Secrets

By sweetcabello21

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"Como podemos nós pretender que os outros guardem os nossos segredos se nós próprios os não conseguirmos... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
EPÍLOGO

Capítulo XXXI

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By sweetcabello21

Olha quem apareceu, acho que agora só ano que vem, depende de vocês, mas qualquer coisa... Boas festas, feliz ano novo e que 2016 seja um puta ano pra vocês!

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Lauren POV

David conversava animadamente no banco de trás. Ele usava o short do time, que era vermelho com o número dez em dourado, a camisa do time de futebol da escola, que era branca, tinha o número e o nome Cabello gravados em dourado. A conversa fluía livremente entre futebol, e, músicas quando algo que ele gostava era tocado na rádio. A cada descoberta de seus gostos fazia uma nota mental para não esquecer. Sua fala era agitada e às vezes tropeçavas nas palavras por falar sem respirar, o que me lembrava de sempre Camila em seus momentos de nervosismo.

Depois de chegarmos à escola nos direcionamos para o campo de futebol, que ficava na parte de trás da escola. Havia ligado mais cedo para o Troy, ele tinha me dito que marcaria um bom lugar na arquibancada para que eu pudesse assistir bem de perto ao jogo. O lugar estava cheio de crianças e pais conversando, gritando e correndo atrás de seus respectivos filhos.

- Senhor Johson. – David chamou um homem que estava com uma camisa polo branca que tinha o símbolo da escola, julguei ser o técnico dele. – Está é – olhou para mim por uns segundos, procurava as palavras certas. – Ela é amiga da minha mãe – coçou a nunca desconfortável. – e também é minha tia.

- Rian Johson. – estendeu a mão, apresentando-se. – Técnico desses anjinhos. – senti seus olhos queimarem meu corpo. – Um prazer enorme em conhecê-la...

- Jauregui. – puxei minha mão rapidamente sentindo-me desconfortável.

- Por que Camila não veio? – senti certa intimidade escorrer em suas palavras. Um enjoo invadiu meu corpo, respirei fundo para não ser rude e nem dizer nada que deixasse David desconfortável.

- Hoje ela tem uma reunião muito importante. – fui rude. – Se me der licença, quero conversar com esse garoto antes do jogo... – o senhor Johson deu de ombros e mostrou a mão indicando que tinha apenas cinco minutos.

Puxei David para um canto mais reservado do campo. Abaixei-me e comecei a olhar seu rosto e analisar cada detalhe de sua face, os olhos curiosos queimando minha pele para entender o que eu fazia.

- O que a senhora está fazendo? – ele perguntou vencido pela curiosidade, minhas mãos verificavam suas orelhas cuidadosamente.

- Verificando você antes do jogo, sua mãe me mata se voltar com algum arranhão... – David negou com a cabeça, mas acabou rindo. – Preste atenção... – comecei depois da minha vistoria. – Sempre que puder passe a bola, tenha calma e se concentre nos chutes. É um amistoso, então não se preocupe se não ganharem, mas dê seu melhor e confie no que seu técnico te ensinou e na união da sua equipe. Um time desunido pode levar a derrota. Por último e mais importante se divirta. – David confirmou com a cabeça. – Depois do jogo tenho um presente para você. Ganhando ou perdendo, eu preparei muitas coisas legais para o dia de hoje. – os olhinhos brilharam e eu o vi abrir a boca, mas sua pergunta morreu quando o apito soou, chamando-o para se reunir com os outros jogadores.

Dirigi-me até onde Troy estava sentado. Ele sorriu e acenou assim que me sentei ao seu lado, dando-me um cachorro quente e refrigerante que havia comprado para mim.

- Obrigada! – comecei a assistir ao início da partida. – Meu primeiro jogo, como ele é como jogador? – meus olhos seguiam cada movimento do meu filho.

- Confesso que não esperava toda essa melhoria, mas ele era muito ruim – mordeu um grande pedaço do cachorro quente. – Mas ele é muito esforçado e colocou na cabeça que iria aprender. Hoje não é um artilheiro que possa se vê em um grande time ou jogando profissionalmente, mas joga muito bem! – o time adversário usava um uniforme azul escuro com letras em prateado. Meninos e meninas misturavam-se atrás da bola, a coordenação um pouco falha, mas notava-se no rosto que a diversão rolava solta. – Chris sempre me liga para saber como ele está jogando. – bebeu um gole de Coca.

- Chris? Está falando do Christopher meu irmão? – ele concordou com a cabeça. – Por que ele te liga?

- Para saber do David. – deu de ombros. – Tipo, é seu irmão, mas não gosto quando ele me liga, mas sei lá... Já me acostumei! – eu desviei minha atenção momentaneamente do jogo para encarar o loiro ao meu lado. Esperando que ele prosseguisse com aquele comentário estranho. – Não entendeu? Ele quer saber como anda a masculinidade do sobrinho? – arqueei a sobrancelha sem entender. – Não entendeu ainda? – rolou os olhos. – Seu irmão é homofóbico. – bebeu mais um gole do refrigerante. Neguei com a cabeça. – Você conversa muito com seu irmão? – tentei argumentar, mas pausei.

- Na verdade não converso muito com minha família desde minha viagem pra Londres... – olhei para o jogo com vergonha de encará-lo. – Meu relacionamento mais saudável é com a Tay. – confessei envergonhada.

- Pois saiba que seu irmão conversa com a Camila, mas às vezes me liga para saber como está o desenvolvimento da masculinidade do garoto... – olhou rapidamente para o jogo e depois para mim. - Quer dizer, ele se preocupa muito com David por estar cercado de garota... – pigarreou. – Tipo, ele aceita ter uma irmã lésbica, mas acho que não aceitaria se o sobrinho fosse gay. – gesticulou com as mãos mesmo ocupadas. - Diminuiria a virilidade dos Jauregui. – Troy rolou os olhos. – Ele é um idiota, com o perdão da palavra, mas... Eu amo esse garoto como um filho, tanto que aprenderia balé se ele quisesse ter aulas. Ele é o irmão mais velho da Vick e no fim, eu só quero que ele seja feliz e aproveite a infância. – bebeu mais um gole. - Eu não quero, assim como Camila não, podá-lo da vida... – deixou a frase morrer para que eu pudesse absorver a quantidade de informação por ele transmitida. Voltei a acompanhar o jogo sentindo todo um pensar entre meus desejos e os desejos de meu filho. Afinal criamos os filhos para nós ou para o mundo? Minha linha de raciocínio foi quebrada quando um jogador adversário empurrou David para pegar a bola.

- PORRA JUÍZ – gritei frustrada. – OLHA PARA O JOGO. NÃO VIU ESSA FALTA? – levantei a mão como se mostrasse um cartão. – ISSO É CASO PARA EXPULSÃO, CADÊ O CARTÃO VERMELHO? – Troy me puxou para me sentar novamente.

- Lauren para de escândalo. – sussurrou constrangido. – David voltou a jogar e você fazendo tumulto. – olhei novamente e vi que David corria despreocupado com a bola em direção ao gol como se a queda não tivesse sido nada. Driblou lindamente o goleiro e com um chute mandou a bola para o gol.

- GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL – Troy e eu gritamos ao mesmo tempo. – DAVID! DAVID! DAVID! DAVID!

O resto do jogo passou com muita emoção. David passou a bola para Rachel marcar um gol, um garoto do outro time marcou dois gols, que definiu o empate da partida. Desci rapidamente para saber como David estava.

- A senhora viu que eu fiz um gol incrível. – sua voz saia ofegante. – E eu passei a bola como a senhora disse e nós fizemos outro gol? – seus olhos brilhavam, suas bochechas estavam vermelhas, o suor escorria pelo seu rosto o deixando mais fofo e mordível. Abaixei-me para ficar da sua altura, pude ver um pequeno arranhão em seu joelho esquerdo.

- Acho que por isso sua mãe manda o kit de primeiros socorros na bolsa. – disse contemplativa. O arranhão não era grave, mas havia uma linha de sangue ressecado.

- Não foi nada. Mama é exagerada, mas já sou homem... – estufou o peito. – Nem doeu, ardeu um pouquinho, mas me levantei e continuei a jogar como homens fazem. – neguei com a cabeça, meu sorriso sempre presente. Trisquei próximo ao machucado para ver a situação, mas não era nada grave.

- Eu disse que tinha uma surpresa para você. – peguei o presente e o entreguei. – Abra!

A boca de David estava aberta, ele rasgou o presente rapidamente e seu sorriso aumentou ainda mais ao ver o que havia ganhado.

- Eu ganhei uma camisa do New York City Fotball Club! – comentou surpreso. Troy aproximou-se de nós, mas apenas ficou vendo a reação do meu filho. – Olha tio Troy. – mostrou a camisa azul claro do time. – Sou número dez e tem meu nome! – informou abobalhado mostrando para Troy a parte de trás do uniforme com o nome Cabello escrito.

- Que presente incrível. – David sorriu em confirmação, depois se jogou em meus braços, cambaleei um pouco para trás pelo susto da ação inesperada, mas o abracei fortemente.

- Obrigado. Obrigado... A senhora é a melhor! – beijei seus cabelos inúmeras vezes, sentindo meu peito arder em felicidade. David afrouxou o abraço e eu o pus no chão novamente. – Eu vou banhar... Eu volto já.

- Lauren, eu não vou poder esperar... – colocou os óculos no rosto. – Mande um abraço ao garotão e diga que ele mandou muito bem! – Troy sorriu e acenou antes de sair.

Alguns minutos depois David voltou usando uma bermuda preta, a camisa do time, e um All Star branco. Andava de cabeça erguida e peito estufado por estar usando seu presente e a camisa do time que tinha ganhado.

- Para onde vamos agora?

- Tenho uma vasta programação para hoje. Primeiro, pizza, depois sorvete e uma parada no cinema.

- QUE LEGAL! – gritou. – E no cinema vamos comer pipoca e refrigerante.

- Vá com calma nas besteiras Padawan! – David girou um pouco a cabeça para a esquerda e arqueou a sobrancelha.

- O que significa Padawan? – armou um bico.

- Você não sabe? – perguntei exasperada. – Significa aprendiz ou iniciante. É um termo usando nos filmes de Star Wars... Você tem que assistir todos, mas não se preocupe que vamos marcar uma maratona para assistir a todos... Padawan são crianças que faziam treinamentos para se tornarem um cavaleiro Jedi, os cavaleiros do lado bom da força.

- Vamos lutar contra o mal? – afirmei com a cabeça. – Que apelido legal então a senhora vai ser meu mestre...

- Sim e te ensinarei tudo que um cavaleiro Jedi precisa aprender. – falei com uma voz de velha querendo me passar como um velho mestre.

[...]

Tivemos uma tarde agradável e ainda passamos no play para jogar alguns jogos com direito a muito sorvete e algodão doce. Enquanto eu dirigia ensinava algumas de minhas canções favoritas para ele. Cantávamos em plenos pulmões.

Quando estacionei o carro, David parecia cansado pelo dia. Bocejou duas vezes antes de eu desprendê-lo do carrinho.

- Gostou do dia?

- Foi incrível. Mama não sabe jogar nada e a senhora podia me levar para jogar mais vezes, e, me ensinar outros truques. – apertou os olhinhos e juntou as mãos de forma suplicante.

- Podemos sim... – respondi feliz. – Sempre que você quiser podemos marcar. – destranquei a porta, mas quando nós entramos, eu vi Camila e Seth conversando no sofá.

- PAPA. – David gritou e correu para abraçá-lo. Senti um embrulho invadir meu organismo e uma dor preencher meu peito.

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Como estamos? 


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