Acordei com a luz da sacada vindo até meus olhos, esqueci de fechar as portas ontem à noite e poderia dormir mais. Podiam colocar uma lanterna na cara do Justin afinal, era outro que não era fácil de acordar.
Tirei seu braço sobre o meu corpo, me levantando e sai da cama. Peguei meu celular vendo que marcava onze horas da manhã, ainda tinha que acordar a Caroline e era uma enrolação pra essa garota ir para a Escolinha.
Entrei no banheiro, fazendo minha higiene matinal e indo tomar um banho. Vesti uma calça jeans cintura alta e um cropped com mangas, coloquei uma bota preta e fiz um coque frouxo para ir arrumar a Caroline.
- Acorda, Justin! - Joguei um travesseiro nele antes de sair do quarto.
Andei até o quarto da Caroline, aonde a porta estava apenas encostada e abri por completo entrando no quarto da minha pequena. Abri as cortinas deixando a luz fraca do sol passar através do vidro da janela.
Ela começou a se revirar na cama, me aproximei beijando seu rostinho e ela virou o rosto para o travesseiro.
- Bom dia, princesa - Sorri passando a mão no seu cabelo - Vamos para a Escolinha.
- Não - Ela se remexeu - Quero mimir mamãe, acho que nem tem escola.
- Tem sim, Vamos Care! - Me levantei e ela começou a se espreguiçar.
Ainda não conseguia acreditar que era mãe desse serzinho, nas primeiras vezes que ela pronunciava "mamãe" era quando realmente a ficha caía, mas eu também não tinha explicações pelo tamanho do meu amor por essa menina.
Peguei ela no colo, ajudando ela no banho e tentando fazer ela ficar quieta na banheira. Ela não era como no meu antigo sonho, era muito mais linda. Eu esperava que ela fosse igual ao Justin, mas não. Ela tinha o cabelo em um castanho igual ao meu, porém um pouco mais escuro dependendo da luz e como eu já tinha pintado meu cabelo de preto era apenas algumas pessoas que lembravam que temos o mesmo tom natural, seus olhos eram iguais os meus também porém pareciam ficar tão mais claros que levava ao azul do que permanecer no verde era uma característica única dela e muito bem herdada da família, sua boca e seu nariz eram iguais o do Justin.
Além que ela puxou minha personalidade, mas o gênio é igualzinho ao do pai.
Até que fizemos um bom trabalho.
Vesti ela com seu uniforme branco e preto, que era uma saía e uma camiseta. Coloquei seu casaco por cima e seu all star.
Penteie seus cabelos, que já estavam grandes e ela mesmo não deixava cortar.
- Escovar os dentes - Disse dando um tapinha na sua bundinha e ela caminhou bocejando de volta para o banheiro.
Subiu na pequena escadinha que tinha para ela alcançar a pia, começou a escovar os dentes lentamente fechando os olhos e bocejando.
- Papai, cordou? - Ela disse descendo de novo e saindo do quarto.
Ela e o Justin eram um verdadeiro grude.
- Está acordando - Peguei na mão dela descendo as escadas para ir a cozinha.
- Posso cume molango? - Caroline disse apertando minha mão enquanto entramos na cozinha.
- É comer morango, Caroline - Disse a corrigindo e sentando ela na bancada.
- Você também quer cume molango, mamãe? - Ela disse balançando as perninhas no ar.
Revirei os olhos sorrindo, abrindo a geladeira e vendo se a Zeiva deixou alguma coisa para nós, ela estava trabalhando aqui e na casa da Pattie ainda.
- Tem vitamina de morango - Disse pegando a jarra e dois copos.
- Eu amo molango - Caroline sorriu e estendeu as mãos.
Coloquei a vitamina nos dois copos, claro colocando no copo que ela tinha colorido com unicórnios com canudos divertidos e dei para ela.
Abri o armário pegando um pacote de cookies e colocando em um prato ao lado dela, que começou a comer e eu fiz o mesmo.
Escutei passos se aproximando e era o Justin como imaginava, também já arrumado para o dia de hoje.
- Bum dia, papai - Caroline sorriu com bigode de vitamina acima dos lábios - Quer molango?
- Bom dia, linda - Justin riu deixando um beijo na testa dela - Que morango babado.
- Tá não - Ela olhou dentro do copo dela - Só aqui ó!
Ela colocou a mão na boca a limpando e lambeu sua mão em seguida que estava suja da vitamina.
- Caroline - Segurei sua mão - Já disse que não pode fazer isso.
Ela deu de ombros e enfiou os dedos que estavam cobertos de vitamina na boca.
Justin deu um selinho rápido nos meus lábios e abriu a geladeira pegando uma garrafinha de água.
- Vou ir falar com os meninos no galpão - Ele disse colocando as mãos no bolso e procurando suas chaves - Vai na boate hoje?
- Vou - Disse descendo a Caroline do balcão e indo lavar a mão dela - Rosalie disse que queria resolver alguma coisa com aquelas putas.
- Pota? - Caroline me olhou.
- Não amor, é puta mesmo - Respondi passando um pano e secando sua mão.
Justin deu uma risada e assentiu.
- Ok, te vejo depois - Ele iria me dar um beijo mas novamente a mão da Caroline nos atrapalhou e ela queria enfiar o dedo na boca do Justin.
- Eu vou arrancar essa sua mão, menina! - Justin bufou mordendo de leve o dedo dela.
Ela mostrou a língua para ele, enquanto eu ri indo pegando sua mochila no sofá na sala.
- Tá uma desaforada mesmo! - Justin disse sério vindo atrás de nós.
- To com a minha mamãe - Caroline abraçou meu pescoço enquanto íamos para garagem.
- Quando sua mãe não tiver por perto vou te pegar, danadinha - Justin disse sério e ela acredito mais ainda.
- Mamãe, diz para o papai que não - Ela me olhou enquanto eu colocava ela na sua cadeirinha no meu carro.
- Eu pego as duas - Justin disse entrando no seu carro, eu olhei para ela balançando a cabeça e ela entendeu o recado.
Fui para o outro lado do carro, os seguranças abriram o portão. Primeiro passou o Justin saindo dalí já correndo com o carro e depois eu saí seguindo outro caminho até a Escolinha da Caroline.
Estacionei na frente da Escola, pegando a mochila dela no banco do passageiro ao meu lado e indo pegar ela em seguida saindo do carro.
- Tchau, mamãe - Ela disse colocando a mochila e correndo para dentro da escola.
- E meu beijo? - Disse alto, ela se virou fazendo uma careta e negando.
A professora acenou para mim e eu fiz o mesmo, enquanto os seguranças da escola já fecharam os portões de novo.
Justin fez questão de escolher uma escola pra ela que certificasse que ficaria segura, ele era preocupada demais quando o assunto era nossa filha e eu claro entendia.
Entrei no meu carro de volta e dirigi para a boate, era hora de resolver meus negócios também.