4. Briga entre irmãos

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Carlos Eduardo narrando

Assim que Kile foi embora, e eu quase morri com o que "eu achei que vi", me levantei do sofá e olhei a sala.

Wow! A casa estava uma tremenda bagunça. E eu que ia ter que arrumar.

- Fala, estrela.- eu disse assim que vi minha irmã descer.

- Oi.

- Hey, me ajuda a arrumar a casa? - falei.

Lua andou até a cozinha e preparou duas torradas e um copo de suco de laranja.

- Não. - falou.

- Ah, vai...

- Não, a festa não foi minha e ninguém estava aqui por mim.

- Mas poderiam estar, você quem não tem amigos.

- Eu sei.

- Tudo por que você é demasiada estranha.- falei emburrado.

- Exatamente.- ela disse firme.

Lua me fuzilou com os olhos, pegou seu prato e seu copo e subiu pro seu quarto. A ficha do que eu tinha falado caiu minutos depois.

Droga! O que eu fui falar? Merda! Eu tinha que me desculpar. Que tipo de irmão eu sou? Pouco me importa se minha irmã é estranha, nerd, patricinha, tanto faz, o que importa é que eu a amo.

- Lua! - chamei, batendo na porta de seu quarto que estava trancada.

- Carlos Eduardo, faz o favor de ir pra bem longe.- ela gritou e sua voz saiu trêmula (eu tinha feito ela chorar ? Oh não!).

E também, Lua só me chamava pelo nome todo quando estava chateada ou brava.

- Lua, me desculpa. - não ouvi resposta.- Por favor, me deixa entrar.

O silêncio permaneceu. Desci as escadas e peguei o celular.

- Kile? - falei, assim que ouvi que alguém tinha atendido.

- Oi querido, é a tia Lúcia, o Kile ta dormindo.

- Então tá bom, tia. Pode avisar que eu liguei?

- Claro! Beijinho, Cadu.

- Beijo, tia.

- Ah Cadu, mais tarde vem você e a sua irmã pra cá, vou fazer uma torta.

- Tá bom, tia, vou sim. Obrigado, viu? Beijão.

- Beijo.

Desliguei a chamada.

Comecei a limpar aquela bagunça, sozinho mesmo. Que droga! Vai demorar pra Lua me perdoar. Mas olha o que eu falei! Dessa vez fui longe demais. Eu e Lua sempre brigavamos sempre, mas era aquela briga que ... Você briga num segundo, e no outro já está colado. Lua era minha irmã, minha melhor amiga e eu confiava nela mais do que ninguém. E de repente, eu comecei a chorar. Como uma criancinha sem um doce, eu chorava.

Pela 1° vez, por causa se uma garota! E era a garota mais importante da minha vida.

Oh, Lua, perdoe-me.

Comecei a dar vários tapas na minha cabeça, repreendendo-me. Ouvi algo se quebrar no andar de cima, mas acabei por não dar atenção. Resolvi descansar um pouco quando terminei, o melhor a fazer era por a cabeça no lugar. Deitei do sofá e tirei um cochilo.

~•~

7:23 p.m

- Hey cara! Acorda. - ouvi alguém gritar no meu ouvido e o som de panelas.

Estranha o suficienteحيث تعيش القصص. اكتشف الآن