OPERAÇÃO NO MORRO

By LaraGPF

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Eva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não... More

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Aviso!
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Novidade:
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
WhatsApp?
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Não é capítulo.
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Bônus:
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Bônus
Capítulo 74
Bônus:
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Fim
Agradecimentos

Capítulo 1

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By LaraGPF

Eva narrando:

Guilherme estava com a arma em punho e ao seu lado estava seu amigo Alex, ferido na perna. Não conseguia respirar e nem falar, estava imóvel olhando para o homem que eu amo apontando a arma para mim.

-Você não vale nada. - Disse com ódio pondo a mão no gatilho.

-Não faça isso, por favor, vamos conversar. Eu posso te ajudar. -Digo chorando. Eu estava armada, mas, não conseguia pega-la e apontar para ele. Eu não posso, pois, o amo.

-Conversar oque? Olha oque você fez com a gente, sua vagabunda. - Esbravejou Alex gemendo de dor.

-Some do morro, antes que eu mato você. - Guilherme disse sério e eu prendo a respiração. Lágrimas escorriam pelo meu rosto descontroladamente, olho para Guilherme e vejo seus olhos verdes avermelhados. Ele me olhava de cima a baixo e balançava a cabeça em negativa.

Ele passou os braços do Alex ao redor de seu ombro equilibrando ele para caminhar, ainda com a sua arma 380 cromada em mãos, o mesmo usava colete a prova de bala e havia cartuchos de balas na cintura de Alex. Eles se caminhavam para fora da casa de Alex. Caminhei atrás dele e o mesmo virou a cabeça me encarando, seu semblante estava sério e seus olhos me fuzilavam com ódio.

-Eu posso te ajudar... Só me deixa... -Digo implorando

-Eu vou acabar com tu, sua desgraçada. -Guilherme fala me deixando sem ar. Pela raiva que ele estava sentindo por mim era bem capaz dele me matar sem hesitar.

Eu amo esse homem, mas, estava aqui a trabalho, no entanto não conseguia prende-lo. Inferno, por que fui me apaixonar logo pelo bandido?

Encaro-o e consinto. -Desculpas... -Digo chorando e ele sai.

Sento no chão abraçando meus joelhos ouvindo os barulhos de tiros do lado de fora, oro para que nenhum deles acerte Guilherme. Se eu pudesse voltar no tempo tudo seria diferente.

-Cuida dele, por favor. -Olho para o teto pedindo a Deus

***

Dois meses atrás:

Escuto o barulho do alarme tocando e viro de lado jogando o travesseiro nele, o mesmo cai no chão e mesmo assim não para de soar o alarme. Desgrudo-me das cobertas com raiva, passo as mãos no rosto e fico olhando para o teto.

-Mais um dia... Obrigada senhor. -Sempre agradeço a Deus por mais um dia de vida, mesmo estando cansada e com preguiça de sair da minha cama quentinha.

Levanto-me atrasada e vou para o banheiro, faço minhas higienes, logo saio colocando calcinha e sutiã, uma calça jeans escura, e a blusa do uniforme da policia, coloco um all star. Meus cabelos eram crespos, cheios e então apenas dei uma mexida com as mãos e ficou bom, faço uma maquiagem leve e passo perfume. Arrumo minha bolsa e pego minha arma.

Divido meu apartamento com minha amiga Catarina, ela é um doce de pessoa e está estudando medicina, somos amigas desde pequenas e quando viramos adultas decidimos morar juntas. O apartamento não é muito grande, apenas tem dois quartos, um banheiro, cozinha, uma sala pequena e uma área pequena de serviço que fica ao lado da cozinha. Tudo simples.

-Bom dia. -Disse Catarina sentada tomando café na cozinha. Sorrio para ela e pego um pão doce e ponho presunto. Dou umas mordidas e logo termino de comer o pão, ela me olha espantada com a boca aberta formando um O.

-Que foi? Estou atrasada. -Digo de boca cheia e acabo pegando uma maça.

-Calma amiga, senta pra comer senão vai passar mal. - Reviro os olhos e mordo a maça.

-Não dá. Estou mega ultra-atrasada daqui a pouco sou demitida, ai já viu né? Quem vai pagar minhas contas? -Digo e ela ri

-Certo, vou me arrumar também. -Ela diz caminhando para o banheiro, vou até a porta e escuto ela gritar. -Você vai fazer a janta, entendeu mocinha? -Reviro os olhos e saio.

Saio com o carro da garagem e cumprimento o vigilante prédio, do meu apartamento até o serviço é meia hora de carro, mas, hoje como estou atrasada tenho que chegar a menos de meia hora.

Hoje teria uma reunião importante sobre a operação no complexo do alemão, e eu estava ansiosa por essa reunião. Desde pequena via meu pai, que era policial também, prender bandido e toda aquela adrenalina o deixava feliz e ele fazia o bem para a sociedade. '' Lugar de bandido é na cadeira'' sempre ouvia isso dele e repetia desde quando era pequena. Quis ser policial por causa dele, já minha mãe temia que eu acabasse igual o meu pai.

Perdi minha mãe quando eu ainda só tinha seis anos de idade, a mesma morreu numa complicação de parto, ela estivera gravida e acabou morrendo junto com o bebê que esperava e logo perdi meu pai em uma troca de tiro entre uns traficantes e policiais. Vivera a minha infância e adolescência com a minha tia Elisa, ela sempre foi amorosa comigo e me deu total apoio, virou minha segunda mãe, no entanto, já não moro com a mesma, agora moro no rio de janeiro porque a oferta que eu consegui de emprego era melhor do que onde morava.

Cheguei ao departamento da policia civil, estacionei na minha vaga. Encontrei alguns amigos já saindo para a luta e eles me cumprimentaram, todos são gente boa comigo.

-Bom dia parceira. -Disse o cabo Jorge. Ele já é idoso, mas, logo estará aposentado, o mesmo é muito educado e me ajudou muito quando entrei na corporação.

-Bom dia, pronto pra luta já? -Pergunto e ele assentiu. Aperto sua mão e vou para sala de reunião, logo no corredor sou parada pela minha amiga Laura, ela é policial, mas diferente de mim ela fica nas ruas fazendo rondas. Eu por outro lado só saio quando é uma operação importante, mas, trabalho no departamento mesmo. Cuido de várias papeladas e investigo alguns casos mais importantes.

-Porra, você está atrasada. O coronel vai brigar com tu pra caralho. -Olho para a sala que estava com a porta fechada e volto a encarar minha amiga. Seu cabelo loiro estava preso em um coque e a mesma usava o uniforme da corporação. Ela era cabo da policia civil, igual a mim, no entanto, eu só fico mais dentro do que fora.

-Eu sei. -Digo sorrindo nervosa. -Vamos? -Caminhamos até a sala, abro a porta e todos que ali estavam me encararam.

Laura adentrou a sala e ficou ao lado do primeiro-sargento, seu supervisor. Respirei fundo e fechei a porta criando forças para virar novamente para aquelas pessoas. Havia bastantes pessoas superiores a mim que me encaravam, o coronel estava conversando com eles e logo atrás do mesmo passava um slide sobre o complexo do alemão. Sento na cadeira vaga e me ajeito prestando atenção no assunto. Sinto a mão do Heitor na minha perna apertando devagar, olho de relance para ele e o mesmo está com uma calça jeans, uma camisa preta com o símbolo da tropa de elite, ele era o primeiro-tenente da tropa e, também é muito gato, ao lado estava o capitão da tropa. Tiro sua mão de minha perna e ele me encaram com seus lindos olhos azuis.

-A melhor maneira de saber cada passo que esses bandidos dão, é colocando gente nossa dentro do complexo, a onde a rede de tráfico é maior. Assim poderemos descentralizar o poder deles de obter armas e comercializar entorpecentes. -Disse o coronel olhando nos olhos de cada um. -Quem está comigo? -Perguntou e logo todos balançaram a cabeça.

-Quem seria o espião? -Perguntou Heitor curioso.

Todos da mesa se entreolharam e senti os olhares da minha amiga Laura sobre mim. Abro um meio sorriso pra ela que foi retribuído, quando volto a olhar o coronel o mesmo me encara, desvio o olhar o mais rápido possível. Eu tenho dó da pessoa que for o espião, essas missões são muito difíceis e às vezes as pessoas que vão sempre morre, pois, o traficante descobre. É horrível, já perdi alguns colegas desse jeito e tenho pavor. Não tenho medo, só não quero morrer nas mãos de um bandido filho da puta que acha que nesse mundo não existe limites, e que o mesmo pode fazer tudo oque lhe desejar.

-Para encarar essa missão tem que ser alguém capaz, senhor Coronel. -Disse o major

-E além de ser capaz, tem que ser confiável. -Disse o capitão

Concordo com eles, não pode ser qualquer um, então por isso o Coronel deve escolher com muito cuidado.

-Eu já escolhi a pessoa, e sei que essa pessoa preenche todos os requisitos. -Disse o coronel

-Quem seria a pessoa? -Indagou Heitor.

Havia um dossiê na minha frente sobre tudo do complexo, dos traficantes, algumas fotos de alguns moradores e bandidos. No papel havia um estudo minucioso do complexo do alemão, e logo me interessei pelo o mesmo.

-Vai ser a cabo Eva Medeiros Bastos. -Quando o coronel disse meu nome sinto os olhares de todos sobre mim, olho para ele surpresa e me desespero.

Eu? Eu não quero essa missão, de jeito nenhum. Por favor, não faça isso comigo. Diz que foi um engano e que não sou eu, por favor. Eu prometo que vou começar a chegar cedo às reuniões, por favor.

Penso pra mim mesma quase tendo um ataque dentro daquela sala.

-Espero que você não me decepcione. Sei que é esforçada e dará o seu melhor, mas, preste atenção você tem que ser profissional e não pode deixar que eles descubram quem é você e o porque está lá. E por fim, você deve ser orgulhar de ter sido a escolhida -''Porque tenho que me orgulhar? Eu vou morrer caralho, eu sou uma fodida mesmo. Porra. '' Penso pra mim mesma e por fim só consigo acenar a cabeça. Estou em estado de choque e sequer consigo falar.

-Espero que você faça um bom trabalho. -Falou o Capitão

O Coronel junto de seus assistentes me passa as instruções. Eu terei que morar em uma favela, e ser ''amiguinha'' dos bandidos e moradores para conseguir informações. Não posso desistir e nem revelar quem sou, e a investigação só irá terminar depois de todas as informações desejas for coletadas e só assim os policiais poderá entrar no morro e fazer a limpa. Depois de ouvir todos falarem comigo, a reunião foi encerrada e a primeira coisa que eu fiz foi correr para o banheiro. Quero gritar e destruir algo o mais rápido possível. Entro no banheiro e jogo água no meu rosto e me olho no espelho.

-Que merda... -Pego o papel toalha e enxugo meu rosto, a porta se abre revelando Heitor com os olhos arregalados.

Ele se aproxima de mim pegando-me pela nuca e me beijando, sua língua invade a minha boca explorando cada canto da mesma. Heitor me apoia na bancada da pia do banheiro e eu enlaço minhas pernas na sua cintura, passo a mão em seus cabelos e outra em sua barba por fazer. Ele mordia meus lábios e colocava sua mão em meus cabelos cacheados. Estava sentindo falta de ar por conta do beijo e ele começou a beijar e mordiscar meu pescoço. Gemia com seu toque no meu corpo.

-Heitor... Aqui não. -Digo e o mesmo dá de ombros.

-Por que não? -Indagou me dando selinhos. -Fica tranquila vou pedir o Coronel pra me por em seu lugar e você não precisará ir nessa merda de missão. -Ele diz me abraçando.

Se solto dele e o encaro. -Não é tão simples assim Heitor... Eu vou conversar com o Coronel. Depois se vemos. -Digo desviando dele.

Saio do banheiro a procura do Coronel e o encontro sentado em sua sala conversando com os tenentes e o capitão. Bato na porta e abro

-Posso falar com o senhor Coronel? -Pergunto e todos me encaram

-Claro, entra. Estávamos falando de você. -Entro e sento na cadeira a sua frente, percebo que a tenente-coronel me encarava, a mesma era uma morena linda. -Oque houve? -Indagou curioso.

''Não sei se estou preparada para assumir algo tão grande como essa missão. Por favor, coloque outro em meu lugar. ''

Eu devia ter dito isso, mas, acabei falando isso.

-Vim aqui pra agradecer por ter depositado essa missão em minhas mãos. Obrigada Coronel, Alfredo. -Digo me levantando e fazendo as reverências. ''Como eu sou tola, e essa minha tolice vai acabar me ferrando. '' penso e respiro fundo.

-O prazer é meu, cabo Eva. Não se preocupe há pessoas dentro da favela que irá te ajudar, e dentro de três dias você já estará morando lá. - Ele diz e eu arregalo os olhos. ''Três dias? Puta que pariu. '' Abro um sorriso para suavizar meu espanto, e peço licença para me retirar.

Vou para a minha sala para pegar minhas coisas já que ficarei fora por alguns tempos, ponho minhas coisas dentro da caixa de papelão e quando estava acabando Heitor aparece novamente na porta.

-Falou com ele? -Perguntou sério

-Falei. -Digo suspirando.

-E?

-Eu irei. -Digo pegando a minha caixa e minha bolsa.

-Você não pode. -Diz entrando na minha frente. Mordo o lábio inferior e o encaro.

-Você quer desrespeitar uma ordem? Do Coronel? Pelo amor de Deus Heitor. -Digo desvencilhando dele. Ele caminha ao meu lado pensativo.

-Eu vou cuidar de você. -Ele diz e eu paro o encarando-o com a sobrancelha arqueada.

-Por quê? Você acha que não sou capaz para enfrentar essa missão, Heitor? Talvez eu seja mais forte do que você imagina, entendeu? Pare de tentar achar que sou fraca, se cheguei até aqui é porque eu sou forte o bastante. E eu posso e vou fazer essa missão. -Digo com raiva e Heitor olha para o chão.

-Não foi isso que eu quis dizer, você me entendeu mal eu sei que é forte, mas... -Se eu ficasse mais um minuto olhando para o Heitor eu daria um soco naquele rosto perfeito. Quem ele pensa que é pra me achar fraca? Ele não me conhece mesmo. Caminho em passos largos e vou até o meu carro, percebo que ele está atrás de mim com cara de cachorro sem dono. Coloco minhas coisas no banco e abro a porta do carro. Heitor segura a porta e me encara. -Sei que é capaz e vai realizar essa missão com sucesso. Desculpa. - Ele diz se aproximando de mim para me beijar, eu viro o rosto e ele me olha mordendo os lábios.

-Até mais Heitor. -Entro no carro e dou partida de volta pra casa.

Para no semáforo e fico pensando; ''Não vai ser fácil, mas, vou conseguir e nada e nem ninguém vai me impedir de prender esses traficantes filhos da puta. '' O sinal abre e eu dou partida.

***

Nota da autora:

O livro começa pelo meio e depois volta do inicio, espero que vocês gostem. Vote e comentem!

Quando pensei em escrever o meu segundo livro várias ideias surgiram na minha cabeça, e eu fui selecionando a que eu como leitora gostaria de ler, e por fim decidi escrever essa. Se houver critica pode colocar nos comentários que eu irei ler e comentar.

Beijos, Lara.


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