Crosswords

By kcestrabao

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Lauren é responsável por fazer as palavras cruzadas do mais importante jornal de Nova York. É uma mulher que... More

Camila
Cabello
Anel
Beautiful
Aceitação
Please, No Promise
Almost a Suavim
All I Have
I'm Here
Christmas
Sides
Be Loved
A Few Things
Feelings
Crossword
Cruzada
Mistake
Gitana
Amor
I Know You
Supposed
Almas Entrelaçadas
Slowly on You
Casamento
Desire Lesson
Primeiro Beijo
Gift
Far Away
Verdade
Usted
Escolhida
Love Story
Lust & Love
Sinta
Diving Deep Into You
Sixth Sense
B*tch
Kali
Karla
Sensación
Nice To Meet You, Lauren
Destino
Loca Enamorada
Say It
Crossed Worlds
Vows
Home
Collide
Body & Soul

Olhos Castanhos

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By kcestrabao

"Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre."

Vladimir Nabokov

Suor.

Escorria pelas minhas vestes enquanto eu aumentava o ritmo de corrida e virava a esquina do meu prédio, pisando duramente no chão, há poucos metros, perto da barraquinha de hot dog eu pude avistar uma cena que me fez sorrir.

O Husky e o dono, ele estava calmo hoje, diminui o ritmo ao me aproximar, meu olhar indo nele, que ao me ver, pareceu ter me reconhecido das outras vezes, vi seu rabo abanar e o dono me olhou sorrindo, mordiscava seu hot dog de sempre.

- Olá, carinha. – O saudei, tocando em sua cabeça, fechou os olhos aproveitando o carinho, parecia sonolento.

- Olá, Lauren. – Troy falou com o sorriso simpático que levava na boca desde sempre. Meus dedos se perderam entre os pelos brancos, macios, era um ritual que eu andei fazendo durante todos esses três meses que se passaram.

Eu conseguia ver o Husky, que agora, já sabia com propriedade, chamava Bud.

- Eu peguei uma cruzada nível difícil hoje! – Troy, me falando sorrir o olhando, estava com um jornal debaixo do braço, eu sentia a satisfação me dominar.

- E conseguiu começar? – Perguntei. Ele sorriu negando, terminou seu hot dog e deu alguns passos, limpando os dedos e a boca em um guardanapo.

- Gosto de pensar em suas cruzadas, são difíceis, por isso começo elas em casa. – Ele falou pagando o senhor do carrinho, que me olhou simpático. Tinha traços fortes latinos, pele bronzeada, os olhos enegrecidos.

- E Bud? Curte das minhas cruzadas? – Perguntei afetuosa, o cachorro pareceu reconhecer seu nome falado pelos meus lábios. Acariciei sua cabeça e ele voltou a pousar a cabeça sobre as patinhas, sonolento, não se importava mais com o movimento em volta.

- Ele é o seu maior fã... – Troy falou coçando a nuca. Eu sorri. Eu também tenho essa estranha obsessão por esse cachorro, em especial esse cachorro, ele parece sentir-me realmente como eu sou.

- Foi tão bom ver vocês hoje, pensei que não ia conseguir vir a tempo. – Falei satisfeita, me erguendo, e o olhando. Ele puxou a coleira com delicadeza, o que fez o cachorro se erguer, agitando o corpo, tentando despertar, moveu, lambeu minha palma e balançou o rabo com o olhar desviando na direção oposta em alerta.

- Foi bom te ver também, Lauren... – Ele falou, chamando minha atenção para olhar seu rosto. Era sempre tão gentil comigo, eu realmente não entendia, meus olhos se perderam no padrão perfeito que os seus cabelos mel faziam, todo engomadinho, onduladinho, com fios pequenos soltos e loucos.

- Lauren...

Pisquei, focando meu olhar nele, sentindo minhas bochechas queimarem.

- Desculpe. – Pedi, pela minha facilidade de me perder em pensamentos no meio de conversas alheias, Bud se moveu mais firme, dando um latido repentino. Eu foquei nele, tarde demais para evitar sentir o esbarrão violento contra o meu corpo, o que me desequilibrou a ponto de quase cair, se não fosse o braço firme de Troy me segurar no último segundo, Bud voltou a latir alto enquanto eu respirei fundo, ato automático que tornou tudo esquisito. A fragrância que preencheu minhas narinas me fez piscar hipnotizada virando o rosto na direção do corpo no sobretudo, os cachos castanhos caindo nas costas, pela primeira vez, o rosto estava reclinado de lado, como se tentasse olhar atrás, o braço segurando um celular no ouvido esquerdo, o perfil era borrado, difícil de visualizar de longe, eu pouco vi, mas o cheiro me fez apertar os olhos, tentando enxergar mais, foi como um soco no estômago.

- O que foi isso? – A voz masculina me fez mover o rosto, ainda fascinada por aquilo que sequer conhecia, foi a décima quinta vez que isso acontecia, a décima quinta morena, e a mais intrigante de todas foi essa, essa...

- Eu realmente não sei... – Falei tocando no cenho, uma confusão completa surgiu na minha cabeça, toquei os dedos na testa, olhando o corpo se perder à distância. Sem fôlego, eu estou sem fôlego, esse foi o melhor perfume que eu já senti.

- Você sentiu o perfume? – Perguntei, ainda confusa, olhando Troy, ele assentiu, o olhar parecia tão vidrado quanto o meu na direção da estranha.

- Nem pareceu real, ela estremeceu quando passou, Bud ficou louco. – Ele falou. Eu suspirei.

Que mulher é essa?

-

- Preciso apenas de um livro, Ally, não vou demorar, eu juro. – Falei ao telefone, as minhas botas batendo contra o asfalto da entrada da biblioteca de Nova York. Ally falava situações confusão e cheias de informações do outro lado da linha, foquei em um Outdoor no outro lado da rua, tinha uma loira, de óculos escuros, usava um biquíni estranho, amarelo.

Venha para as melhores férias de suas vidas.

Que estranho, ela parecia tão pálida naquela cor e os fios da roupa, não faziam jus, era algo sem encaixe.

- Lauren?

Pausei, analisando o Outdoor com minúcia, era uma agência de férias, o símbolo triangular, e as pontas douradas, parecia um gavião dourado em forma de triângulo.

- Lauren?

Mas não era só aquilo, tinha mais informações excessivas que pesavam sua mente, seu olhar, pesavam e pesavam, são informações demais! Isso não atrai ninguém! Deveriam ter contratado um grupo de marketing melhor.

- Lauren!!!!!!! – Estremeci fazendo uma careta, focando no telefone nas mãos.

- Oi, estou aqui, eu só... – Pausei, indecisa.

- Esquece, apenas continue. – Pedi. Ela suspirou meio resignada do outro lado.

- Então, como estava dizendo, eu preciso de sua ajuda em algo aqui na redação, poderia não enrolar tanto perdida e entretida com coisas banais na rua? Eu te amaria mil vezes mais por isso. – Ela pediu, honesta. Eu fiz uma careta.

- Tudo bem, eu já estou indo, apenas um livro, um livro e tudo se acaba, estarei aí. – Falei, ainda com aquela sensação de culpa por ter a deixada sem respostas por certo momento, não era como se pudesse controlar me perder, mas... eu me sinto culpada quando acontece.

- Lauren? – Novamente, perguntou, era um tom mais baixinho.

- Sim?

Ela pausou, respirou fundo.

- Eu já te amo muito, não se preocupe com isso, me perdoe pela rudeza, apenas venha logo. Cuidado com a rua, e ao atravessar a faixa.

Lá estava, um sorrisão no meu rosto.

- Sim senhora.

Aquilo me aquecia, Ally é uma das minhas pessoas favoritas, mesmo com suas excentricidades, ninguém é sempre igual ao outro, não é? Isso nos tornava uma dupla perfeita, eu também a amo.

Music on* This Feeling – Alabama Shakes

Coloquei o telefone dentro de minha bolsa e foquei meu olhar sorrateiro na extensão de entrada da biblioteca, estava em um horário tranquilo, entrei pelas grandes portas de madeiras, já olhando curiosa, e novamente lá estava a menininha, nada da bibliotecária.

- Olá, eu quero pegar um livro. – Falei acenando. Ela pareceu me reconhecer, pois deu um sorrisinho todo envergonhado e caminhou para perto das fichas de livros.

- Lauren Jauregui, não é? – Perguntou. Eu assenti, ela deu de ombros e acenou.

- Pode ir lá. – Falou casualmente, os dedinhos adentrando seu macacão coloridos dos ursinhos carinhosos. Entrei no ambiente amplo, meus olhos já viajando pelas seções que me era de interesse, hoje eu queria um cara especial.

George Orwell.

Coloquei minha bolsa de lado sobre uma das mesas metálicas e desviei o olhar focando na estante que era o dobro do meu tamanho, os livros todos extremamente organizados e conservados, vamos lá, eu posso reclamar de nunca a ver, mas essa bibliotecária é dedicada.

A estranha sensação de ansiedade me invadiu e eu tive que repuxar uma das folhas em branco da bolsa, puxando uma caneta rápida, alucinante.

Dedicação.

Tracei, pensando na próxima cruzada, que vinha com o tempo, a vida, e a inspiração. Soltei a caneta sobre o papel e caminhei para a estante focada em perseguir o meu livro. Vamos lá, procuro a revolução dos bichos.

Meus dedos tocavam lateral por lateral de livro, enquanto meus olhos iam e vinham tentando achar o R perfeito seguido de E.

Pausei o polegar, satisfeita, e sorri repuxando o livro nos dedos, o que acabou me iludindo, o livro foi repuxado na mesma intensidade por alguém do outro lado, eu só podia ver as unhas coloridas de branco. Eu sou o livro e a pessoa puxou o livro, se inclinando e me olhando pela fresta. Era uma mulher.

É claro.

A mulher sorriu, sua expressão era de curiosidade. Eu gosto de detalhar bem novas expressões. Suas sobrancelhas eram bem-feitas, negras, com traços bem delicados, o nariz arrebitado, e os lábios era tão preenchidos, eu duvidaria se não era um tal procedimento cirúrgico, mas parecia coisa natural e genética demais. E o último e possível notável detalhe, eras os cabelos castanhos sedosos caindo em cachos sobre seus ombros, contornando sua pele um pouquinho bronzeada demais, ela tem um tom mel de pele. Eu imaginava mesmo mel derretido.

Deslumbrante.

Quando eu vejo coisas deslumbrantes, meus olhos até se projetam melhores, eu enxergo tudo mil vezes melhor. É como um colírio.

- Desculpe. – Falei quase sem voz. Ela negou.

- Eu sou a Bibliotecária. – Falou aquela frase como se justificasse tudo, e sim, parecia tão certo, realmente justificava.

- Eu até citei para a garotinha do banco que fiquei curiosa sobre a bibliotecária. Não esperava te encontrar de maneira tão inusitada.

Ela sorriu torto e contornou a estante de livros, se aproximando de mim e me deixando a olhar completamente como realmente era. Melhor, melhor do que eu podia imaginar.

Estendeu o exemplar no livro que ambas pegamos e eu neguei.

- Tudo bem, era apenas por diversão mental, eu estou bem, acho que já consegui inspiração para a próxima cruzada.

Ela pareceu curiosa sobre do que eu estava falando. Era claro. Ninguém realmente entende nada do que eu falo.

- Aqui.

Andei para perto da mesa e estendi o braço para tocar nas folhas de papéis. Ela olhou com certa curiosidade e eu apreciei a maneira em que moveu a mão e puxou o papel para perto do rosto.

- Você faz palavras cruzadas?

Não era um tom de julgamento, nem de acusação, nem deboche, de espanto, ou graça, era de curiosidade. Ninguém fica curioso comigo de primeira.

Oh não.

- Eu faço, trabalho no New York Times. – Respondi orgulhosa com um sorrisão estampado na cara. Ela me olhou e eu engoli em seco.

Oh não, eu usei o tom de orgulho mais do que três vezes no mês. Eu vou estar bem ferrada. Fiz uma careta descrente pela minha falta de atenção.

- Por que eu nunca te vi antes? – Perguntou pousando o papel na mesa.

Eu neguei com o rosto, a olhando melhor, preciso de óculos e lentes de contato para poder entender a magnitude e adorabilidade do que estava a minha frente. Eu finalmente achei algo tão tentador e apreciativo quanto um Husky Siberiano, pasme, é um ser humano.

- Só faltou o pelo branquinho e os olhos azuis. – Falei repentina, era mais para mim mesma. Ela arqueou a sobrancelha.

- O que?

- O Husky

- Que Husky?

- O Cachorro, Bud.

Silêncio.

- Você é engraçada.

Eu não sorri, eu fiquei séria. Bem séria...

Já falei que ninguém me achava engraçada, as pessoas me odeiam. Ela literalmente era um Husky.

- Tenho uma coisa a falar.

Ela suspirou e acenou para que eu prosseguisse, e eu olhei naqueles olhos castanhos e pedi um segundo. Peguei minha caneta perdida sobre a mesa e curvei-me pressionando a ponta contra o papel.

Chocolate.

Bem no meio.

Abandonei a caneta e foquei nela, parecia divertida, eu não sei bem o que era aquilo.

- Eu acho que quero saber o seu nome. – Ela sorriu.

- Camila.

Eu estanquei.

- Esse nome, Camila, anda me perseguindo, seu nome realmente é Camila? Eu esbarrei em uma, tempos atrás, e ela foi muito bruta, apesar de que os gostos literários dela eram bem intensos... Mas ela nem se virou para pedir desculpas. – Comentei dando de ombros.

- Acho que é um mal que eu também sofro, eu vivo esbarrando nas pessoas e nem ligo ou percebo. Deve ser o mal do nome, Camila... Camila do latim, caos. – Sua voz soou tão aveludada e jovial, eu parei prestando atenção na tonalidade até o silêncio preencher o espaço que nos afastava.

- Você sabe que não tem nada a ver não é?

Ela sorriu.

- Foi uma piada... – Seu tom se estendeu arrastado. Ela é um Husky, meu deus.

- Ufa!

- Você é Camila de quê? – Ela cruzou os braços e me olhava tão ternamente que eu podia sentir ser digna de dó.

- Cabello.

Silêncio.

Oh não.

- Cabello? Você tem primas?

- Tenho... Por que? – Franziu o cenho realmente confusa. Confusa estou eu.

- Eu esbarrei em uma Cabello também, e dessa vez ela deixou um cartão de dia dos namorados ou cartão de amor no chão, o cara era um saco, romântico demais para o meu gosto, era uma prima sua? Se for, avise para ela sair fora, eu tive diabetes só de olhar. – Perdi-me em meus pensamentos até voltar meu olhar para o seu rosto. Ela não sorria mais.

Silêncio.

Até que toda a droga fez sentido. Oh meu deus.

- Era você né? – Perguntei coçando a nuca, um pouco atônita pelo destino estranho.

Ela assentiu desviando o olhar para a estante de livros ao nosso lado.

- Eu acho que foi uma brutal coincidência. Guardou a lista de livros e o cartão? – Perguntou. Eu assenti.

- Deve ter ficado no bolso da minha jaqueta, mas prometo procurar, quer de volta? – Perguntei.

Ela ergueu o indicador, pousando no queixo, pensativa, os olhos castanhos cerrando. Eu senti o impacto.

- Só a lista de livros, eram exemplares para reposição aqui, preciso disso, ou vou ter que tirar tudo do lugar e analisar um por um novamente. E quanto ao cartão... – Deu uma pausa arrastada e eu esperei, ansiosa para ouvir.

- Piquei-o em trezentos pedaços e o queime. Eu não me importo.

Abri a boca um pouco chocada, mas assenti logo em seguida. Sua raiva pelo rapaz parecia bem nutrida.

- Algum problemão?

- Ele é um idiota, aquilo nem foi ele que escreveu, deve ter copiado do primeiro site que viu.

Oh, que imprudência e falta de criatividade.

- Por isso do tom meloso sem medida...

- Uhum...

Eu foquei nela. Pela centésima vez em um só período pequeno de tempo. Ela usava jeans, um bota baixa e pequena, cashmere creme. Suas unhas pintadas de branco.

- Você é um Husky Siberiano. – Falei sorrindo.

Ela pareceu duvidosa e relutante.

- E isso é algo bom? Está falando tanto nisso...

O que?

Engoli com firmeza.

- Husky Siberiano é a minha coisa favorita nesse mundo. – Falei sem ter plena noção do que aquilo iria significar para ela. Não até perceber a trapalhada e arregalar os olhos negando.

- Oh, espere, eu...

Ela sorriu, eu parei. O sorriso ia até os olhos e ela conteve algumas mechas de cabelo atrás da orelha. Chocolate e Mel.

- Tudo bem, eu gostei do elogio. Significa que sou diferente, huh? – Perguntou.

Eu assenti desconcertada pela minha boca insana, que droga?

- Obrigada... Qual o seu nome?

Suspirei tomando um fôlego, olhei pela extensão da biblioteca, a garotinha ainda não havia aparecido, e eu apenas repousei meus olhos em alguns livros na altura máxima da estante, voltando meu olhar para ela após me perder tão facilmente.

- Lauren Jauregui.

- Certo, Lauren. Eu preciso voltar para dentro, consegue seguir sem apoio? – Perguntou. Eu diria que sim, mas senti que ainda não estava pronta para a deixar sair, não era como se eu pudesse mantê-la aqui para sempre também. Eu só...

- Preciso de alguma ajuda com um livro, eu sempre tive curiosidade de saber o motivo de manterem livros naquele nível ali. – Apontei para a estante, os primeiros livros lá de cima. Ela me olhou com certa relutância.

- São exemplares clássicos mais antigos. Algumas doações de colecionadores. Pretende se aventurar em algo? – Sua pergunta me fez sorrir.

- Acredito que ainda esteja um pouco despreparada para isso, mas valeu a tentativa. Obrigada. Ca-mi-la.

Eu pronunciei seu nome pausadamente, separando as sílabas com delicadeza. Ela deu uma piscadela e apoiou a mão sobre a mesa.

- Desculpe sobre os esbarrões, não foi por mal, mas na verdade devem ter os seus motivos. O que claramente é o ponto onde chegamos. Talvez o destino só queria que eu olhasse para o seu rosto e pedisse desculpas. – Foi a coisa mais doce e adorável que eu já ouvi de alguém.

Ninguém se importa comigo, não quando não precisam de mim. Eu só tenho Ally para chamar de amiga, e ela sempre está ocupada demais para me salvar de tudo, sempre.

- Obrigada, e isso foi realmente muito doce. Obrigada. – Sussurrei em resposta, com certa dificuldade em falar exatamente o que eu queria. Às vezes eu falava demais, pensava demais e aqui estou eu, travada, pensando de menos, falando de menos.

- Nos vemos? – Perguntou. Eu assenti rapidamente. Ela deu uma última piscadela e se afastou de mim, entrando na portinha lateral que dava para os fundos e desapareceu da minha vista, me deixando cheia de dúvidas e bem exaltada para conseguir controlar meus pensamentos. Um pão de mel, que tem os olhos castanhos mais lindos que eu já pude ver.

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