O Amor Acontece

By MariaClaraVilelaDias

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Um garoto lindo e popular. Uma garota tímida e bonita. A vida de Ester muda radicalmente depois que passa a c... More

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Uma Última Noite

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By MariaClaraVilelaDias

Saí da casa do Lucas e fui direto para a minha casa. Fiquei feliz por minha mãe não questionar o que tinha acontecido no dia anterior, significava que ela confiava em mim. E isso me deixou muito feliz.

Eu não estava arrependida, mas algo dentro de mim me dizia que aquilo não estava certo.

Tudo acontecia rápido demais na minha vida, e isso estava começando a me incomodar de verdade.

_A festa foi boa? -minha mãe perguntou entrando no meu quarto.

_Foi sim. Bastante. -disse e ela assentiu.

_Precisa conversar sobre alguma coisa? Ou quer falar sobre algo que esteja te deixando triste?

_Meu pai... -eu disse e ela assentiu.

_Ele me falou que ele estava no aeroporto. Se quiser falar comigo sobre isso... Eu estou aqui filha. -ela disse e eu a abracei.

_Obrigada... Mas tudo que eu preciso agora é checar meus e-mails e dormir um pouco.

_Tudo bem. Vou te deixar em paz. -ela disse e saiu do quarto.

Liguei meu computador e entrei no meu e-mail. Nada de importante.

Deixei meu computador descansando e me deitei na cama. Fiquei pensando em tudo que aconteceu na minha vida. Era realmente uma bagunça.

Logo eu, que sempre desejei que a minha vida sem graça se agitasse, estou me arrependendo nesse momento. Temos que ter realmente um grande cuidado com o que desejamos.

Quinta-feira sempre foi meu dia favorito. Não sei o porque, mas parecia que o dia ficava mais vivo e tudo ficava mais bonito.

Mas aquela quinta-feira estava me matando. Eu estava cansada e muito perdida. Era como se esses seis meses nem tivessem passado. Era como se ficar com o Lucas novamente fosse como dar um passo para trás.

Nem vi como adormeci, mas acordei com minha mãe me chamando.

_Filha! -ela gritou. Deveria ser a décima vez que ela me chama.

_O que foi mãe? -levanto assustada e ela ri.

_A Júlia está aqui. Você dormiu a tarde inteira. -ela disse e a Júlia entrou.

_Posso saber por que me abandonou naquela festa? -ela disse depois que minha mãe saiu do quarto.

_Você que me abandonou.

_Nada a ver. Eu fui buscar uma bebida e em cinco minutos você sumiu. -ela disse e me olhou curiosa. -Pode me contar.

_Eu vim embora, só isso. Não estava me sentindo muito bem.

_Você não me engana. Pode parar com esse joguinho. -ela disse e revirou os olhos.

_O Lucas, eu fui tão idiota... -eu disse e ela começou a rir.

_Você ficaram?

_Aham. -eu disse e cocei meus olhos.

_Deixa eu adivinhar... Tá arrependida. -ela disse e eu assenti. -Ah, para vai.

_Não foi você que ficou com o seu ex depois de ele te trair. Sou uma burra. Ele não tá nem aí pra mim.

_Claro que tá Ester. O garoto ficou desesperado aqui porque tentava falar com você e você não respondia...

_Estranho que agora tudo cai sobre mim. Parece que a errada agora sou eu. Pois até parece que foi eu quem saiu beijando outro garoto sem pensar nele.

_Você não para de pensar nisso! Esquece um pouco o que ele fez e se concentra no importante que é vocês dois estarem juntos! -ela berrou para mim e eu comecei a rir.

_Tá bom, eu vou parar de falar disso, só não precisa sair berrando, pelo amor hein! -eu disse e ela se sentou na cama. -Falou com o Roberto?

_Nem falei... -ela disse e ficou olhando para o chão.- Você acha errado eu tipo que começar um novo relacionamento? Eu não sei se é certo porque nós meio que não terminamos oficialmente, mas é que eu quero conhecer pessoas novas, sair um pouco do meu cafofo... Me entende?

_Pode falar quem é agora! -eu disse jogando o travesseiro nela e ela riu. -Mentira!

_Tá lendo pensamentos agora é? -ela disse e eu arregalei meus olhos.

_Isso por acaso foi uma confirmação do que eu estou pensando? -eu perguntei e ela demorou um pouco, mas assentiu em seguida.

_É que... Foi... Ah! Nem sei o que deu na minha cabeça!

_Vocês foram buscar as bebidas e aconteceu? Assim, do nada? -eu perguntei e ela enfiou a cara no travesseiro.

_É. Assim, do nada. -ela levantou a cabeça e deu um sorriso sem graça, seu rosto estava corado. A Júlia morre de vergonha de falar sobre esses assuntos.

_Que horas são? -perguntei desesperada para a Júlia. Nem tinha visto o tempo passar.

_São 17:40.

_Droga! Era para eu estar na casa dele há trinta minutos. Ele vai me matar! -eu disse e a Júlia riu.

_Eu já vou. Minha mãe inventou de fazer um pudim que viu na internet e me pediu para passar no mercado para comprar os ingredientes. Até amanhã linda. -ela me deu um abraço e foi embora.

A Júlia parecia um fantasma. Cada hora tem que ir em um lugar e some até antes da gente se despedir.

Eu penteei meu cabelo, coloquei uma calça branca, uma blusa preta regata e um tênis cinza. Saí correndo de casa e em pouco mais de quinze minutos cheguei na casa dele.

_Pode ir voltando porque nós vamos sair. -ele abre a porta e sai da casa antes mesmo de eu bater na porta.

_Nós vamos para onde?

_Para uma fazenda. -ele disse e eu o olhei confusa. -Na verdade para ser mais específico, para a fazenda da minha avó. -ele diz colocando umas sacolas no porta-malas do carro.

_Mas eu... Eu preciso avisar a minha mãe.

_Nem precisa. Acabei de ligar lá e está tudo certo. Lá tem algumas roupas que a Thainá deixou lá que devem te servir. -ele fecha o porta-malas e me olha entusiasmado- Vamos!

Eu entrei no carro e ele entrou logo em seguida. Nós percorremos metade do caminho em silêncio, até que ele resolveu quebrar o choque da surpresa que estava me consumindo.

_Então... Se você não gostou de eu ter planejado tudo isso sozinho e não ter te contado eu entendo. Me desculpa. -ele disse e eu o encarei brava.

_Não é pela surpresa. É que eu sinto que você não me conta mais nada e sinceramente eu preferia não ter mais essa sensação de ser a última a saber de tudo. Pode parecer bobo, mas evita não me contar antes, por favor. -eu disse e ele assentiu.

Depois de uns quarenta minutos nós chegamos na fazenda. A avó dele já estava nos esperando na porta de uma casa amarela. Gigante.

_Oi vó! -ele disse saindo do carro e indo até ela lhe dar um abraço.

_Ah, vocês chegaram! -ela disse enquanto abraçava ele e me encarou surpresa. -E essa moça bonita? -ela disse vindo em minha direção e me olhando de cima à baixo.

_Ela é minha namo...

_Amiga. Sou uma amiga. -eu disse sorrindo sem graça pela interrupção que fiz ao Lucas.

_Muito bonita você! Pode ficar à vontade. -ela disse gentilmente e eu assenti e dei o meu melhor sorriso.

Ela de repente sumiu para dentro da casa, me deixando sozinha com o Lucas novamente.

_Eu... -ele disse mas não parecia saber o que dizer.

_Me desculpa. Não quero isso por enquanto, e espero que você entenda. -eu disse firmemente e fui até o porta-malas, arrancando minhas malas de lá e indo para dentro da casa.

O Lucas me mostrou o quarto e eu deixei minhas coisas por lá. Fui para fora "explorar" o lugar.

Encontrei um lago e me sentei na beirada. Fiquei jogando algumas pedrinhas na água para ver se aquilo me acalmava de alguma forma.

_O que quer fazer amanhã aqui? -ele perguntou se sentando ao meu lado.

_Não sei. Qualquer coisa que me distraia.

_Nós vamos embora no fim da tarde, então vamos ter tempo para fazer o que você quiser. -ele disse e jogou uma pedrinha no lago.

_Tudo bem, vou pensar em algo. -eu disse e ele ficou me encarando.

_Quer ver uma coisa? -ele perguntou sorrindo.

_Claro. -eu disse.

Ele se levantou e me estendeu a mão para me ajudar a levantar também. Nós caminhamos sem parar por uns dez minutos, até chegarmos à uma ponte. Uma ponte que atravessava um rio com as águas mais claras que eu já havia visto. O canto dos pássaros enchia meus ouvidos e o cheiro doce que as flores exalavam me deixava calma. Estava encantada com tamanha beleza.

O Lucas sumiu por alguns segundos e logo depois surgiu com uma tulipa branca na mão. Ele me estendeu a tulipa e sorriu.

_Muito obrigada. -eu disse pegando a tulipa e sorrindo.

_Sabe qual o significado das tulipas? -eu neguei com a cabeça e ele sorriu- Representam amor eterno, beleza, prosperidade e independência. E você é linda, tem prosperidade, conseguiu se tornar independente... E quanto ao amor eterno, é o que eu sinto por você. -ele olhou para o chão enquanto falava tudo e de repente olhou para mim.

Ele foi se aproximando de mim, até nos beijarmos. Já estava escurecendo, então decidimos voltar para a casa.

Nós nos deitamos na grama macia e verde perto da piscina e ele enroscou seu braço em meu pescoço. Ficamos olhando para cima, para as estrelas. Nunca tinha visto um céu tão estrelado daquele jeito.

_Você bem disse que gosta de coisas clichês. -ele disse e nós dois rimos.

_Os clichês são os melhores. -eu disse e ele assentiu.

Na verdade, eu não sabia por que eu estava ali deitada na grama, olhando para as estrelas junto com o meu primeiro amor.

Mas de alguma forma, eu queria ter aquele momento. E de algum jeito, queria ter uma última noite ao lado dele. Não que não terei mais noites, mas temia o tempo, e sentia que nada seria como antes.

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