Capítulo 40

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Rafael narrando:

-Você disse que só ia dar um susto na Cat, Luana. –Esbravejo.

-E foi oque eu fiz, mas isso não causou tanto efeito como achei que causaria.

-Como assim?

Pego meu copo e ponho alguns goles de uísque.

-A vagabunda da Eva até agora não deu as caras. Deve está planejando algo...

Engulo em seco.

Só concordei em ajudar minha irmã novamente porque estava com raiva da Eva, a mesma não retornava as minhas ligações e nem as minhas mensagens. Eu ainda estou furioso, ela não teve consideração por mim, principalmente depois de tudo que fiz por ela. Transamos e confesso que foi gostoso, melhor do que imaginei. Tudo oque que queria era que ela me respondesse, me dissesse algo, mesmo que seja para me xingar.

Mas, NADA. Nenhum sinal dela por um mês inteiro e alguns dias.

-Você acha que ela não vai aparecer para ajudar a Cat? -Pergunto

-Não sei, ela pode tentar se comunicar com Heitor, ou até mesmo está tramando algo junto. Quero que você fique de olho.

-Virei seu cachorro agora? Manda um desses bandidos filhos da puta que você está protegendo. –Digo furioso.

-Rafael para de agir como uma criança e faz oque estou te mandando, caralho. Ou é isso, ou estamos fodidos. –Ela fica muda e eu escuto alguns gritos do outro lado da linha. Mordo os lábios e imagino que seja de Cat. –Preciso desligar.

-Luana... –Ela desliga.

Jogo o celular no sofá e o mesmo cai no chão causando um barulho estridente. Dou de ombros e bebo mais do uísque.

Ajudei a Luana a raptar Cat e não me arrependo disso, ela sabia que eu não era flor que se cheira, e mesmo assim ficou ao meu lado, mesmo sabendo que a trai com a própria amiga. Só voltei com ela para descobrir a onde estava Eva, mas a vaca não me falava porra nenhuma, oque aumentava a minha fúria.

A única coisa que eu me importo agora é descobrir a onde está a Eva e trazer ela para mim, mesmo sabendo que Luana a quer para torturar, ou até mesmo mata-la. Coisas boas que não são, mas não vou deixar minha irmã machuca-la de novo.

***


Guilherme narrando:

Senti seus dedos hábeis tocarem minha pele, com delicadeza, seus dedos faziam movimentos para baixo e para cima na minha face e tocava levemente meus cabelos, tomando todos os cuidados para não me acordar. Tentei não sorrir com aquilo.

Abri meu olho esquerdo devagar fitando a minha demônia me olhando atenta, sorri.

-Bom dia. –Disse, com a voz baixa.

-Bom dia. –Digo, olhando sua boca rosada e seus olhos brilhantes.

Ficamos em silêncio, apenas se olhando.

Se ela soubesse o quanto fica linda acordando, ficaria o dia todo dormindo só para acordar.

-Dormiu bem? –Indago.

Ela acena com a cabeça e vira o olhar. Sua mão já não estava em contato com a minha pele, percebi que ela ficou rígida e suspirava fundo.

Saio da cama e fico em pé, ajeito a minha blusa e encaro Eloá, que estava sentada de costas para mim na beirada da cama com a cabeça jogada para trás.

OPERAÇÃO NO MORROOnde as histórias ganham vida. Descobre agora