Irresistível - O Caso Portill...

By PricaWenzel

202K 9K 5K

Sinopse: Alfonso viu sua mãe ser assassinada diante dos seus olhos quando tinha 18 anos. 09 anos depois ele s... More

Prólogo
Capítulo 01
Capitulo 02
Capitulo 03
Capitulo 04
Capitulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 50

2.5K 178 110
By PricaWenzel


Suspirei e tentei relaxar. Mais de um mês havia se passado e eu ainda podia sentir o medo me percorrer cada vez que lembrava daqueles momentos em Juarez.

Encarei meus irmãos e sorri. Valeu a pena passar por tudo aquilo pra garantir a segurança deles. Anna e Arthur cresciam fortes, saudáveis e cada vez mais espertos.

- Pronta?! - a porta se abriu revelando a figura esbelta de minha mãe.

Respirei fundo e fiquei de pé, me encarei no espelho e senti uma vertigem. Sentei no sofá e respirei fundo.

- Acho que preciso de um minuto. - suspirei.

- Tudo bem, é normal noivas atrasarem e ficarem nervosas. - minha mãe sorriu e sentou ao meu lado.

- Mãe, a senhora se casou duas vezes como sabia que era o certo?

- Porque me casei apaixonada meu amor, quando você se casa por amor é a única garantia que tem de que está fazendo o certo. Não existe pessoas perfeitas no mundo, você não é assim, Alfonso também não. Vai haver momentos em que ele vai te achar chata e você vai acha-lo insuportável. Vocês vão discutir por coisas banais e importantes, vão bater de frente um com o outro em alguns momentos, mas vocês se amam e já passaram por tanta coisa junto

- Eu sei! - suspirei.

- Então erga essa cabeça e entre naquela igreja sabendo que você está entregando seu coração a um homem que vai te amar pro resto da vida. O desafio de um casamento não é saber quantas brigas ou dificuldades vocês vão ser capazes de superar juntos, mas sim quanto um pode amar e perdoar o outro.

Abracei minha agradecida pelas palavras dela e tive que me controlar pra não chorar.

- Tudo bem! - respirei fundo, e me afastei dela. - Pode pedir pro Juan entrar. - sorri.

- Mas que porcaria de gravata! - enganchei o polegar e o indicador tentando afrouxar aquele maldito nó.



Nunca senti tanta raiva por estar usando uma gravata, pelo contrário, eu gostava e era um item essencial no meu dia-dia. Mas maldição, eu me sentia sufocar com aquela coisa.

- Você só está nervoso. - Christian sussurrou para mim, com um sorriso maroto.

- Como você conseguiu ficar calmo quando foi sua vez?

- Eu estava uma pilha como você, a diferença entre nós é que eu sei me conter. - sorriu com malícia.

- Vai a merda Christian! - olhei feio pra ele.

- Olha os modos você está na igreja. - zombou.

- E você escolheu um péssimo momento pra me encher. - devolvi.

Bati os pés no chão tentando ficar parado. Minha vontade era de sair da igreja e ir pessoalmente buscar Anahí. Se eu soubesse onde ela estava, claro.

- Maldita hora que eu resolvi remover aquele rastreador da perna dela, e não satisfeito deixei ela me convencer a tirar o rastreador de seu anel de noivado também. - resmunguei impaciente.

- Poncho pelo amor de Deus, é o casamento de vocês, não precisa rastrear sua própria noiva.

- Pois eles me seriam muito uteis agora, responderiam porque ela está demorando tanto.

Christian revirou os olhos e negou com a cabeça.

Encarei os convidados, a maioria gente influente para quem eu já trabalhei ou trabalhava, além da minha equipe e todos do meu escritório. Any me deixara desde o princípio cuidar da lista de convidados alegando que não tinha muitas pessoas para chamar. De certo além de sua família e os amigos, estavam presentes Matt e algumas pessoas da editora onde ela trabalhava.

A imprensa quis se meter no nosso dia, mas eu não deixei. A coisa que eu mais queria era que nós dois tivéssemos uma vida normal depois de tudo o que passamos. E graças a Deus eu sabia cuidar muito bem de uma imprensa. Ainda penso em como foi fácil abafar o caso em Juarez. A cidade toda acreditava que um vândalo invadira a escola e quebrara alguns pertences. Ninguém soube dos bonecos, da mão amputada de Najera e que neste momento ele apodrecia numa clínica penitenciária.

Eu recebia relatórios mensais dele. Nada alarmante, nada preocupante, por tanto nada que Any precisasse saber. Eu cuidei no último mês para que ela ficasse feliz e esquecesse aquele pesadelo e ia continuar fazendo isso pelo resto da minha vida. Se dependesse de mim, Any seria a pessoa mais feliz e realizada do mundo.

- Lá vem a noiva...

- O que?! - encarei Christian achando que ele estava de gracinha comigo outra vez.

A marcha nupcial começou a tocar e fiquei tenso quando a porta se abriu.

Angelique entrou na frente com seu vestido vermelho, realçando suas curvas e a barriga de sete meses. Dulce e Maite vinham logo atrás com o mesmo vestido vermelho e um pouco atrás delas vinha Any. Encarei minha noiva, a quem dentro de alguns minutos eu poderia chamar de esposa.

Any estava simplesmente deslumbrante naquele vestido branco, iria agradecer à ela depois, por não ter cedido aos meus pedidos e ter me deixado às cegas sobre sua roupa. Ela sorriu me olhando nos olhos, sua mão repousada no braço do Juan quase fazendo-a parecer serena, mas nós dois sabíamos o quanto estávamos tensos.

Senti meus olhos queimarem diante do maior sonho da minha vida concretizado ali, bem diante dos meus olhos. Any vestida de noiva e caminhando na minha direção. Foi difícil me conter quando ela parou ao meu lado e segurei sua mão. Beijei o anel de noivado querendo beijá-la nos lábios.

Não consegui me concentrar na cerimônia, a todo momento eu me perdia em Any, no brilho dos olhos dela. Em silêncio agradeci à Deus e a minha mãe por terem colocado aquela mulher na minha vida. Prometi aos dois que cuidaria dela, a amaria e em todos os nossos segundos juntos, que mesmo longe, eu nunca deixaria ela esquecer o quanto era importante pra mim. Eu ia me esforçar pra ser o melhor marido do mundo.

Repeti minhas promessas em voz alta quando o padre ordenou, mas quem roubou a cena na hora das alianças foi nosso pequeno Rique. Bom ele já não era tão pequeno assim, Rique já tinha crescido um bom bocado e continuava crescendo, às vezes eu achava que nosso apartamento era pequeno demais pra ele e suas estripulias.

Mas o que Rique tinha de bagunceiro tinha de obediente. Eu o treinei para que atravessasse o corredor trazendo as alianças dentro de uma cestinha presa entre seus dentes. Era minha primeira surpresa pra Any.

Todos se derreteram quando as portas se abriram e ele entrou. Foi o que fez Any desabar e chorar e eu sei que foi porque ela se lembrou de Lionel naquele momento. Apertei sua mão sentindo o mesmo que ela.

Também queria minha mãe ali, o pai dela e seu cachorro. Infelizmente havíamos perdido coisas que nunca recuperaríamos, não nesta vida pelo menos. Mas me confortava a ideia de saber que de algum lugar nossos pais e Lionel estavam nos vendo felizes e orgulhosos. Pensar neles felizes, me deixava feliz também.



Olhei pra trás dando risada enquanto meu marido me arrastava pela mão.

- Sequestrar a noiva na própria festa de casamento dela é um crime inafiançável sabia?! - brinquei.

- Não me importo. - Alfonso respondeu ofegando.

Me puxando, ele me fez rodar e parei com as costas contra a parede. No instante seguinte seus lábios cobriram os meus, me tomando, roubando meu ar e me fazendo perder a capacidade de raciocinar. Esqueci simplesmente de tudo enquanto minhas mãos agarravam a lapela de seu paletó para que ele ficasse mais perto de mim.

Alfonso apertou minha cintura com força agarrando o vestido, fiquei com medo de meu marido conseguir rasga-lo. Algo que ele me prometeu que não faria.

Poncho mordeu meu lábio inferior e apoiou sua testa na minha. Nossas respirações ofegantes se misturando.

- Preciso de um minuto pra me recuperar. - ofegou.

- Sei bem do que você ta falando. - sorri e atrevidamente acariciei a região volumosa entre suas pernas.

- Puta merda Any, estou quase suspendendo você e erguendo seu vestido, então não me provoque. - ofegou.

- A culpa é sua por me arrastar até aqui com você.

- Precisava de pelo menos um minuto a sós com você ou ia enlouquecer. Você está tentadora demais neste vestido, esposa. - seus olhos me encararam cheios de desejo e ternura.

- Você também, marido. - sorri acariciando seu rosto. - Mas a culpa é sua por convidar tanta gente.

- A culpa deu estar assim é sua por ter inventado de passar a última semana no apartamento da Maite, longe de mim. - respondeu ofegando.

Realmente eu tinha tido a ideia de ficarmos afastados, para que a nossa noite de núpcias como marido e mulher fosse ainda mais especial. Agora eu não via a hora de acabar com aquilo e ter Alfonso totalmente pra mim outra vez. Sentia falta de dormir com ele, senti-lo dentro de mim e todas as outras coisas que nos privei nos últimos sete dias.

Como se lesse meus pensamentos Alfonso sorriu e voltou a me beijar, sua ereção pressionada contra meu quadril me excitou e tive que me controlar para não pedir que Alfonso cumprisse sua ameaça e me suspendesse. Eu já estava me sentindo sem chão enquanto sua língua vasculhava todos os cantos da minha boca.


"Senhor Herrera, é preciso que o senhor traga a noiva, digo sua esposa, de volta à festa para que ela possa jogar o buquê!"


Alfonso se afastou de mim e encarei de boca aberta o rádio que até então estava escondido dentro do paletó dele.

- Ok, estamos indo! - meu marido respondeu e guardou o rádio dentro do paletó muito bem escondido.

- Era o Miguel? - perguntei pasma.

- Sim, pedi que ele vigiasse pra mim.

- Você montou uma operação com a sua equipe pra ficar a sós comigo na nossa festa de casamento? - perguntei sorrindo como uma idiota.

- Não com a equipe toda, só com o Miguel e o Noah. - Alfonso respondeu dando de ombros.

Soltei um suspiro e mordi o lábio inferior.

- O que foi? - Alfonso me olhou estreitando as sobrancelhas.

- Acabei de me apaixonar por você de novo. - sorri me sentindo zonza.

- Acho melhor eu leva-la de volta a festa esposa, se eu beijá-la agora não me responsabilizo pelos meus atos.



Anahí já havia jogado o buquê, já havíamos jantado e socializado com todos os nossos convidados. Agora estávamos na pista de dança com nossos amigos. Eu não tava afim de dançar, então parei de pé perto da pista de dança. Christian e meu pai parara ao meu lado se juntando a mim.

- Cara como elas conseguem? - ele falou alto perto do meu ouvido.

- Eu não sei, mas quem ta me surpreendendo é a sua mulher. - apontei Angelique.

- Alfonso tem razão, ela vai acabar tendo a filha de vocês aqui se continuar se chacoalhando daquele jeito. - meu pai sorriu vendo Angell, Any e Dulce pulando.

- Poncho, eu ajudo você a fugir com a Any daqui agora, se convencer a Angelique a se sentar. - Christian respondeu.

- Vou ficar te devendo essa velho. - respondi dando de ombros.

- Filho meus parabéns mais uma vez. - meu pai sorriu. - Estou orgulhoso de você.

Sorri encarando meu pai e em seguida minha esposa. Orgulhoso de mim mesmo e dela.



Sai da pista de dança e fui até a mesa onde minha mãe e Juan estavam sentados. Meus irmãos estavam dormindo perto dali vigiados pela babá. Abaixei o quanto o vestido permitia e acariciei o pelo de Rique.

- Hum, alguém vai ter surpresinhas mais tarde.

Fiquei de pé e me virei encarando Dulce e seu sorriso malicioso.

- É mesmo, achei tão romântico a ideia do Poncho. - Maite concordou.

- Vocês sabem de tudo? Pra onde ele vai me levar? - encarei as duas curiosa.

- E não só isso. - Ucker chegou envolvendo os braços em torno de Dulce.

- Não é justo todo mundo saber e eu não. - cruzei os braços fazendo bico.

- Fica tranquilo que daqui a pouco você ficará sabendo. Mais um pouco e seu marido vai incendiar a festa só pra ter um motivo pra fugir daqui com você. - Dulce sorriu.


Dizer que eu estava ansiosa quando, horas depois desci do avião era pouco. Eu estava de olhos vendados e a única coisa que sabia era que estava em um barco.

- Poncho aonde vamos?

- Já vai saber meu amor. - ele sorriu puxando minhas mãos e as beijou.

Mordi o lábio inferior ansiosa e sem escolha esperei. Ouvi quando o barco parou e Alfonso me pegou no colo. Ainda bem que eu tinha trocado meu vestido branco por outro mais curto, moderno e com menos pano.

Ouvi uma porta se abrir e em seguida Alfonso me colocou no chão. Seus dedos tocaram o nó da venda.

- Pode abrir os olhos. - sussurrou no meu ouvido.

Fiz o que ele mandou e fiquei de boca aberta ao ver a casa toda de madeira. Os móveis eram em tons claros, alguns em madeira talhada e decorada.

- É lindo. - sorri.

- Aluguei a casa nessa ilha para ficarmos sozinhos aqui por uma semana. Acho bom você não enjoar de mim porque não vai ter pra onde fugir. - Alfonso sorriu me olhando.

- E quem disse que quero fugir de você? - sorri com malícia e mordi meu lábio inferior. - Obrigada pela surpresa, depois eu quero ver cada canto dessa casa, mas antes... - deixei as palavras morrerem em meus lábios.

- Antes?! - Alfonso arqueou a sobrancelha cheio de más intenções.

- Quero você! - sussurrei.

Alfonso sorriu e me envolveu pela cintura buscando meus lábios. Sua língua dominou a minha invadindo meus sentidos com seu gosto e seu cheiro. Agarrei a gola da camisa que ele usava, a mesma que tinha usado durante a cerimônia e a festa. Não aguentei mais esperar e abri botão por botão de sua camisa.

Quando consegui abrir todos puxei sua camisa pelos ombros e encarei fascinada quando ela escorreu por seus braços e foi parar no chão. Encarei o abdômen perfeito de Alfonso e subi meus olhos. Queria admirá-lo pela primeira vez como meu marido e Alfonso parecia estar adorando ser admirado.

Meus olhos paralisaram quando vi a escrita sobre suas costelas do lado esquerdo, logo abaixo do coração.

- O que é isso?!

- Acho que não mencionei pra você que fiz uma tatuagem na última semana que não estivemos juntos.

Encarei a escrita e li a frase que Alfonso havia gravado no seu corpo pra sempre.


"Meu coração, meu corpo e a alma que aqui habita pertencem a minha amada."


- Poncho! - cobri a boca com ambas as mãos, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Eu fiz a tatuagem das asas depois que perdi minha mãe, uma forma de mantê-la sempre perto de mim. Então eu te conheci e desde então quis fazer algo do tipo, que representasse um pouco do quanto você significa pra mim. Então aproveitei essa semana que ficamos separados, fui no mesmo tatuador e fiz.

Enxuguei o rosto com uma mão e com a ponta dos dedos da outra acariciei a escrita, ainda dava pra sentir o contorno das letras sobre sua pele.

- Você não precisava se marcar assim.

- Mas você me marcou no momento em que eu te vi naquela foto. Eu quero que saiba que pertenço a você de todas as maneiras possíveis. No papel, de corpo, alma e coração. Você é meu mundo e eu amo você.

- Eu também amo você! - enxuguei o rosto. - Para sempre, pra toda a minha vida.

Alfonso me beijou e me pegou no colo. Ouvi a porta se abrindo pouco antes dele me deitar na cama e cobrir seu corpo com o meu. Seus lábios e mãos estavam por toda a parte me fazendo sua mais uma vez.

Pertencíamos um ao outro, agora como marido e mulher. Juntos e para sempre.




Comentem o último capítulo, antes de irem pro epílogo, por favor! ^^

Continue Reading

You'll Also Like

57.9K 5.2K 70
Essa mina rouba minha brisa, Acelera o meu coração...
57.9K 2.2K 36
Rebecca Brooke, uma garota nova-iorquina que por causa do emprego de seu padrasto tem que se mudar pra Omaha. Rebecca acaba encontrando quatro garoto...
132K 16.2K 21
A vida de Isabella Miller é um autêntico turbilhão: cursa direito por influência dos pais e divide o apartamento com uma amiga. No entanto, sua rotin...
2.1M 175K 108
Os irmãos Lambertt estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum entre eles. Anna esta no lugar errado na hora errada, e assim qu...