ADV is back!!!!!! Voltamos com a programação normal, porque meu bloqueio acabou! YAY
E nesse flashback temos uma participação especial, aliás, duas! Quem já leu "Precisamos Falar Sobre o Verão", da Worldcoolture? É um conto bem curtinho e muuuito fofo, então se você não leu, dá uma passadinha lá! Mas tudo bem, se quiser ler isso aqui antes, dá pra entender do mesmo jeito, enfim, fica a critério de vocês!
Aqui vai o capítulo (ele é pras shippers de plantão, btw <3), aproveitem:
— O quê? Isso não é loucura? – Pergunto para Pietro ao ouvir a proposta mais insana que ele já deve ter me feito.
— Lembra quando a gente começou a se falar e eu disse que iria te mostrar como era se arriscar? Então. – Ele fala, tão animado que eu não consigo sequer pensar em negar.
— Mas como é que a gente vai convencer a minha mãe? – Pergunto e ele sorri quase que de orelha a orelha.
— A namorada do meu irmão é muito persuasiva, podemos pedir pra ela falar com a sua mãe.
— Isso parece arriscado.
— Lia – ele para e segura meu rosto, me olhando tão profundamente que faz meu coração disparar, apesar de eu já estar bastante acostumada com a sua presença — Se você nunca se arriscar, nunca vai viver as melhores coisas que a vida nos proporciona. – Termina de dizer e sela nossos lábios, me fazendo suspirar.
— Tá, vamos nessa! – Digo, assim que nos afastamos.
***
— Então, nós passaríamos todo o fim de semana por lá, mas eu e o André somos super responsáveis, prometo que vamos cuidar bem da sua filha. Sem contar que o Dedé dirige tão devagar que, sério, não precisa se preocupar, eu juro. – Amora fala para minha mãe, enquanto eu e Pietro estamos quase morrendo de tanto roer as unhas de ansiedade. Minha mãe nos encara e nós tentamos trocar a postura de "pessoas ansiosas" para uma de "pessoa responsáveis".
— Tá, você pode ir – Ela diz e eu me viro para Pietro, dando um selinho nele em sinal de comemoração, até que minha mãe pigarreia e nós nos lembramos que ela ainda está aqui. — Mas você tem que prometer que vai ligar duas vezes por dia, pelo menos.
— Eu prometo, eu prometo! – Falo dando pulinhos e a abraço — Obrigada, mãe.
— Se cuida. E você – ela diz, voltando-se para Pietro — Cuide dela.
— Com todo prazer. – Ele fala, fazendo uma reverência e me seguindo até meu quarto para me ajudar a fazer a mala.
— Eu nem acredito que ela deixou! Amora é mesmo muito persuasiva!
— Eu te falei! E a senhorita não estava acreditando em mim. – Ele faz um biquinho fofo.
— Ai, tadinho! – Digo, sarcasticamente e me aproximo, fingindo que vou beijá-lo, mas quando estamos suficientemente próximos, eu lambo seu rosto.
— Ei! – Ele diz, incrédulo e eu caio na gargalhada, então ele me abraça pela cintura e começa a fazer cócegas na minha barriga.
— Pietro! Para, para, para! – Falo rindo, enquanto me contorço em seus braços.
— Então... Será que dá pra vocês guardarem o amor pra viagem e andarem logo com essa mala? – Amora fala, parada na porta do meu quarto, eu e Pietro nos encaramos e começamos a rir, mas a garota continua com seu olhar persuasivo sobre nós e então vamos arrumar a mala.
***
— Minha garota é mesmo a melhor. – André fala, todo orgulhoso da namorada por ter convencido minha mãe. Nós já estamos no carro a caminho do Rio de Janeiro, onde Dedé e Amora se conheceram e onde Pietro quer fazer faculdade. Um fim de semana na praia com Pietro é tudo que eu poderia querer.
— Há divergências quanto a isso, meu caro. – Meu namorado responde o irmão e olha pra mim, sorrindo.
— Aw, que lindinhos. – Amora diz, com toda sua delicadeza e se inclina para dar um selinho no namorado.
Depois de longas horas na estrada e de Amora e o namorado discutirem sobre as músicas que tocariam durante a viagem, ele queria John Mayer, mas aparentemente ela odeia o trabalho do músico e queria Of Monsters and Men. Preciso dizer quem ganhou? Uma dica: André não é o persuasivo da relação; finalmente chegamos no Rio de Janeiro. Levamos as coisas para o apartamento da família de Pietro, pelo que eu entendi, eles sempre passam as férias de verão por lá.
— Me conta, André, por que Coalhada Azeda? – Pergunto, me referindo ao apelido do irmão de Pietro.
— Não é óbvio? – Amora diz, rindo — Quer dizer, olha pra ele, essa coisinha branca lindinha.
— Também me chamam de Tio Camarão, Lia. É que no verão, só de pisar no sol, eu já fico vermelho. – Responde, rindo. Ele e Pietro são tão branquinhos que a mãe deles vive passando protetor solar em ambos, já Rebeca, a irmã mais nova, é mais morena, ou bronzeada, como ela gosta de dizer.
— Agora, vamos! Tô louco pra ir no Abdul, comer uma esfiha de berinjela!
— Abdul? – Pergunto, sem entender.
— É um árabe muito bem ambientado no Brasil que faz as melhores esfihas e tabules que o André já comeu. – Pietro e Amora falam em uníssono, provocando uma risada no irmão mais velho.
***
Estamos todos sentados na praia, assistindo ao pôr do sol e comendo a tão famosa esfiha do Tio Ab (sim, já sou íntima), enquanto André conta sobre como conheceu Amora:
— Ela tava com um vestido de raposa, no meio de um Luau e eu resolvi ir falar com ela.
— Ele tava com uma camiseta de Star Wars, na praia! E foi super esquisito porque ele me cutucou do nada! – Amora diz, rindo.
— Você foi esquisita! Saiu andando do nada! Mas enfim, nós conversamos e ela ficou apaixonada por mim de cara.
— O quê? Óbvio que não! Tanto que eu fui embora, sem te dar o beijo de que você tanto queria.
— Como assim foi embora? – Eu pergunto.
— Acredita que ela não quis me beijar só porque eu gosto de John Mayer? Quem julga as pessoas por gosto musical?
— E como vocês se reencontraram?
— Ah, André é um stalker quase profissional e descobriu onde eu trabalhava. – Amora fala dando uma risadinha.
— Ei! Foi sem querer, Lia, eu tava levando a minha irmã até a casa da amiga dela, quando vi Amora na loja dos pais dela.
— E onde Pietro tava nesse verão?
— Eu fui passar o verão na casa dos meus avós, você sabe o quanto eu amo meu velhote. – Meu namorado responde, sorrindo. — Casal, eu e Lia vamos dar uma volta, ok? Não se matem. – Ele diz e me puxa pela mão.
O sol ainda está terminando de se pôr, deixando o mar e o céu com uma tonalidade alaranjada. Nós caminhamos por um longo tempo em silêncio, apenas apreciando a beleza daquele momento, até que resolvemos sentar numas pedras. Pietro, que até então estava brincando com os meus dedos, fala:
— Eu nunca achei que fosse me apaixonar assim por alguém.
— Você tá apaixonado? Por quem? – Respondo, fazendo uma piadinha e ele revira os olhos.
— A convivência comigo não está te fazendo bem, amor.
— Eu diria exatamente o contrário, amor. – Falo, imitando a forma com que ele me chamou.
— Mas sério... – Fico achando que ele vai completar a frase, mas tudo que Pietro faz é se aproximar para me beijar, eu fecho os olhos esperando seus lábios, mas tudo que recebo é uma lambida no rosto.
— Ei! – Protesto, dando um tapinha em seu ombro. — Como você é infantil!
— Só tô retribuindo esse gesto de carinho, uai. – Ele fala rindo e eu fico negando com a cabeça, mas estou rindo também.
— Chato.
— Eu te amo.
— Conta uma novidade. – Falo rindo e ele revira os olhos.
— Chata.
— Eu também te amo. – Digo, descansando a cabeça em seu ombro.
E enquanto observo os últimos raios de sol indo embora, tenho certeza de que esse é um daqueles momentos que fazem a vida muito valer a pena.
♥♥♥♥♥