando o moreno hiperativo quis mijar.

"Acho que vou ir no banheiro" Ele indica as escadas sem ao menos saber onde deveria ser.

"Oh querido, a Amy lhe mostra onde fica o banheiro, não é mesmo Amy?" Minha mãe lança seu olhar a mim com uma de suas sobrancelhas arqueadas. Ai de mim se não o fizesse.

Forço um sorriso simpático que falha miseravelmente — hoje meu humor estava horrível, talvez da falta de sono por conta dos pesadelos — e me levanto da cadeira seguindo em direção ao banheiro sem realmente me importar se o garoto me seguia ou não.

O movimento atrás de mim indica que ele estava a chegar logo ao meu lado, mas fazendo-me indiferente eu apenas continuei o caminho subindo as escadas; o caminho até o banheiro nunca pareceu tão comprido.

"Então, Amy não é?" Ele pergunta com a mão nos bolsos de sua calça, eu apenas o olho com a sobrancelha arqueada e com um pesado suspiro, assinto "Sou Stiles" Ele fala, querendo continuar com aquela conversa. Sem receber um retorno meu, ele franze os lábios e o silencio constrangedor se põe entre nós.

"Chegamos" Informo apontando para a porta logo a frente. Ele agradece com um rápido sorriso desajeitado, e abre a porta, mas antes de entrar, ele vira-se de volta para mim.

"Você não gosta muito de mim, não é?" Ele acaba soando mais como uma afirmativa do que uma pergunta. Ele se escora no marco da porta e penso rapidamente nas experiências que já tive com Stiles para responder adequadamente sua pergunta. Acabo por dar-lhe um pequeno sorriso condescendente.

"Acho que você devia perguntar isso ao meu irmão" Falo com um toque de ironia, e percebo um dos cantos da boca do garoto a se curvar.

"Ele eu já tenho certeza que não me suporta, mas e você?" Ele insiste.

"Ainda não sei, mas quando souber, te aviso" Digo depois de um suspiro e bem a tempo de Lukas chamar-me do pé da escada.

Assim que as desço, deixando o moreno magricela para trás, meu irmão me questionou com o cenho franzido:

"Virou amiga do esquisito?" Revirei meus olhos e o dei um empurrão de leve no ombro de Luke.

"Vamos logo voltar para o jantar."

^^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^^

Assim que Stiles fechou a porta do banheiro atrás de si, sua mão voou até o seu celular no bolso da calça. Havia sido muita coincidência o novo assistente do xerife ser o pai de Amy e, com certeza, Stiles usaria isso ao seu favor.

Colocando na discagem rápida, Scott atendeu logo no segundo toque.

"Stiles?" A voz abafada do moreno delatava que ele estava a dormir.

"Eu estou na casa da Amy"

"Amy, a que estávamos falando mais cedo?" Agora Scott já parecia mais desperto.

"Não, Amy Winehouse" Stiles disse sarcástico quase dando um pulo exasperado ao telefone "Claro que é a Amy que estávamos falando, idiota. Vem para cá agora!"

"O que? Mas o que você quer que eu faça?" Scott sussurra como se alguém realmente o pudesse escutar.

"Descobrir sobre eles, óbvio. Eu posso sentir o cheiro de maldade e psicopatia daqui" O moreno fala com uma careta.

"E onde é que você está?" Scott continua ignorando o comentário de seu amigo.

"No banheiro, tenho que ir logo antes que eles desconfiem"

"Você está me ligando do banheiro, Stiles?" O tom de desgosto na voz do outro lado do celular.

"Só venha para cá, agora!" E dito isso, ele desliga o celular.

^^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^^

O jantar já ia a meio e Amy estava a ponto de morrer de causas naturais, vulgo tédio. O assunto dos adultos na maioria era sobre velhos casos e com isso a garota constatou algo. Beacon Hills era uma cidade parada, mas de uns três anos para cá, havia casos estranhos não solucionados, deixando a garota abismada.

Ao seu lado, Luke comia de uma maneira que fazia a caçula se perguntar qual o problema que o mais velho tinha para ser tão imaturo as vezes, e sentado em sua frente estava Stiles que brincava com o garfo e sua comida quase intocada como a de Amy. Ela não estava com muito apetite naquela noite.

Stiles parecia checar o seu celular por baixo da mesa a cada segundo, como se esperasse uma mensagem importante, o que intrigava a curiosidade da garota, mas ela preferiu esquecer isso quando ouviu o nome Rebecca Brooks vindo do lado dos adultos. Stiles também pareceu se interessar, já que deixou de lado o seu telefone e passou a prestar atenção no que o xerife Stilinski falava.

"Soube que acharam vestígios de pelo animal do corpo de Rebecca Brooks" O pai de Amy comenta categórico. O Sr. Stilinski confirma sem entender onde Elliot queria chegar, mas sentia que não seria bom.

"Também fiquei sabendo da breve opinião do legista: foi um animal selvagem, provavelmente um lobo." Dito isso um barulho de pratos se espatifando ressoou alto pela cozinha, arrepiando até a nuca de Amy por algum motivo.

Sua mãe se encontrava quase estática com seus pratos de porcelana tão amados, agora reduzidos a cacos aos seus pés. O olhar de Anne parecia vítreo, pequenas órbitas ocas com uma íris verde no âmago, e seu rosto não parecia conseguir expressar nenhum sentimento se não o vazio momentâneo que logo foi voltando a faceta normal quando seu marido a sacudiu pelos ombros, preocupado.

Ela gaguejou um pouco antes de parecer, de fato, voltar a sua sanidade, mas mesmo assim ela passou a agir estranha.

"Oh, como sou desastrada. Me desculpem" Ela força um sorriso ao qual parecia fazer esforço para conter e recusa a ajuda de Elliot para limpar o chão. A matriarca da casa some para a despensa, provavelmente para buscar a vassoura.

Depois de o caso se acalmar, as duas autoridades voltaram a falar, mas desta vez Amy não queria continuar a escutar. Ela estava certa. Havia sido o lobo de olhos em brasa que havia matado Rebecca Brooks. Ela não sabia se ficava orgulhosa de ter acertado suas suspeitas — o que no fundo não era nada bom, pois indicava que de fato o lobo gigante era real, e tinha tirado uma vida inocente.

O estômago de Amy pareceu embrulhar e dar uma cambalhota em sua barriga, a enjoando. Ela arrasta a cadeira acabando por fazer um som estridente no parquê de madeira, chamando a atenção dos ali presentes que a olharam questionadores. Stiles parecia ser o mais interessado no repentino mal estar da garota, um pequeno V se formando entre as suas sobrancelhas.

"Não estou me sentindo muito bem, acho que vou subir para o meu quarto" Amy explica e sem esperar por respostas ou a chance de seu pai a impedir, ela vira as costas e sai a passos discretamente apressados.

Mais um rangido de cadeiras é ouvido e logo Stiles se levanta em um ápice. Era a vez de seu pai encara-lo desconfiado. Quando o menino fazia aquela cara, era porque faria alguma idiotice ou algo ilegal. Ou os dois.

"Hum, eu acho que vou de novo ao banheiro" Ele fala pausadamente por conta de ter inventado a desculpa esfarrapada na hora, e como se para justificar, ele ergue o copo de agua quase cheio em sua frente "Bebi muita agua" Ele o coloca no lugar e antes de esperar mais uma careta de reprovação do xerife, ele sai meio que aos tropeços até as escadas, seguindo o caminho da garota enquanto amaldiçoava baixinho.

Scott estava no quarto de Amy, e se ela entrasse lá, ele não saberia nem por onde começar a explicar. Principalmente ao pai policial dela. Ele enxerga-a a ponto de entrar em uma porta no final do corredor, e em uma ideia besta, mas genial ao mesmo tempo, ele corre e segura o pulso da mão de Amy que estava girando a maçaneta. Ele coloca seu corpo em frente a porta do quarto, obstruindo a passagem.

Ela a lança um olhar mortífero que lembrava o de seu irmão bastardo, mas que logo foi substituído por um cansado. Com um suspiro, ela indica o seu pulso com uma sobrancelha arqueada, Stiles logo a larga, gesticulando e abrindo e fechando a boca algumas vezes antes de finalmente falar:

"Por quê não saímos para caminhar? A noite está tão bonita" O garoto oferece em um gesto claro de nervosismo ao qual o motivo Amy desconhecia.

"Stiles, por favor sai da frente da porta" Amy fala em um tom monótono, o garoto conseguia ser quase pior que seu irmão, e isso era um recorde.

"Por que?" Ele muda o peso do corpo de um pé para o outro. A garota percebe que ele estava a esconder algo, só não sabia o quê.

"Por que as pessoas precisam que a porta esteja aberta e sem idiotas na frente para poderem passar!" Ela responde sarcástica e mal-humorada, decidindo tomar as iniciativas ela mesma e tentar fazer com que o corpo magricela do garoto saísse de sua frente, mas é surpreendida quando o mesmo a consegue colocar contra a parede ao lado da porta. Stiles pensa que se olhar matasse, o olhar assassino que Amy o lança já o teria matado. Sem mais ideias ele suplica.

"E se eu precisasse que você confie em mim cegamente sem saber o que está acontecendo" Ele diz cauteloso a garota morena que revira os olhos exageradamente.

"Que diabos está fazendo Stiles, me solta!" Amy diz ríspida entredentes.

"Isso não vai ser possivel" Stiles balbucia e em um pensamento rápido, Amy pisa com força no pé do garoto fazendo-o solta-la e xingar nomes enquanto agarra seu pé dolorido.

A garoto aproveita e entra em seu quarto de supetão, escancarando a porta. Stiles fala exasperado algo sem sentido para tentar impedir Amy em vão enquanto ela leva a mão ao interruptor. De soslaio, ela jura ter visto duas órbitas vermelhas flamejantes que gelam seu sangue, apenas a fazendo ligar logo a luz para revelar...absolutamente nada.

"O que está acontecendo aqui?" A voz do xerife se projeta até os ouvidos dos jovens, mas seu olhar repreendedor parecia mais voltado ao seu filho.

"Nada, apenas estava vendo se Amy estava bem" Stiles coloca as mãos nos bolsos e parece ignorar mais um olhar mortal de Amy voltado a ele. Bastardo!

"Foi isso Amy?" Sr. Stilinski parecia saber das proezas de seu filho, por isso perguntou a garota.

Mas sem saber o por que da estranheza de Stiles e o motivo de suas maluquices, ela suspirou derrotada.

"Foi" Ela confirma a mentira.

"Então acho bom já irmos indo" Eles se despedem do pai de Amy que a olha com um olhar estranho antes de leva-los até a porta.

^^^^^^^^^^^^^^•^^^^^^^^^^^^

Amy's point of view

Fecho a porta de meu quarto em um baque. Amaldiçoando até a ultima geração da família de Stiles — sem incluir o Sr. Stilinski que parecia agradável — eu me jogo em minha cama, atirando as sapatilhas que usava em qualquer canto do chão.

Respiro fundo e passo a mão por meu rosto, como se assim pudesse assimilar a noite de hoje e desanuviar meus pensamentos na maioria das vezes confusos.

Minha mãe estava estranha, meu pai estava cuidando do caso de Rebecca Brooks e Stiles era um desgraçado hiperativo. Bufando, sento com as pernas escarranchadas na ponta da cama, olhando ao redor de meu quarto. Havia algo ali que ele não queria que eu visse. Talvez tivesse a ver com os dois olhos de um vermelho escarlate que estavam no escuro quando liguei a luz. Ou apenas foi ilusão de ótica. Preferia me iludir e acreditar na segunda alternativa.

Algo chama minha atenção. A sensação de quando algo está errado, um objeto fora do lugar talvez, mas que algo estava deslocado. Tinha essa sensação em meu peito quando senti uma brisa me arrepiar por completo. A janela estava aberta, e desta vez eu tinha certeza que havia a deixado fechada.

Alguém havia invadido meu quarto.

N/A: Olá pessoas lindas do meu ❤️

Eu sei que demorei alguns bons dias pra atualizar, podem me matar se quiserem...ou não, sla. Enfim, resumidamente eu não atualizei porque tive vários compromissos da escola e estava com um bloqueio de criatividade legal. Argh como odeio quando isso acontece.

Enfim, espero que me perdoem e que gostem do capitulo, deixando seu voto e seus comentários liamdos e xerosos como vocês ❤️Estamos em 525 vizualizações e eu estou explodindo de felicidade! Sério, estou tão feliz :3

Enfim, acho que é isso.

All the love, L.

Continue Reading

You'll Also Like

785K 60.1K 53
Daniel e Gabriel era o sonho de qualquer mulher com idealizações românticos. Ambos eram educados, bem financeiramente e extremamente bonitos, qualque...
1.5M 138K 121
Exige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue fr...
81.9K 5K 54
Karine uma simples gandula do Allianz Parque, sua vida sempre foi monótona e sem emoção alguma, até acabar ganhando a atenção de Joaquín Piquerez, o...
1.1M 70.5K 75
De um lado temos Gabriella, filha do renomado técnico do São Paulo, Dorival Júnior. A especialidade da garota com toda certeza é chamar atenção por o...