Hey guys!
Esta fic está mesmo, mesmo na reta final!!!
Só mais dois ou três capítulos...
E agora... HORA DE REVELAÇÃO!
Isabel'
[Shayenne Wilson]
- Acho que esse não fica bem, Louis. – Discordei, metendo luzes dentro do carro. Estávamos neste momento numa loja que vendia efeitos natalícios e Louis queria uma árvore branca, mas decoração verde e vermelha.
- Oh, por favor! – Resmungou, revirando os olhos. Metendo as fitas verdes no sítio e tirando umas azuis, olha-me expectante. Ele quer à força misturar duas cores, mas ficaria horrível. Normalmente faz-se com dourado, ou prateado e depois mete-se outra cor qualquer.
- Não. – Cruzei os braços ao peito.
- Porque é que não concordas com nada do que eu digo? Estás a deixar-me magoado.
- Já te expliquei que tens que escolher prateado ou dourado e depois podes escolher ou vermelho, ou azul, ou verde... - Olho para as bolas azuis decoradas com flocos de neve prateados. Ouço-o a bufar e segue-me pelo corredor.
- Estou deserto para decorar o meu apartamento contigo. – Louis confessa. – Quer dizer, tu pareces ser daquelas raparigas que adora pendurar-se em escadotes e desafiar as leis da gravidade. – Encolhe os ombros, metendo as mãos dentro dos bolsos e riu-me.
- Sim. Essa sou eu. – Olho para a frente. Mas de repente, o meu sorriso desaparece, quando vejo Harry ao fundo do outro corredor. A minha respiração acelera e desvio o olhar para Louis, que está a mexer no telemóvel e depois volto a olhar para o fundo do outro corredor, mas Harry já desaparecera. – Louis? – Chamo-o. Os nossos olhos encontram-se e sinto que algo mau vai acontecer agora. A minha mão vai até à sua camisola e puxo-o, a tempo da estante que segurava todos os efeitos de Natal cair, fazendo as outras todas seguirem as suas ações. As luzes da loja vão abaixo e um silêncio é seguido. Engulo em seco e puxo Louis para baixo da estante.
- Harry... - Murmura. Ao fundo ouvem-se uns tacões a bater no chão. A sua mão aperta a minha e tenho vontade de chorar. – Sshh... - Sussurra ao meu ouvido e encosto-me mais a ele. Os seus braços rodeiam o meu corpo, as minhas costas completamente pressionadas contra o seu peito.
- Louis? Shayenne? – Ouve-se uma voz feminina a fazer eco pela loja silenciosa. – Vá lá, não se escondam, nós não vos queremos fazer mal. – Ruby fala e junto os maxilares com força. – Quer dizer... Nós só queremos a rapariga, tu podes ir embora, Louis.
- O que vamos fazer? – Sussurrei para Louis. Estou tão nervosa que a qualquer momento vou desatar a chorar.
- Nada. Tu vais ficar aqui, eu vou tentar empatá-los e tu vais embora.
- Não te vou deixar. – Olhei-o nos olhos.
Sou apanhada desprevenida, quando os seus lábios se forçam contra os meus. A minha respiração pára e levo a minha mão ao seu cabelo, apertando os pequenos fios entre os meus dedos. Quando nos separamos, as nossas respirações estão irregulares. Os meus olhos voltam a encontrar os seus, mas a sombra que se aproxima faz-me parar as minhas ações. Louis aperta a minha cintura. Os meus olhos capturam algo pontiagudo no chão e sem segundos pensamentos, agarro no pedaço de vidro, raspando-o na minha pele e longo um rio de sangue me correm pelo braço e forço o vidro contra a cabeça. Pelo canto do olho vejo Louis incapaz de se mexer, enquanto me aleijo para nos proteger. Sinto a minha cabeça a latejar e deito-a para trás, fingindo-me desmaiada.
Os meus olhos apanham a luminosidade que nos atinge, quando a estante é tirada de cima de nós, revelando o nosso "esconderijo". Uns fortes braços agarram-me e sou puxada pelo chão. Sinto o meu corpo a ser pegado e o som dos tacões está mais perto que nunca.
- Hm... Belo teatro. – Ruby ri-se e a sua mão aperta o meu braço. Dores espalham-se pelo meu corpo, mas mantenho-me imóvel, sentido a vida a ser sugada para fora de mim. Vou desmaiar.
- Pára com isso, Ruby. – A voz de Harry surge e a sua mão larga o meu braço. – Não vês que ela tem um hematoma na cabeça e o braço está cortado?
- Vocês fizeram isto! VOCÊS VÃO MORRER! – A voz desesperada de Louis surge. Sinto o meu corpo a ser levitado no ar.
- Vamos levá-la até ao Zayn. – Ruby diz.
- Ao Zayn? – Louis pergunta.
- Ruby. – Harry avisa, mas a rapariga apenas se ri.
- Não te preocupes, Tommo. Vamos cuidar bem da tua namorada.
- O que é isto? – O desespero na voz de Louis está a matar-me por dentro, mas se quero sair daqui viva, tenho que me abster. – Harry, tens ao menos a noção do que estás a fazer? Meu, ela ama-te. – E não é preciso muito para saber que ele está a falar de mim. – Ela ama-te e está escrito por toda a parte. Ela não se iria entregar a ti, se não o sentisse. E o Zayn? O Niall está despedaçado, Harry! Como é que podes fazer isto a um dos teus melhores amigos? Como é que podes ser tão egoísta?
- Cala-te! – Harry manda, num tom de voz bruto. – Tudo o que eu fiz foi simplesmente para atingir os meus objetivos.
- Não te tentes desculpar. – Louis reage. – Ambos sabemos que sentes o mesmo por ela. – A gargalhada de Ruby enche o espaço.
- Não, querido. O Harry não a ama. Ele ama-me a mim.
- Está escrito no dossier, Harry. – O moreno de olhos azuis fala novamente. – Está escrito que és tu.
- Não, não sou. Sempre foste tu e ela sabe isso.
- Nunca o soube, porque eu dei-lhe o dossier errado. Ela não sabe que isto não é ciência, mas sim natureza. Todos sabem, menos ela, que nós somos criaturas sobrenaturais e não filhos da ciência.
- Porque é que nunca lhe contaste? – A loira pergunta. – Tinhas medo que ela te trocasse pelo Harry?
- O pior já passou, Ruby. Confessa que consegues sentir o ódio que ela sente quando estás por perto, ou o amor que Harry sente por ela. Sente-se à distância.
- MENTIRA! – A rapariga grita.
- Não, não é. – Louis fala, ofegante. – Nós sabemos que todos os nossos poderes provêm deles. Vocês são a fonte, Harry. Tu e a Shayenne nasceram para morrerem juntos. O dossier diz.
- O dossier mente. – Ruby fala, com um suspiro.
- A natureza nunca se engana. Foi por isso que Niall foi criado das árvores, eu fui criado dos ventos, ela foi criada da água, tu foste criado do fogo e o Zayn foi criado pela energia humana, espacial, tudo... Tudo à nossa volta transmite qualquer coisa. Sabemos que os pais dela não eram os nossos criadores, mas sim as pessoas que nos queriam usar para testes científicos e isso aterrorizava-nos. É por causa disso que a linha da natureza vos criou, para manterem o equilíbrio.
- Louis-
- Harry, só tu é que restas. Todos nós vamos desaparecer, se tu não a conseguires.
- E como?
- Harry, não faças isso! – A loira ameaça.
- Tens que a conquistar. Tens que... - Um silêncio paira no ar e abro os olhos. – Quando duas forças da natureza se envolvem, não há como voltar atrás. Experimentem, arrisquem, vivam, sintam, toquem...
- Não é um caso de conquista... - Harry murmura.
- É um caso de contacto.
- O dossier disse que vocês não se podiam envolver, pois podiam morrer. Mas é isso mesmo que vos faz viver... Sintam-se.
- Mas – - E tudo fica preto.
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The Twins // h.s.
FanfictionPara o mundo externo, sou apenas uma rapariga, com uma irmã gémea. Para o mundo interno, sou uma aberração.