Secrets

By sweetcabello21

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"Como podemos nós pretender que os outros guardem os nossos segredos se nós próprios os não conseguirmos... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
EPÍLOGO

Capítulo XXVII

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By sweetcabello21


Obrigada por cada comentário, me divirto muito com alguns e me derreto com outros... Como me deixaram feliz, resolvi trazer mais um capítulo porque os comentários que deixaram foram o melhor presente que ganhei, espero que gostem desse capítulos... Nos vemos em breve!

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Camila POV

Impulso. Não existia outra palavra que melhor definia meu ato impensado. As consequências daquela frase começaram a pesar em minha cabeça. De um passeio de domingo me joguei na verdade, ou melhor, joguei a verdade sem calcular os possíveis estragos. Todo aquele contexto me levou a agir e depois pensar. Eu não estava contando ao meu filho que mudaríamos de casa, mas sim que estava me relacionando com outra mulher e mesmo o criando com a mente aberta, ainda assim, não existe uma fórmula para abordar esse assunto, mas apenas arremessar a verdade não torna o assunto menos complicado.

O rosto de Lauren corou repentinamente, sua boca abrindo e fechando como se não acreditasse no que eu havia feito. David piscava freneticamente, seus olhos perdidos em questionamentos, a sobrancelha arqueada e o rosto inexpressivo como se analisasse toda a situação. Palavras lançadas ao vento não tem volta, pois uma vez proferidas para o dono não retorna. Entrelacei meus dedos com os de Lauren sentindo meu peito doer por aquele silêncio constrangedor, intimidador e ensurdecedor.

- Mama a senhora está com o Papa. – ele comentou, mas seus olhos estavam presos em minha mão com a da Lauren.

- Amor... – tentei soar o mais doce, pois sabia que o próximo assunto seria o mais complicado de se discutir. – Seth não é seu pai, mas...

- Ele é meu pai sim! – me interrompeu, sua voz já embargada denunciava que estava próximo de chorar.

- Eu sei que você gosta dele, e, ama-o como um pai, assim como Seth te ama como um filho, mas ele era apenas meu namorado e não somos mais isso.

- Mama, foi por que ele viajou pra longe? – David segurava-se para não chorar. – Mas ele... Mas ele foi cuidar de criancinhas sem dentes... Tia Dinah leu a última carta que ele mandou, ele disse que vai demorar um pouco mais... Mas Papa vai voltar, ele não foi embora para sempre... – uma lágrima teimosa desceu por seu rosto, tentei secá-la, mas ele se afastou e secou rapidamente com as costas da mão.

- Não foi por isso... – abordar aquele assunto seria mais complicado do que imaginava e Lauren não ajudava em nada com seu transe, pois precisava do apoio e da ajuda dela, mas ela continuava absorta na própria surpresa de minha confissão. – Talvez você não entenda agora, mas ser adulto e estar em um relacionamento implicam inúmeras coisas e às vezes ele não funciona ou cometemos erros. – tentei uma nova abordagem. - David muitas vezes os adultos fazem as coisas achando que é o melhor – olhei para Lauren. – ou guardam segredos achando que estão fazendo um bem ou a uma boa escolha. Seth e eu seremos sempre amigos, mas não podemos ser mais do que isso. Eu sei da conexão que vocês têm, você se afeiçoou tanto ao ponto de chamá-lo de pai, mas ele não é seu pai. – David tentou protestar, mas gesticulei para que ele me escutasse. – Eu não estou dizendo que ele vai deixar de te amar por não estar mais comigo e sei que quando ele voltar de viagem sempre que puder vai aparecer para ver como está, te mimar como ele sempre fez. Esse laço que vocês criaram não vai se desfazer tão fácil, mas você tem que entender que Seth e eu não temos volta e que agora estou com a Lauren.

- Mas ela é menina. – resmungou. David cruzou os braços, sua cara emburrada.

- E o que tem ela ser menina? Eu já lhe expliquei que não existe nada de errado em pessoas do mesmo sexo juntas porque o que importa...

- Já sei... Já sei... O amor. O amor. – resmungou. – Mas meninas não entendem de futebol e quem vai assistir aos meus jogos. A senhora e a tia Taylor me envergonham, a tia Ally não entende nada de futebol, a tia Mani dorme e a tia Dinah me assusta gritando pra eu correr mais, para eu fazer isso e aquilo... Tio Siope disse que ela parece uma psi-psico-psico-alguma-coisa... – David começou a divagar, mas suspirei aliviada ao perceber sua real preocupação. – Papa me ensinava a joga e ia assistir aos meus jogos e agora a senhora está dizendo que eu não tenho mais pai... – baixou seu rosto, um aperto no peito sacudia meu corpo, pois não queria vê-lo triste.

- Eu entendo de futebol... – Lauren murmurou envergonhada.

- Eu posso aprender. – sugeri. – Eu realmente não quero que fique triste, mas você tem que entender que eu sou sua mãe. Não há nada mais dolorido do que saber do que você valoriza mais ao Seth do que a mim. – David me olhou angustiado, minhas palavras doeram até em mim, seus olhos úmidos e desesperados.

- NÃO MAMA. – gritou assustado. – Eu amo a senhora, amo mesmo... – aproximou-se e começou a tocar em meu rosto delicadamente. - Olha pra mim. Eu não estou mentindo... – segurou meu queixo para eu olhá-lo. - Eu amo a senhora mesmo, mas meus amigos têm pais e eu não tinha e agora não tenho de novo, até a Rachel tem dois pais... – seus dedinhos acariciando meu rosto. - Mas eu amo a senhora mais que pizza, mas é só um pouquinho mais por que... - parou para pensar no que havia dito. - Não eu amo muitão mais que pizza.

- Você está enganado ao dizer que não tem pai. – David me olhou curioso. – Troy sempre disse que você é o irmão mais velho da Vic. – David concordou. – Então ele também é seu pai. Siope diz pra Dinah que não quer ter filhos agora porque já tem um.

- Mas tia Dinah disse que ele só está enrolando ela como essa conversa, mas eu nunca vi o tio Siope com corda. – acariciei seus cabelos. Estava me divertindo com essa analise errada da palavra enrolar.

- Vou avisar isso ao Siope e mesmo que eles tenham muitos filhos, você sempre será o garotão dele. – David alargou o sorriso. – Não posso esquece-me do tio Chris, que te trata como se fosse à pessoa mais importante do mundo. E mesmo não estando com o Seth você ainda sempre será o campeão dele. Eu entendo que você não me queira em seus jogos, mas não se preocupe com o que seus amigos dizem... – apertei seu nariz e ele fez careta. - Nenhuma família é igual à outra. Jack é criado pelos avós dele, Rachel tem dois pais, Anne duas mães. – parei para pensar o nome de outro amigo que se encaixava na situação. - Lembro-me de você ter me dito que Jacob mora com o pai e a avó.

- Mama?

- Sim, amor?!? – David cruzou os braços e depois descruzou.

- Jack disse que os pais dele se separam... Então pai dele foi embora e a mãe dele casou de novo e teve um novo bebê e esqueceu ele. Se a senhora tiver outro bebê vai me deixar com a abuela?

- NUNCA. – disse firme. Puxei David para sentar em meu colo. – Você é a coisa mais valiosa que existe para mim e não penso em ter outro filho, mas se um dia tivesse, o meu amor por você dobraria, mas nunca diminuiria o que sinto por você... – beijei sua testa. - Eu te amo e nunca se esqueça disso. – pedi. – Você é a luz da minha vida... – beijei seu rosto. – E desculpa por não ser perfeita, mas eu sempre farei o impossível para ver no seu rosto um sorriso. – mordi sua bochecha com vontade de rançar um pedaço. Ele gemeu entre um sorriso. – Você é o centro do meu mundo...

- Posso perguntar uma coisa para senhora? – direcionou o olhar para Lauren com sua mão massageando a bochecha da mordida.

- Pode. – respondeu nervosa. Abracei David de lado e entrelacei a mão novamente com a de Lauren buscando passar segurança. Era cômico que Lauren enfrentasse quase que diariamente figurões, juízes e grandes advogados sem nenhum receio, mas tivesse medo de uma série de perguntas de seu filho.

- A senhora vai ser como tia Vero? Que fica beijando a tia Lu direto. – fez uma cara de nojo, sorri da expressão horrorizada que ele fez.

- Não. – respondeu séria. Acho que naquele momento ela se sentia como se estivesse em um julgamento e tivesse jurado falar apenas a verdade. – Apenas quando o senhor me der à permissão de beijá-la. – por alguns segundos cogitei esmurrar a cara dela.

- A senhora vai querer morar lá em casa?

- Não. Estou procurando um apartamento perto porque não posso ficar mais morando com minha irmã, mas não vou morar com vocês.

- Tia Taylor não gosta mais da senhora? – inclinou a cabeça, a sobrancelha arqueada indicando a curiosidade e a dúvida.

- Claro que gosta, mas eu não posso morar a vida toda com ela... – seu tom de voz era baixo, seus olhos sempre presos nos dele. – Eu morava em Londres e voltei, mas como não tinha lugar para ficar e ainda tinha algumas pendências para resolver – olhou para mim. – estava junto com a Taylor, mas agora estou procurando um cantinho só pra mim.

- Eu vou morar a vida toda com a Mama. – concluiu. Apertei o abraço, envolta dele. – Por que a senhora gosta da minha mãe? – a pergunta foi simples, mas me deixou em alerta, pois fiquei curiosa com a resposta. Lauren parecia pensar e fiquei sem saber se ela analisava as palavras ou se não sabia como responder.

- Eu gosto de Camila por inúmeros motivos, e poderia passar horas citando eles ou até escrever uma lista interminável de coisa que me atrai nela... – pausou. – Confesso que não esperava por essa pergunta, não porque não tenha resposta, mas porque é tão simples... Eu gosto da forma atrapalhada que Camila fala quando ela está nervosa, eu gosto do fato dela falar ao menos dez vezes sobre bananas ou pizzas durante um dia. Eu amo a forma como ela morde o lábio inferior involuntariamente, assim como você faz. – David tocou nos lábios e sorriu ao perceber que o mordia. – Eu gosto da Camila porque ela faz careta, e depois diz que está tentando ser quente ou porque ela mexe no cabelo de uma forma que deveria ser proibida, mas as coisas mais simples dela me encantam. Como sua determinação, seu humor, sua força e digo mais... Sou tão egoísta ao gostar de Camila, que só aceito dividi-la com você! Mas eu amo o fato dela não saber contar piada ou não entender de futebol ou qualquer outro esporte. Eu adoro vê-la cozinhar, ela fica tão concentrada porque depois de você, comida é a coisa mais importante para ela. Eu gosto da sua mãe porque ela mergulha em um livro e sente todas as emoções do personagem e isso é encantador. Até quando estamos assistindo filme, ela passa o tempo todo pedindo explicação sobre porque um personagem fez isso e não aquilo e acaba não nos permitindo assistir ao filme com suas inúmeras perguntas, isso me faz gostar ainda mais dela, mesmo sendo irritante. Eu amo ver a forma como ela dedica cada ato da vida pensando em você e em seu sorriso... Talvez você não entenda... Não, o correto, sou eu dizer que existe coisas que me fazem gostar dela, que nem eu entendo porque sentimentos são confusos e arrematam nossos corações... – pausou buscando as palavras certas. - Quando Camila sorri sinto-me diante da porta do paraíso, seu hálito faz borboletas voarem sem controle em meu estômago e o mais engraçado é que borboletas não moram no estômago, mas eu sinto como se elas se agitassem dentro de mim. – ouvia tudo encantada. - Eu sei que não sou a pessoa que você queria que estivesse ao lado da sua mãe agora, mas eu juro que ganharei esse direito porque não há nada mais importante pra mim do que conquistar seu carinho, sua aprovação. A beleza da Camila não passa de um bônus porque o que me encanta é seu jeito de menina, sua seriedade nos momentos necessários. Talvez não seja para sempre, mas estou trabalhando para que seja eterno... Não existe uma definição concreta para o amor porque ele molda-se de acordo com o coração apaixonado, mas eu amo esse conjunto de perfeições e imperfeições que acompanha Camila. Sua caligrafia certinha ou a forma como as bochechas delas coram quando está envergonhada... Talvez esse romantismo em abundancia soe muito brega aos ouvidos de estranhos, mas não me importo com palavras repetidas ou opiniões de terceiros quando o que tenho de mais valioso está aqui... – sorriu. Meu coração pulsava freneticamente com a enxurrada de palavras, pois eram todas para mim. – Se você ainda tiver dúvidas, eu tenho quantos motivos for necessário para você acreditar que eu gosto da sua mãe. – David acompanhava atentamente as palavras.

- Não entendi quase nada que a senhora falou. – comentou sério. Lauren corou com a resposta. – A senhora podia ter dito que gostava do cheiro dela – coçou o queixo. -, mas eu acho que ela tem cheiro de mãe... – bagunçou seus cabelos mais do que já estavam. - A senhora disse muitas coisas... Mas eu sei o que é amor!

- Sabe? – perguntei interessada. – O que é o amor?

- Amor é quando você usa gravata borboleta porque sua mãe diz que você fica lindo, mas você acha que parece um palhaço e não diz nada porque ama ela e não quer que ela fique triste.

- Você sabia que é a coisa mais linda do mundo. – beijei sua bochecha. Meus dedos brincando com seu cabelo. Lauren ria, mas seu olhar continha admiração e encanto. Eu estava louca para dizer a ela parar de babar. – Seria legal se você fosse até a Lauren e desse um beijo enoooorme nela. – sussurrei em seu ouvido. David levantou e caminhou até Lauren, abaixou-se e deixou um beijo demorado em sua bochecha.

- Talvez eu deixe à senhora beijar ela. – comentou casualmente. David caminhou até Banana que dormia tranquilamente, e com jeito, o pegou para que ele não acordasse. – Mas agora eu quero sorvete! – completou sério. Lauren e eu levantamos com sorrisos divertidos estampado em nossos rostos.

- Na próxima vez que você resolver jogar a verdade assim do nada, faça um sinal para que eu me prepare psicologicamente. – murmurou, revirei os olhos. – Mas você não podia ter me feito mais feliz. – entrelaçou nossas mãos. David caminhava na frente conversando baixinho com o cachorro. – Eu tinha medo que ele não me aceitasse ao seu lado. Ele pareceu tão frustrado com relação ao Seth. – baixou o olhar.

- Não deve ser fácil. Eu em seu lugar dele teria entrado em parafuso, acho que ele está reagindo muito bem. – Lauren aproximou-se e roubou um rápido selinho.

- Eu vi. – David gritou. Lauren ficou vermelha, mas ele continuava andando sem olhar para trás. Lauren tentou abrir a boca para argumentar algo, mas a voz dele interrompeu-a. – Eu quero dois sorvetes agora. – disse vitorioso.

- Parabéns Jauregui. – disse de forma irônica. – Você acaba de criar um monstro. – Lauren baixou o olhar, estava envergonhada. Aproveitei o momento e roubei um selinho. – Venha... – sussurrei. Aumentei a velocidade dos passos. – Temos um monstrinho para alimentar.

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Como estamos?



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