Tear In My Heart

By larrygurl

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Harry Styles, 32 anos, dois filhos. Tinha a vida até então perfeita, quando de repente se encontra num proces... More

One.
Two.
Three.
Four.
Five.
Six.
Eight.
Nine.
Ten.
Eleven.
Twelve.
Thirteen.
Fourteen.
Fifteen.
Alert.
Sixteen.
Seventeen.
Eighteen.
Questions?
Q&A.
Nineteen.

Seven.

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By larrygurl

Oi babies, como eu tinha dito, eu tô demorando um pouco mais, pois meu semestre começou e to atolada de coisa pra fazer :( mas eu tive um tempinho e aqui estou.

Eu sei que sempre faço isso, mas não vou parar, então: MUITO OBRIGADA pelo apoio, os views, votes e comentários significam muito pra mim, me fazem feliz demais. <3 (Ps: BWBB chegou em 20k, to soltando rojãozinho.)

Enfim, vamos ao capítulo! x Milo.

-x-

Depois de demorar um tempo considerável para pregar os olhos, Louis conseguiu dormir, e incrivelmente pulou da cama logo cedo. A maior parte da sua mente tinha sido tomada por Harry, mas ainda assim, lá no fundo, outras memórias o perturbavam. Eleanor.

Deixando-se levar pelo pensamento negativo de ter sido largado, comprou uma porção de quibes antes de ir para o Café, e lá estava ele agora, os devorando lentamente atrás do balcão, enquanto soava alguma música árabe, que ele sequer entendia uma palavra.

— Esqueceu a libanesa, né? — Disse Liam ironicamente, enquanto adentrava o estabelecimento, notando aquela cena deplorável.

— Não mude a música. — Foi tudo que o castanho respondeu.

— Que música? Você tá falando desses mantras tenebrosos? — Se dirigiu até o rádio, retirando o pen drive de Louis. — Oops.

O mais novo bufou em resposta.

– O que acha de crianças? — Perguntou a Liam, enquanto comia mais um quibe.

— Ah, se dependesse de mim, faria crianças o tempo inteiro. — Rebateu, simulando gestos de penetração com sua cintura.

— Não seja ridículo. — Louis o encarou com feições de nojo. — Não é disso que eu tô falando.

— Então do que se trata?

— Eu não sei... — Limpou a garganta. — Sabe, ser responsável pela vida de um outro ser humano. Parece difícil.

A conversa foi interrompida pelos dois pequenos adentrando o Café, correndo porta adentro, exasperados.

— Lou! — Gritaram em uníssono.

— O papai morreu. — Disse Dorothy, enquanto Max acenava a cabeça freneticamente, ao seu lado.

— Quê? — Louis estava confundo, e estranhamente preocupado.

— Vem logo! — Exclamou a garotinha, o puxando pra fora do estabelecimento às pressas.

Quando Louis chegou ao apartamento e correu até o quarto do mais velho, observou Harry deitado na cama de bruços, completamente nu, a não ser pelos lençóis que cobriam de sua cintura até a metade da sua coxa. Ok, estava um pouco quente agora.

— Crianças, ele não está morto. — Observou, notando que Harry se mexia na cama, seus cabelos esparramados pelo travesseiro, não permitindo que seu rosto fosse visto.

— E se forem espasmos pós morte? Eu vi na aula de ciências que mortos se mexem, mesmo mortos. — Disse a pequena Dorothy, enquanto coçava seu queixo.

— Não é o caso, Dothy. — Riu-se.

Então Tomlinson se aproximou da cama, cobrindo mais o corpo de Harry, para o bem da sua sanidade mental. Tirou as mechas de cabelo que cobriam seu rosto, que particularmente ele havia achado adoravelmente angelical, enquanto dormia. Pôs as mechas atrás da orelha, enquanto chamava o cacheado suavemente, até que este acordou.

— Oh meu Deus, eu dormi tanto. — Sua voz estava mais grossa que o normal, apesar de baixinha. — Louis, eu dormi com você? Nós... é? — Arregalou os olhos, extremamente confuso.

Dorothy e Max se entreolharam, rindo baixinho.

— Não! — Se apressou. — Não, Harry. Você não dormiu comigo. — A ideia de dormir com Styles soou tão boa para Louis no momento, que era até decepcionante repetir a sentença em negação.

— Papai, demorou tanto de acordar. — Disse Max.

— Sim, papai. Te chamamos e você nem deu sinal. — Dorothy falou, enquanto se ajoelhava ao lado da cama do pai. — Achamos que tivesse morrido.

— O Lewis pode levar eu e a Dothy pra escolinha? Já estamos atrasados. — Max lembrou.

— Tudo bem pra você, Louis? — Harry o encarou, os olhos verdes marcantes e a expressão de sono ainda presente. Tão lindo. Ao menos era tudo que Tomlinson conseguia pensar.

— Claro, claro.

— E buscar também?  — Tentou, meio sem graça. Mas ele realmente precisava fazer hora extra no trabalho, para compensar o atraso.

— Sem problemas. — Sorriu sincero.

-x-

Após Louis sair para levar as crianças até a escola, Harry levantou relutante para ir trabalhar. Estava esgotado emocionalmente e consequentemente, fisicamente. Tomou um banho demorando, e arrumou-se para sair, vestindo sua melhor cara de não tive uma noite horrível.

Já estava na sua mesa de trabalho, checando todos os arquivos que lhe eram enviados. Harry não considerava um sacrifício, já que, como bom formando em jornalismo, estava habituado a ler coisas o tempo todo, principalmente atento às minúcias. Qualidade esta que o fez perceber inclusive, que uma silhueta suspeita no vídeo de aniversário do seu filho, seria nada mais, nada menos, que seu próprio marido arruinando a vida dos dois com um boquete.

— As estatísticas estão prontas?

— Na impressora quatro. — Respondeu Harry ao colega de trabalho, sem ao menos desviar seu foco do computador à sua frente.

— Harry? — Era Jeff Azoff, filho do diretor, o Sr. Irwin Azoff.

— Sim?

— Tem um minuto?

— Claro. — Acenei, acompanhando ele até a sua sala.

— Então, eu preciso conversar com você.

— O senhor vai me demitir? É isso né? Eu fiz algo de errado? Olha, Sr. Azo-

— Harry, calma. — O cortou. — Primeiramente me chame de Jeff. — Harry concordou, e assim o homem prosseguiu. — Eu te chamei aqui, porque queria saber se você não quer escrever para mim?

Ok, isso foi pesado. Harry ficou chocado, apenas encarando o homem, como se a qualquer momento câmeras pudessem romper o ambiente, e revelarem uma pegadinha.

— Sabe, eu acho a matéria dos caras daqui bem chatas e repetitivas, e algo me diz que você tem um diferencial. Digo, suas planilhas são organizadas de uma forma tão espontânea, que fica suave de ler. — Harry não conseguia acreditar. — Se alguém faz isso com planilhas, imagina as maravilhas que pode fazer com artigos? E sim, eu sei que você é formado em jornalismo, conhecimentos não lhe faltam, eu aposto.

— Eu, é... — Ele não sabia bem o que falar, era uma promoção? Ele estava sonhando certamente. — Jeff, você tá falando sério? — O sorriso que desenhava sua boca poderia rasgar seu rosto a qualquer momento.

— Bom, eu vou encarar isso como um sim. — Disse divertido, se levantando, e Styles acompanhou seu ato. — Te vejo depois, novo redator. — Apertou a mão de um Harry fodidamente feliz, que se retirou da sala como um furacão.

"Fui promovido, vamos comemorar. Depois que pegar as crianças, leve-as até o McDonalds do fim da quadra, tudo por minha conta. :) x Harry"

Mandou a mensagem para Louis assim que chegou até a sua mesa, estranhamente sentiu a necessidade de compartilhar esse momento não apenas com seus filhos, como também com o garoto de olhos azuis.

"Combinado! Meus parabéns, Sr. Promovido, estou orgulhoso :) x Louis"

Sorriu com a mensagem, guardando o celular no bolso novamente, enquanto voltava a sua atenção novamente ao trabalho que lhe aguardava em sua mesa. Apesar da promoção, ele findaria seu dia no setor de checagem com maestria, sem deixar que a qualidade de seu serviço diminua.

O tempo passou voando, e Harry nunca checou tantas planilhas com tamanha empolgação. Assim que seu horário chegou, rumou até Westminster, indo até a lanchonete do fim da rua para encontrar Louis e seus filhos. Chegou e acomodou-se numa mesa perto da janela.

Não demorou muito, até que as crianças chegaram. Correram empolgadas até Harry, deixando beijinhos e abraços no pai, que amava o jeito carinhoso de seus filhos. Louis se aproximou, estendendo a mão para Harry, desejando parabéns de forma desajeitada. Fizeram seus pedidos, dentre bigmacs, refrigerantes e batatas-fritas, os quais comiam alegremente.

— Legal, papai. Você é famoso agora. — Disse Max com a boca cheia de batatinhas.

— Sapinho, não fale de boca cheia. — Harry alertou, ainda que rindo da situação, limpando o restinho de molho que tinha no queixo do seu caçula. — E o papai não vai ser famoso. Só vou mesmo escrever a base das matérias da BBC, o toque final é do Jeff.

— Isso é demais, Harry. — Louis disse, realmente empolgado com a conquista do mais velho. — Além de trabalhar com o que gosta, você pode emplacar e até mesmo aparecer na Tv.

— Não acho que isso vá acontecer. — Sorriu. — Não exagere, Lou...is. — Se corrigiu rapidamente.

— Ia ser legal, papai. — Dorothy falou dessa vez.

— Tem um rosto bom pra Tv. — Confessou o de olhos azuis, logo pondo batatinhas na boca, querendo suprimir o que tinha acabado de dizer.

— Muita gentileza da sua parte, Sr. Tomlinson. — Harry sorriu. Estranhamente, gostou até demais de ter ouvido o elogio.

Tem um rosto bom pra Tv. — Dorothy tentava imitar o tom de Louis, enquanto gesticulava beijos na sua própria mãozinha, como se fosse Louis e seu pai se beijando, reproduzindo barulhos de estalinho.

A cena era no mínimo engraçada, principalmente se por em questão que os pequenos notaram o clima que estava estabelecido entre os mais velhos. Só eles pareciam não enxergar, e bom, eles estavam sem jeito agora.

— Ei, pestinhas. — Louis bagunçou o cabelo do pequeno do Max, que estava perto de si. — Eu só estou dizendo, que o pai de vocês tem um rosto que ficaria bem na Tv.

— Uhm, Lou. — Cochichou algo no ouvido do irmão, que reprimiu o riso levando suas mãozinhas até a boca. — Nós sabemos.

— Acho que está na hora, né? Refrigerante demais afetou a imaginação de vocês dois, mocinhos. Estão constrangendo o Louis. — E a mim também, completou mentalmente.

Então Harry retirou as bandejas com a ajuda de Louis, e rumaram porta a fora do estabelecimento. Faziam o caminho de volta para casa conversando, enquanto Dorothy e Max brincavam de não pisar nas linhas do ladrilho da rua.

— Nunca deixei de levá-los ou buscá-los na escola.

— Não precisa se explicar, Harry. Tá tudo bem. — Ofereceu um sorriso. — Acredite, eu sei muito bem o que é se divorciar.

— Seus pais são divorciados? — Fitou Louis atentamente.

— Não. — Olhou para baixo por um instante, logo voltando sua atenção para o homem ao seu lado. — Na verdade, eu é que sou.

— O quê? — Harry estava surpreso. — Mas você é tão jovem. Já deu tempo de casar-se e divorciar?

— Durou pouco, sabe? — Suspirou. — O nome dela era Eleanor. Ela basicamente me trocou pelo irmão dela.

A expressão de Harry passou de choque para horror, seu cenho duramente franzido. Ele estava confuso. Louis entendeu a atitude como espaço para prosseguir.

— Calma. — Riu honestamente. Era a primeira vez que ria ao tocar no assunto. — Ele não era bem o irmão dela, digo, de verdade. Ele só fingia ser pra ficar perto dela, enquanto ela me usava pra ter o passaporte britânico e permanecer aqui legalmente.

Ok, isso sim era novo. Louis estava mesmo admitindo que Eleanor apenas esteve consigo por interesse? Esse é um passo definitivamente surpreendente.

— Fala sério? — Harry ainda estava um pouco horrorizado com a situação.

Louis gargalhou novamente.

— Louis, isso é horrível. — Não conseguiu não sorrir com a risada do menor, ela era melodiosa e reconfortante.

— É, realmente terrível. — Disse enquanto tentava cessar seus risos. — Mas a pior parte disso, é que eu não posso finalizar de uma vez o processo de divórcio.

A expressão de Harry era de dúvida mais uma vez. E Tomlinson, novamente entendeu como sinal de explique-se, vindo do cacheado. Possivelmente ele já estava aprendendo a ler o mais velho.

— É porque se eu fizer isso, ela provavelmente vai ser expulsa do país, e isso seria muito cruel da minha parte, entende?

— Não sei, eu bem que queria poder expulsar meu ex-marido do país.

— Ele te machucou muito, né?

— Consideravelmente.

— Eu sinto muito. — Deixou um sorriso fraco para o cacheado.

— Não sinta. — Devolveu o sorriso com um maior ainda. — A propósito, sinto muito por você também.

— Não sinta. — Repetiu no mesmo tom. Harry riu.

— Sabe Louis, com a promoção agora eu vou precisar ficar constantemente fora de casa até mais tarde. — Limpou a garganta. — Eu estive pensando, você não gostaria de ficar com as crianças fixamente?

Louis pareceu hesitante.

— Por favor. — O cacheado fez a sua expressão mais pidona.

Adorável.

— Claro, Harry. Posso ir todos os dias depois do turno no Café.

— Meu Deus, muito obrigado. — Abraçou o menor de repente. Louis ficou sem reação, mas não demorou muito em retribuir o abraço.

-x-

Após deixar Harry e as crianças em casa, Louis seguiu caminhando, morava apenas a duas quadras dali. Estava pensando nas sensações um tanto quanto estranhas que estavam lhe acontecendo. Estranhamente boas, vale ressaltar. Era impressão dele, ou ele havia comentado da sua tragédia com Eleanor... rindo?

Chegou em casa, e encontrou seus pais sentados na sala, conversando entre si nada em especial, e decidiu contar a novidade para eles. Sabia que seria julgado, era sempre assim, mas também não gostava de esconder certas coisas deles. Os chamou atenção, sentando-se na mesa de centro defronte aos mais velhos, contando que seu novo emprego se baseava em cuidar dos pequenos Styles Malik.

— Um babá, Louis? Faça-me um favor, você é da área nobre de Londres. Nós pagamos sua faculdade para isso? — Disse Jay, visivelmente irritada. — Mark, diga alguma coisa!

— Vocês diziam que queria que eu fosse feliz. Mas não é isso que parece, vocês nunca me apoiam.

— Queremos te ver feliz, mas dentro do razoável. Não é assim que se contribui para o mundo. — Continuou a mulher.

— Mãe, pelo amor de Deus, você trabalha na Burberry.

— Pessoas precisam de roupas. — Concluiu ridiculamente cética.

— E o Harry precisa de mim. Ele e a sua família. — Rebateu. — Ele acabou de se divorciar, arrumou um emprego incrível na BBC, e precisa de alguém de confiança que cuide dos seus filhos. — Jay bufava a cada palavra do seu filho. — Mãe, para! Não vai ser para sempre, deixe de drama. — Revirou os olhos. — E eu vou ganhar dinheiro, de qualquer forma.

— Mark. — A mulher convocou seu marido.

— Está bem, Louis. — Jay arregalou os olhos para o marido. — Você faz o que quiser, não é? Porém, continuará fazendo outras entrevistas de emprego. — A expressão da mulher suavizou após estas palavras.

— É, enquanto isso, você pode continuar com esse seu empreguinho. — Finalizou Jay.

Como ele esperava, apoio seria a última coisa que seus pais lhe dariam, quando o assunto era sua vida profissional, a menos que envolvesse alguma empresa multimilionária. Mas que se foda, Louis estava empolgado com a novidade, ele gostava muito das crianças, e talvez tivesse grande empatia pelo pai delas.

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