Olá lindas e lindos que acompanham essa história.
Muito obrigada por acompanharem e espero que tenham gostado muitooooo.
Semana que vem, postarei o último capítulo.
Milhões de beijos e não esqueçam de comentar a opinião de vcs :)
(Keylli na foto)
XXXXXXXXXXXXXXXXX
Capítulo XXIV - Só você...
Na manhã do dia seguinte, Keylli chegou à casa de dona Dolores.
— E aí minha filha, o que houve? Não conseguimos te ligar. – aproximou-se a patroa preocupada. — A Malu nos contou o que aconteceu.
— Está tudo bem, graças á Deus. Foi apenas um trote.
— O quê? – pronunciou-se Malu, se levantando da cadeira em que estava sentada na sala. — Me passaram um trote? Como foi que caí nessa? – se lamentou a encrenqueira, pondo as mãos na cabeça.
— E por que está com essa cara? – perguntou Dolores, observando sua fisionomia.
Key não conseguiu dormir, chorou a noite inteira.
— Estou bem. – Keylli mentiu. — Só estou com um pouco de dor de cabeça. Posso folgar essa manhã? Reponho as horas durante a semana.
— Claro, querida.
Keylli direcionou-se para seu quarto e se arrumou um pouquinho para disfarçar a cara de zumbi. Um pouco de pó compacto, um batonzinho cor de rosa e pronto! Sentiu-se pronta, e foi para a casa de Edu.
Keylli o aguardava na varanda, apreensiva. Roia as unhas andando de um lado para o outro. Uns minutos depois, Edu a atendeu.
— O que faz aqui? – perguntou indiferente.
— Edu, só quero resolver as coisas. – fitou seus olhos nos dele.
— Ok. – ele cruzou os braços. — Não precisa fazer cena pra me convencer com palavras que eu já sei que irá dizer. Vou te devolver seu dinheiro, se é disso que tem medo...
— Como é? – ela arfou desacreditada. — Pode pelo menos me ouvir antes de tirar conclusões precipitadas?
— Não quero! – ele balançou a cabeça negativamente. — Me recuso a te ouvir! – Eduardo chegou bem perto dela e finalizou olhando em seus olhos. — Entenda uma coisa, Keylli: Quando eu estou bem com uma pessoa, me dôo de coração e alma, mas quando me magoam, meu grande defeito é esse, não sei perdoar.
O rapaz deu-lhe as costas e se retirou.
Keylli por sua vez, ficou sem saber o que fazer e resolveu ir embora engolindo o choro. Em
sua mente, porém, ela levava uma esperança:
"Quem sabe depois de um tempo, ele me escute"... – pensou, na tentativa de se consolar.
Ramon estava em casa, deitado no sofá, ouvindo música sertaneja enquanto ainda pensava em tudo o que aconteceu na noite anterior.
Lembrou-se também, de que Keylli passou a viagem inteira de volta fingindo que estava dormindo, só para não ter que conversar com ele sobre o ocorrido.
Envolvido em seus pensamentos, ele despertou quando a campainha tocou. Ao atender, o rapaz teve uma surpresa.
— Você?! – Ramon arregalou os olhos. — O que faz aqui?
À tarde, na casa de Giovanne...
— Ainda não consigo acreditar que a Keylli fez mesmo isso. Você tem certeza, brother? – questionou Giovanne sentando, retirando os tênis dos pés e os cheirando em seguida.
— Você é nojento! – Edu reprovou esse ato, prosseguindo num tom sério. — Giovanne, eu os vi com meus próprios olhos, e quando telefonei pra ela, escutei claramente a Key o chamando de amor. Acha que eu sou idiota? – ele justificou sua certeza, ajeitando-se na cadeira da sala.
— Cara, isso foi o maior vacilo da parte dela. Eu realmente achava que ela era uma garota íntegra. Que golpe baixo!
Todos estes acontecimentos, deixaram Edu mais pensativo do que nunca.
No trabalho, Keylli foi abordada por Malu, enquanto passava roupas no quarto de dona Dolores.
— Keylli, tem certeza mesmo que está bem? Estou te achando tão pra baixo... – disse bancando o anjinho preocupado.
— Estou bem, Malu. – Key respondeu mantendo os olhos fixos em sua tarefa.
— Mas não é o que parece. – Malu a encarou cruzando os braços.
— Malu me deixa em paz, tá legal?
— Teve algum problema com o namorado?
— Como você sabe? – Keylli voltou seu olhar para ela, fechando a cara.
— É só uma dedução, já que o Ramon te acompanhou. Explicou pra ele o que houve?
— Não. – Key fixou seus olhos no nada. — O Edu não quis me escutar. – se lamentou parando seu serviço por uns minutos. No momento, sentia uma larga distância entre si e seu amor.
Com o que ouviu, a menina má comemorou internamente. Seu plano correu super bem, melhor do que o esperado.
Aproveitando-se da distração da empregada, Malu aproveitou para pegar o celular dela que estava na sala e pôs seu chip de volta, antes que ela desconfiasse de algo.
— O que é isso, Wanessa? – Edu perguntou quando Wanessa entregou-lhe um envelope de carta pequeno e branco.
— Não faço a menor ideia, senhor Eduardo. Apenas me pediram para entregar ao senhor.
— Ok, obrigado!
Um pouco desconfiado, Edu abriu o envelope e leu o que estava escrito no papel que estava dentro dele.
Á noite na praça...
— Oi, amor. Chegou rápido. – Keylli correu para abraçá-lo.
— Então foi você quem me chamou aqui? – indagou Edu, desvencilhando-se do abraço.
— Eu? – ela levantou as sobrancelhas. — Quem me chamou foi você. – decepcionada, ela perdeu o sorriso.
— Você não vai parar de brincar comigo? – Edu ficou um pouco irritado.
— Nós os chamamos aqui. – disse Gaby se aproximando.
— O quê? – desconfiou o playboy.
— É Key, temos uma coisa para contar pra vocês. – completou Ramon.
Edu e Keylli se entreolharam surpresos, mas preferiram ficar em silêncio.
Sentaram-se numa mesinha de concreto com quatro lugares.
— Gente, eu sei tudo o que aconteceu. A Malu armou pra vocês, e estou aqui entregando minha amiga, ou melhor, ex amiga, porque realmente acho que ela passou dos limites. – confessou Gaby sem rodeios, deixando o casal encucado.
— Como assim? – quis saber Keylli confusa. — O que ela fez dessa vez?
— Ela... Ela armou o trote sobre sua família. – Gaby olhou para Key, continuando: — E fez o Ramon te acompanhar. – disparou, agora encarando o playboy. — E tudo isso pra você, Edu, pensar que eles estavam juntos.
O casal se entreolhou boquiaberto com essa afirmação.
— Foi ela quem contou para o seu pai sobre a proposta que você fez à Key. – acrescentou Ramon, voltando seu olhar para o rival.
— Ouvimos você conversando com o Giovanne num quiosque na praia. – esclareceu Gaby.
Ambos não sabiam o que dizer, não sabiam o que pensar, não sabiam o que fazer. Eles se encontravam perplexos. Ninguém imaginava que Malu pudesse ir tão longe.
— Então, é isso. – finalizou Ramon. — Esperamos ter ajudado.
— O QUE ESTÃO FAZENDO AÍ COM ELES???? – gritou Malu desacreditada com a cena.
O quarteto voltou seus olhares para ela. Ver Gaby e Ramon, junto com Edu e Keylli... Na hora ela deduziu os fatos.
Com uma fúria nível mil, e raiva pingando por seu corpo, ela começou a andar na direção deles, fazendo um escândalo: — VOCÊS ME PAG...
Havia um buraco aberto no meio da praça. A revolta de Malu foi tanta, que as fitas e placas que sinalizavam perigo, desapareceram dos olhos da garota. Isso mesmo, ela caiu dentro do buraco.
— AHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Malu berrou enquanto caía.
— MALU!!!!!!!!!!!!!!!! – gritou Gaby.
Solidários, os quatro correram até lá assustados com o acidente e é claro, telefonaram para os bombeiros que rapidamente chegaram.
Poucos minutos depois, Malu foi resgatada e levada ao hospital mais próximo. A pobrezinha quebrou as duas pernas.
Gemia de dor deitada sobre a maca, enquanto era posicionada na ambulância. Dolores que foi avisada por Keylli sobre o acidente, chegou ao local e acompanhou a filha.
— Calma, amor. Vai ficar tudo bem. – tranquilizou a mãe, entrando na ambulância, segurando firme a mão da filha malvada.
Após a partida da ambulância, Gaby e Ramon decidiram ir embora. Ao ver que o rapaz partia, Key correu até ele, o abraçou e o agradeceu.
— Ramon, obrigada por tudo. Desde que chegou à minha vida, tens sido um anjo pra mim.
— Só quero te ver feliz, gatinha! – Ramon segurou o rosto dela e voltou a repetir: — Eu faço tudo por você.
A jovem se emocionou com essas palavras e seus olhos se encheram de lágrimas.
— Key, não chore. – ele passou o dedo de leve em seu rosto.
— É que... Ainda me sinto tão mal por te fazer sofrer. – Key confessou emotiva.
— Vou ficar bem, não se preocupe quanto a isso. Quando precisar, não hesite em me chamar. – Ramon sorriu de leve.
Keylli o abraçou de novo e ele retribuiu a abraçando mais forte. Edu observava tudo ao longe. Não pensava em fazer escândalo, porque graças á seu rival no amor, tudo foi esclarecido.
Depois dessa revelação, incidente e despedida, Edu e Keylli enfim, puderam conversar á sós.
E não, Edu e Ramon não se tornaram grandes amigos. Ele os ajudou porque sabia que esse era o certo a se fazer. Key e Edu ficaram agradecidos à dupla Gaby e Ramon.
— Eu te devo desculpas, meu amor. – pronunciou-se Edu, segurando as mãos da namorada, ainda na praça.
— Foi só um mal-entendido. – ela amenizou dando-lhe um beijo no rosto.
— Se quiser me xingar, a hora é agora. – Edu sorriu.
— Hum... É uma boa proposta, mas temos algo melhor para fazer. – a moça passou os braços por trás do pescoço do namorado.
— Que coisa é essa? – Eduardo aproximou seus lábios dos lábios dela.
Keylli abriu um sorriso e disse zoando: — Dormir, comer...
— Ah, para! – ele riu. — Faça feliz este pobre playboy milionário. – pediu com bom humor.
— Será um prazer!
Keylli o beijou. Entre carícias nos cabelos, rosto e pescoço, os dois compartilharam todo amor que sentiam um pelo outro.
Esperavam que agora, finalmente poderiam ser felizes.
Uns dias depois...
Edu foi juntamente com Keylli conversar com seu pai. Abriram o jogo. Compreensivo, seu Mauro entendeu o desespero que o herdeiro havia vivido e o perdoou.
Estava feliz porque pelo que parecia, o filho agora tomaria responsabilidade na vida. E foi isso mesmo que aconteceu.
Sem clima para continuar trabalhando na casa de Dolores, Keylli não contou o que Malu fez. Agradeceu a mulher pelo emprego, pela amizade, por seu carinho e pediu as contas alegando que trabalharia na empresa do pai de seu namorado.
Ela não mentiu. Seu Mauro a ofereceu emprego em seu escritório, na área de administração. Edu se animou e começou a trabalhar lá também, só para ficar mais perto da amada. Foi um bom começo para o rapaz preguiçoso que só queria curtir.
Edu foi apresentado à Dona Norma, que aprovou o rapaz, apesar de em segredo preferir Ramon, mas respeitou a decisão da filha.
Para não existir distância e saudade, após uma longa conversa, Keylli e sua mãe chegaram a um acordo: Venderam a casa própria que tinham no interior e compraram uma casa na cidade.
Quanto à Malu, além de quebrar as pernas, ficou sem amigos. Letícia reprovou o que ela fez com seu primo querido. Já Gaby, ficou enojada com as atitudes da amiga e também se afastou. Chatinha como era, ninguém queria aturá-la, até porque sua fama de garota malvada correu pela cidade.
Giovanne foi mesmo trabalhar com a madrinha. E adivinhem quem foi trabalhar por lá... Letícia!
— É um prazer imenso ter você aqui. – sorriu o rapaz, trajado com um terninho social. Estava super lindo.
— Obrigada! – agradeceu Letícia. — Acho que nos daremos super bem. – afirmou com um olhar tímido.
— Eu tenho certeza. – ele disse dando uma piscadinha, que deixou Letícia corada.
Para quebrar o silêncio um tanto constrangedor que se formou, Giovanne convidou: — Vamos, eu te apresento a empresa.
— Tudo bem. – ela concordou com um sorriso.
Deram o braço e foram juntos percorrendo cada setor da extensa empresa de telefonia.
Daí por diante, tornaram-se grandes amigos, não só amigos...
Quem também seguiu sua vida, foi Ramon. Ainda bastante entristecido por perder Key, foi para outra cidade estudar direito. Fez novas amizades por lá, e lindo como era, conquistou muitos corações. O problema foi que ninguém conquistou o coração dele. Pelo menos por enquanto...
Felizes, Edu e Keylli mantiveram esse relacionamento bem firme, e esse amor durou anos e anos...
— Key, eu estava pensando, se o meu pai não me impusesse a condição de ter uma namorada para receber a herança, eu não conheceria você.
— Penso de outra forma. Se nosso destino é ficarmos juntos, isso aconteceria de um jeito ou de outro.
— É... Até que tem lógica. – ele sorriu.
— Claro que tem, e agora Eduardo, espero que seja para sempre. – Key o encarou.
— Será! Te amarei por toda minha vida. – a abraçou forte.
— E foram felizes para sempre! – Keylli deu uma risadinha. — Assim termina o nosso conto de fadas. – entreolharam-se carinhosamente.
— Não, assim começa nosso conto de fadas. – Edu a corrigiu, passando a mão por seu rosto.
Se beijaram sob a luz do luar e foram felizes juntos, enquanto existiram.
FIM 01