S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma...

By LuisaRibeiro7

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O que significa mentir? Para o estudante do último ano de direito, Alex Bernoulli, é um ato totalmente ab... More

Sinopse & Apresentação
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1 - Nova Missão
Capítulo 2 - A Novata
Capítulo 3 - Confiança
Capítulo 4 - Convite
Capítulo 5 - O Almoço
Capítulo 6 - Sequestro?
Capítulo 7 - Novo Alvo
Capítulo 8 - O Estranho Parte 1
Capítulo 8 - O Estranho Parte 2
Capítulo 9 - Lembranças De Um Passado
Capítulo 10 - Distração/Missão
Capítulo 11 - Surpreendente
Capítulo 12 - Muito Próximos
Capítulo 13 - Voltando a Treinar
Capítulo 14 - Interrogatório
Capítulo 15 - Distrações
Capítulo 16 - Começando a Viver
Capítulo 17 - Decisão
Capítulo 18 - Karaoke
Capítulo 19 - Karaokê parte 2
Capítulo 20 - Cuidado
Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você
Capítulo 22 - Eu Posso Explicar
Capítulo 23 - Você é de Outro Planeta
Capítulo 24 - Quem é Você?
Capítulo 25 - Agora Estraguei Tudo... De Novo
Capítulo 26 - Um pedido de desculpas
Capítulo 27 - Primeira Vez
Capítulo 28 - O Que Aconteceu Ontem?
Capítulo 29 - Ferrou!
Capítulo 31 - O pedido
Indicações Mais Que Perfeitas
Capítulo 32 - Aquela Noite
Capítulo 33 - 4 Verdades
Capítulo 34 - Revelações
Capítulo 35 - Nada está bem
Capitulo 36 - Grávida?
Capitulo 37 - Fugir
Capítulo 38 - Lucy
Capítulo 39 - Lucy Parte 2
Capítulo 40 - Novas Decisões
Capítulo 41 - Treinando
Capítulo 42 - Novo Plano
Capítulo 43 - Mudando de Lado
Capítulo 44 - Caçando
Capítulo 45 - Eu Desisto
Capítulo 46 - Minha Única Família
Capitulo 47 - Invasão (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
Capítulo 48 - O Ataque (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Grupo do Whatsapp
LIVRO 2
Livro Dois Disponível

Capítulo 30 - Como fazê-lo desistir?

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By LuisaRibeiro7



Nataly/Lucy


Já passava do meio-dia quando percebi uma mensagem de Thiago no meu celular. Nela dizia que ele queria falar urgentemente comigo. Ele havia mandado tinha uns quarenta minutos, então não dei tanta importância assim — Até porque se fosse realmente urgente ele teria me ligado — então apenas disse que poderia vir até meu apartamento.

Nesses últimos três meses Thiago começou a aceitar melhor o fato de eu ser uma agente e tem se saído muito bem na mentira. Ele me ajuda a ficar de olho em Alex, além de sempre me acobertar, tanto para Alex e Mary quanto para Central. Que nem quando eu sofri um ataque e cheguei com dois cortes no rosto e alguns roxos no corpo. Thiago foi o primeiro a inventar uma desculpa, ou melhor, se acusar, dizendo que estava andando de bicicleta no parque e me atropelou sem querer. — Ainda bem que nem Alex e nem Mary estavam muito preocupados em entender o acontecimento, porque qualquer um que parasse para pensar perceberia que não dá para ter esses tipos de hematomas sendo atropelada por uma bicicleta, mas eu admirei sua coragem e força de vontade para me ajudar.

No momento eu estava ocupada no meio de um emaranhado de papel atrás de um suspeito — que se resumia em qualquer pessoa que já tivesse tido contato com Alex —. Já fazia algum tempo que estávamos neste jogo de Mauricio. Ele atacava e nós íamos atrás das poucas pistas deixadas por ele. Ele sempre estava a um passo de nós. Alex era um dos alvos e eu era o outro. Sinceramente, eu não entendia o porquê de eu ser atacada, ele sabia que eu não sairia do meu posto de protetora, ele sabia que eu estava tendo uma relação com Alex, e provavelmente já sabia que ele pretendia me pedir em casamento. Mauricio estava tentando me destruir, bem como destruir o próprio filho por uma vingança barata. Ele era maluco.

As coisas estavam tão ruins para a gente neste jogo de gato e rato — e no caso nós somos os ratos —, que eu sinceramente acreditava que não podia piorar. A agência estava no meu pé como nunca esteve e eu não sabia o que fazer sem um suspeito concreto. O círculo estava se fechando e eu estava desesperada.

De fato, pior que isso não podia ficar. Não até eu fechar a minha maldita boca e ouvir Thiago falar.

— Alex vai te pedir em casamento! — Eu juro que eu ouvi uma voz dizendo "Não há nada tão ruim que não possa piorar".

Só podia ser uma praga mesmo.

— Casar? — Eu andava de um lado para o outro, há uns cinco minutos, freneticamente — Como assim casar?

— Casar Naty. Tipo um vestido branco com véu e grinalda, um buque, igrejas, convidados, um bolo grande e uma Lua de Mel — Diego disse segurando o riso.

— Isso não é brincadeira. — Disse furiosa — Thiago você tem certeza disso? — Viro para ele com as mãos unidas — Não foi somente um comentário dele ou coisa do tipo? — Disse esperançosa.

— Eu bem que queria Nataly, mas eu acabei de vir do shopping e... — Ele respirou fundo e eu rezei para que ele não dissesse o que eu estava pensando — Alex já comprou as alianças e tudo.

— Por que não tentou impedi-lo?

— Você acha que eu não tentei? — Ele disse um pouco ofendido — Eu quase briguei com Alex por causa disso. Ele estava, ou melhor, está determinado a fazer o pedido.

— O que vamos fazer Naty? — Diego perguntou meio receoso.

— Eu. Não. Sei. — Gritei pausadamente. — Alex tem de desistir dessa loucura. Porque uma coisa é eu convencer a central de que meu namoro é puro fingimento, e outra coisa, bem diferente, é dizer a eles que eu vou me casar com o meu protegido depois de pouco mais de seis meses na missão. — Sento no chão levando minhas mãos aos cabelos em forma de desespero — A Lucy nem se quer existe — Lamentei.

— Tecnicamente, a Lucy é uma personificação sua — Thiago disse se sentando ao meu lado —, e até onde eu sei, você existe.

— Mas não funciona dessa maneira Thiago. — Sorri fraco — A Lucy é só uma personagem. E o Alex quer casar com essa personagem e não comigo.

— Ele quer casar com a mulher que ele ama e que o ama também e essa mulher é você. — Ele sorriu — Eu não acredito que eu acabei de dizer palavras tão... meigas.

— Tudo bem Naty, não é hora de ter uma crise existencial. — Diego disse se sentando ao meu lado desocupado — O que está em jogo aqui é como vamos fazer Alex desistir dessa história, ok? Então foco!

— Tem razão. — Digo desanimada.

Não é que eu queira casar com Alex, ainda mais agora, mas a ideia, de alguma forma, fazia eu me sentir importante e amada. E eu gosto desta sensação. Embora eu saiba que isso nunca poderá ser possível. Eu sou uma agente e ele apenas mais um protegido. Eu tenho que começar a colocar isso na minha cabeça, já vivi o suficiente essa relação, e eu acredito que não demorará muito para que Mauricio seja pego, então, definitivamente, era a hora de pensar mais com a cabeça e deixar o coração de escanteio.

Estávamos jogados no chão da sala com uma caixa de pizza, já vazia, há muito mais que duas horas procurando uma forma de fazer Alex desistir de fazer o pedido. E sinceramente nada que pudesse ser discreto e ainda o fazer me querer passava por nossas cabeças.

Os problemas só aumentavam e cada vez mais eu ia para um mundo distante sem perceber. Sem querer eu comecei a pensar em casamentos e relacionamentos. Eu sei que devia estar mais focada que nunca, mas estava difícil conciliar as coisas no momento.

— Nataly o que você acha da ideia? — Ouvi Thiago dizer e me recompus na hora.

— Como eu disse ela não está ouvindo ou se quer prestando atenção em nossos planos. — Diego esbravejou. — Deve estar fazendo os planos do casamento — Provoca.

— Claro que não é isso. — Defendo-me — Eu só estava pensando numa forma de fazê-lo desistir — Mentira! — Mas qual era mesmo a ideia de vocês

— E se você conversar sobre um suposto trauma de casamento por causa da relação dos seus supostos pais, sei lá pode fazê-lo ficar com medo de você dizer não — Indaga Diego.

— É — Disse pensativa —, mas também pode fazê-lo querer fazer do nosso relacionamento uma forma de "superação". Fora que ele também pode achar que Thiago abriu a boca e me contou sobre o pedido. — Disse olhando algumas fichas que estavam espalhadas pelo chão — O que vocês acham deste aqui. —Levanto uma ficha — Hanna Field?

— Hanna Field? — Thiago perguntou — Hanna do ensino médio? Acham que ela pode ser uma suspeita? Meu Deus! — Ele começou a rir — Hanna mora bem longe. Casou assim que se formou e se meteu na maior roubada.

— Como assim?

— Ela mora tipo assim no Alaska. — Ele disse sorrindo — Isso porquê ela queria ser modelo e vivia cuidando do corpo, toda paranoica, e agora não pode tirar nem o casaco, que congela.

— Cruel. — Diego comentou.

— Por que procurar tão longe na vida dele?

— Porque Mauricio é esperto o bastante para fazer tal coisa, e embora ninguém acredite que ele possa estar tramando isso há muito tempo, eu não duvido de mais nada. Alguém tão sociopata como ele é capaz de qualquer coisa.

— Por que não tentamos com a senhorita Merlin. — É a vez de Diego falar.

— Porque ela mora no Brasil agora, na verdade ela mora lá desde os quinze anos.

— Brasil? — Diego disse pensativo — Um ótimo lugar para se esconder e recrutar. — Olhei para ele assustada. Ele não devia falar sobre aquilo na frente de Thiago. Tudo bem que ele estava do nosso lado, mas não precisava saber dos segredos de estado que sabíamos.

— Como assim? Por que o Brasil é um bom lugar para recrutar? — Thiago perguntou e eu e Diego nos entreolhamos nervosos.

Quando estávamos prestes a responder com alguma desculpa esfarrapada meu telefone toca e vejo a foto de Katia.

É salva pelo gongo.

— Nataly? — Katia disse assim que eu atendi — Preciso de você aqui agora.

— Aconteceu alguma coisa? — Ela parecia nervosa.

— Ainda não, mas se você não aparecer aqui com uma explicação em meia hora, vamos ter uma bomba explodindo pelos quatro cantos da agência. — Respondeu finalizando a ligação logo em seguida.

Agora deu merda.

— O que foi? — Diego pergunta.

— A chefia descobriu. — Tomei o máximo de cuidado para não pronunciar o nome de Katia — Eles sabem, ou melhor ELA sabe.

— Como ela descobriu?

— Eu vou descobrir em meia hora. — Dou um sorriso fraco e pegando a chave do carro e minha bolsa que estavam jogadas no sofá e me direcionando a porta.

— Alguém por favor me explica o que está acontecendo!? — Thiago falou antes que eu pudesse chagar a porta.

— A superior dela descobriu sobre a aliança e digamos que se ela não ir resolver logo isso, provavelmente, ela falará para o superior da superiora, que fará muita merda com essa notícia em mãos. — Diego explica e eu apenas olho suplicando para ele.

— E nós vamos arrumar a papelada antes que ela volte — Disse revirando os olhos — E vamos beber toda bebida forte que ela tiver aqui.

— Nem brinca com isso — Disse e fechei a porta atrás de mim.

Eu corri. Corri o máximo que pude até a Central e estava quase enfartando enquanto descia naquele elevador. Como a Central era no subterrâneo, funcionava basicamente como um prédio de ponta cabeça. Então eu tinha que ir muito fundo para chegar à sala de Katia e isso estava me deixando muito nervosa. Ficar no elevador sozinha não era algo interessante.

— Me diz que a Katia ainda não saiu daí — Digo a recepcionista de Katia, que se portava em frente a porta da sala dela.

— Não senhora. — Ela disse sorrindo — Ela está te aguardando. — Sorri correndo que nem uma louca para sua sala.

— Eu posso explicar! — Disse entrando sem ao menos bater na porta. Katia me olhava assustada assim como um agente que estava sentado ao seu lado. — Seja lá o que você queira que eu explique. — Me recompus.

— Pode entrar Agente Nataly, o Agente Carl já estava de saída — Disse seriamente, e eu apenas acenei, bem como o agente bonitão que se direcionava para fora da sala.

— Ele é um gato. — Disse depois que a porta se fechou me direcionando a cadeira à frente de sua mesa.

— Como assim?

— Olha eu super apoio esse relacionamento. Embora eu achasse que seu tipo fosse, assim, os mais maduros.

— Eu não estou tendo um relacionamento com ele. — Ela disse seriamente.

— Não? — Finjo confusão — Bom de qualquer forma eu sei que Alex apoiaria essa relação.

— É sobre ele que eu quero falar — Ela diz tomando postura em sua cadeira.

Agora eu sei que estou ferrada.

— Um dos agentes me enviou o relatório do dia de Alex sem você, pois não conseguiu falar com você para te enviar e adivinha onde ele e o melhor amigo dele estavam hoje? — Ela começou a falar se levantando e andando pela sala — Acredito que você já saiba pois chegou muito mais rápido do que eu imaginava. — Engoli a seco quando ela sentou ao meu lado. — Tem algo a me dizer?

— Antes de me entregar você poderia esclarecer onde ele estava? — Era bom me garantir que eu não me entregasse antes de formar um plano para parar essa coisa.

— Alianças, Nataly! Casamento? — Ela disse, na verdade gritou preocupada como... uma mãe.

— Katia eu sei que isso parece ser muito ruim, mas a verdade é que não é tão mal assim.

— Não? — Sorriu sugestiva

— Olha eu não fazia ideia que ele ia fazer isso. A nossa relação nem está tão seria assim, para ele poder fazer esse pedido — Eu disparei — E eu já estou tentando consertar isso.

— Não quer casar com meu filho Nataly? Você não gosta dele? — O que? Isso é um teste?

— O que realmente está querendo dizer com isso? — Eu estava com medo. — O que você quer ouvir?

— Nataly, eu não quero que você case com meu filho! — Essa ofendeu — Não que eu não goste de você, mas é um risco muito grande fora que envolve muito mais do que você e ele, entende?

— Eu sei disso — Sorri meio triste — É por isso que eu estou tentando achar uma forma de fazê-lo desistir dessa loucura.

— E é por isso que você vai deixá-lo fazer o pedido.

— Como é que é? — Gritei. Ela definitivamente enlouqueceu.

— Vai deixar acontecer e quando chegar a hora vai dizer não. — Sorriu como se aquele fosse o melhor plano.

Ela estava feliz? Por que ela estava feliz?

Meu Deus, como isso é cruel! Como é que eu poderia fazer ele sofrer assim? Isso com absoluta certeza acabaria com meu relacionamento. Ele nunca me perdoaria.

— Não se preocupe — Sorriu — Eu conheço meu filho, eu sei que ele vai entender quando você explicar que não está pronta para algo tão sério, mas que ainda o "ama". — As aspas mostravam o quanto ela aceitava nosso relacionamento. Ainda bem que eu era uma ótima atriz.

— Eu não sei, Katia. — Sou sincera — Isso pode ser perigoso. — Ela até poderia estar pronta, mas eu definitivamente não estava pronta para ver Alex me odiar e me abandonar.

— Está com medo de que Nataly? — Engoli a seco novamente — Dele desistir de você?

— Eu só não quero machuca-lo e ver você surtando comigo por causa disso. — Mentira!! — Além do que ainda temos alguns dias antes dele fazer o pedido. Posso concertar isso.

— Então quer dizer que até o dia você já sabe? — Disse pensativa — Quem é que anda te passando tantas informações? — Ela estava desconfiada e eu estava apavorada.

— Escuta — Disse a primeira coisa que veio na minha cabeça — Coloquei uma escuta no telefone dele, eu estou controlando todos os movimentos dele, e ele anotou no calendário do celular dele. — Soltei a respiração que eu nem sabia que segurava quando ela se levantou e se pôs de costas para voltar a sua cadeira de origem.

— E qual seria o dia? — Falou finalmente quando sentou em sua cadeira.

— Ele pretende fazer no dia do aniversário dele.

— Daqui oito dias? — Ela parecia surpresa.

— Sim. — Respirei fundo me ajeitando melhor na cadeira. Aquela situação estava me deixando incomodada — Ele pretende me levar num restaurante para uma espécie de "jantar de comemoração" pelo seu aniversário antes da verdadeira comemoração que será no sábado. — Sorri pensativa — Na verdade isso é só uma desculpa para fazer o pedido.

— Ótimo! — Ela disse — Vou cuidar para que a segurança do local esteja apropriada para recebe-los.

— E Katia? — Chamei-a — O que eu faço se ele não quiser mais nada comigo? — Ali não era mais uma agente perguntando e sim uma jovem desesperada e confusa.

— Nataly. — Ela respirou fundo se preparando para responder quando ouvimos um barulho na porta.

Nos levantamos rapidamente apontando nossas armas em direção ao barulho. Katia fez um movimento para que seguíssemos até a porta em silêncio e eu apenas acenei com a cabeça. Respirei fundo e contei até três, quando estava preparada para abrir a porta alguém bateu do outro lado. Olhei para Katia que ainda mantinha sua posição então abri a porta rapidamente revelando minha secretária, Elizabeth, do outro lado.

— Desculpe! — Ela disse ainda meio assustada — A sua secretária acabou de sair bem rápido sem falar nada, então eu fiquei aqui na dúvida se batia ou não — Ela disparou a afalar — Eu não queria ter interrompido. Me desculpem.

— Elizabeth? — Chamei-a — Espere! — Disse guardando minha arma no coldre e me recompondo — O que você queria?

— Precisava da sua assinatura nesses documentos, e como a senhora não está aparecendo aqui, imaginei que essa seria a minha única chance de falar com você. — Sorriu fraco.

— Tudo bem, eu vou passar na minha sala. Não se preocupe — Disse fechando a porta. Não era para ser grossa, mas estava mito preocupada ainda.

— O que foi isso? — Katia disse sentando no sofá que havia ali.

— Ou estamos muito paranoicas, ou uma das secretárias estava escutando atrás da porta. — Disse rindo e me jogando ao seu lado.

— Talvez estejamos paranoicas — Concordou — Deve ter sido um barulho na mesa da minha secretária.

— Exatamente. — Levantei. — Eu acho que já vou indo. Ainda tenho que assinar uns papéis antes de ir para o apartamento e amanhã tenho que sair com a Mary para algo bem inútil — Disse pegando minha bolsa e indo até a porta.

— Parece que está se enturmando. Gosta deles?

— Como amigos para o seu filho? Sim. Já para mim continua sendo mais um trabalho. — Sorri fechando a porta atrás de mim. Respirei fundo.

Apenas um trabalho? A quem eu queria enganar? Todos eles eram mais que um simples trabalho para mim. Eram como minha família.


A Informante

— Senhor? — Aproximo-me cuidadosamente do único homem em quem eu sabia que podia confiar. Aquele que esclareceu a minha mente quanto a todos naquele lugar imundo que insiste em esconder tanto poder do mundo.

— Sim, minha filha. — A voz de Mauricio ecoa como a voz de um anjo. O anjo enviado para a nossa salvação. A salvação através da riqueza que nos pertencia. Que devia ser compartilhado com aqueles que são dignos. Aqueles de raça pura, que não incluía os bastardos que se mantinham no poder.

— Descobri algo muito importante, que acho que o senhor deveria saber. — Começo, sabendo que minha descoberta faria a fase 2 começar antes da hora.

— Eu sei que descobriu, você é nossa melhor recruta. Tem tantos talentos e se sai tão bem que sem sombra de dúvida liderará como ninguém quando eu me for.

— Será uma honra senhor. — Me curvei diante dele.

— Mas o que foi que você descobriu? — Ele disse serenamente.

— Alex pretende pedir Nataly em casamento. — Ele se espanta. Era muito terrível tirar a paz dele, porém, no momento, era necessário. Tínhamos que apressar as coisas, ou nossos planos não iriam dar certo. E falhas não são aceitas por aqui. — O pedido será feito no dia do aniversário dele, num restaurante bem conhecido por nós.

— Casamento? — Ele riu — Esse dois imundos se merecem mesmo.

— O senhor vai fazer algo com isso? — Perguntei meio receosa.

— Claro que vou. — Disse servindo duas taças com champanhe e me entregando uma das duas — Agora me diga, como conseguiu tal informação tão detalhada e com tanta certeza?

— Ouvi tais palavras da boca da própria Nataly, mestre. — Sorri junto a ele.

— Então é a hora de começarmos a fase dois do nosso plano. – Levantou-se de sua cadeira de couro preta erguendo sua taça – Avise aos nossos homens! Está na hora daqueles porcos receberem um pouco da verdade.

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