5. Não será tão fácil.

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NOTA IMPORTANTE NO FINAL!

Lua narrando.

Depois de ouvir Carlos Eduardo, subi para o meu quarto e uma raiva se apoderou de mim, mas não foi só raiva, foi tristeza também. Ouvi Carlos bater na porta e gritar pedindo para entrar, respondi-o com a voz trêmula pela vontade de chorar, mas ele não desistiu e voltou a bater e eu apenas ignorei.

Depois de alguns segundos a raiva precisava ser liberada então peguei no meu abajur e o joguei no chão, provocando um barulho alto. Respirei fundo. Eu estava com raiva pelo que Carlos Eduardo disse. Mas eu sabia que estava triste também, e eu não estava brava ou triste pelo que ele me disse - a final, eu sabia que não era a normalidade em pessoa -, eu estava assim por quem me disse isso.

Carlos era meu irmão, ele sabia que eu era assim, e como irmão ele deveria aceitar. Mas eu não iria forçá-lo, não diria: "Guarde sua opinião e me aceite do jeito que sou". Aceitar-me era o que ele podia fazer. Mas se não quisesse ... Paciência. Eu ia perder uma das únicas pessoas que eu confiava e que realmente eu amava.

Ele podia estar certo, e estava, eu não queria ter amigos, e também não tinha por ser estranha, mas ele dizer isso, assim ... Como se o que eu fizesse fosse um crime... Decepcionou-me. E pela primeira vez eu chorei por causa de uma das nossas brigas.

Então, resolvi tirar um cochilo e tentar organizar meus pensamentos.

~•~

8:12 p.m

Acordei com alguém me chamando. E eu estava tão sonolenta, que nos primeiros segundos nem havia dado atenção. Até que me liguei que a porta estava trancada e alguém teria de ter aberto a mesma para estar aqui. Sentei-me e abri os olhos por completo. Dei de cara com Carlos Eduardo.

- Lua.

E assim toda a lembrança voltou a minha mente. Assim como uma vontade de chorar tomou conta de meu corpo. Logo minha visão se embaçou, provavelmente meus olhos estavam tomados pelas lágrimas, mas eu as impediria.

- Não, Carlos.

- Lua, me ...

- Eu não quero conversar.

- Lua.

- Eu não quero conversar, não agora Carlos.

- Por favor.

- Não dá.

- Lua, precisamos conversar.

- Eu não tenho nada pra falar.

- Mas eu tenho.

- Olha, eu te entendo.

- O que ?

- Eu te entendo Carlos. Um dia você ia se cansar. Ia se cansar de ouvir seus amigos e não poder concordar, ia se cansar de mim, ia se cansar do meu jeito. Eu sabia que isso ia acontecer, eu apenas não me preparei. Eu entendo e depois conversaremos.

- Lua, n...

- Não, Carlos! Depois, ok ? Depois nós conversamos.

- Não faz isso.

- Eu já estou fazendo.

Levantei-me rápido e peguei uma bolsa, onde enfiei o celular e um pouco de dinheiro que eu vinha guardando. Fiz isso em questão de segundos.

- Lua, por favor.- ele se exaltou.

Calcei meu chinelo.

- Não! Não agora, Carlos, me dá um tempo.

Estranha o suficienteOn viuen les histories. Descobreix ara