Estranha o suficiente

Galing kay ElizaVieira2

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Plagio é CRIME !!! Sempre que lemos histórias românticas, quem narra são as santinhas, as nerds, as populares... Higit pa

1. Estranha? Sim!
2. Oh, não...Festa !
3. Cadu e seus ataques
5. Não será tão fácil.

4. Briga entre irmãos

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Galing kay ElizaVieira2

Carlos Eduardo narrando

Assim que Kile foi embora, e eu quase morri com o que "eu achei que vi", me levantei do sofá e olhei a sala.

Wow! A casa estava uma tremenda bagunça. E eu que ia ter que arrumar.

- Fala, estrela.- eu disse assim que vi minha irmã descer.

- Oi.

- Hey, me ajuda a arrumar a casa? - falei.

Lua andou até a cozinha e preparou duas torradas e um copo de suco de laranja.

- Não. - falou.

- Ah, vai...

- Não, a festa não foi minha e ninguém estava aqui por mim.

- Mas poderiam estar, você quem não tem amigos.

- Eu sei.

- Tudo por que você é demasiada estranha.- falei emburrado.

- Exatamente.- ela disse firme.

Lua me fuzilou com os olhos, pegou seu prato e seu copo e subiu pro seu quarto. A ficha do que eu tinha falado caiu minutos depois.

Droga! O que eu fui falar? Merda! Eu tinha que me desculpar. Que tipo de irmão eu sou? Pouco me importa se minha irmã é estranha, nerd, patricinha, tanto faz, o que importa é que eu a amo.

- Lua! - chamei, batendo na porta de seu quarto que estava trancada.

- Carlos Eduardo, faz o favor de ir pra bem longe.- ela gritou e sua voz saiu trêmula (eu tinha feito ela chorar ? Oh não!).

E também, Lua só me chamava pelo nome todo quando estava chateada ou brava.

- Lua, me desculpa. - não ouvi resposta.- Por favor, me deixa entrar.

O silêncio permaneceu. Desci as escadas e peguei o celular.

- Kile? - falei, assim que ouvi que alguém tinha atendido.

- Oi querido, é a tia Lúcia, o Kile ta dormindo.

- Então tá bom, tia. Pode avisar que eu liguei?

- Claro! Beijinho, Cadu.

- Beijo, tia.

- Ah Cadu, mais tarde vem você e a sua irmã pra cá, vou fazer uma torta.

- Tá bom, tia, vou sim. Obrigado, viu? Beijão.

- Beijo.

Desliguei a chamada.

Comecei a limpar aquela bagunça, sozinho mesmo. Que droga! Vai demorar pra Lua me perdoar. Mas olha o que eu falei! Dessa vez fui longe demais. Eu e Lua sempre brigavamos sempre, mas era aquela briga que ... Você briga num segundo, e no outro já está colado. Lua era minha irmã, minha melhor amiga e eu confiava nela mais do que ninguém. E de repente, eu comecei a chorar. Como uma criancinha sem um doce, eu chorava.

Pela 1° vez, por causa se uma garota! E era a garota mais importante da minha vida.

Oh, Lua, perdoe-me.

Comecei a dar vários tapas na minha cabeça, repreendendo-me. Ouvi algo se quebrar no andar de cima, mas acabei por não dar atenção. Resolvi descansar um pouco quando terminei, o melhor a fazer era por a cabeça no lugar. Deitei do sofá e tirei um cochilo.

~•~

7:23 p.m

- Hey cara! Acorda. - ouvi alguém gritar no meu ouvido e o som de panelas.

Abri os olhos e vi Kile, ele estava com uma colher de pau numa mão e uma panela na outra, ele batia um no outro, provocando um som agudo.

- Para, seu louco.- falei lhe dando um leve soco no braço.

- Parei. Parei. - ele falou se rendendo.- Você está com uma cara péssima.

Ele cutucou meu rosto como se tivesse algum animal extraordinário no mesmo.

- "Cê" tá inchado. - pausou.- Espera! Você estava chorando?- ele questionou.

- Visível demais? - perguntei.

- Demais! Minha mãe falou que você me ligou. O que se passa?

- Lua...

- Uuhh, aí vem bomba.

- Para.

- Ok, mas o que tem a Lua?

- Brigamos.

- Sério? Cara, "cê" conhece suas brigas, num momento estão como cão e gato e depois estão que nem... Ahn...Sei lá ... chiclete.

- Mas dessa vez... Foi diferente.

- Já tentou falar com ela?

- Já, bati na porta, gritei e nada.

- Sério?

- Sim. O que eu faço?

- Eu não sei, cara! O que é que você fez ?

- Meio que ... Falei que ela era estranha.

- Hum.

- Hum.

- E aí? Só isso?

- É!

- Ela sabe que é estranha.

Lancei um olhar mortal para ele.

- Calei.

- O que eu faço?

- Você só disse que ela é estranha.

- Mas ... Mas eu entendo ela. Eu aceito isso e eu não vejo mal nisso. Eu sou irmão dela, devo apoia-la, cara. Ela sofre com todo mundo chamando ela de estranha, mas ... O próprio irmão? Não! Ai já é demais.

- Vendo deste angulo ... É cara, você pisou na bola.

- Cara, eu já percebi isso, vai ficar esculachando isso na minha cara?

- Calma. Uau, ok, entendi.

- Vou falar com ela, ou pelo menos tentar.

- Boa sorte.

- Valeu.

Já estava subindo as escadas quando me lembrei de algo.

- Ei.

- Hum? - Kile disse deitado no sofá e ligando a TV.

- Como você entrou aqui?

- A porta estava aberta.

- Hum, acho que ... Tenho que me lembrar de trancar a porta.

- Isso foi uma indireta?

Dei de ombros.

Continuei a subir as escadas e parei diante daquela porta. Por um instante aquela porta negra onde havia escrito DANGER, parecia tão... Distante, parecia que a qualquer momento ela iria explodir. Bati na porta 3 vezes e ninguém respondeu. Ou ela me ignorava, ou ... Estava dormindo.

Prefiri acreditar na segunda opção. Encostei na maçaneta e o ferro estava frio. Girei, mas a porta não abriu. Pensei em empurrar e arrombar, mas lembrei que eu tinha uma chave extra de seu quarto, assim como ela também tinha uma do meu.

Corri até meu quarto e abri umas das gavetas, onde encontrei a chave extra. Abri a porta depois de destranca-la e vi Lua. Ela estava dormindo - como eu havia previsto -, a coberta estava bagunçada acima de seu corpo, o cabelo tampava uma parte do rosto,um braço perto do rosto e o outro estava dobrado em baixo da cabeça.

Ela tão serena. Observei a sua barriga subindo e descendo por causa da respiração.

- Lua? - chamei.

Ela se mexeu, mas não acordou.

- Lua? - chamei novamente.

Quando Lua acordasse, iria explicar tudo a ela, se ela deixasse.

A última coisa que eu queria, era ficar brigado com ela.

- Lua! - chamei mais alto.

Dessa vez ela abriu apenas uma parte dos olhos, mas os fechou rapidamente, como se ainda estivesse inconsciente.

- Lua.- falei com um tom de lamento na voz.

Novamente Lua abriu os olhos, mas agora por completo e assim que se deu conta de onde estava e quem estava na sua frente - no caso eu - ela se sentou e me olhou.

- Lua.

Seus olhos se encheram, como se por um segundo tivesse esquecido tudo, e depois, no outro segundo, tivesse se lembrado.

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