- Shayenne... - Sou acordada, quando a voz masculina se torna mais alta, quando há poucos segundos era apenas um fio de nevoeiro no meu sono profundo. – Shayenne, precisas de acordar. – Abro os olhos devagarinho, deparando-me com umas lindas iris azuis. Respiro fundo e expiro calmamente. – Bom dia.
- Bom dia. – Digo. A minha voz ainda rouca por ter acabado de ser acordada. Estava quente e confortável nos meus lençóis, sentindo o meu próprio calor corporal.
- Será que consegues estar lá em baixo em dez minutos? – Abro os olhos, para o encontrar de sobrancelhas arqueadas a olhar para mim com divertimento.
- O que é assim tão divertido, Louis William? – Escondi a minha cara na almofada e dei uma leve risada. Sabia que ele odiava que lhe chamassem Louis William.
- A tua cara logo de manhã. – Senti o peso do seu corpo a sair da cama e os seus passos foram ouvidos, a porta foi aberta e fechada segundos depois. Estava finalmente sozinha. Levantei-me da cama, olhando pela janela. Perfeito. Em Londres e céu nebulado, é significado de frio de rachar. Andei até ao meu closet e escolhi uma roupa quente e confortável. Apanhando o cabelo, desci as escadas, encontrando os meus irmãos todos a tomar o pequeno-almoço, juntamente com Megan.
- Bom dia, família e... Coiso. – Apontei para Louis, que apenas revirou os olhos, metendo três panquecas num prato.
- Come. – Ele aponta para o prato. – Temos um longo dia pela frente.
- O que vamos fazer? – Perguntei, deslizando pelo banco da cozinha.
- Primeiro, vamos aprender defesa pessoal e depois logo se vê.
*
- Sabes, eu acho que com a faculdade fechada, em obras para reconstrução, devias de aproveitar e ir de férias. – Louis diz, enquanto segura o saco de box. Olho para ele, parando os meus movimentos.
- Férias? Tu achas que sou rica para ir de férias? Isto, para mim, é férias, otário. – Atirei, voltando a bater no saco. Já estava a esmurrar o saco há duas horas. Os meus braços doíam-me e estava prestes a cair para o lado, se Louis não me deixasse beber água.
- Podias ir comigo. – Ele oferece e é dessa que paro, tirando as luvas e mandando-as para o chão.
- Deixa-te de merdas. – Respondi, andando até à minha garrafa de água e bebendo logo metade.
- Não te disse que podias ir beber água. – Ele resmungou.
- Bem... Não me podes deixar morrer. – Resmunguei de volta. – E caso não saibas, o nosso corpo é 70% de água e tens que beber pelo menos dois litros de água por dia.
- Eu sei. Trabalho no ginásio, sei como é. – Louis fala, chegando-se ao pé de mim.
- Interessante... - Disse, completamente apanhada desprevenida.
- Tu és tão fria, meu Deus. – Ele meteu as mãos na cintura, olhando-me com um ar de desaprovação. – Tens a noção do que é preciso para te aturar?
- Não estou minimamente interessada, Louis.
- Tu abraçaste-me quando te fui buscar à escola, na semana passada. E... Quem era aquele gajo que estava contigo?
- Louis. – Falei, calma. – Primeiro, sim, foste-me buscar, mas não fizeste mais que a tua obrigação e, segundo, não tens nada a ver com isso, porque o rapaz que estava comigo impediu que uma lâmpada da casa de banho me caísse em cima.
- Casa de banho? O que é que vocês estavam a fazer na casa de banho juntos?
- Louis! – Quase berrei. – Para com isso. – Peguei na minha toalha e atirei-a à sua cara. – Eu não sou a tua filha ou namorada para me controlares. O meu pai paga-te para me treinares e não para me controlares. Por isso-
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The Twins // h.s.
FanfictionPara o mundo externo, sou apenas uma rapariga, com uma irmã gémea. Para o mundo interno, sou uma aberração.