Capítulo 31

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Eloá narrando:

Escutava umas vozes ao meu redor, eram baixas mais era possível de se ouvir. Tinha dificuldade de abrir meus olhos, era como se não tivesse força para tal. Tentei chamar por ajudar, mas nenhuma voz saia da minha boca, sequer um agudo. Tudo estava escuro e do nada as vozes foram cessadas, fiquei com medo. Pensei em tudo, principalmente de quê estava morta. Mas como estaria morta ouvindo outras pessoas?

Não entendia mais nada, estava com tanto medo. Eu só queria que esse pesadelo terminasse, será que era um sonho?

Sentia frio e medo...

Muito medo.

***

Sinto alguém tocar os meus dedos, a pele estava quente, oque causava um arrepio pelo meu corpo. Mexo os meus dedos com certa dificuldade, mas consigo.

-Eva... –Sussurrou uma voz rouca.

Abro os olhos com mais dificuldade do que mexer os meus dedos, quando os abri quase por completo senti uma ardência nos mesmos, por conta da luz forte quase não conseguia enxergar direito.

-O-onde estou? –Pergunto com dificuldade, agradeci por pelo menos conseguir falar.

-Calma, vai ficar tudo bem.

Forcei os olhos para enxergar a pessoa que falava comigo e depois de alguns minutos percebi a fisionomia de Rafael, sua expressão era de total preocupação.

-R-rafael, oque houve? –Pergunto e sinto minha boca seca. –Água. –Peço e ele chama pela enfermeira.

Depois de alguns minutos, chega uma mulher baixa e magra que usava um uniforme branco, ela olhou para mim surpresa e parecia contente, sorriu para mim carinhosamente e começou a me examinar. Logo depois apareceu um médico, era alto e aparentava ter uns cinquenta anos, não menos que isso.

-Que bom que você acordou senhorita, Eloá. Fico feliz e surpreso... - Ele diz olhando a minha pressão, e a minhas vistas. –O batimento cardíaco está bem. Tudo nos conforme. –Ele diz ainda olhando para o prontuário na sua mão.

-O-oque houve? –Digo e bebo um pouco de água no canudinho que Rafael havia me dado.

-Não se lembra? –Perguntou curioso

Nego com a cabeça e sinto uma dor forte na mesma.

-Você foi atropelada e quase morreu, mas conseguimos salvar a tempo... –Ele para de falar e olha para a enfermeira, o mesmo fica cabisbaixo meio pensativo. –Infelizmente a senhorita perdeu o bebê que esperava... Eu sinto muito. –Ele diz me deixando sem reação.

Bebê? Eu... eu estava grávida? Começo a então a me lembrar do acidente e de tudo, estava andando e o carro veio e me atropelou... eu...

-Você agora está bem, não se preocupe com nada. –Disse Rafael segurando em minhas mãos e beija a mesma.

-E-eu estava grávida? –Digo olhando para o médico em choque.

-Sim, de três semanas, indo para a quarta. Infelizmente a pancada que você levou foi muito forte, e você perdeu muito sangue... eu fiz de tudo para salvar você e o feto, mas não era possível. –Lamentou

-Vou aumentar a dosagem doutor, para que ela não sinta dores de cabeça. –Anunciou a enfermeira.

O médico concordou e antes de sair me orientou sobre o meu estado de saúde, mais tarde eles iriam fazer uma série de exames comigo para saber se estou boa.

OPERAÇÃO NO MORROOnde as histórias ganham vida. Descobre agora