Encarei minha esposa e sorri. Ainda não conseguia acreditar que em poucas semanas faria três anos que estávamos casados e eu continuava tão ou mais apaixonado por ela.
Any não prestava atenção em mim, estava distraída brincando com nossa afilhada, Olívia. Encarei os pais dela conversando no sofá com Débora e lembrei do susto que Chris e Angelique levaram, quando Olívia resolveu nascer um mês antes do previsto.
Meu pai estava sentado ao meu lado e assim como eu, encarava a cena satisfeito. Era disso que ele gostava, sua casa cheia aos fins de semana. E talvez daqui um tempo, ele ganharia um novo membro.
Para evitar pressão e especulação ninguém estava sabendo, mas há dois meses Any e eu havíamos tomado uma decisão e ela suspendera a ingestão de anticoncepcionais. Então a qualquer momento, meu pai poderia receber a notícia, de que o neto que ele tanto queria, estava a caminho.
O celular tocou me despertando dos meus devaneios e atendi no segundo toque.
- Alô?!
- Chefe não vai acreditar no que aconteceu.
Me levantei do sofá e fui até a porta.
- Qual o problema? - me encostei no batente da porta de costas para os outros.
- Nós o encontramos. Encontramos o assassino de sua mãe!
Alguma coisa tomou conta de mim naquele momento me fazendo perder a fala. Eu congelei onde estava e meu mundo todo parou.