As Duas Versões

marialauranog

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Se a vida de Marília fosse um livro, ela certamente saberia qual a versão de Pietro sobre aquele reencontro;... Еще

Oi, gente! E informações
Prólogo
Reencontro de All Star
O início - flashback
O Grande Dia
Flashback I - versão Pietro
Amigos
Flashback II
Bônus - por Pietro
1K :DDD
Sobre tias inconvenientes
Bônus (2) - por Pietro
Perguntas e respostas
Sinônimo de azar
O jogo virou?
Sofá compartilhado
Açaí com brigadeiro
Tiete da Taylor Swift
Momentos - flashback
Um grande mal-entendido
O fim da negação
Bônus (3) - por Pietro
Fora de foco - flashback
Quatro caipirinhas
Vergonha em dobro
As duas versões
#MyWattysChoice
Sobre ironias
Outras possibilidades
Um brinde às garotas
A terceira versão
You know nothing, menina Lia
Recíproco
Confidências
Era uma vez, a sanidade
Grupo no whatsapp
Perdida
Recomeço
Ah, a vida de casal...
Enlaçados
Mentira tem perna curta
Alerta de spoiler
Tempo indeterminado
Pensamentos atordoados
Pingos de chuva
Epílogo (por Pietro)
Agradecimentos
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Papo de irmãos - por Pietro

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marialauranog


Depois de deixar Lia em casa, eu fui buscar Rebeca na casa de Analu, aquelas duas não se desgrudam nunca.

— Pietrooo, obrigada por vir! – Minha irmã diz, fazendo sua melhor expressão angelical e entrando no carro, eu aceno para Analu.

— Não tem de quê, eu já tava com o carro na rua mesmo.

— Onde você foi?

— Saí com a Lia. – Digo já escutando seu risinho de aprovação.

— Yaaaaaay! Eu preciso contar pra Analu! Espera, como foi? Vocês se beijaram? – É claro que eu não poderia esperar mais discrição da parte de Rebeca.

— Você parece uma criança às vezes, não alguém que está prestes a ir pra faculdade.

— Quem é que precisa de maturidade, pelo amor de deus? Agora responde as minhas perguntas, coiso.

— Foi bem legal, ela atrasou porque teve que ajudar uma amiga, mas foi ótimo. É estranho pensar que depois de tanto tempo, Lia ainda é Lia, só não tão certinha como antes.

— Que bom, né. Porque ela era uma chata de tão certinha.

— Rebeca, você viu ela uma única vez naquela época!

— Eu sei, mas ela era sem graça. – Diz e eu nego com a cabeça.

— O que você acha dela agora?

— Ela é ótima! Não gosta de Taylor Swift, o que a fez perder uns pontos comigo, mas ainda assim, ótima. Mas e o beijo Pietro, rolou ou não??

— Não! Tá muito cedo pra isso ainda.

— Você é um bundão.

— Um bundão que você usa como chofer, não devia me tratar assim. – Digo e ela gargalha.

— Verdades devem ser ditas, meu caro.

— Se você quer saber, eu achei que ela fosse me beijar e eu até pensei em fazer alguma coisa, mas não sei... Parecia um jogo, desde quando a Lia joga?

— Bundão. – Eu rio e a empurro. — André me disse que a Gabriela foi lá pra casa hoje...

— É.

— "É"? Isso é tudo que você tem a dizer?

— Uai, o que você espera que eu diga? Ela foi lá em casa, Lia estava lá, Lia saiu, ela ficou me encarando e depois simplesmente foi embora.

— Que estranho... Você não foi atrás dela?

— Fui, perguntei se estava tudo bem e se ela precisava conversar, ela negou e foi embora.

— Estranho... – Diz e fica me encarando enquanto nós esperamos o semáforo abrir.

— O que foi?

— Por que você ficou com ela, em primeiro lugar? – É claro que uma pergunta assim viria, não sei como ela não tinha tocado nesse assunto até hoje.

— Eu gostava dela, ela me divertia.

— Uau, isso pareceu bem apático.

— Não foi apático, eu gostava dela, é verdade. Gabriela é uma boa garota, ela só...

— Só não é a Lia, hã?

— Não é o que eu ia dizer. Eu não sei, só faltava algo.

— E você só percebeu isso quando a Lia apareceu na sua vida de novo.

— Não. No fundo, eu sempre soube. Eu estava feliz com ela, mas era como se ela fosse uma amiga, entende? - Digo de forma retórica e ela concorda com a cabeça. — Quando a Marília apareceu e nós passamos a conversar de novo, eu comecei a me perguntar se o que eu tinha com a Gabi valia a pena, tanto pra mim quanto pra ela, era como se eu estivesse enganando-a, sabe?

— Sei. Essas coisas são complicadas. – Diz, e olha para a janela, divagando sobre algo.

— No que, ou melhor, em quem você tá pensando?

— Hã? – Ela não escutou nada do que eu disse, tenho certeza.

— O Luís, Beca. Como vai o Luís?

— Que Luís, garoto? Tá doido?

— Sabe o que eu acho?

— Não. E não quero saber. – Ela tapa os ouvidos e começa a cantar Taylor Swift. Muito madura.

— Eu acho que você finalmente percebeu o quanto gosta dele, mas passou tanto tempo tratando-o como "coisa de verão", que agora está com medo que ele te trate da mesma forma.

— Você não sabe de nada. – Diz. Parece que eu já ouvi isso hoje, maninha...

— Sabia que você tava me ouvindo apesar de todo esse teatrinho aí. – Falo rindo e abro o portão da garagem, apesar do trânsito, não demoramos tanto assim para chegar em casa.

— Aff. – Bufa e sai do carro batendo a porta mais forte que o necessário. Ah, o amor...

— Oi, mãe. – Digo ao encontrá-la jogada no sofá, na mesma posição de quando saí. — Tudo bem aí? – Ela não me responde, então resolvo me sentar ao seu lado. — Você passou o dia todo no sofá.

— Não. Rebeca e aquela amiga dela me forçaram a dar uma volta hoje de manhã. – Ela diz com sua voz monótona. Um ano. Há um ano ela está assim. Há um ano eu não consigo reconhecer a minha própria mãe. Por que doenças como a depressão têm de existir?

— A senhora tomou seus remédios? – Pergunto tocando sua mão, ela nem se move.

— Estou cansada dessa pergunta, eu não sou uma criança! – Diz, se levantando.

— Onde a senhora vai? – Pergunto, mas não obtenho resposta. Sigo-a até ver que entrou em seu quarto. Do sofá para a cama todos os dias. Suspiro fundo, enquanto lembro da mulher animada e cheia de vida que ela costumava ser antes da morte do vovô.

— Você acha que um dia ela vai voltar a ser o que era? – André me pergunta, assim que sento na varanda e entrego-lhe uma cerveja.

— Eu rezo todos os dias para quem quer que possa ouvir, para que sim.

— Você acha que esse tratamento tá fazendo algum efeito?

— Não sei, cara. Acho que não, mas o médico disse que temos que esperar mais.

— Incrível como eles dizem pra que esperemos, sendo que tudo que queremos é fazer algo, qualquer coisa mesmo pra fazê-la se sentir melhor.

— É... – Digo. Nós ficamos em silêncio por longos minutos, refletindo sobre aquilo.

— Como estão as coisas com a Amora? – Digo, por fim.

— Bem, incrivelmente bem. Eu costumava pensar que relacionamentos esfriavam com o tempo, mas com a Amora... Cara, ela é incrível.

— Fico feliz, bro. – Digo, apertando seus ombros. Sinto meu celular vibrar no bolso. É Marília.

> Você ainda não me respondeu. Coldplay ou Pink Floyd?

Sorrio ao ler a mensagem e digito outra rapidamente:

> Você é injusta. Tenho mesmo de escolher?

> Sim!

> Tá, mas me deixa pensar.

> Você tem um minuto. Estou contando.

Analiso todos os prós e contras de cada banda. Se é que existem contras, vamos lá Pietro, sempre existem contras. Meu celular vibra de novo com mais uma mensagem de Lia:

> 30 segundos

> Você está me desconcentrando!

> 25 agora.

> Grrr, tá bom! Pink Floyd, eu prefiro Pink Floyd!

> Hahahahahaha, posso saber por quê?

> Porque eu comecei a gostar deles antes de gostar de Coldplay.

> Péssimo argumento, tsc tsc. Mas vou aceitar, só porque sou maravilhosa.

> Hahahaha, humildade mandou lembranças.

> Boa noite, Pietro.

> Boa noite, Lia.

— Marília? – Meu irmão pergunta sorrindo.

— É.

— Tão bom ver vocês se falando de novo.

— É maravilhoso, incrível, é Taylor Swifístico! – Rebeca senta ao lado de André, na nossa varanda.

E então ficamos os três, falando sobre qualquer baboseira (inclua notícias sobre a vida amorosa de Taylor Swift), nossos medos e expectativas para o futuro. Porque não importa quanto a vida mude, sempre teremos um ao outro.

***********************************

Oi :D

Quem está orgulhosa de si mesma por ter conseguido cumprir a promessa de capítulo durante a semana?? o// Hahahahaha.

Esse capítulo foi meio difícil de escrever, eu estava enrolando pra falar sobre a mãe de Pietro há um tempão simplesmente por não saber como lidar com ela e a doença. Mas agora ela vai aparecer mais vezes e eu espero muito mesmo não estragar tudo.

O livro chegou a 44K esses dias tava em 175º em ficção adolescente no ranking! Nem preciso dizer que tô super, mega, hiper, ultra feliz, preciso? Tô ansiosa pros 50K!!!!!!! Obrigada mesmo, eu nunca imaginaria isso quando comecei a escrever <3 

Enfim, espero que tenham gostado do capítulo do Pietro (fazia muito tempo que ele não vinha contar sobre a vida dele) e até domingo! Bjbj ♥

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