SUSSURRA-ME

By thainabk

1.3M 101K 68K

Eles eram diferentes, porém, tinham coisas em comum: liberdade, desapego e o medo da entrega. A cada vez que... More

Esclarecimento
aos meus fiéis leitores
SAUDAÇÕES
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
BÔNUS | PARTE 1
CAPÍTULO 58
BÔNUS | PARTE 2
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
BÔNUS | PARTE 3
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 71
CAPÍTULO 72
Agradecimentos + Surpresa
ENVOLVA-ME
DÚVIDAS
psiu!

CAPÍTULO 2

27.7K 1.9K 867
By thainabk

Acordei por volta das seis horas no outro dia. Os raios de sol já invadiam meu quarto enquanto eu me arrumava para poder ir à faculdade. Apenas coloquei jeans escuro e camiseta branca. Nos pés optei por coturno. Ajeitei meus cabelos e logo passei rímel nos cílios, batom nude na boca e blush nas bochechas.

Por mais que eu tivesse acordado às seis horas para não me atrasar acabou acontecendo aquilo de novo por eu simplesmente enrolar na cama. Então, marcava sete horas e trinta e dois minutos quando adentrei a universidade. Mesmo que fossem apenas dois minutos de atraso não encontrei ninguém naqueles enormes corredores.

No dia anterior, havia tratado de me informar com Kylie onde seriam minhas aulas daquele dia. Ela até mesmo tinha feito um pequeno mapa se certificando que eu não iria esquecer, porém, não foi preciso.

Quando me aproximei da porta da sala, um garoto loiro fez o mesmo.

Sorri sem jeito e dei um passo para trás para ele adentrar primeiro que eu. Assim que fez isso, entrei. Olhei ao redor procurando por Kylie enquanto o menino passava novamente por mim indo em direção a uma das primeiras classes juntas ali.

Quando finalmente encontrei minha colega notei que outra garota já estava sentada ao seu lado. Ela moveu os lábios em um pedido de desculpa.

O professor continuava a falar sem parar enquanto eu procurava um lugar para sentar e devido o seu olhar resolvi me acomodar com o mesmo garoto que havia esbarrado na porta.

— Juro que não estou te seguindo. — disse ao sentar ao lado dele. — Acho que se eu ficasse mais um segundo em pé o professor iria acabar perdendo a paciência comigo.

Ele sorriu.

O rapaz tinha os cabelos loiros que estavam em forma de um topete desajeitado. Seus olhos azuis lembravam o mar. Ele utilizava roupas pretas que davam um certo contraste com seus fios.

— Não irei te denunciar por ser uma suposta psicopata.

Sorri, entrando na mesma onda. Logo, continuei observando ele tirar a apostila de dentro da mochila e o restante dos seus pertences.

— Algum problema?

Minha resposta foi apenas um aceno de cabeça negativo.

— Vocês farão o trabalho em trio. — disse o professor. — Quero me certificar que ele sairá perfeito. Estamos entendidos? Já podem escolher o grupo de vocês.

Tentei prestar atenção nos slides que o ensinador mostrava contendo o que deveria ter no trabalho enquanto muitos já arrumavam seu devido grupo. Eu conseguia confessar que estava ficando apreensiva por ainda continuar parada. Entretanto, bastou Kylie aparecer em minha frente para eu poder respirar normalmente.

— Vamos fazer nós três?

Dei de ombros ainda olhando para a menina. Eu não tinha o conhecimento se o loiro havia confirmado ou não, mas Kylie puxou uma cadeira para poder sentar.

— Esse professor é um saco. — disse entediada. — E, então, onde os dois estavam? Chegaram atrasados, sentaram juntos e agora estão conversando.

— Nós não estávamos juntos. — falei ao franzir o cenho. — Apenas uma coincidência.

— Hum, sei. — Kylie sorriu sugestiva para mim e olhou para o garoto. — O bonitinho tem nome?

— Não.

Tive vontade de rir ao notar o sarcasmo evidente em seu tom de voz. Porém, o olhar da garota não me permitiu de fazer aquilo.

— Tudo bem. Meu nome é Kylie e o dela é Every.

Ele assentiu não dando devida importância. De fato, eu já estava começando a ficar sem jeito com o pouco entusiasmo dele. Então tratei de falar.

— Se você não quiser fazer o trabalho com nós, tudo bem. Sei que a Kylie já chegou praticamente obrigando você a fazer isso, mas não quer dizer que deve aceitar.

— Precisa sim! — ela disse, com o tom de voz incrédulo.

Resolvi ignorar sua pequena cena e continuei olhando para o garoto ao meu lado. Ele colocou os braços em cima da classe e se inclinou em direção a Kylie, em seguida direcionou o olhar ao meu.

— Jason Cooper.

Assenti com um sorriso certa de que ele já sabia meu nome.

— Jason Cooper, você tem alguma ideia de como será nosso trabalho? — Kylie perguntou ao debochar.

— Sim, eu tenho.

(...)

No horário do almoço, eu e Kylie permanecemos juntas enquanto nos dirigíamos a um restaurante próximo a universidade. Ela simplesmente não calava a boca comentando sobre como Jason era irritante. Portanto quando adentramos o local resolvi acabar logo com aquele falatório sem fim.

Kylie estava conseguindo me irritar com todas aquelas palavras.

— Você deveria colaborar também. — disse ao olhar em seus olhos. — Fala sério, toda vez que o cara ia falar algo você o cortava. Queria que ele permanecesse paciente até quando?

Ela franziu o cenho, apertando visivelmente os braços cruzados. Turner me olhou de uma forma tão estranha que por um breve momento me arrependi de ter dito aquela frase.

— E se acostume, pois temos que terminar o trabalho. — tentei amenizar a situação. — Nós vamos nos encontrar amanhã no meu apartamento. Certo?

Ela me analisou com cuidado enquanto mantinha sua expressão, só parou de fazer aquilo no momento em que a garçonete se aproximou de nós.

— Boa tarde. Já escolheram os pedidos?

Molhei os lábios ao soltar um suspiro.

— Sim. Eu vou querer um sanduíche de frango e suco natural de laranja.

— Eu quero um hambúrguer e refrigerante. — ela me olhou ao sorrir. —  Pedidos bem diferentes, não acha?

— Com certeza.

Esperei a moça se afastar por completo para poder pegar meu notebook dentro da mochila. Aquela seria uma boa hora para continuar minha busca por novas vagas de estágio. Coloquei o computador em cima da mesa enquanto esperava o mesmo ligar.

— O que vai fazer?

— Preciso de um emprego. Meus pais não vão me sustentar para sempre.

Embora minha mãe tivesse falado por diversas vezes que eu não precisava ser tão rápida para procurar um serviço resolvi fazer aquilo. Meus pais estavam cheios de dívidas e aquele foi um dos principais motivos de eu não querer estudar em Londres. Eles mal tinham dinheiro para o sustento em Nova York e quem diria pagar meus gastos em outro lugar. No entanto quando tentei os convencer de me deixar na minha cidade natal, com emprego e bolsa na minha faculdade dos sonhos, eles não deram ouvidos.

Aquilo era frustrante.

— Está procurando algo especifico? — ela perguntou, sobressaltada demais. — Quero dizer, pretende achar um emprego em uma editora, empresa, jornal...

— Na verdade, não estou em condições de escolher, mas seria legal fazer estágio em uma editora.

Kylie assentiu de forma estranha. Continuei procurando vagas na internet e as que me interessavam anotava o endereço no papel que tinha em mãos.

Nesse meio tempo, a moça chegou com nossos pedidos. Resolvi deixar tudo de lado enquanto comia meu lanche. Kylie também optou por permanecer quieta ao se alimentar. Por mais que tivesse sido um descanso para minha cabeça, eu acabei estranhando.

Turner nunca calava a boca.

— O que foi?

— O que pensa sobre uma empresa? — ela perguntou por fim.

Dei de ombros. Eu já havia feito estágio de três meses em uma empresa em Nova York e foi exatamente por aquele motivo que tinha optado por cursar jornalismo.

— Legal.

— Meu primo tem uma empresa aqui em Londres. Ele me quer trabalhando com ele, mas no momento não estou precisando disso.

Continuei a comer meu alimento.

— Hum. Que tipo de empresa?

— É uma revista. Ele precisa de uma pessoa para postar matérias no site.

— Por que não quer? Pode servir como experiência mais tarde.

Ela deu de ombros, mexendo no canudo do copo contendo seu refrigerante.

— Você se considera uma pessoa confiável?

Não hesitei em soltar um risinho por conta daquele questionamento. Que tipo de pessoa fazia uma pergunta daquelas? Kylie Turner. No entanto, ao ver o olhar curioso dela, resolvi limpar a garganta e responde-la.

— Sim... eu acho que sim.

— Gostaria de trabalhar em uma empresa desse tipo?

— Como eu disse, serve de experiência.

— Então você aceita? — perguntou tentando se mostrar entusiasmada. — Eu posso falar com meu primo a respeito de você.

— Sério? Se não for incomodo, eu quero sim.

Ela sorriu animada para mim e levantou.

— Então vamos.

Fiquei analisando ela pegar a bolsa e seus pertences em cima da mesa.

— Agora? Eu não tenho nada comigo e...

— Relaxa! Ele é um cara legal. Se você for comigo tem mais chance de conseguir o emprego. Não acha?

De fato, eu teria mais chance. Porém, eu continuava apreensiva. Queria gerar uma boa impressão para poder conseguir o trabalho.

— Quem sabe você me passa o endereço e eu vou lá amanhã?

Kylie pareceu não escutar minha pergunta de modo que continuou com seus afazeres. Ela só direcionou o olhar para mim ao pegar a conta em cima da mesa.

— Vou ali pagar, me espera na rua.

Enquanto ela se dirigia até o caixa permaneci sentada. Naquele momento, meu coração já estava acelerado e minhas mãos suando. Eu estava nervosa como nas outras vezes que havia feito entrevistas em Nova York.

(...)

Dizer que estava confortável no mesmo carro que Kylie seria mentira. Eu estava me sentindo como uma menininha indefesa. Eu até tentava relaxar com as músicas que tocavam no rádio, mas era simplesmente impossível.

Minhas mãos suavam frias e eu sentia minhas pernas bambas. Por mais que estivesse sentada eu conseguia notar cada célula do meu corpo reagir contra qualquer coisa.

— Chegamos.

Respirei fundo e inclinei meu corpo para frente. Estávamos em frente a um enorme edifício e no letreiro dizia Communication Center. Um calafrio percorreu minha espinha. Eu estava prestes a fazer uma entrevista sem ao menos ter conhecimento de que empresa era aquela.

Ouvi o barulho da porta e avistei Kylie do lado de fora.

Era apenas uma entrevista.

Continue Reading

You'll Also Like

49.1K 3.1K 40
LIVRO DOIS DA TRIOLOGIA MEU NAMORADO, ZYAN BLOSSON. COLEGIAL ROMANCE FICÇÃO ADOLESCENTE. AMIZADE TRAUMAS +18 Um acordo com o inimigo fez com que Sier...
894K 55.8K 134
Alex Fox é filha de um mafioso perdedor que acha que sua filha e irmãos devem a ele. Ele acha que eles têm que apanhar se acaso algo estiver errado...
183K 15.6K 35
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
6K 196 30
"Eu espero que você seja feliz. Porque você pode ter a total certeza, que eu vou ser."