[Shayenne Wilson]
A velocidade do carro faz com que as luzes sejam apenas uma mancha de luz do lado de fora.
A minha vida toda pensei que ao ver-me livre daqueles dois, que poderia finalmente ser livre, feliz...
Mas afinal estava enganada. Os braços de Harry seguravam-me contra o seu corpo, enquanto a sua cabeça estava inclinada para trás, enquanto a sua boca estava aberta, significando que estava a dormir. Niall conduzia. Uns fones estavam nas suas orelhas, enquanto os seus dedos batiam no volante, indicando que estava concentrado na sua música.
Encostei a cabeça ao ombro de Harry, fechando os olhos e suspirando. Sinto a mão de Harry a mexer-se na minha barriga, entrando para dentro da minha camisola e massajando a minha barriga.
- Estás bem?
- Estou exausta, H. – Admiti, enroscando-me mais no seu peito.
- É. Estamos todos. – Expirou. Os seus dedos expandiram-se na minha barriga, arrepiando-me. De repente, o carro perde a velocidade e Niall encosta, retirando os fones dos ouvidos.
- Vou comer qualquer coisa, enquanto esperamos pelos nossos reforços. – Diz, voltando-se para trás. – Vocês precisam de um quarto. – Retira o cinto e sai do carro. Os dedos de Harry sobem até às minhas costelas onde anteriormente estavam as nódoas negras.
- Sh- - Harry foi interrompido quando Niall voltou a entrar dentro do carro, ligando-o e acelerando. – Mas que merda? – Harry fala para o amigo.
- O Liam ligou-me. Estamos a ser seguidos. – Rapidamente me desencosto do Harry e me endireito.
- E agora?
- Já tenho o próximo sítio onde vamos ficar. Agora eu vou telefonar ao Louis e vou metê-lo em voz alta para ouvirem as ordens dele.
*
A casa era pequena, mas grande o suficiente para nós. Niall tinha ido dormir, assim que chegámos e Harry havia tomado banho e ficou no quarto. Infelizmente, tinha que partilhar o quarto com ele e esperava seriamente que quando voltasse, ele já estivesse a dormir.
A sombra dos dedos de Harry ainda estavam presentes na minha barriga e isso fazia-me nervosa. Mais do que devia.
A minha mão viaja até à torneira, ligando-a e enchendo um copo com água, levando-o aos lábios e bebendo-a toda só de uma vez. Respiro fundo no final fechando os olhos.
- Não consegues dormir? – A voz rouca de Harry soa e viro-me, olhando o rapaz tatuado, de olhos verdes, encostado à porta, de braços cruzados, assim como as canelas.
- Devias de estar na cama. – Respondo, pousando o copo no lava-loiça.
- Eu até estava, mas... Estar sozinho na cama não é confortável, quando sei que há uma pessoa, como tu levantada, a vaguear pela casa.
- Não te preocupes. – Puxo o meu cabelo para trás. – Eu não me perco. – Atiro. As narinas de Harry dilatam, assim como as suas pupilas e ele desencosta-se da madeira da ombreira da porta e anda até mim. A sua mão direita agarra no meu queixo, obrigando-me a olhar para o imenso dos seus olhos verdes.
- Tens que ter sempre resposta na ponta da língua, não tens? – Os seus olhos dançam entre os meus olhos e os meus lábios. – Não sabes o quão excitado isso me põe. – Largo um pequeno grito, quando as suas mãos agarram nas minhas coxas, enrolando-as à volta da sua cintura. As minhas mãos agarram na parte de trás do seu pescoço e arregalo os olhos, quando sinto os seus dedos a deixarem marca na minha pele. – E agora? O que vais fazer? – A sua cara aproxima-se da minha e sinto o calor a invadir-me. Os meus pelos eriçam e trinco o lábio inferior. A sua mão esquerda suporta o meu peso, enquanto a sua mão direta sobe até à minha face. – Calções curtos e t-shirt branca sem sutiã, esperas o quê? Que fique quieto a imaginar coisas, quando realmente posso ter aquilo que quero? – Murmurou contra os meus lábios e, por mais incrível que pareça, as suas palavras tiveram um efeito em mim que não esperava, fazendo-me acelerar a respiração de tão sensual que suou. – É isso, querida... - Sussurrou e, quando dei por mim, os nossos lábios estavam pressionados e as minhas costas contra o colchão da cama. As nossas roupas fora dos nossos corpos, enquanto o espaço à nossa volta era preenchido por gemidos de prazer.
*
Suspiro, quando sou retirada do meu sono. Estou numa posição super confortável, com um peso horrível em cima de mim. Abro os olhos devagarinho, habituando-me à pouca iluminação que o quarto tinha. As persianas estavam ligeiramente puxadas para cima, deixando entrar escassos raios de sol.
Os meus olhos olharam para o quarto masculino deitado sobre mim. A sua boca estava ligeiramente aberta, soprando para cima do meu mamilo esquerdo e os seus caracóis faziam ligeiras cócegas no meu mamilo direito. A minha mão esquerda estava pousada entre as suas omoplatas, enquanto a outra mão estava no seu cabelo.
Os seus braços seguravam na minha cintura e os seus pés batiam no fundo da cama. Suspirei e fechei os olhos novamente. O seu corpo mexe-se em cima do meu e sinto a ponta da sua glória a elevar-se, raspando na minha parte baixa.
- Oh merda. – Ouço-o respirar e levanta-se ligeiramente fazendo as minhas mãos caírem do seu corpo. De repente sinto a sua respiração perto do meu pescoço e os seus lábios fazem contacto com a minha pele. – Shay... - Murmura, mas não respondo. Ele não pode saber que estive acordada. – Shay, baby, acorda. - De repente sinto a sua mão entre os nossos sexos, a retirar a sua glória para longe de mim. – Vá lá, não quero estar sozinho... - Sussurrou contra a pele do meu maxilar. Mexo-me debaixo dele e abro os olhos devagarinho, encontrando-o já a olharem para mim. – Bom dia. – Murmurou, enquanto o seu polegar fazia movimentos na minha bochecha.
- Hey. – Sorri-lhe, levando as minhas mãos ao seu cabelo, sentindo os seus fios entre os meus dedos.
- Como te sentes?
- Dorida, mas bem. – Os seus lábios pousam sobre os meus e inalo profundamente. A sua língua traça a linha dos meus lábios, fazendo-me separá-los. Folgo, quando sinto a sua ponta na minha entrada e os seus lábios separam-se dos meus, navegando pelo meu pescoço, ombros, clavícula, peito, até chegar ao vale dos meus seios. Ele para e os seus olhos encontram os meus. Um sorriso de lado aparece nos seus lábios e ele força-se para dentro de mim, fazendo-me arquear as costas. A minha cabeça cai para trás, fecho os olhos e abro a boca, sem nenhum som sair.
- Tão apertada, tão boa... - Harry murmura entre os meus seios. Os seus dentes mordem a pele sensível, enquanto ele se ajusta, movendo-se a ritmo estável, fazendo-me gemer. – Diz o meu nome, Shay... - A sua língua passeia pelos meus seios, subindo para o meu pescoço e os seus dentes puxando o meu lábio inferior. – Shay... - Diz, empurrando-se para dentro de mim com mais força e mais rapidamente. – Diz, Shay. Diz. – As suas ancas vão para trás e empurram para frente, fazendo-me largar um grito de satisfação.
- Ha... - Tento, mas é tudo tão difícil. Os seus lábios distraem-me, as suas mãos são uma perdição e o efeito que tem, quando está dentro de mim, é inexplicável.
- Diz, Shay. – Murmura mais uma vez, empurrando-se para dentro de mim com uma força diferente, atingindo algo dentro de mim, que ainda não tinha descoberto. A minha cabeça força-se contra a almofada, enquanto trinco o lábio inferior. – Shayenne... - A sua voz no meu ouvido foi o suficiente para me levar para outra dimensão, fazendo-me derreter debaixo dele.
- Harry... - Murmuro. – Harry, oh Deus, Harry... - Gemo, apertando os seus cabelos entre os meus dedos.
E, parando o meu choro, Harry cola os meus lábios aos meus, engolindo os meus gemidos, enquanto se continuava a forçar para dentro de mim. Os seus movimentos tornaram-se rápidos e sinto-o a atingir o máximo, introduzindo a sua língua na minha boca e foi a minha vez de engolir os seus gemidos. A nossa sessão de beijos prolongou-se pelo tempo e perdemos o sentido das horas, enquanto nos perdíamos um no outro.
Uma batida na porta, sessa o movimento dos nossos lábios, fazendo Harry gemer em desaprovação, dando-me um último encosto, antes de sair de dentro de mim, levantando-se e vestindo os seus boxers. Viro-me de costas para a porta e respiro fundo, sentindo o ardor entre as minhas pernas. Harry passa as mãos pelo cabelo, antes de abrir a porta.
- Hey, bom dia. – Niall fala. – Oh, ela ainda está a dormir...
- Está, eu acordei agora. O que se passa?
- Fiz o pequeno-almoço. E pareceu-me ouvir algo cá em cima, por isso, vim ver se estavam acordados para irem comer. O Louis está a chegar com uma miúda para vir connosco.
- Eu vou acordá-la. – Harry diz e a porta é fechada. Bufo alto e viro-me de barriga para cima. O rapaz de tatuagens volta a subir para a cama, metendo-se debaixo dos lençóis. Os seus braços agarraram na minha cintura, puxando-me para si e viro-me de frente para ele. A sua mão direita desce até aos seus boxers e ele retira-os, respirando fundo. – Muito melhor.
- Devíamos de descer. – Harry murmura contra a pele do meu pescoço, quando esconde a face lá. Os meus dedos viajam pelos seus caracóis e tudo o que quero neste momento é dormir.
Cs4